A Filha Da Empregada escrita por Ginnyweas


Capítulo 3
Finalmente mãe e filha


Notas iniciais do capítulo

Olá, como estão?
Eu estou muito feliz com os últimos comentários que recebi. Obrigada pelo incentivo!
O capítulo tinha ficado muito grande, então eu dividi ele em dois (mesmo querendo postar tudo de uma vez hahahaha)
Me desculpem os erros ortográficos.
Boa leitura :)



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— Filha! — a morena correu para os braços da mãe.

Hermione sentia-se leve, aliviada, feliz, ela já havia esquecido o quão quente, confortável, seguro e protetor era o abraço de sua mãe. Milhares de lágrimas pediram permissão para saírem e ela as deixou rolarem pelo seu rosto. A mãe a apertava num forte “abraço de urso”, ela até poderia reclamar de se sentir sufocada, mas sentia tanta falta daquilo que nem se importava.

Helena estava feliz, contente sua “menina“ estava de volta, ali em seus braços e ela faria de tudo para que dali ela não saísse nunca mais. Abraçou a filha o mais forte que podia e chorou como nunca. As duas ficaram ali abraçadas até serem interrompidas por alguém, e esse alguém era Ronald.

— Ei, Helena! Sua filha com certeza foi educada pelo pai, porque me demonstrou não ter um pingo de educação!

— Filha! — disse limpando suas lágrimas — O que você fez para meu Roniquinho?

— Porque a senhora não pergunta pro “seu” Roniquinho o que ele fez pra mim?

— Nossa, você realmente é nervosinha não é mesmo?

— Sem briga vocês dois! O que aconteceu? — Helena perguntou.

— Senhor Weasley, aqui está seu sanduíche! — Suzie entregou um sanduíche para Ronald.

— Ótimo, agora saia daqui vá, vá, vá! — Ronald respondeu e a empregada se retirou.

— Esse safado deu em cima de mim na universidade, e só porque eu não dei trela ele me tratou mal quando cheguei aqui. — Hermione explicou.

— Ronald!

— Ah Helena não me venha com “Ronald”. Você sabe que não gosto de empregadas, ainda mais metidas como essa idiota da sua filha.

— Não fale assim de mim! — se defendeu.

— Eu falo como eu quiser! Eu mando em você, e você deve obedecer as minhas ordens. E se eu quiser te tratar mal eu trato, e se você reclamar outra vez será despedida!

— Não será não. — disse um senhor ruivo de meia idade que acabara de entrar na cozinha.

— Senhor Weasley está é minha filha Hermione, aquela que veio de Nova Iorque. — Helena apresentou Hermione.

— É um prazer conhecê-lo senhor Weasley. — disse Hermione.

— O prazer é todo meu senhorita Granger! Você é uma bela jovem.

— Obrigada. Senhor Weasley eu gostaria de agradecê-lo por tudo que está fazendo por mim! Eu realmente não tenho como lhe agradecer, prometo não decepcioná-lo! — Hermione agradeceu.

— Não precisa me agradecer Hermione, você é uma garota formidável, surpreendente. Suponho que já tenha acertado tudo na faculdade?

— Sim, senhor!

— Ótimo! Eu dei uma olhada no seu histórico, e parabéns Helena sua filha tem uma inteligência surreal. — Hermione corou — Você deve se orgulhar muito dela!

— E eu me orgulho senhor Weasley! — Helena segurou a mão da filha.

— Vai ficar elogiando a empregada agora? — Ronald provocou o pai.

— Vou, porque ela merece, merece muito mais do que você! Tenho certeza que se tivesse uma vida como a sua, cheia de luxos e mimos aproveitaria com coisas que realmente prestam! Não com bebidas, mulheres e festas. Você sim que é um garotinho de merda! Volte a insultá-la e eu juro que tiro toda a sua mesada! — Arthur se voltou para Helena. — Helena você pode me acompanhar? Tenho alguns serviços que só a governanta da casa poderá realizar!

— Claro senhor Weasley! Você ficará bem? — perguntou para filha.

— Sim mamãe.

— Ótimo! Me espere aqui eu já volto. — dizendo isso ela saiu acompanhada de Arthur.

Pouco segundos depois da saída de Helena e Arthur, Ronald atirou o prato que estava seu sanduíche na parede assustando Hermione, que recuou alguns passos para trás. O ruivo passou a mão pelo rosto e depois por seus cabelos, parando-a em sua nuca virou-se de costas para a morena.

— Olha me desculpa...

— Desculpa o quê? Tá maluca garota? — Ronald virou-se para Hermione.

— Por seu pai, eu não queria ser motivo de briga entre vocês dois...

— Você se acha demais, não é? Você não será o primeiro nem o último motivo entre minhas discussões com meu pai, e não se intrometa na minha vida! Não preciso de sua dó nem de suas desculpas.

— Nossa! Pra que tanta grosseria?

— Pare de reclamar de como eu te trato, você está aqui pra trabalhar e não pra reclamar!

— E você deve estar precisando de um amigo né, porque pelo jeito que é...

— Você está querendo dizer que eu não tenho amigos? Pois fique sabendo que eu sou muito popular e...

— Ser popular não significa que você tem amigos. — Hermione o interrompeu.

— Mas eu tenho amigos.

— Não amigos de verdade pelo visto, porque pra mim você precisa de alguém que te escute!

— Me escutar pra quê?

— Você parece ser um garoto mimado, metido, arrogante e sem educação! E depois da cena que acabei de presenciar, concluí que tudo isso é magoa reprimida. — Ronald lhe deu as costas — Eu posso ser sua amiga se quiser, eu entendo você!

— VOCÊ NÃO ME ENTENDE! — ele cuspiu as palavras na cara dela — Não entende... — a voz dele falhou e por um momento Hermione pensou que ele fosse chorar em sua frente, então ele se retirou.

A morena se pôs a pegar os estilhaços de vidro que estavam no chão.

(...)

— Então, como foi a viagem? — Helena perguntou a filha que estava deitada em seu colo.

— Foi ótima mamãe, eu até conheci um garoto.

— Já arrumou um namoradinho? — disse Suzie.

— Não dona Suzie, nós só conversamos e ele também me deu um livro pra ler.

— Que livro? — Helena perguntou.

— Este aqui — Hermione pegou o livro em sua bolsa e entregou a mãe. Desta vez deitou a cabeça no colo de Suzie que começou a acariciar suas madeixas — É uma trilogia, ele me disse que quer me ver de novo, e quando eu terminar de ler o livro ele vai me dar o próximo.

— Que fofo.

— É Suzie ele foi gentil, e irritante também.

— Ele é gatinho? — perguntou Helena.

— MÃE!

— E qual é o problema? Se for bonito, de boa família, e um rapaz correto eu faço questão que se envolva com minha filha!

— Nossa me ama tanto que já está me despachando? — fez bico.

— É claro que não!

— Eu sei sua boba!

— E o trabalho? Gostou daqui?

— Sim! Arthur e Gina foram uns amores comigo, os gêmeos foram super simpáticos, mas quase não os vi. Já Ronald e Bellatrix me trataram como um lixo, e eu pensei que o ignorante da casa fosse só o legume insensível do Ronald.

— Eu nunca gostei de Bellatrix, eu até gosto quando os filhos de Arthur lhe dão umas boas patadas.

— Suzana, isso é coisa que se diga da frente da menina!

— Mãe não sou mais criança e concordo com tia Suzie.

— Tia Suzie? — as duas perguntaram.

— É eu sempre quis ter uma tia, e eu achei que Suzie não iria se importar de ocupar este posto. — deu de ombros.

— Mas é claro que não! De hoje em diante sou sua tia! — elas sorriram.

— Eu queria ficar no mesmo quarto que vocês duas!

— Oh minha filha, no nosso quarto mal cabemos eu e Suzie, e achamos que gostaria de ter um quarto só pra você! Afinal, servirá para poder estudar sossegada durante a noite, já que será o único período em que poderá se dedicar aos estudos fora da faculdade!

— É, mas eu fui acostumada a dormir com várias pessoas no mesmo lugar que eu.

— Então agora irá se acostumar a dormir sozinha. — Suzie disse e Hermione suspirou. O telefone da morena havia começado a tocar e ela se pôs a procurar.

— Seu telefone é este filha? — Helena segurava o celular de Hermione nas mãos.

— É sim mãe. — a morena pegou o telefone e olhou o visor — Merlin não acredito que ele ligou! — Suzie e Helena ficaram confusas e Hermione atendeu o telefone.

(Ligação ON)

— Eu simplesmente não acredito!

— Achou que me escaparia tão fácil? Francesinha!

— Será que dá pra parar de me chamar assim?

— Mas eu gosto de te chamar assim! Me deixa te chamar de francesinha vai por favor, por favor, por favor...

— Está parecendo uma criança implorando desse jeito! Mas tudo bem, eu deixo você me chamar de Francesinha. — ela fez o sotaque e pode ouvir um “Yes” indicando a satisfação de Comarc.

— Detalhe só EU posso te chamar assim, você é a MINHA francesinha.

— Nossa que possessivo. — ela jogou-se na cama e passou a fitar o teto. Tanto Helena quanto Suzie perceberam que os olhos da menina brilhavam, e que ela não tirava o sorriso do rosto, as duas se entreolharam e sorriram. — Mas tudo bem eu sou só a SUA francesinha. Mas que apelido idiota não é mesmo? “Francesinha”, acha que eu devo te arrumar um apelido bobo também?

— Hum... Meio difícil pensar em alguma bobagem quando se trata da minha pessoa.

— Há-há-há como você é iludido, Comarc! — ao ouvirem o nome do rapaz Suzie e Helena começaram a sussurrar para Hermione “Quem é Comarc?” e a morena só fazia sinal de "silêncio" com o dedo indicador nos lábios.

— E o trabalho, as coisas na faculdade? — ele perguntou.

— Na faculdade deu tudo certo! Mas no trabalho... A noiva do meu chefe é uma megera, e o filho — bufou — É o capeta encarnado só pode! — Comarc riu e Hermione levou um tapa da mãe. — AI!

— O que foi?

— Minha mãe que está aqui, e não gosta que falem mal do filhinho dela!

— Aé, e como foi se encontrar com sua mãe?

— Uma maravilha! Não poderia estar mais feliz!

— Fico feliz por você!

— E você como foi com seus pais?

— Cheio de beijos e paparicos! Minha mãe é um grude! ECA!

— Não fale assim seu bobo.

— Quando é sua folga?

— Eu mal comecei a trabalhar, Comarc!

— E dai? Eu quero te encontrar! Já começou a ler o livro?

— Ainda não. Mas minhas folgas são no último final de semana do mês!

— Ok, no final do mês eu vou sair com meus antigos amigos e eu quero levar você! Quer vir?

— Eu nem conheço eles!

— Mas você me conhece oras! Já não é o bastante? Vai, vamos por favor, por favor, por favor...

— Isso é jogo sujo! Pare de me implorar as coisas assim, eu não consigo te dizer não!

— Então isso é um sim?

— Se bater com minha folga pode ser!

— Ótimo, então já está tudo certo.

— Só se bater com a minh...

— Ah, e você mal vai esperar até lá? Te entendo! Agora tenho que desligar, minha mãe chamou minha família pra dar uma festa de boas vindas pra mim, e agora tenho que aguentar minhas tias beijoqueiras me enchendo de beijos, ECA.

— Assim eu vou ficar com ciúmes. — brincou.

— Pode ficar calma, sou só seu meu amor.

— Que ótimo! — ela riu.

— Agora tenho que ir minha mãe está me chamando, eu te ligo depois.

— Ok.

— Beijos.

— Sonhe comigo.

— Tenha certeza que vou sonhar com a Francesinha mais linda de Londres.

— Meu Deus você não vai esquecer essa bobeira de Francesinha?

— Não. — ele riu e ela revirou os olhos.

— Então boa noite, e boa sorte com suas tias.

— Obrigada! E sonhe comigo também!

— Farei o possível.

— Besta.

— Idiota. — dizendo isso ela desligou o telefone.

(Ligação OFF)

— É assim que se desliga um telefone? — Helena disse brava para a filha e Hermione suspirou.

— Helena! Não acredito que depois de ouvir essa conversa você está preocupada com a forma como ela desligou o telefone! Quem é Comarc, minha linda? — Suzie perguntou e Hermione sorriu.

— Ele é o garoto do avião. Ele quer me ver, me levar pra conhecer os amigos dele.

— Mais assim do nada? Você nem o conhece direito! — Helena perguntou.

— Exatamente por isso! Mãe, as pessoas, principalmente os jovens, costumam sair juntos pra se conhecerem melhor! E você disse que faria questão que ele se envolvesse com sua filha.

— Ele parece ser um bom rapaz! Peça para vir aqui, queremos conhecê-lo! — Suzie disse.

— Ok, se eu for sair com ele no final do mês talvez... eu disse talvez, — a menina disse ao ver a empolgação das duas. — eu peça para ele vir me buscar aqui, e vocês o conhecem!

— Claro!

— Então se as duas me derem licença, eu vou fazer o que ele pediu! — Hermione disse.

— O que? — Helena perguntou.

— Sonhar com ele! — ela disse sorrindo.

— Ótimo! Então boa noite minha filha, durma bem. — Helena abraçou a filha e beijou sua testa, Suzie se despediu de Hermione e a morena foi dormir ou melhor, sonhar com Comarc.


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Notas finais do capítulo

Hermione reencontrou a mãe dela, e no próximo capítulo tem gente nova chegando por aí!!!!
Espero que tenham gostado.
O comentário de vocês me deixa muito feliz!
Beijos e até o próximo.