A Filha Da Empregada escrita por Ginnyweas


Capítulo 15
Xeque-mate


Notas iniciais do capítulo

Olá meus anjos, como estão?
Muito frio por aí também? Aqui infelizmente, sim! (Sim, eu não gosto do frio hahaha)
Sem mais delongas, vamos ao capítulo!
Desculpem-me os erros ortográficos.
Boa leitura :)



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O ruivo estava zapeando os canais da TV na sala de estar, quando percebeu Hermione se aproximar com uma bandeja.

– Eu trouxe um lanche pra você. - disse Hermione pousando a bandeja sobre a mesa de centro da sala.

Ele nada respondeu.

– Como você está? - perguntou tentando iniciar uma conversa.

– Como estou o quê? - perguntou, finalmente olhando para ela.

– Perguntei como você está? Se está melhor depois de hoje cedo?

– O que passa pela sua cabeça ein garota? - se levantou. - Por que acha que pode chegar aqui e querer falar sobre a minha vida?

– Talvez porque fizemos isso hoje cedo? - respondeu com outra pergunta.

– Não fizemos nada hoje. Esqueça isso!

– Meu Deus, eu só perguntei se você estava bem! - disse esbravecida cruzando os braços.

– Dane-se o que perguntou!

– Por que está ficando grosso comigo de novo?

– Quer saber? Chega! - ele se encaminhou até a morena e ela temeu por um breve segundo. Mas logo percebeu que o foco dele era outro.

– O QUE VOCÊ FEZ? - alterou o tom de voz. O ruivo havia atirado um dos vasos de Bellatrix no chão. - FICOU MALUCO?.

– Ouvi um barulho de algo se estilhaçando no ch... - Bellatrix não terminou sua frase. Desceu as escadas correndo se encaminhando até os dois jovens. - O QUE VOCÊ FEZ SUA IDIOTA?

– Ela derrubou esse seu vaso ridículo. - disse Ronald.

– Eu derrubei? - perguntou Hermione incrédula.

– Sim, eu vi. Não se faça de desentendida. - respondeu o ruivo.

– Que absurdo! - ainda não acreditava no que o ruivo havia feito.

– Que absurdo digo eu! Você sabe muito bem de onde vai sair o dinheiro para repôr este vaso não é mesmo sua imunda? - disse Bellatrix, e Ronald teve vontade de sair em defesa da morena mas se conteve.

– Mas... eu não fiz nada. Dona Bella, por favor... - ela sabia que o dinheiro sairia da única parte de seu salário que recebia diretamente em suas mãos. E ficaria sem recebê-lo por muito tempo, levando em conta o alto preço do objeto.

– Não me chame de Bella sua inútil, nunca lhe dei esta intimidade. Acho bom tomar cuidado, ou pode dar adeus a sua estadia aqui. E limpe estes estilhaços agora! - dizendo isso ela saiu.

Ronald voltou o olhar para a morena e percebeu que seus olhos estavam marejados. Ela se retirou e quando voltou se pôs a recolher os cacos de vidro, ele percebeu que ela chorava silenciosamente.

– Precisa mesmo ficar me olhando enquanto limpo a bagunça que você fez? Já não basta eu ser punida por sua culpa? - ela levantou o olhar para ele, ao perceber que era fitada - Ou é prazeroso demais assistir tudo isso de camarote? - se levantou - Fique sabendo Weasley que eu nunca desejei o seu mal, só queria saber como estava, você parecia muito aborrecido hoje cedo. Mas parece que nem a minha compaixão você merece. - a morena saiu deixando-o sozinho.

Ele sentiu um aperto no peito. Odiou tê-la feito chorar. Mas não podia ceder, não podia defendê-la ou assumir a culpa. Ele jurou a si mesmo que não levaria a paixão pela morena a sério, e não levaria mesmo... ou pelo menos, iria tentar.

(...)

– Mas que droga, Hermione! – disse Comarc no telefone – Você não sabe a vontade que tenho de tirar você daí e jogar uma bomba nesta casa!

– Comarc! – disse assustada – Nem todos são maus aqui. – defendeu os moradores de residência Weasley.

– Ok, tudo bem. Acertar um míssil na cabeça da megera e outro na cabeça do bolo de cenoura já é o suficiente. – ele tentou descontrair, mas suas palavras não surtiram muito efeito. – Eu pago aquela porcaria, entendeu?

– Não, eu faço questão de pagar. Não vou dar o gosto da vitória para aquele idiota.

– Não seja orgulhosa.

– Pelo que me lembre você dizia para que eu não me menosprezasse.

– E o que isso tem a ver? - perguntou irritado.

– É assim que vou me sentir se deixar você fazer isso, uma incapaz. – ela ouviu o barulho de um carro sendo estacionado. – Acho melhor desligar... tem alguém chegando.

– Ok, continuamos essa conversa depois. Só vou deixar você desligar porque algum intrometido nos atrapalhou. – ele estava imitando a voz dela – Entendeu, francesinha? – a pronuncia do apelido a fez rir – Consegui um sorriso? – perguntou animado.

– Conseguiu. – respondeu.

– Ótimo, assim é melhor.

– Tchau. – desligou o telefone e suspirou profundamente.

Haviam feito um grande progresso, uma conversa inteira no telefone com o namorado sem ele reclamar de ciúme ou qualquer coisa do tipo. Foi desperta de seus pensamentos por Harry, que adentrara na cozinha.

– Oi Mione! – disse sorridente.

– Oi Harry. – tentou esboçar um sorriso. – Queria mesmo falar com você.

– Êpa, podemos falar sobre isso depois. Você estava chorando? – se aproximou dela.

– É claro que não! Está maluco? – tentou disfarçar indo pegar um copo de água, mas foi interrompida por Harry que segurou seu braço.

– Eu não, mas você parece que sim. Acha que não te conheço o suficiente pra saber se está bem ou não?

– Acho que com o tempo as pessoas esquecem como as outras são. – desvencilhou-se.

– Não as que são importantes para elas. Muito menos suas melhores amigas.

Hermione sorriu. Ter o amigo de volta era maravilhoso, e saber que ele continuava o mesmo garotinho de anos atrás que se preocupava com ela, era ainda melhor. Então ela se dirigiu ao moreno e o abraçou, sentia falta dele, muita falta.

– Desculpe.

– Não precisa se desculpar... só me prometa que não vai mais pensar uma bobagem dessas! Onde já se viu, esquecer da minha única irmãzinha que encontrei por aí no mundo? – ela riu.

– Eu prometo.

– Ok – saiu do abraço – já que não vai me contar por que estava chorando. Me diga o que iria pedir hoje cedo? – o sorriso dela ficou maior ainda.

(...)

– Harry disse que já chegou e até agora não subiu. – disse Ronald.

– Ah, ele deve estar esperando seu adversário chegar. Ou, ele foi falar com a Mione e já já sobe. – respondeu Gina.

Os dois irmãos esperavam Harry no quarto de Rony. Aguardavam o moreno chegar com um jogador de xadrez melhor que Rony. Os dois irmãos acreditavam ser uma brincadeira de Harry, afinal quem seria melhor que o ruivo no xadrez? A ideia da brincadeira se confirmou na cabeça dos irmãos quando Harry entrou no quarto com Hermione.

– Cheguei! – disse puxando Hermione para dentro.

– Por que trouxe ela aqui? – perguntou o ruivo com raiva.

– Oras, Harry me disse que precisava de uma jogadora de xadrez melhor que você. E já que estou devendo uma a ele, eu vim. – Hermione respondeu, e os ruivos caíram na gargalhada.

– É sério isso? – perguntou Gina. – Você sabe jogar xadrez, Mione?

– Saber jogar não significa que vai ganhar de mim. – disse Rony. – Nunca perdi uma partida.

– Bom, - Hermione cruzou os braços - parece que logo abaixo de nos odiarmos, o próximo item da lista das coisas que temos em comum é este. Pois eu também nunca perdi uma partida. – o desafiou.

Sentiu seu sangue ferver. Então ele teve certeza, não devia e nem estava apaixonado por aquela baixinha abusada que o desafiava na frente de sua irmã e seu cunhado.

– Eu não vou jogar com você. – declarou.

– Está com medo de perder pra uma garota? Ou melhor, está com medo de perder pra mim, Roniquinho? – ironizou.

– Não. Só não quero humilhar você... – “mais uma vez.” A frase morreu em seus lábios.

– Parece que essa disputa merece apostas, não é? – disse Gina animada.

– Todo o dinheiro da carteira? – perguntou Harry.

– Todo o dinheiro da carteira! – concordou a ruiva.

Os dois foram esvaziando suas carteiras e Hermione ficou assustada ao ver todo o dinheiro que os dois levavam em sua carteiras. “Que perigo!” pensou. Colocaram o dinheiro ao lado do tabuleiro que estava em cima da enorme cama do ruivo.

Todos se sentaram, Hermione frente à frente a Ronald, Gina e Harry cada um em uma das laterais do tabuleiro.

– Esperem! – disse Gina repentinamente assustando Hermione – Antes de começarem, temos que decidir o que faremos com o dinheiro.

– Bom, primeiro temos que escolher um dos dois, não é? – sugeriu Harry.

– Eu aposto no meu irmão é claro. – os ruivos trocaram sorrisos.

– Que ótimo, assim não terei que brigar pela Mione. – foi a vez da morena sorrir.

– Ok. Agora que escolhemos nossos representantes, vamos escolher o que fazer. Se Rony ganhar, vamos comprar dois ingressos para um desfile de moda!

– E se Mione ganhar, iremos assistir á um jogo de Beisebol!

– Mas eu odeio Beisebol!

– E eu não quero assistir desfile!

– Se eu ganhar, não vou receber nada? – disse o ruivo indignado.

– Comprarei os ingressos e o resto do dinheiro ficará com você. – Gina respondeu – E você Mione, o que vai querer?

– Nada.

– Não seja idiota! – disse Rony.

– Não estou sendo idiota. Harry já me fará um favor, a minha parte do dinheiro ficará com ele! – declarou.

– Prometo que te pago um sorvete! – ele segurou o queixo de Hermione com certa força e depositou um beijo em sua bochecha, o que fez a morena rir.

– Vamos ao jogo então. – disse Rony com um tom irritado na voz.

Ele ficou impressionado com a rapidez que Hermione posicionava as peças em seus devidos lugares. Sua irmã nunca sabia os lugares corretos para cada uma, e todas as suas “ficantes” nem jogar sabiam.

A partida finalmente havia começado, e para Gina parecia que nunca terminaria. Os dois estavam extremamente concentrados, deviam admitir que seus adversários eram realmente ótimos jogadores. Harry acompanhava a disputa de perto, bem atento para não perder nenhum movimento sequer. Ao contrário de Gina, que aquela altura já tinha tirado totalmente a atenção do jogo. Já tinha respondidos mensagens no celular, trançado o cabelo e agora terminava de fazer as unhas das mãos, já que durante o jogo já tinha feito as de seu pé.

Gina apenas limpava as beiradas das unhas em que insistia não estarem perfeitas, quando ouviu um “Xeque-mate” e ficou realmente surpresa ao perceber que a voz que havia dito aquilo, não era a de seu irmão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Nos vemos nos comentários...
Beijinhooooos!



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