After escrita por Ero Hime


Capítulo 1
After disease


Notas iniciais do capítulo

Olá, estou de volta! Bem, só um projeto que eu comecei, originalmente com o emparelhamento larry stylinson (harry styles e louis tomlinson, da banda One Direction), mas então pensei que ficaria ótimo em naruhina também!
É bem depressiva. Os capítulos são em primeira pessoa, narrados pelo Naruto de forma cronológica. Sim, eu estou adaptando nos dois casais, a mesma história, qualquer semelhança NÃO É mera coincidência.
Espero que gostem (e chorem) tanto quanto eu.



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Você nunca está preparado para isso. É uma tragédia – por vezes não natural. Mas, ainda assim, algo que você não pode deter. É uma força maior da natureza, que, consigo, traz nada mais que tristeza, solidão, desespero. Dor. Por mais que você tente se antecipar, você nunca estará prevenido. E isso é o pior.

Poderia ser com qualquer pessoa. 7 bilhões na face da Terra, alguns outros milhões espalhados por uma galáxia ainda desconhecida. Homem, mulher, criança. Indiano, americano, canadense, asiático. Branco, negro, pardo, mulato. Velho, jovem. Na flor da idade, ou já por seu leito. Mas aconteceu justamente com ela.

Eu estava lá. Eu sempre estive lá, afinal. Todas suas descobertas – fosse para bem, fosse para mal. Eu estive ao seu lado durante todos os anos de sua vida, e creio que estes foram os meus melhores anos também. Eu não existiria sem ela ao meu lado, também. Fomos feitos um para o outro. Como almas gêmeas, predestinadas por algo maior que eu ou você. Estava escrito em um grande e pesado livro, com capa de couro e folhas envelhecidas. Um roteiro imutável, eu e ela.

Ainda me lembro dos primeiros sintomas. Deus, era tão estúpido! Tão imensuravelmente idiota que te faz sentir-se como um boçal. Começou com a fadiga rotineira, seguida por constantes séries de resfriados e febres altíssimas. Não ligamos muito – a faculdade realmente pegava pesado. Ela não reclamava muito, estava sempre ali, com seu maravilhoso sorriso de iluminar fundos e mundos. E então, as tosses e dores no peito. A fragilidade estampada em seu rosto tão angelical. Os olhos sem brilho, sem vida. Ela começou a morrer antes mesmo de perceber isso. Cada célula lutava bravamente, mas já não havia volta.

Uma maldita doença, hereditária, estágio avançado. Um maldito câncer. Tão banal. Tão... letal. E surreal também. Algo que víamos no noticiário e nas propagandas de hospitais e em folhetos de saúde, mas algo tão frívolo, fora da nossa realidade. Um outro mundo, com outras pessoas. Simplesmente não consideramos a hipótese porque não era normal. Infelizmente, esse deve ter sido meu erro mais idiota. Deus, eu vou me arrepender disso eternamente.

Como eu pude não pensar nisso? Tão absolutamente normal, e então ela estava ali, com exames, cercado por tubos e enfermeiras e remédios para dor. Ela já havia partido. Minha Hinata já estava partindo. Eu via quando ela sorria fraco, intermediado pelo sono causado pelos medicamentos de morfina. A quimioterapia começou a fazer cair seu cabelo – os quais eu tanto amava e idolatrava. Passava horas acariciando-os e enrolando meus dedos sobre suas fios negros e brilhantes, e depois de fazermos amor, era meu lugar preferido para adular. Ela não queria me deixar vê-lo sem cabelo, então lhe comprei toucas e tiaras. Ela dizia que se sentia como uma estrela do rock ou uma princesa. Ríamos, mas ela voltava a vomitar nos baldes ao seu lado. Seu olhar me pedia desculpas, e eu nada dizia. Quando chegava em casa, chorava. Por noites inteiras.

Depois que descobrimos a doença, não havia muito a ser feito.

Eu a via morrer diante de mim, sem poder fazer nada. É como se meu coração estivesse parando aos poucos, batida após batida. Eu tinha medo de acordar um dia com o telefonema, ou meus amigos em minha casa, seus olhos inchados e os rostos abatidos. Nada precisaria ser dito. Não haveriam mais palavras depois que ela fosse embora. Eles poderiam sentir sua falta, mas eu? Eu morreria junto. A cada minuto sem tê-la ao meu lado, a cada pensamento. Cada lembrança, tudo me faria lembrar dela.

Eu segurava sua mão entre os tubos, e ela sorria como podia. Estava tão diferente, mas eu ainda conseguia reconhecer a pequena garota do interior pela qual eu me apaixonara. E então, depois que ela dormia, cansada demais, eu apenas ficava velando-a, sabendo que a estava perdendo pouco a pouco para a inevitável, e, ainda assim, tão magnificamente forte, morte.


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Notas finais do capítulo

E então? Amanhã postarei o próximo, ou domingo, será uma fic rápida e de capítulos curtos mesmo :)



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