Mãe, socorro! escrita por Assiral


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Ciumes



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/589473/chapter/5

– Mãe... garotos são tão idiotas...

Sakura, parou de fazer o guisado que preparava para o jantar.

– Sasuke-kun! Sarada não está aqui, não precisa me chamar de mãe.

Sasuke e Sakura haviam combinado de se chamar de “mãe, mamãe, mama” e “pai, papai, papa, paizinho lindo, papai herói e super papai” na frente da filha, para que ela aprendesse. Como em vários casos, isso virou uma rotina entre eles.

– Diga-me, só hoje você percebeu que garotos são idiotas? – disse Sakura em tom provocativo.

Sasuke fez uma careta para ela. Adorava essa Sakura brincalhona, implicante, e como sempre irritante. Sua irritante.

Mas logo em seguida fechou o semblante de novo.

– Qual o problema desses garotos? Essa vila é tão grande e cheia de meninas não tão feias, mas eles têm que correr atrás da Sarada?!

Sasuke já gritava para uma Sakura de olhos arregalados e se segurando para não rir.

– Sasuke-kun, por que isso agora?

– Por quê? Você pergunta por quê? Aliás Sakura, a culpa é sua!

– Minha culpa? O que eu fiz? Eu nem sei do que você está falando, Sasuke-kun!

Sasuke andava de um lado para o outro, passava a mão no cabelo, arrancou a capa e sentou-se de uma só vez na cadeira, colocando as mãos com dedos cruzados na frente do rosto. Típico.

– Eu vou na casa do Naruto. E depois vou até a casa do Sai.

Sakura já fazia idéia do que se passava. Nada conseguia tirar seu marido do sério daquele jeito. Nada. Além da Sarada.

– Sasuke-kun, me conte o que houve. – disse ela olhando nos olhos dele com a voz mais doce possível.

Sasuke não resistia. Ele sabia que Sakura o dobrava, mas não resistia. Maldita irritante de voz doce e olhos convincentes.

Sasuke suspirou e começou a descrever o absurdo ocorrido.

Ele havia acabado de chegar na vila de mais uma de suas missões, estava morto de saudade de casa, de suas mulheres. Mas como sabia que Sakura estaria no hospital, foi para a Academia Ninja buscar sua filha, que já deveria estar perto da hora de ser liberada.

Ele ficou escondido atrás de uma árvore no pátio de forma que não fosse visto.

Queria fazer uma surpresa pra filha, que estava sentada num balanço de uma outra árvore, o balanço que constantemente via Naruto sentado quando eram crianças. Sentiu certo aperto no coração, ao imaginar sua filha sofrer como Naruto sofria sem os pais, porém, os pensamentos tristes foram afastados quando ele imaginou a felicidade dela ao vê-lo chegar. Adorava os sorrisos espontâneos que ela lhe dava quando ele aparecia sem aviso. Só não contava em ouvir o que ele ouviu.

– Olá, Sarada-chan!

– O-oi Inojin. – ela corou.

Ela corou? Por que diabos Sarada ficaria de bochechas rosadas?

– Eu queria ver se você estava melhor. Eu não gosto de te ver triste, por que, bem, você tem o sorriso mais lindo de todos! – foi a vez de Inojin ficar corado.

Ele corou? Ele gosta do sorriso da minha filha? Da minha adorada filha?

Sasuke poucas vezes sentiu tanto ciúmes como naquele dia. Já sentiu muito ciúme de Sakura, muito mesmo, ainda não suportava aquele sobrancelhudo do Lee perto de sua esposa, mas com Sarada era insano.

– Ei! Anemia-kun! O que é que você tá fazendo perto da Sara-chan? – gritou Boruto se aproximando dos dois.

– Boruto. O que faz aqui? – Inojin não escondia seu desgosto pelo recém-chegado.

– Eu vim ver se está tudo bem com ela e impedir que você se aproveite. – Boruto encarou Inojin e fez um bico em despeito ao outro.

– Não tá acontecendo nada, Boruto. – Sarada disse entre dentes, se levantando do balanço.

Sasuke permanecia em seu conflito interno pensando se intervia ou não na conversa. Ele queria tirar a sua preciosa filha dali, mas também não queria fazer ela passar vergonha. Coisa que Sakura sempre falava para ele, ela o mataria se fizesse algo do tipo.

– Sarada-chan, você não tem que dar explicações para ele. – Inojin insistia com Sarada, não queria perder essa chance – você sabe que ele não liga pra você.

Sarada abaixou os olhos, sentindo o golpe.

– É mentira do Sem-melanina, Sarada. Eu vou sempre proteger você! – Boruto fechou o punho e esticou o braço olhando para ela.

– Boruto...

– Ele só te faz chorar, Sarada-chan, comigo serão só sorrisos, como ontem. Eu prometo.

– Inojin...

Sarada, sentia o torpor de toda aquela situação. O que ela deveria fazer?

Enquanto isso Sasuke, sentia um chidori em cada ouvido, um rasengan no estômago e um soco de Sakura nas partes baixas tudo ao mesmo tempo.

O que estava acontecendo ali?

Quem o colocou naquele genjutsu horrível?

O que ele deveria fazer.

– Sara-chan, eu...você...

Inojin entendeu o que viria a seguir, e gritou ao mesmo tempo que Boruto.

– VOCÊ QUER SER MINHA NAMORADA?

– VOCÊ QUER SER MINHA NAMORADA?

Foi a gota dágua.

– Saiam de perto da minha filha.

Sasuke surgiu de trás da árvore com um semblante extremamente carregado, se igualando apenas ao dia que acordou da febre do selo amaldiçoado e encontrou sua Sakura toda machucada.

– Pa-papai?!

– Ti-tioSasuke?!

– Sa-sasuke-sama?!

– Sarada, pegue suas coisas e vamos embora. – Sasuke ainda parecia ameaçador.

– Si-sim papai.

Sarada pegou seus livros e apertou bem forte, com medo do que viria a seguir. Não por ela, seu papai era incapaz de encostar nela, mas a vida dos meninos corria risco.

Assim que Sarada, deixou a área, Sasuke deu um passou à frente, o que fez Inojin e Boruto engolirem seco, Inojin chegou a sentir-se molhando um pouco as calças.

– Quem vocês pensam que são, pra sonharem em encostar na minha filha? – se ainda fosse possível, poderia se jurar que Sasuke ia declarar “revolução” de novo.

Os dois tremiam.

Haviam escutado histórias sobre Uchiha Sasuke. Que foi um traidor, quase matou o Hokage e Sakura-sama, a grande kunoichi, mas vê-lo com aura assassina era realmente muito diferente das histórias.

– Nunca mais ousem falar com Sarada, tocar na Sarada, sonhar com a Sarada. Atravessem a rua quando ela passar. Ou eu virei fazer vocês manterem distância.

Sasuke estava com o sharingan ativado, havia perdido seu auto-controle.

Notou que os outros alunos já estavam todos com sua atenção voltada para a cena. E antes que fizesse algo que se arrependesse, na verdade algo que Sakura o faria se arrepender, virou e foi embora.

Caminhava a passos largos para alcançar sua preciosa filha, quando já estava deixando a área da academia, ouviu Boruto gritar.

– Tio! Você... Você pode me matar se quiser, mas eu vou lutar pela Sarada-chan, datebbasa!

Sasuke olhou para o insolente barulhento, e ele ostentava uma expressão séria e confiante.

– E-e-e-eu também! – disse Inojin tremendo e de olhos fechados.

Sasuke olhou para os dois em tom de desafio.

– Pois tentem.

Sakura ouviu toda a história calada.

– Insolentes! Dá para acreditar? – Sasuke continuava desabafando toda a sua raiva. – Fale alguma coisa, Sakura.

– Uau! Sarada está mesmo arrasando.

Sasuke olhou para a esposa incrédulo.

– Como você pode, Sakura? É sua filha, e tem moleques idiotas atrás dela.

– Sasuke-kun, isso é sinal que nossa filha é bonita e interessante. – Sakura sorria.

– Não, Sakura, isso é ruim, todos olhando para ela como um pedaço de carne.

Sakura entendeu o que Sasuke queria dizer, ele se lembrava do tempo em que eles eram crianças, e as garotas olhavam para ele só como um garoto bonito sem se importar com seus sentimentos.

Ela se levantou, passou por trás da cadeira e começou a massagear seus ombros tensos.

–Sasuke-kun, a nossa filha vai passar por isso mais dia ou menos dia. Pode ser que ela conheça alguém que realmente valha a pena não é mesmo?

Sasuke segurou a mão da esposa que estava no seu ombro, e puxou-a para mais perto, para ser envolvido em um abraço.

– Mas ela é minha menina, Sakura. Não quero que ela sofra, como você sofreu. – Sasuke apertou um pouco mais a mão de Sakura, e encostou a cabeça na lateral do rosto dela.

– Infelizmente isso não está ao nosso alcance, Sasuke-kun. – Sakura deu a volta, sentou-se no colo do marido – mas se ela for feliz como eu sou agora, então valerá a pena.

E o beijou.

Depois de alguns minutos perdidos naquele beijo, Sasuke o desfez e encostou a testa na testa dela.

– Você está sempre certa, não é? Sua irritante.

Sakura riu e se levantou.

– Claro que estou. E sabe sobre mais o que eu estava certa?

Sasuke olhou desconfiado para a esposa que já amarrava o avental para continuar o almoço.

– Sobre você não fazer cena com nossa filha, na frente dos amigos dela. – Sakura colocou uma mão sobre a mesa e a outra na cintura, encarando Sasuke.

Droga.

Ele sabia que pagaria por aquilo.

– Não precisa fazer essa cara, Sasuke-kun. Dessa vez, você cavou a própria cova.

Sasuke mal havia respirado fundo, e fez cara de quem estava intrigado.

– Quando você fez aquela cena, provavelmente chamou bastante atenção, não foi? Agora você tornou a nossa filha ainda mais desejável.

Não.

Não.

Não.

Definitivamente alguém o havia colocado no pior genjutsu da vida dele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

XD

Eu amo imaginar Sasuke morto de ciúmes da sua princesinha XD

Enfim
Espero que gostem


Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mãe, socorro!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.