Meu primeiro dia sem Robert na casa foi no mínimo estranho, me peguei indo ao seu quarto para acorda-lo para a escola. Me deparar com a cama feita foi arrasador. Durante a tarde o trabalho me bastava, fiquei em minha sala de pesquisa, separada de todos os demais médicos do local, sabia que hoje Josh ficaria de plantão e optei de fugir de sua presença.

Não estava com medo ou receio de nada, apenas queria evitar aborrecimentos desnecessários. Em dois meses estaria livre desta inconveniência. Josh havia sido aceito em um curso extensivo de sua área na África do Sul e já havia aceitado o convite a mais de três meses. Carlisle me contou de seu desligamento em uma conversa trivial na hora do almoço e fingi não estar surpresa.

Mais uma facada dada em minhas costas.

Quando voltava para casa decidi por comprar comida pronta, não seria inteligente sujar meu fogão apenas para mim mesmo. Comprei macarrão chinês com legumes e alguns bolinhos primavera, como o vinho estava a disposição bem próximo ao balcão de retirada dos pedidos, escolhi por um frisante qualquer e segui para casa.

“Bella, filha, venha jantar conosco!”

Sue me chamou através de sua janela da cozinha e acenei olhando para os pacotes em cima de minha mesa. Coloquei tudo na geladeira e cortei o gramado.

“Minha casa esta tão vazia...”.

Emyle me olhou sorridente me abraçando de lado já que estávamos sentadas a mesa.

“Não fica assim maninha, amanha a noite eles estarão em casa e vamos comer pizza!”

Não contive o riso, tê-la me chamando de maninha era algo estranho e extremamente fofo de sua parte. Amanha teríamos pizza e meu pequeno homenzinho estaria em casa.

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“Vamos Bella, eles logo estarão chegando.”

Sue me apressava sem necessidade, ela também sentia falta e Charlie, apenas não queria deixar tão nítido. Terminei de calçar meus sapatos de salto e sai para o gramado em direção a garagem.

“Nossa maninha, ta linda!”

Emyle me olhou com os polegares erguidos, ela estava fofa em seu vestido Jeans e botas rosa.

“Verdade Emyle, Bella esta uma gata."

"Toda esta produção é para buscar seu filho no aeroporto?

Eu realmente havia perdido tempo me arrumando, coloquei um vestido preto simples, mas que delimitava muito bem as curvas de meu corpo e um sobretudo vermelho escuro combinando com os sapatos. Deixei os cabelos soltos e defini os cachos que se formavam nas pontas. Como não era muito fã de maquiagem, apenas dei destaque a boca e passei um lápis de olho.

Não, eu não me vesti assim para buscar meu filho no aeroporto. E sim, eu me vesti assim por que queria chamar a atenção. Não de uma pessoa especifica, mas de varias na verdade. Estava carente e queria olhos masculinos em mim, me sentir desejada novamente. Não me importava se o cara certo ou errado me olharia, eu apenas queria inflar meu ego neste momento.

“Não pense besteira Sue. Agora vamos, não quero deixar meu pequeno esperando.”

Ambas riram e me seguiram felizes, nosso caminho de volta seria impossível em nosso carro e aluguei um Jeep de sete lugares para acomodar a todos com tranquilidade. As cadeirinhas das crianças ocupavam muito espaço e junto as malas seria impossível acomodar a todos no meu.

Chegamos no horário e o painel mostrava um atraso de 15 minutos para o desembarque. Tempo suficiente para Emyle se perder e ser encontrada após gritos pelo alto-falante do local e ser presenteada com um enorme sorvete. Sue ficou tão desesperada que ao encontra-la não conseguiu lhe dar nenhuma bronca.

Ficamos em frente ao portão de desembarque, Emyle segurava uma plaquinha que dizia “melhor sobrinho do mundo” e algumas pessoas nos olhavam sorrindo devido a sua agitação. Mais cinco minutos e logo avistamos o pequeno grupo, Robert estava sentado sobre o carrinho de malas e ao nos ver, ou ver a plaquinha, saltou correndo em nossa direção.

“Oh meu bebê! Que saudade!”

Eu o abracei o pegando em um pulo e o girei no ar sorrindo ao ver sua carinha feliz. Ele vestia um uniforme completo dos Lakers e usava um boné autografado.

O coloquei no chão observando Charlie abraçado a Sue e Emyle, Edward estava deslocado entre tantas demonstrações de afeto e me peguei indo em sua direção para abraça-lo.

“Obrigado por traze-lo bem.”

Falei em seu ouvido, meus braços sobre seus ombros. O senti tremer ligeiramente e então suas mãos seguiram para minha cintura me apertando contra seu peito.

“Obrigado por ter me permitido ter este momento.”

Ele se afastou minimamente ainda mantendo os braços em minha cintura.

“Você esta maravilhosa!”