Mischief escrita por Liv


Capítulo 2
Resgate dos céus


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar, MUITOOOOOO OBRIGADA PESSOAS DIVAS QUE LERAM E COMENTARAM. Sério, os reviews foram uma surpresa para mim e alegrou totalmente meu dia. Em segundo, peço perdão por não ter situado bem onde a história está se passando, bem, está entre Thor e Os Vingadores, ou seja, a batalha de NY ainda NÃO aconteceu. Qualquer dúvida é só perguntar.
Sim, eu imagino que estejam loooooucos para ver (na verdade ler) sobre o Loki, mas tenham paciência, o encontro desses dois já está bem marcado. Logo logo ele aparecerá!



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“Está chovendo hoje, as cortinas estão fechadas, é sempre o mesmo

Eu tentei jogar o jogo deles, mas me fizeram insano

A vida na TV é ilusão, mas não significa nada para mim

Estou pronto para saber o que não posso ver

Quando eu acordar um dia

Eles me dizem que é bonito

Acredito neles, mas será que um dia vou conhecer

O mundo atrás de minha parede?

O sol brilhará como nunca

Um dia eu estarei pronto

Para ver o mundo atrás de minha parede”

–World Behind My Wall (Tokio Hotel)

Rayon avistou um caminho um pouco abaixo de onde estava. Desceu o percurso até que seus pés tocassem em um estranho tipo de chão cinza escuro. Caminhou tranquilamente, tentando disfarçar o fato de que suas pernas tremiam e ela estava em pânico. Viu uma luz vinda de longe, duas, na verdade. Uma sombra se aproximou rapidamente dela. Rayon escondeu-se entre as árvores.

–Thor! -Berrou a voz. Os olhos da garota se arregalaram.- Thor, é você?

Ela observou de onde vinha a voz. Uma garota, seus olhos procuravam desesperador por algo. Por que ela havia chamado o nome de Thor?

–Deveria ficar contente com o retorno dele, Sif. -Aconselhou Rayon. Thor havia finalmente retornado a Asgard, mas eles haviam perdido Loki, não que alguém se importasse muito com isso. A batalha contra os gigantes de gelo quase custara a vida do pai de todos, mas agora tudo parecia estar bem.

–Ele conheceu alguém lá. -Disparou ela. Rayon encarou-a preocupada, sabia bem dos sentimentos que Sif tinha pelo príncipe.

Deveria ser a tal garota.

–Vamos, Darcy! -Reclamou a voz, correndo para onde Rayon havia caído. A garota segurava um estranho aparelho e, atrás dela, corria uma outra garota.

–Deixe de ser tão apressada, Jane, talvez os sinais tenham se enganado ou...

–É aqui! Veja os símbolos. -Falou Jane- Thor!

Rayon voltou para o lugar inicial e encarou as duas, que procuravam por algum sinal de Thor. As duas se viraram e olharam espantadas para a silhueta de Rayon. Jane apertou seus olhos.

–Thor? -Perguntou ela.

–Sinto desapontá-la. -Disse Rayon, caminhando até o campo de visão das outras duas.

–Quem... quem é você? -Perguntou Darcy.

–Como se eu fosse dizer a você. Pois bem, mortais, podem me dizer onde exatamente eu estou. -Disse Rayon.

–Ora sua...

–Darcy! Tudo bem, eu... oi, meu nome é Jane Foster e essa é minha parceira Darcy, você está em New York. Pode vir conosco se quiser ou ficar vagando por aí...

–Sua ajuda pode ser válida... por enquanto. -Disse Rayon.

–Ótimo, venha conosco. -Jane passou por Rayon. Enquanto Darcy a encarava.

–Perdeu alguma coisa? -Perguntou. Darcy deu de ombros e se pois a andar.

–Armadura legal. -Disse a menina.

Rayon as seguiu até um estranho veículo.

–Por Odin, o que é isso?

–Um carro, é assim que nós nos locomovemos por aqui.

–E isso voa ou...?

–Ah, quem dera! Nada de engarrafamentos por um bom tempo. -Disparou Darcy.

Rayon sentou-se ao lado de Jane, e Darcy ficou no banco traseiro. A menina esperou o tal carro se mover, mas nada aconteceu.

–A rapidez de seu veículo não é a das melhores. -Observou Rayon.

–Escuta aqui, você veio de Asgard, e eu preciso saber o porque.

Rayon piscou os olhos e encarou Jane com um leve sorriso.

–Ou o que?

–Ou eu posso muito bem te largar no meio da rua e você ficará perdida aqui. Vai encarar?

Rayon respirou fundo, Jane não parecia ser uma má pessoa. Se Thor realmente havia se apaixonado por ela... ela deveria ser confiável.

–Meu nome é Rayon, cidadã de Asgard. Vim parar aqui pois fui banida pelo pai de todos.

–Uau... o que você fez? -Perguntou Darcy, debruçando-se no banco de Rayon.

A boca da menina se fechou em uma linha fina e ela brincou com os dedos. Mantenha o controle.

–Chega de perguntas... por enquanto -Disse Jane.

***

Dois meses depois

Rayon estava sentada no sofá da casa de Jane Foster. O tempo era cinzento e uma leve chuva cobria a cidade. Em apenas oito semanas Rayon descobriu que mais alguém além de Sif era capaz de gostar de alguém como ela.

–Você está bem? -Perguntou Jane, sentando ao lado da menina.

Ela ainda fitava o céu, perguntando-se como estaria Asgard. Se estaria de manhã ou noite, o que os outros estariam fazendo. Perguntava-se se Heimdall estaria olhando-a agora. Ou se Sif sentiria sua falta.

–Saudades de casa?

Ela assentiu. Rayon jamais tivera nenhum laço familiar ou de amizade além de Sif. Ela nunca tivera nenhum motivo para chamar Asgard de casa, ms ela nunca sentira tanta falta de um lugar antes. Sentia falta de pregar peças em cidadãos da vila, de ir conversar com Heimdall por horas a fio, de aprender a lutar com Sif e, as vezes, apenas as vezes, participar de batalhas com ela, de se divertir com as piadas de Frandal, Hogun e Volstagg ou de ouvir as loucas histórias de Thor sobre Midgard e até sobre Jane, Darcy e um homem chamado Eric, mas ela não o havia conhecido. Rayon encontrara em Midgard algo que ela jamais esperara ter, humanidade, Sif sempre dissera que por baixo de suas mil e uma máscaras Ray tinha um coração. Talvez, mas só talvez isso fosse verdade. Ainda sim a raiva que sentia de Odin ainda corria amargamente em suas veias.

–Tome -Disse Jane, ergendo uma caneca com chocolate quente, ela olhava pesarosa para Rayon- pode não ser sua passagem de volta, mas ajuda um pouquinho.

Rayon deu um leve sorriso e engoliu o conteúdo da caneca. Ela riu secamente.

–Sabe, para uma mortal você até que sabe cozinhar... -Comentou ela.

Jane olhou-a chocada e lançou nela uma almofada, enquanto riam.

–Ei!

–Você tem sorte que hoje estou de bom humor, mas saiba que se atirasse uma almofada em um deus de Asgard você estaria morta.

–Ah, eu poderia dar um tapa no lugar, talvez em Loki, eu certamente bateria em Loki.

–E essa eu pagaria para ver. -Disse Rayon.

Jane estava prestes a falar algo quando escutaram um terrível apito em seus ouvidos. As duas se entreolharam assustadas e correram até um dos aparelhos de Jane. A garota tinha ensinado para Rayon quase tudo o que sabia. O aparelho identificava as ondas que, segundo Jane, apareciam quando algum asgardiano chegava ou saia de Midgard e, como ela era a única de seu reino em Midgard, alguém estava prestes a chegar em New York. Raynon encarou Jane, curiosa.

–Onde?

–Vem de onde você caiu. -Ela correu até a mesa de centro e pegou as chaves do carro- Vamos.

As duas correram até o veículo. A casa de Jane ficava em uma distância de quase vinte minutos até a floresta, mas aquele era seu dia de sorte. Era plena quinta e chovia, o tráfego era quase inexistente, assim, chegaram em dez minutos até o local, tirando o fato de que a motorista correra como o vento.

Jane parou no mesmo local de antes, enquanto Rayon saia do carro e caminhava até o topo.

–Ray, espere! -Reclamou a humana.

Ao chegar ao local, lá estavam as marcas no chão, e havia alguém lá. Estava de pé, encarando fixamente a cidade abaixo. Usava uma armadura e a espada em mãos, seus cabelos negros estavam presos em um rabo de cavalo e os olhos cinzentos vageavam abarrotados de preocupação.

–Sif? -Perguntou Rayon, mesmo já sabendo a resposta.

A menina se virou, seus olhos estavam marejados, mas Rayon sabia que ela não choraria.

–Ray! -Disse Sif, correndo até ela e abraçando-a.

Rayon poderia ser fria, mas as vezes permitia que alguns sentimentos aflorassem.

–O que faz aqui? -Perguntou Rayon.

–Vim te buscar! O pai de todos concordou que seu banimento poderia ser adiado com algumas condições...

–Como conseguiram convencê-lo?

–Bem, eu insisti muito, Heimdall, Frandal, Hogun, Thor e Volstagg também. E claro, a rainha Frigga também foi de grande ajuda.

Rayon respirou aliviada, finalmente, depois de dois longos meses, ela retornaria para casa. Ela ouviu algo parecido com uma tosse vindo de trás de si. Virou-se e olhou assustada para Jane.

–Ah, Jane, esta é Sif e Sif, esta é...

–Senhorita Foster. -Murmurou Sif.

–Lady Sif. -Murmurou Jane.

–Bem, vamos, Ray, os outros estão a nossa espera.

Rayon assentiu e olhou para a mortal perto dela, não pôde deixar de sorrir. Ela era fraca, meio boba, as vezes extremamente chata ou irritante, mas a menina havia adquirido confiança na mortal, apesar de tudo o que havia pensado, talvez mortais não fossem assim tão ruins.

–Obrigada, Foster. -Disse Rayon, estendendo a mão para Jane, que sorriu, repetindo o gesto da outra.

–Cuide-se, Ray.

Rayon assentiu e caminhou com Sif até o centro do círculo. Ela deu uma última olhada para a cidade abaixo e sorriu. New York havia sido bom enquanto durara, mas agora ela retornaria e... bem...

Estou voltando, pai de todos, prepare-se. Avisou Rayon em seus pensamentos.

–Heimdall! -Chamou Sif.

Assim, Midgard se dissolveu a seus pés.


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Notas finais do capítulo

ADIVINHEM SÓ QUEM APARECERÁ NO PRÓXIMO CAPÍTULO? Começa com LO e termina com KI.
Também gostaria de dizer que, nesse capítulo, conheceram uma Ray mais humana e tudo mais, mas fiquem calmos, porque essa Ray logo irá sumir e as encrencas vão começar. E como uma leitora mesma disse, Odin cometeu um grande erro, e ele pagará por isso, podem apostar. Espero os reviews de vocês, vou postar o próximo hoje de madrugada ou amanhã!