Garota rara e diferente escrita por Adolfinho


Capítulo 16
Um garoto diferente


Notas iniciais do capítulo

Enfim, aqui está o mais novo capítulo de Garota Rara e Diferente, obrigado a todos que comentaram nos anteriores.
Algumas pessoas já estavam até sentindo a falta desse tema clichê, mas está aí.



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Eu mal podia acreditar no que meus olhos estavam vendo.

— Tinha que aparecer uma sem classe da ralé para me atrapalhar — reclama Patrícia, me olhando com raiva.

— Eu sabia que você estava metida nisso! Você nunca me enganou com esse seu jeito de bandida.

— Ora, o que importa é que a minha missão está cumprida. Acabei com mais um namorado seu, e o chefe da gangue pôde ir embora em paz — Ela dá uma gargalhada idiota.

— Você não era a chefe? — eu pergunto um pouco chocada.

— Mas claro que não. Eu não tenho tempo para isso. Cansa muito a minha beleza. O verdadeiro chefe já pegou um helicóptero, e a essa hora ele está bem longe daqui.

Essa vadiazinha acha que pode competir comigo só porque nasceu em berço de ouro. Mas eu já ganhei essa batalha. Pego minha metralhadora pesada e aponto para o rosto dela. Preciso vingar a morte do meu boy-magia.

A arma estala.

— Há! Você não tem mais munição! — Patrícia se levanta se sai correndo para uma saída de emergência. Eu largo a arma e corro atrás dela.

Nós duas estamos correndo pelas ruas da cidade em alta velocidade. O luar está lindo, e deixa a perseguição bem mais legal. Patrícia é rápida, mas eu também sou devido ao café do Starbucks que eu tomo diariamente.

De repente, uma moto vermelha para próxima a calçada. Patrícia rapidamente pula na moto e o piloto acelera. Sou deixada para trás!

— Droga! — eu exclamo — Opa, não posso falar isso, é palavrão. Ainda bem que a minha mamãe não mora mais aqui, senão eu não iria mais ganhar o meu queijo-quente com Ovomaltine todas as manhãs.

No dia seguinte, nas escola Doce Love...

— Amiga, que bom que você voltou! — Rafaela vem até mim e me dá um grande abraço.

— Ai, guxa, meus últimos dias foram corridos! — eu comento.

— E, enquanto você esteve fora, tivemos várias novidades.

— Tipo quais?

— Tem um aluno novo na escola, e ele é um gatinho. Todas as meninas gostaram dele, apesar de ele ser um pouco pálido.

— Qual é o nome dele? – Eu me animo.

— Eduardo. Quem sabe vocês dois não se falam! Agora me dá licença um minuto, porque eu preciso ir pegar um moccaccino antes da aula começar — Ela dá uma risadinha e sai saltitando.

Oba! Um garoto novo! Sempre que essas duas palavras estão juntas, meu coração bate mais forte. Não sei porque, mas parece que garotos novos sempre causam isso em mim, ainda mais os que todas as garotas querem.

O sinal toca, preciso ir para a minha sala. Vou até a sala de matemática, nossa primeira aula. Rafaela senta do meu lado, com um copo cheiroso de moccaccino na mão.

— Ali, ta vendo? — Ela aponta com a cabeça para um menino de cabelos marrons, pele pálida e uma pinta de rebelde — Vai lá perto dele, use seus poderes de musa do Danoninho para conquistá-lo.

Eu pego minhas coisas e vou para a mesa ao lado dele. Ele me olha e dá um sorriso de canto da boca.

— Oi, meu nome é Julieta — me apresento.

— Oi, meu nome é Eduardo — Ele dá uma piscadela com o olho esquerdo. Eu coro.

Ficamos a aula inteira conversando, e nós temos muito em comum. Ele também gosta bastante de Nirvana e de Pandas. Mas ele fez uma burrice: ele disse que o Péricles fazia um excelente trabalho como trompetista da banda. Santa burrice. Todos sabem que o trompetista da banda era o James Hetfield. Mas ainda assim, ele é muito gato e muito bacana. Mas ele parecia ficar um pouco desconfortável quando eu perguntava o porquê de ele ser tão pálido.

Depois de mais algumas horas, a aula acaba, e eu fiquei praticamente o dia inteiro falando com o Eduardo. E eu acho que ele gosta de mim. O sinal final toca, e nós vamos para a saída.

— Ei, Julieta, quer dar uma volta no meu carro importado? — Ele aponta para um carro conversível ali perto.

— Claro — eu respondo, tomando um pouco do meu Toddynho.

Ele destrava o alarme do carro e me acompanha até lá. Quando estou prestes a entrar, ouço um barulho de derrapada. Quando me viro, vejo um carro derrapando em alta velocidade... E vindo na minha direção. Vejo minha vida passar diante de meus olhos pela terceira vez em uma semana.

Eu fecho os olhos e me preparo para o impacto. O carro atinge algo, mas não sou eu. Abro os olhos e vejo que o Eduardo segurou o carro usando apenas uma mão, impedindo que ele me acertasse.

Tem algo de especial no Eduardo, e não estou falando do fato de ele conseguir comer dois potes de Nutella em dois segundos.


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Notas finais do capítulo

Pois é, a assassina misteriosa era a Patrícia. Eu achei que todo mundo iria prever isso, mas na verdade só uma pessoa acertou. Chutaram de tudo, desde a Rafaela até o Dino, mas é a nossa principal antagonista.