Garota rara e diferente escrita por Adolfinho


Capítulo 13
O gangster


Notas iniciais do capítulo

Aí está, meus miguxos. Desculpem a demora.
Ah, sem querer ser chato, mas faz tempo que eu não vejo uma galera aí. Para os que continuam lendo a fic, valeu, amo vocês.



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Estou com a mochila em minhas costas e andando em passos largos e saltitantes para a escola. Ainda estou um pouco confusa sobre o que realmente aconteceu comigo. Será que eu realmente fui para Mogwarts ou eu estava simplesmente delirando?

— Ei, garota – chama uma voz meio rouca.

Eu procuro-a, olhando para os lados. Vejo um homem no beco, ele tem um boné cobrindo o rosto e usa uma camiseta verde, com o símbolo da marijuana. Minha mãe sempre me proibia de usar roupas com esse desenho, ela dizia que era coisa do inferno. Mas eu não acredito em inferno.

Eu me aproximo dele, embora um pouco assustada. Essa cidade pode esconder tipos muito perigosos.

— Aí, o líder da nossa gangue de tráfico disse que te acha mó gata, saca? – diz ele – Ele disse para eu levar você lá pro pavilhão que ele quer te dar uns cato.

— Mas eu estou atrasada para a escola – eu respondo.

— Que mané escola o quê! Eu nunca fui pra escola e agora sou o quinto braço direito do chefão. Ele é o traficante mais procurado no mundo inteiro.

Não tem chance nenhuma de eu aceitar. Sou uma menina muito justa, e sei que traficar drogas vai me levar para o inferno... opa, esqueci que não acredito em inferno. Bem, só sei que eu preciso ir pra escola.

— Desculpa, mas eu sou uma menina educada e não quero me envolver com traficantes – eu digo, e já começo a me afastar.

— Porra, que pena – diz ele – O chefe vai ficar tão triste. O maior traficante de Toddynho do mundo acaba de perder seu grande amor.

Eu me viro em velocidade relâmpago.

— Você disse Toddynho?

— Sim. Nosso chefe trafica Toddynho, e é muito bom nisso. Ganha uma tonelada de dinheiro – diz ele, se virando para ir embora.

— Espera! Acho que vou aceitar sim!

Ele dá um leve sorriso e faz um sinal para que eu o siga. Nós andamos por alguns becos, até que chegamos até um velho hotel abandonado da cidade. Ele abre a porta e nós entramos. Tem mais alguns caras arrumando caixas e mexendo em celulares.

— O chefe vai ficar bem feliz com o carregamento – diz um eles.

— E mais ainda quando ver que a novinha que ele queria está aqui – diz o outro, me olhando.

Nós andamos mais um pouco, e eu percebo que é bem impressionante. Alguns gangsters estão praticando tiro, outros estão enchendo a cara de Toddynho, e alguns estão trabalhando. Nós passamos por uma porta, e chegamos em uma sala com uma grande mesa, e um homem sentado nela.

— Justin... Bieber? – digo eu, gaguejando um pouco.

— Eu mesmo. Surpresa em saber que eu sou o maior traficante do mundo? Pois é, e eu estou muito interessado em você. Ouvi falar que você aprecia um Toddynho, então estou disposto a fazer de você a minha namorada. Terá o tanto que quiser – diz ele, cantando.

— Ele sempre canta em quanto fala – diz o bandido ao meu lado, sussurrando.

— Mas e aí, você topa? – pergunta ele.

Quando estou prestes a dar minha resposta, o meu celular toca. É a Rafaela. Deve estar preocupada porque eu não fui na aula. Eu atendo no segundo toque.

— Onde você está, miguxa? A aula já está começando! – grita ela histericamente.

— Calma, guxa – eu digo – Eu fui chamada pelo traficante mais procurado do mundo para ser a namorada dele e se juntar ao mundo do vício no Toddynho.

— Nossa, isso não é perigoso, não?

— Ah, é claro que não, o que pode dar errado? Além do mais, eu sabia que a minha vida não seria apenas aquela mesmice da escola. Eu sempre estive predestinada a brilhar.

— Ah, amiguxa, disse eu tenho certeza. Mas me diz uma coisa, você ouviu falar dessa nova aberração que está atormentando a cidade?

— Não, não vi, o que é? – eu pergunto.

— Tem uma criatura verde de duas caudas, que aparentemente está sempre roubando Danoninho. Até o FBI já veio para a cidade para investigar. Toma cuidado, não quero que você se machuque. Passa lá no Starbucks depois, vamos tomar um cappuccino.

— Tudo bem amiga, passo sim. Beijo! – eu digo, desligando e guardando o celular.

Eu olho novamente para Justin Bieber, e ele devolve o olhar. Ele está pronto para ouvir a minha resposta.


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