P.O.V. Riley

Eu acordei e me levantei, eu estava cheia de energia, sentia como se pudesse correr por horas, mas eu me limitei a ir para o espelho. Quando eu o olhei, levei um susto e comecei a gritar, já que não era o meu reflexo que estava lá, e sim o de Alice, a minha personagem favorita, pelo visto ela também se assustou. Depois de um tempo, resolvi chegar mais perto dela, e quando nossas mãos estavam prestes a se tocar, percebi que não havia nada de errado com o espelho, e sim comigo. Eu estava vestida com um vestido azul e branco, assim como a minha meia calça e com lindos sapatos pretos e uma tiara negra nos meus cabelos. Mas além de minha roupa, eu também estava diferente, muito diferente. Eu estava mais alta, parecia um pouco mais velha, do mesmo jeito que a Nessie. Confuso.

Eu achei que estava sonhando, já que quando eu me virei para sair, encontrei com o Chapeleiro e com a Rainha de Copas com caixas nas mãos. Eu olhei para eles sem saber o que fazer.

-Filha? – a rainha de copas me chamou de filha, é só o que me faltava – Você está linda! Olha como ela está linda Emm. – eu olhei bem para ela:

-Mãe? – ela assentiu – Você tem certeza?

-É claro que sim filha. – agora foi a vez do chapeleiro, fala sério... Enquanto eu tentava encontrar uma lógica para tudo isso eu escutei uma voz parecida com a do tio Ed

-Ela não está entendendo.

-Riley, hoje é o seu aniversário. E nós preparamos uma festa a fantasia para você. – eu comecei a gargalhar e me joguei na cama, como eu podia ser tão boba de não ter percebido. Depois da minha crise de riso minha mãe me abraçou e se sentou do meu lado.

-Mãe, se isso não é um sonho, porque eu estou deste tamanho?  - quando ela ia responder eu perguntei – POR QUANTOS ANOS EU DORMI?

-Calma filha, você dormiu por aproximadamente cinco dias. E você está deste tamanho porque teve um surto de crescimento igual à Nessie, você se lembra?

-Ok, mas como vocês sabem que hoje é o dia do meu aniversário?

-Nós não sabemos, mas nós sabíamos que você merecia uma festa. Está preparada para os seus presentes? – eu praticamente quiquei de ansiedade. – Este é o meu.

Eu abri a caixa vermelha e dentro havia um lindo celular prateado. Eu a abracei e a agradeci. Depois disso, meu pai me entregou uma caixa roxa.

-Eu aposto que você vai gostar.  – dentro da caixa havia um videogame junto com um jogo do Barney.

-humm, obrigado pai, isso parece ser bem divertido. – assim que eu terminei de abraçar os meus pais, a sininho, também muito conhecida como tia Alice, entrou no quarto.

-Ok, seus presentes foram bons, mas o eu supera. Vamos Riley – ela dizia enquanto puxava meu braço. Depois de sair do quarto dos meus pais ela cobriu meus olhos – Só abra os olhos quando eu disser que pode... Pronto.

Eu abri meus olhos e parecia que eu estava no paraíso, era a minha ‘Wonderland’ particular. Era tudo tão lindo e tão real. A minha única reação foi abraçar a tia Alice. Era mais do que eu havia imaginado. Havia uma parede coberta de bonecas, inclusive com uma prateleira com bonecos personalizados de toda a nossa família. Quando eu me virei encontrei a família inteira reunida na minha frente.

-Venha comigo querida – a vovó Esme, que estava vestida de rainha, me levou até uma grande janela, onde havia uma varanda, como se fosse um jardim particular, e então ela me entregou uma caixa rosa cheia de ferramentas para eu poder cuidar do meu próprio jardim. Eu abracei e ela me levou até o vovô, que para combinar com a vovó estava vestido de rei. Ele me deu os parabéns e quando saiu da minha frente, havia um notebook roxo com meu nove escrito, na mesa.

O tio Jazz, que estava vestido de Peter Pan me deu uma enorme prateleira com livros de diversos tipos. A Nessie estava vestida de líder de torcida. Líder de torcida?

-Isso é uma forma dela expressa a vontade de ir para a escola. – o tio Ed me respondeu. Mas eu não havia feito uma pergunta...

-Este é o meu presente – a Nessie me entregou um enorme porta-retrato digital.

-Este aqui é o meu – o tio Ed estava vestido de príncipe me deu um I-pod. Depois disso, todos, menos a tia Bella, que ironicamente estava vestida de Bela (NA: Bela e a Fera, saca?) desceram.

-Isto aqui é um diário, aqui você escreve tudo o que você sente, ou segredos. É um livro da sua vida que você mesma escreve. – Era um caderno lindo, todo decorado, todinho em branco. Eu deixei o diário na minha cama e abracei a tia Bella - Eu acho que a festa já vai começar.

-Eu tinha me esquecido deste detalhe. Quem virá? – eu perguntei ao chegar ao salão decorado, que um dia foi a nossa sala.

-Poucas pessoas, apenas o seu avô Charlie, Leah, S... – ela se interrompeu e logo continuou – Sue, Jacob, Quil, Embry, Claire.

-Ah, que bom. O que vocês acham de dançarmos um pouco? – eu disse e todos foram para a pista de dança. Ficamos lá até os primeiros convidados chegarem: vovô Charlie e Sue, eles estão vestidos com roupas estranhas e coloridas, que descobri que são dos anos 70. Eles se surpreenderam ao ver o meu tamanho e ficaram envergonhados ao entregar o meu presente, que era um livro ilustrado da Alice no País das Maravilhas.

-Nós achávamos que você... – o vovô Charlie começou.

-Você iria gostar – e a Sue terminou.

-Mas eu gostei, é realmente lindo. Que tal comer alguma coisa?

Eles foram com a tia Alice para a mesa de comidas, onde havia bolinhos ‘eat-me’, o bolo e um monte de outras coisas. Depois de algum tempo, a Leah e o Jacob chegaram. A Leah estava triste como sempre e vestida de Pocahontas; e o Jake correu todo feliz para ver a Nessie, vestido de jogador de futebol americano. Todos estavam se divertindo, então eu Fuji para o meu quarto e peguei o meu diário, eu estou sentindo que esta noite será especial.

Eu abri o meu diário na primeira página e escrevi que eu queria ter um amigo do mesmo jeito que o Jake é para a Nessie. Eu olhei lá para baixo e risquei tudo que havia escrito, afinal eu tenho uma família inteira que me ama e não devo pedir mais nada. O tio e

Ed se aproximou de mim e eu fechei o diário instantaneamente.

-Você tem a mente de uma garota com mais de 10 anos, isso que você está sentindo é normal.

-Todas as garotas se sentem assim? – eu perguntei.

-Todas elas – e então ele sumiu.

Eu arranquei a folha do diário e a reescrevi. Quando eu terminei, alguém entrou pela porta. Ele parecia um boneco que havia na prateleira do meu quarto, ele era moreno, tinha cabelos escuros e curtos, não vestia fantasia alguma e parecia ser bem legal. No momento que ele entrou, mamãe havia acabado de sair para ter uma conversa a sós com a Leah. Ele olhou para mim e só teve o tempo de sorrir para mim até que meus tios o carregaram para fora da sala.