P.O.V. Rose

Hoje o dia começou bem estranho: a Riley acordou e o Edward a chamou para tomar café na cabana e quando eu fui acompanhá-la, o Edward me barrou. Eu estou preocupada, já que ela está lá desde que acordou e eu não consigo escutar nada que se passa lá dentro. Eu estou inconformada com o fato de que o Edward raptou a minha filha, logo no dia – que eu torço para não ser – do meu ultimo dia de vida.

-Larga de ser dramática Rose. As meninas estão se divertindo. E eu tenho tudo sob controle. – o Edward disse isso na frente da cabana, onde eu estou indo encontrá-lo. – Pare de se preocupar e avise para a Alice que ela pode separar as roupas do plano B para o encontro com os Volturi. – como se ela realmente ligasse pra sua opinião – Tudo faz parte do plano.

Eu acho que o Edward tirou o dia para me irritar. Ele esconde minha filha e depois fica com esses segredinhos. Eu fui correndo para casa e fui falar com a Alice, quando eu transmiti o recado ela só faltou pular. Pensando bem, ela pulou sim... Mas isso não vem ao caso.

-Rose, você pode buscar a Riley agora. – até que enfim – E depois que ela almoçar, arrume-a, pois eles já estão a caminho.

Como todos estão tão calmos? Todos podem morrer hoje e todos agem como se fosse haver uma festa. Eu estou confusa, mas eu tenho que passar segurança para minha filha. Recompus-me e bati na porta, e a Nessie abriu a porta. Golpe baixo Edward, golpe baixo. Eu a abracei.

-Tudo bem querida? – ela sorriu e assentiu – Você pode chamar a Riley, por favor?

Ela correu pela casa e depois voltou com a Riley ao seu lado. Acho que estou ficando louca, mas eu podia jurar que a Ri está diferente, talvez um pouco mais alta, ou talvez ela tenha corrido rápido demais. Mas provavelmente é só saudade.

-Mamãe! – a Ri gritou e pulou em cima de mim. – Eu estava com saudades.

-Eu também meu amor. Vamos comer agora?

-Com certeza. Eu estou faminta! – ela disse fazendo careta.

Eu a peguei no colo e corri para a casa branca. Quando chegamos, a comida já estava pronta. A Riley comeu e depois eu fui tomar banho com ela. Quando chegamos ao quarto, nossas roupas estavam em cima da cama. Eu não podia acreditar! Eram roupas de festa. O que a Alice está pensando...

-Vista se logo e não reclame, Rose. – uma vez Alice, sempre Alice.

Eu me vesti com um vestido vermelho curto com alças largas, igualzinho ao da Riley que era Pink. Eu calcei sandálias de salto e a Riley sapatilhas (NA: tenho pavor de criança de salto). Passei maquiagem e arrumei nossos cabelos e desci. Todos já estavam lá embaixo nos esperando. Todos os homens estavam vestidos do mesmo modo, calças pretas e camisas sociais brancas. As mulheres estavam parecidas também. Os vestidos eram do mesmo modelo, as únicas coisas que mudam são as alças e as cores: o da Bella era azul e o da Nessie verde, os dois com alças estilo frente única; o da Alice era roxo e tomara-que-caia e o da Esme era bege com apenas uma alça.

Nós todos fomos em direção a clareira, já que eu havia desistido da idéia de deixar a Riley em outro lugar. Minutos depois que nós chegamos à clareira, eles chegaram, e para minha surpresa, eles eram poucos: Aro estava acompanhado de Jane, Alec, Felix e Demetri. Se ele acha que eu vou desistir da minha filha sem lutar, eles estão muito enganados. Eu fiquei estática. O Carlisle caminhou até o centro e cumprimentou.

-Olá, amigo Carlisle. – o Aro disse.

-Olá Aro. Qual o motivo de sua visita?

-É claro que vocês já sabem o motivo. Quebraram a lei.

-Que lei? Eu ainda não compreendo. – o meu pai disse com calma.

-Vocês transformaram a criança e expos o segredo. Foi essa a notícia que chegou a mim.

-Então suas fontes não são confiáveis. A Riley continua mais humana do que nunca e nem desconfia o que somos. – o meu pai contou o resumo da história da Riley.

-Oh, quanta bondade, não é? Mas o cheiro dela não é normal.  – ele respirou fundo – Tem algo de diferente nele. – o cheiro da minha filha é ótimo, seu retardado. Eu apertava a Riley cada vez mais forte. – Eu acho que devo checar isso mais de perto.

-Rosalie, deixe a Riley ir. – o Edward, que está ao meu lado disse. Sem chance Edward – Confie em mim. Eu tenho tudo sob controle. – essa frase está me dando nos nervos! Eu coloquei a Riley no chão e ela foi até o Aro, que se ajoelhou na frente dela e pegou a mão da minha filha entra as suas. Ele fechou os olhos e começou a dizer:

-Interessante. Muito curioso.  – ele beijou a mão da Riley e quando ia se levantar ela colocou a mão em seu ombro e a guarda se aproximou de repente – Deixem de ser ridículos, é só uma criança, deixe-a falar. – a Riley virou e sorriu, mas ela sorriu para o EDWARD!

-Volturis, vocês gostam de por medo nas pessoas, mas medo não é respeito. Respeito eu tenho pela minha família. Nesse pouco tempo que sou uma Cullen, eu aprendi muita coisa: com o vovô aprendi a ser honesta, com a vovó Esme eu aprendi a cuidar de quem eu amo, com a Nessie aprendi a brincar, com o tio Ed descobri coisas que nem eu sabia sobre mim e aprendi a tocar piano, com a tia Bella eu aprendia a cozinhar, a tia Alice ensinou a me vestir, tio Jazz ensinou como me controlar e ajudou a me entender. Com a minha mãe eu entendi que quando se tem uma família, temos que lutar com unhas e dentes– OMG! Será que ninguém vai parar essa menina? Eu teria feito isso se eu conseguisse me mexer. A Riley olhou para mim e disse:

-Eu já estou acabando, ok? E o meu pai me ensinou como usar minhas unhas e dentes junto com golpes de karatê, que se eu fosse você, não iria querer ver. –ela fez uma pose de ataque enquanto falava - E  eu tenho que te avisar uma coisa que muitas pessoas querem dizer, mas tem medo: Vocês não são os donos do mundo. Não passam de uns mariquinhas de vestido. Meu pai que me disse, mas não conta para a minha mãe, ela não gosta que eu use essas palavras. – eu estou sem reação. Eles vão matá-la. Esse é o único motivo para que eles a deixem continuar. – Podem ir. Ou estão esperando um obrigado?

Por incrível que pareça, eles foram embora. TODOS eles, sem hesitar. Eu estava paralisada quando ela voltou correndo para o meu colo. Todos estavam festejando e eu ainda estava confusa, mas tudo que eu pude fazer foi abraçar a minha filha e meu marido.

-Edward e Riley Cullen, comecem a se explicar. – nenhum deles se moveu – AGORA!

-Eu falo. – o Edward tomou iniciativa – Já tem tempo que eu observo o comportamento da Riley, e eu percebi que a Riley tinha algo diferente. - então a Riley o interrompe:

-O que ele quer dizer é que eu, a princesa aqui tem poder de persuasão. E eu convenci o Aro a nos deixar em paz quando ele pegou a minha mão, e então eu aproveitei e disse umas verdades eles. – quando a Riley terminou de falar, o Emm a pegou no colo e foi para a garagem.

-Edward, como você deixou a Riley correr esse risco? Eles podiam ter matado ela! Você não entende? – eu comecei a esmurrar seu peito e então o Ed continuou a explicação:

-Não foi só a Riley que desenvolveu poderes. O escudo da Bella expandiu, ele além de mental é físico. Se os Volturi tentassem nos atacar, eles não conseguiriam. Eu disse que tinha tudo sobre controle – assim como um irmão mais velho, ele bagunçou meu cabelo, me abraçou e fomos todos dançar, assim como uns meses atrás.