A filha da Marca Negra escrita por Just a Witch


Capítulo 3
Breve encontro com O Eleito


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me qualquer erro!



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Eles se olharam atentamente por um tempo, ambos tentando analisar o que podiam concluir do primeiro enfrentamento que tiveram. Por fim, Harry falou.

_Srta. Lena, eu quis vê-la o mais rápido possível quando me comunicaram que a filha de Lord Voldemort estava em Hogwarts_ ela ficou espantada com a coragem do homem de falar o nome de seu pai_ e principalmente estive preocupada, pois como deve saber meu filho foi para a Casa Sonserina, assim como você_ ele fez uma pausa, esperando alguma reação, como ela continuou com a expressão impassível, ele continuou_ imagino que não goste muito de mim, mas entenda que tive de matar seu pai, era para a sobrevivência de todos que lutavam a meses contra ele.

Finalmente ela falou.

_Sr. Potter, me desculpe, mas o senhor está dizendo que o que fez foi um ato heróico? Pode ser para alguns idiotas_ ela frisou a última palavra_ mas eu acho que você e meu pai são idênticos_ isso com certeza o chocou_ o senhor matou meu pai, assim como ele matou os seus_ ele abriu a boca e fechou_ ele matou para salvar-se e salvar seus seguidores, você matou para salvar-se e salvar aquela gente_ ela deu um sorriso de deboche_ não me venha dizer que foi melhor, porque como você, cresci sem meus pais.

Ao finalizar, Harry Potter não sabia o que dizer, e pareceu fazer muito esforço para se manter calmo.

_Bem, fico muito triste que não esteja do nosso lado, o lado bom_ ele fez questão de enfatizar_ mas tem apenas onze anos, não posso culpá-la por estar amargurada, mas lhe garanto que seu pai nunca foi digno de piedade.

_Sr.Potter, não existe lado bom ou lado mau, apenas o poder e aqueles que são fracos demais para possuí-lo_ a expressão dele era de completo horror ao ouvir as palavras do Lorde das Trevas_ e lhe garanto que não só nego seu lado, como faço questão de dizer que o que puder fazer pelo meu pai eu farei_ dizendo isso, virou-se e saiu.

Enquanto caminhava em direção à Sonserina, as lágrimas começaram a descer sobre seu rosto, odiava aquele homem e odiava tudo que tinha feito. É claro que o pai voltara, mas ninguém sabia e ficou muitos anos de sua infância passando de casa em casa de Comensais da Morte.

Quando percebeu já estava no corredor onde a professora McGonagall a buscara, bem em uma bifurcação com corredores idênticos. Experimentou os dois, mas não tinha como saber qual era, então voltou para onde estava e se sentou encostada nas paredes frias das masmorras. Alguém deveria vir.

As horas se passavam e ninguém aparecia. Ela estava começando a entras em desespero, não conseguia parar de chorar.

_O que uma menina linda faz chorando aqui?_ perguntou a voz de um garoto que ela achou familiar, mas não conseguiu associar a ninguém. Ela levantou a cabeça e seu coração acelerou. Era Jake Avery, filho de Comensais da Morte.

_McGonagall me levou pra sala dela e não sei onde é a Sonserina nem a senha_ ela enxugou rapidamente as lágrimas, ele era lindo. A pele levemente morena e os cabelos escuros ficavam perfeitos com os olhos esverdeados. Além disso era jogador de quadribol e monitor.

_Mas isso é fácil de resolver, venha comigo Lena, não é?_ ele abriu um sorriso deslumbrante, e uma piscadela mostrava que ele não tinha dúvidas de que esse era seu nome.

_Como se você não soubesse_ ela riu.

_Certo, me pegou. Mas eu só não queria deixar na cara que prestei atenção quando te chamaram ou que ainda tento lembrar do tempo que passou lá na nossa casa.

_Ah, desculpe, mas não lembro. Eu era bebê_ ela corou. Agora ele a veria como uma irmã mais nova.

_Nem eu, tinha quatro anos_ agora ela percebera que não prestara atenção no caminho, de tão ocupada que estava tentando respirar normalmente.

Chegaram a uma parede de pedra comum e ele falou baixinho a senha “Lena” e ela quase tombou para lado.

_Como assim essa é a senha?

_Você é filha do Lorde das Trevas, merece ser a nossa senha_ e entraram no salão comunal. Era deslumbrante. Sofás e poltronas de couro estavam espalhados confortavelmente em torno de algumas lareiras (ouvira dizer que era muito frio lá em baixo) e tapeçarias com imagens enfeitavam a sala. Tudo que não era verde e couro era prata e as grandes janelas davam para o lago, com visões incríveis, mas sombrias.

Quando os alunos a viram, o silencio tomou conta do aposento e ela achou que deveria dizer alguma coisa, porque não queria que isso acontecesse sempre que fosse aparecer por lá.

_E aí gente?_ ela respirou fundo, isso estava péssimo_ olha, eu vim aqui para me divertir, e imagino que vocês também, somos Sonserinos, não precisam me tratar assim, pelo menos aqui_ alguns sorriram outros vieram até ela, querendo saber como era ser filha do Lorde.

Por fim, ela não agüentava mais responder as mesmas perguntas “ele é mau com você?”, “você fala com as cobras?”, “ele está de volta?”, “você já tem a Marca Negra?” e muitas outras.

_Ok pessoal, deixem a menina respirar_ sugeriu Jake, vendo o desespero dela, mas todos obedeceram. Visivelmente, ninguém ousava desafiá-lo.

Ela agradeceu e pela primeira vez pode observar os alunos, que estavam de volta às poltronas conversando animadamente. A um canto estava o Potter, que conversava com uma menina e um menino, que ela não reconheceu ser de família nenhuma que conhecesse. “Mestiços ou sangues ruins”, porque infelizmente a Sonserina podia acolher esse tipo de gente, desde que tivessem as características exigidas.

Lena encontrou Scorpius falando com algumas meninas, mas ele rapidamente levantou quando ela se aproximou.

_Onde você esteve?_ perguntou lançando um olhar aborrecido a Jake. Ela achou um despropósito ele realmente acreditar que tinha chance com ela.

_Perdida, não sabia o caminho_ ela o olhou com raiva_ então Avery me encontrou, coisa que você poderia ter feito, caso se preocupasse um pouco_ ela tomou cuidado em chamar Jake pelo sobrenome, pois não havia sentido em deixar Scorpius mais bravo. Ele assentiu e resolveu mudar de assunto.

_Então, o que McGonagall queria?_ a curiosidade era visível, e ao ouvir isso Jake se aproximou com outro garoto e as meninas prestaram atenção.

_Harry Potter estava me esperando no escritório dela_ ela riu_ falei algumas verdades para ele.

_Então meu pai quis falar com você?_ todos se viraram, não tinham visto Alvo se aproximar.

_Acredito que não preciso lhe dizer nada Potter_ ela respondeu com frieza.

_Olha só, acho que a mini Voldemort ficou brava_ ele riu_ mas veja bem, notei como os Sonserinos te respeitam, mas não vou deixar os esforços do meu pai e da Ordem serem em vão, porque a ultima coisa que precisamos é uma nova geração de Comensais da Morte.

_Parece que alguém recuperou a coragem que perdeu no jantar_ ela falou com deboche.

_Pelo menos eu tenho alguma.

BUM!

Ela não sabia exatamente como fizera isso, mas em um momento ele estava firme enfrentando-a e agora ele estava caído, agonizando, como se cem facas estivessem perfurando lentamente seu corpo e o mais estranho é que ela gostou da sensação de causar sofrimento em alguém, especialmente no Potter.

Para sua surpresa e horror, Harry Potter adentrava agora a sala da Sonserina, a tempo de ver o filho se contorcendo. Lena sacudiu a varinha e o garoto parou imóvel no piso de pedra. A expressão de Harry era assustadora.

_Slytherin, me acompanhe até a sala da Diretora. Sei que não sou professor, mas para seu bem, sugiro obedecer_ ele respirou fundo_ vocês dois_ apontou para Avery e Malfoy_ levem Alvo para a ala hospitalar, não tentem nada ou irão se arrepender_ então pegou Lena pelo braço e começou a arrastá-la escadas acima.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, me estimula a continuar!



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