A filha da Marca Negra escrita por Just a Witch


Capítulo 13
O outro filho




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_Algum problema?_ Jake a olhou curioso.

_Não, não é nada_ ela imaginou que sua expressão era de choque, porque a olhavam preocupados.

_Certo, como eu dizia..._ mas ela não escutou mais nada. E se fosse Justin? Ele sabia? Lena queria que ele soubesse? Será que ele ia exigir seus direitos como filho do Lorde?

Neste momento Justin entrou no salão comunal e Jake e Alison pararam de conversar. Ele se encaminhou para eles, mas Lena parou na frente dele.

_Eu poderia conversar com você?_ ela olhou para Ali e Jake_ A sós_ ele assentiu e o interessante é que ele não parecia curioso. Eles se sentaram em um canto da sala.

_Muito bem, você nasceu no dia 22 de dezembro de 1993?_ ele tentou parecer despreocupada.

_Sim.

_Você não vive com seus pais?

_Não.

_Os conhece?

_Minha mãe morreu quando nasci, mas tenho contato com meu pai_ Lena sentiu um aperto no peito.

_Hum... Você não gosta do seu pai porque ele te abandonou?

_É_ ele buscava explicação para as perguntas nos olhos dela que evitavam olhar para ele.

_E seu pai é um comensal da morte, digo, o biológico?­­_ Lena começou a reparar a semelhança entre eles: os cabelos escuros, os olhos muito azuis, o jeito de falar... Ele só podia ser seu irmão.

_Mais ou menos_ é, ele era_ Lena, escuta. Você sabe de algo e está sondando?

_Não_ ela tentou sorrir.

_Está_ ele tinha a mesma teimosia.

_Como você sabe?_ ela desafiou.

_Eu te conheço muito bem.

_Como?

_Porque sou seu irmão, mas você já desconfiava disso, não é?_ ele a estudou, procurando alguma reação.

_Então você sabe?

_Sim, sei também que não sou o herdeiro, então papai não me quis, mas me permitiu ser um comensal da morte_ ele parecia amargurado, mas em processo de perdão.

Lena simplesmente o fitava, não sabendo o que fazer. Por fim, se atirou nos seus braços e começou a chorar.

_E-eu sabia que não podia ser sozinha no mundo!_ era verdade, sempre estava sozinha naquela mansão, comensais entrando em saindo, descendo para as refeições, lendo nos jardins... Era bom saber que tinha alguém que ao menos deveria fazer companhia para ela.

_Eles te tratam mal?

_Não! É que ninguém se importa..._ ela parou de chorar, estava sendo ridícula. Ele não ia voltar para a casa do Lorde.

_Melhor a gente voltar para lá, Jake está olhando como se eu tivesse te seqüestrado_ ele riu_ falando nisso, avisei ele que caso eu soubesse que ele te magoou, era melhor começar a colocar os negócios em ordem_ eles se sentaram na mesa junto com os outros.

_Descobri que Justin é meu irmão_ ela disse baixinho. Jake pareceu mais feliz depois da notícia, tanto que não a soltou até a hora de dormir.

_Te vejo amanhã_ Lena disse antes que ele a puxasse para um beijo. Ela ainda não estava acostumada com essa exposição, sempre fora discreta, mas parecia que toda a escola já sabia que Jake Avery namorava Lena Slytherin.

Já no dormitório, Alison sentou ao lado dela pensativa.

_Você acha que Justin voltará a morar com você?_ ela parecia em um dilema interno.

_Vou tentar, ele deve ficar com a família_ agora que ela lembrou que Justin morava com Alison desde sempre.

_Concordo, seria legal ter um namoro normal_ ela riu_ mas sugiro mandar uma carta para seu pai agora, ninguém vai monitorar cartas a esta hora_ Lena assentiu e puxou um pedaço de pergaminho.

“Papai, como vão as coisas aí? Bom, descobri que meu irmão é Justin e se você quer meu bem, vai levá-lo para morar com a gente. Por favor, não estou pedindo para assumi-lo, só quero ter companhia! Mande a carta ao anoitecer, te amo, Lena”

_Isso foi chantagem emocional_ concluiu Alison_ será que o Lorde fará isso?_ Lena encolheu os ombros.

­Elas foram para o corujal o mais silenciosamente que conseguiram e Lena prendeu a carta na sua coruja que se chamava Vênus. Era muito bonita: branca, mas com tons rosados nas pontas das penas. Observaram a coruja sair noite a dentro.

No outro dia chegou uma encomenda gigante para Jake.

_É o bolo_ explicou_ a festa vai ser hoje a noite.

Mais encomendas chegaram para vários alunos da Sonserina que sabiam do aniversário. Até algumas alunas da Lufa-Lufa se empurraram até Justin para lhe dar variedades de doces.

_Me dá isso aqui_ Alison arrancou os doces dele e murmurou tocando a varinha_ Incendio_ e todos pegaram fogo.

_Tenho uma namorada ciumenta gente_ riu Justin a puxando para um beijo.

_Lindo, mas nem que o meu presente?_ disse Lena fingindo indignação.

_Como não?_ ele riu enquanto abria uma pequena caixa dourada_ Nossa_ ele pareceu feliz com o presente. Um relógio de platina no qual uma serpente se enroscava em torno do visor. Os olhos da cobra eram de esmeralda_ É incrível! Como conseguiu?

_Bom, foi meio em cima da hora, mas o vendedor de uma loja de artefatos das trevas ficou feliz em ajudar a confeccionar depois que insinuei que eu conhecia lobisomens que andavam famintos de sangue_ todos riram_ se girar a cobra três vezes para a esquerda, tudo fica escuro e só você poderá enxergar, semelhante a mão da glória, porém mais portátil, ideal para fugas rápidas. Se girar três vezes para a direita, terá um estoque grande de veneno de basilisco, ideal para injetar em alguém.

_Incrivelmente maléfico, mas incrivelmente útil_ disse Justin a abraçando.

O resto do dia passou tranquilamente, era sábado, então depois das aulas da manhã ela e Jake correram para o salão comunal para comandar a organização. Como era o dia de visita a Hogsmeade a partir do terceiro ano, um dos jogadores do time de quadribol arrastou Justin para uma “comemoração” no três vassouras.

A noite Justin ficou muito feliz com a festa que durou horas. No final, ele resolveu abrir os presentes.

Eram muitas coisas. Desde tortas e doces a coleção de venenos e adagas (a última fora presente de Jake).

Até Alvo parecia estar gostando da festa, tanto que comprara um presente para o garoto, um útil kit mata aula do tio Weasley.

_Que bom Potter, socializando_ Lena comentou enquanto via uma partida de frisbee dentado entre Jake e Justin.

_Tentando achar amigos, mas é bem difícil quando você arrematou todos_ ele falou com desdém.

_Não são todos meus amigos, são apenas pessoas que sabiamente não querem testar minha paciência_ ela comentou. Surpreendia-se com a cordialidade que tratava Alvo, considerando a profecia.

_Consegui decifrar aquela lembrança?_ ele falou como se tivesse lido a mente dela.

_Não, tinha até esquecido, considerando os preparativos para a festa, aranhas e detenções_ sua voz tremeu.

_Mentira_ ele a olhou sério_ Faz tempo que sabe o significado, aposto que até mais, porque não me conta?

_Porque não tem nada a ver com você!_ ela tentou controlar o tom de voz, a última coisa que precisava era que os alunos vissem eles gritando.

_Tem sim!

_Mesmo que eu soubesse, porque eu te contaria?

_Deixe-me ver... Talvez porque salvei sua vida?

_Talvez devesse ter me deixado morrer_ ela falou com raiva.

_Aí eu nunca saberia o significado daquilo_ ele falou com frieza.

_Não vai saber de qualquer jeito_ ela concluiu e se virou para se juntar a Alison.

_Que tal continuar desembrulhando os presentes?_ Justin sugeriu depois de quase ter o nariz arrancado.

Ele desembrulhou o restante e se jogou em uma poltrona.

_Esse ano valeu_ concluiu.

_Esqueceu de uma querido_ Alison lhe alcançou um caixinha dourada semelhante a que Lena deu para ele, só que menor.

Ele abriu. Era um anel com uma pedra negra. Se o observasse com atenção veria uma serpente gravada em seu interior. Lena tinha um parecido, porém bem mais delicado.

_Tem um cartão_ Alison pegou um cartão elaborado que tinha caído.

_O que diz?_ Lena perguntou curiosa.

_Bem vindo à família.


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Notas finais do capítulo

Espero muito que gostem, reviews me estimulam a continuar escrevendo!



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