Gamer Love escrita por NMCMsama, silentread


Capítulo 16
Encontros com os pais. Ou quase.


Notas iniciais do capítulo

Lady: ANNYEONGHASEYO
Desculpem o grande atraso! Todos os computadores me odeiam e eu usei meu celular como último recurso. Se houver algum erro podem avisar, como sempre, e eu vou passar aqui algumas vezes em momentos diferentes pra averiguar quaisquer deslizes. To tentando falar sério aqui pq nas nota final qro perguntar um negoço
GAJGO ISSDA! >3



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Quando ouviu as batidas na porta de sua casa, Bilbo rapidamente foi atendê-la. Já estava esperando na sala - tinha se arrumado em tempo recorde, não que demorasse tanto assim. Talvez demorasse um pouco arrumando os cachos de seu cabelo, às vezes se tornavam tão rebeldes que podia resultar em um novo estilo de cabelo afro. Contudo, havia outro motivo para que tivesse que montar guarda na porta.
— Oh! Bilbo, querido, tem um garanhão na porta dizendo que te conhece!
“Maldição! Por todos os deuses do Olimpo, nórdicos e egípcios juntos!” Praguejou em sua mente. O seu maior medo se concretizara, apesar de todo o seu planejamento ela sempre o superava...
Belladona Tûk-Bolseiro, sua amada mãe, tão semelhante a Bilbo em aparência como também em personalidade - talvez nem tanto em neste último quesito, já que ela poderia ser mil vezes mais “aventureira” (como ela gostava de enfatizar). O que ela viu no pacato e correto Bungo Bolseiro? Bilbo não sabia muito bem... Sua mãe tinha sido hippie (ou melhor, ainda era), participou de uma banda de heavy-metal e até tinha ficha na polícia. Seu pai, por outro lado, fora escoteiro e participava da associação de jardineiros da cidade. Eram totais opostos, mas era o casal mais unido e apaixonado que o jovem Bolseiro já vira.
— Mãe! Pensei que estava ocupada fazendo... Suas coisas estranhas!
— Eu estava fazendo tai-chi-chuan. Não é estranho, é saudável! – A mulher de frondosos cabelos castanhos encaracolados inflou o peito, como se orgulhosa do fato. Ela parecia não ter problema algum em andar pela casa vestindo sua roupa de lycra ao estilo anos 80, evidenciando ainda mais que estava fazendo exercício. - Por acaso não queria que eu atendesse a porta? Está escondendo esse bonitão de mim?
— Mãe! – Bilbo corou, tentando não mirar Thorin, que permanecia ali na porta observando tudo.
— Não se preocupe quanto a mim, querido, ele pode ser bem sexy mas eu ainda tenho o seu pai e confesso que ele ainda dá para o gasto! – Piscou divertida, totalmente alheia ao embaraço que estava provocando em seu único filho – Mas você não me disse que tinha um amigo assim! Eu me sinto traída Bilbinho!
— Pai! – Choramingou, clamando pela ajuda de Bungo, o único que podia controlar aquela mulher.
— Bella, querida. – Bungo surgiu da cozinha com sua inseparável xícara de chá em uma mão e o cachimbo em outra – Não quero que mate nosso único filho de vergonha.
— Vergonha? Eu só estou fazendo perguntas totalmente inocentes. – Disse ela, já capturando o braço de Thorin e o abraçando entre seus grandes seios – Veja o que o nosso filho trouxe para casa!
Bungo rolou os olhos. Bilbo atuou, puxando o outro braço do Durin para si e o libertando da sua mãe.
— Veja como ele está possessivo! – Riu Belladona – Céus! Onde está a minha câmera? Temos que tirar fotos deste evento!
— Nada de fotos! – O Bolseiro mais novo praticamente rosnou.
— Bella, assim você irá espantar o senhor... Er... Bilbo, quem é ele? – Ops.
Se Belladona era ávida em conseguir um namorado para Bilbo, Bungo, por outro lado, era super-protetor até demais. Ninguém parecia digno para o seu adorado filho. Na verdade, Bilbo acreditava que o seu pai tinha um desejo secreto de manter seu único filho virgem para o resto de sua vida.
— Este é Thorin Durin, ele é... - Lambeu os lábios, pensando no que devia dizer. Não tinha contado aos seus pais sobre o seu namorado por motivos óbvios; pretendia adiar tal evento o máximo possível... Mas o destino não era justo, não é mesmo?
— Namorado. – Informou Thorin e ainda teve a audácia de colocar o braço em volta do já desesperado Bilbo, o puxando para mais perto de si.
— Namorado? – Bungo arqueou as sobrancelhas.
— Finalmente! E eu que pensei que meu bebê iria ficar para titia, ou titio no seu caso.
“Quero desparecer... Cadê a capa invisível de Harry Potter quando se precisa dela?!”
— Desde quando você tem um namorado? – O patriarca da família questionou com firmeza.
— Desde... Bem... – O menor mordeu o lábio inferior, novamente se viu sem palavras.
— Já faz duas semanas que começamos a namorar, senhor Bolseiro. Bilbo só estava esperando o momento certo para falar para vocês. – Disse Thorin com um tom tão formal que o próprio Bilbo não reconhecia.
— O momento certo; e quando seria isso? Só esperam que não tenham feito... Você sabe o que! – Ralhou Bulgo.
— Oh! Querido, não seja tão antiquado, basta perguntar se eles já transaram! Não tem nada de errado nisso...
— Eu não vou perguntar se meu filho já... Já....
— T-R-A-N-S-O-U! – Soletrou Belladona – Vamos, amor, você consegue falar!
— Pessoal! – Interpôs Bilbo em total pânico. Tinha certeza que Thorin agora iria terminar o namoro. Afinal, quem iria querer se relacionar com uma família tão louca como aquela? Ainda mais quando aquela era só uma parte pequena de sua família. Seus primos Tûks era mil vezes piores.
— Não precisa se preocupar, senhor e senhora Bolseiro. Nós nos respeitamos e nunca faríamos nada que o outro não quisesse. – Disse o Durin exibindo um sorriso cordial, contrastando a cara enfezada de Bungo.
— Pois é melhor mesmo que você não faça nada... Meu Bilbo ainda é muito novo para essas coisas.
— Seu filho já tem 21 anos, querido! Nessa idade, se bem me lembro, nós fazíamos amor que nem coelhos na primavera. – Belladona realmente não media as consequências de suas palavras. Bungo, tal como Bilbo, parecia querer buscar um buraco onde se esconder.
— Querida! O que eu falei sobre falar destas coisas na frente de visitas? – Repreendeu o então corado senhor Bolseiro.
— Besteira. – Disse isso dando os ombros – Bilbinho vai ter seu encontro e não vamos ser aqueles pais caretas que vão dar broncas no namorado e aquele bla-bla-bla todo. Eu não sou uma mãe careta, sou uma mãe maneira!
— Mas...
— Nada de mas, Bungo Bolseiro! Nosso filho sabe muito bem como se defender e também é muito inteligente, afinal ele puxou a mim!
— É por isso que tenho medo... - Resmungou o Bolseiro mais velho.
— O que disse? – Pior que uma Belladona tagarela era um Belladona brava.
— N-nada, amor... – Respondeu rapidamente Bungo – Acho que estás certa.
— Eu sempre estou certa!
— Mas Bilbo deve voltar antes da meia noite. Ouviu bem?! Senão eu chamo a polícia!
Belladona rolou os olhos e puxou o marido para a cozinha, piscando para o filho e lançando um beijinho para Thorin.
Agora os dois jovens estavam sozinhos. Bilbo não podia estar mais nervoso. Não era daquela maneira que pretendia apresentar o Durin aos seus pais. Ainda mais, nem tivera tempo para alertar Thorin de forma apropriada sobre o comportamento meio louco de sua família.
— Er... – Lambeu os lábios, já pensando em uma desculpa.
— Adorei a sua família. – Thorin o interrompeu dando um grande sorriso.
— Desculpe- O quê?! Acho que não ouvi bem. Você disse que adorou?
— Claro. Eles parecem ser divertidos.
— Thorin, querido... Será que você bateu a cabeça antes de vir aqui? Meu pai ameaçou chamar a polícia! Minha mãe meio que flertou com você! Sem falar na discussão bem evidente de nossa vida sexual! Como pode dizer que adorou?
— Isso só demonstra que eles se importam. – Desta vez o sorriso do mais velho foi menos verdadeiro. Bilbo engoliu em seco, pois agora caíra a ficha: não sabia nada sobre a família de Thorin. Na verdade, ele nunca falou nada a respeito. A única coisa que detinha conhecimento era que eles eram ricos e poderosos, afinal, era o pai de Thorin que estava financiando a Comic-Con que ocorreria na cidade e mesmo com as entradas já esgotadas conseguira “mexer uns pauzinhos” para o filho e namorado deste adentrassem no evento. Porém, isso não significava que eram próximos... Dar presentes não é sinônimo de dar amor.
— Bem, você só teve contanto com uma parte de minha família. Você ainda não conheceu os Tûks e nem os outros Bolseiros. Acredite, talvez sua opinião mude...
— Bilbo... Acho que você não entendeu muito bem. – O Durin falou isso enquanto se aproximava de seu nervoso namorado – Eu não irei desistir de você... Independentemente de sua família ser louca ou não, eu ainda irei persistir. Ficarei ao seu lado. Na verdade, você conseguiu um Thorin sem devolução.
Bilbo sorriu, diminuindo ainda mais a distância entre eles. O Bolseiro o puxou pela a camisa, fazendo com que seus corpos colidissem. Seus peitorais agora estavam em contanto. Podiam sentir, com facilidade, o respirar levemente ofegante de ambos.
— E quem pensou em devolução? – Sussurrou o garoto antes de iniciar um beijo. Não era um simples toque de lábios. Era algo mais quente. Mordeu o lábio inferior de Thorin arrancando deste uma espécie de rosnado de prazer. Os dois se deixaram levar. Até se chocaram de encontro a porta de entrada. Bocas. Lábios. Línguas. Estavam totalmente imersos na sensação de se perder naquele momento.
— Oh, meus santos! – A voz alarmada de Belladona fez com que o jovem casal se afastasse, subitamente – Que coisa mais quente! Esse é meu filhote!
— M-mãe...! - Bilbo levou as mãos ao rosto, tentando ocultar sua vergonha. Thorin soltou uma risada abafada, isso deu incentivo o suficiente para dar um tapa no ombro musculoso do namorado.
— Ora, continuem, meus pombinhos pervertidos! Espere! – Um flash quase cegou os jovens, demoraram um pouco para concluir que acabaram de serem alvo de uma foto – Agora voltem a se beijar. Quero uma foto bem sexy!
— Não! Não irei fazer uma sessão de fotos eróticas para a minha própria mãe! – Praticamente berrou.
— Ora, não seja exagerado. Eu só quero guardar os melhores momentos do meu único filho.
Bilbo já iria argumentar porque isso havia soado gentil, mas foi interrompido por Thorin.
— Senhorita Belladona, - trouxe com galanteio demais, sabendo que a mulher não podia ser chamada de "senhorita" se já era casada - sinto muito, mas estamos atrasados. Juro que iremos retornar para uma sessão de fotos exclusivas...
— Você me chamou de senhorita? Oh! Que educado! Meu filho tem tanta sorte... – A dita “senhorita” começou a fazer um gesto com a mão, como se estivesse se abanando. Perfeito... Era tudo que o jovem Bolseiro queria: sua mãe ficando quente pelo seu próprio namorado.
— Certo, certo! Sou muito sortudo. Viva! Agora se nos der licença... – Bilbo aproveitou o momento para arrastar o risonho Durin para longe de sua louca casa e louca mãe.
***

— Sinto muito! – Disse Drogo já pela décima vez enquanto desciam as escadarias da casa do Bolseiro. Frerin apenas lançou um sorriso para ele, tentando tranquiliza-lo, mas talvez não fosse possível que o outro o visse por trás da grande quantidade de presentes que os pais de seu namorado tinham lhe entregado.
— Meus pais, às vezes exageram... – Talvez essa palavra não fosse ideal para definir o que de fato era seus pais. Desde que contara que era gay, eles passaram a super-proteger Drogo, como se ele fosse de porcelana ou algo do tipo. Temia que o mundo e seus preconceitos ferissem o filho. Também se tornaram paranoicos e desconfiados. Qualquer novo amigo ou amiga que Drogo fazia seus progenitores tinham que fazer uma verdadeira sessão de interrogatório com o indivíduo que consistia em parte oferecer “presentes” para manter a amizade sem ferir os sentimentos do filho, baseado na premissa que Drogo era muito especial, unicamente por ser gay e logo deveria ser mais sensível em relação a formação de laços de amizade, por outro lado, avaliavam se tal amizade seria boa o suficiente para o frágil filho. Drogo, dificilmente, trazia alguém em sua casa por causa desses atos. Não era fraco por ser gay. A sua orientação sexual não o tornava tão propenso a depressão ou a suicídio como seus pais pensavam. Queria provar a eles que era capaz de buscar amigos sem a “ajuda”.
Quando Frerin apareceu, seus pais ficaram receosos e muito desconfiados. Chegaram até mesmo a perguntarem (não tão diretamente) ao Durin qual era o seu real interesse para com o jovem Bolseiro - talvez, eles imaginassem que seu pequeno e tímido filho seria incapaz de atrair a atenção de alguém como Frerin Durin.
— Meu interesse? Ora, eu o amo. Só isso. Acho que isso é interesse o suficiente, não?
Drogo ainda corava só de recordar aquela frase dita com espontaneidade. Frerin apenas deu os ombros e falou, sem ao menos vacilar. Os senhor e senhora Bolseiro ficaram momentaneamente sem saber como agir ou responder. Drogo, por sua vez, não ficou muito diferente dos seus pais, a não ser pelo o fato de ter tido um ataque tremendo de soluços. Frerin tinha dito que o amava! Será que deveria também declarar o seu amor? Sim, também o amava... Mas nunca tivera coragem sequer de formular a frase em voz alta! E agora? Tinha que falar algo e... No final, seus pais quebraram o silêncio depois da declaração enchendo o coitado do Durin de presentes (em sua maioria comida), tal como estivessem fazendo uma oferenda a um deus vivo.
Aquele encontro estava se tornando um completo desastre.
— Agora... Só quero saber como irei colocar todos os presentes na moto. – resmungou Frerin colocando momentaneamente os pacotes no chão.
“É agora! Tenho que dizer as palavras! Não tenho nada a temer!” Inspirou fundo. Tomou coragem e...
— Hic! – Um perfeito e sonoro soluço foi o que conseguiu sair de seus lábios.
“Droga! Eu pensei que tinha me curado de tique nervoso!”
Frerin continuava a sorrir e bagunçou os cabelos ainda roxos do namorado.
— Ainda está nervoso por seus pais? Não precisa se preocupar! Eu não ligo por eles serem... Er... – Seus olhos se fixaram por um momento nos “presentes” – Caridosos...? Eu estou namorando com você e não com eles.
Quente. Uma sensação quente preencheu o peito do pequeno Bolseiro. Agora mais do que nunca tinha que falar aquelas palavras. Só eram três. Não deveria ser algo tão difícil assim.
— Frerin... E-eu... Eu...
— Que acha de eu ligar para o Dwalin para vir nos buscar? Ele tem uma caminhonete, podemos colocar esses presentes atrás.
— Frerin...
— Ou podemos ligar para Thorin ...
— Frerin! Que se danem os presentes! – Gritou, por fim, ofegante. Isso sim chamou a atenção do Durin.
— D-Drogo...
— Cala a boca e me escuta! – Demandou o menor, suas bochechas deveriam estar vermelhas agora, poderia parecer e muito com o Pikachu – Eu queria dizer só que... Só que... – Cadê toda a sua coragem? Tinha escapado com a explosão anterior? Só precisava falar duas palavras! – E-eu... T-te... A-am... Am...
Frerin tomou o menor nos braços.
— Não precisa se esforçar tanto, digo... Sei que meio que me precipitei.
Drogo bufou, sua irritação tinha retornado. Não queria que outro pensasse que sua confissão era um ato relacionado a uma espécie de dever social, sendo uma consequência da confissão proferida por Frerin. Como se Drogo tivesse a obrigação de corresponde-lo ou mesmo responder a aquelas três palavras derradeiras.
Não.
Queria se confessar por que era isso que sentia desde algum tempo.
Frerin continuava tagarelando coisas que para Drogo pouco lhe importava. O garoto colocou as duas mãos, trêmulas, por sobre a boca do mais velho, o calando.
— Eu te amo. – Falou tão baixinho que temeu que o Durin não tivesse ouvido.
“Parabéns, Drogo! Depois de todo esse escarcéu nem conseguiu falar em alto e bom tom!”
— Hic. – Para completar ainda soluçou. Seu rosto queimava. Daqui a pouco, iria começar sair fumaça de sua face, indicando o fervor de sua vergonha. Até a garoa do fim da tarde iria evaporar em contato a sua pele.
Frerin retirou, delicadamente, as mãos do namorado, libertando a sua boca.
— De todos os presentes que ganhei hoje... Esse foi o meu preferido. – Sussurrou o Durin trazendo a face avermelhada de Drogo para perto e roubando um tremendo de um beijo.
Drogo se sentiu ser levantado do solo... Será que estava flutuando? Tal como nos filmes e livros românticos... A qual a descrição de andar nas nuvens, se sentir como estivesse no paraíso, normalmente estavam atreladas ao beijo perfeito. Mas a verdade era que todos os beijos que trocava com Frerin, desde os selinhos, beijos na bochecha, testa, ponta do nariz, até mesmo os emojis de beijinhos no celular... Todos eles eram perfeitos.
A verdade era que Frerin o haviam levantando nos braços. Rodopiava alegremente na calçada, totalmente alheios aos pedestres.
Aquele o momento só deles.
Único.

***

Ori sentiu uma mão subindo em sua coxa. Estava ameaçando ultrapassar a linha imaginária proibida que demarcava o território “sagrado” entre as pernas do rapaz. Sim, sabia que a pervertida e aventureira mão já tinha adentrando antes em tais “terras proibidas”, mas isso não significava que essas explorações fossem rotina.
— Dwalin! – Deu um tapa na mão, que se retraiu minimamente – Você está dirigindo! Como pode ficar me molestando e prestando ateção na estrada? Quer nos matar?
O Fundin deu apenas um sorriso malicioso que lhe era característico.
— Sou multitarefas, baby. Acredite, posso te masturbar e manobrar a caminhonete com perfeição.
— Céus... – Ori levou a mão ao rosto ocultando o rubor de sua cara com aquele palavreado – Já disse para não me chamar de baby! E me masturbar? Aqui?
— O que tem de errado? Prefere que eu faça no nosso trabalho, como sempre fazemos? – Havia um tom provocador em sua voz, algo que só fez que o outro rapaz ficasse ainda mais irritado com o caminho que a conversa estava seguindo.
— Só fizemos uma vez! E foi tudo a sua culpa! Ainda tenho vergonha de encarar Daín no rosto por causa daquilo...
— Não fomos pegos. – Dwalin deu os ombros – Não sei por que tanto drama.
— Temos que ter decoro no trabalho!
— Baby... Sempre tão correto. Mas isso é uma característica muito sexy sua! – Piscou travesso, Ori soltou um gemido de raiva.
— Já disse, sem o "baby"! – Praticamente rosnou. Quando estava do lado de seu namorado Ori praticamente se transformava, sabia disso, seu jeito retraído de ser era totalmente abolido. Na verdade, parecia que o Fundin fazia despertar um outro eu mais selvagem e rebelde. Ou talvez... Só retirasse as inibições que o próprio Ori impunha a si mesmo. Essa linha de raciocínio resultou na formação de um sorriso nos lábios do geek.
— Ok, ok! Sem baby. Terei que pensar em outro apelido adequado. Que tal, meu safadinho?
— Pelo santo Darth Vader! Sem apelidos.
— Você pode me apelidar também, sabe?
— Eu tenho uns nomes bem apropriados em mente, mas creio que nenhum deles irá te dar algum tesão... – Resmungou, cruzando os braços diante do peito.
— Oh, meu tigrinho! Está prestes a me atacar com suas garras?
— Dwalin, eu juro que se você não parar vou fazer... Greve.
— Greve? – Isso parece ter chamado a atenção do motorista.
— Sim... – Agora era a vez de Ori sorrir de forma maliciosa – Greve de sexo.
— AH! – Dwalin pressionou o freio subitamente. Por sorte estavam diante de um sinal vermelho e não vinha nenhum carro atrás – Você está brincando, não é?
Ori suspirou, aliviado por estar de cinto de segurança e tentou ignorar a expressão de desespero do seu namorado.
— Talvez eu esteja, ou talvez não. – Falou firme.
Dwalin soltou um suspiro.
— Ok... Desculpe. Eu só queria colocar minha afeição por você por meio de palavras.
Ori rolou os olhos. Quem agora estava fazendo drama?
Droga...
Agora se sentia culpado.
— Ok... Talvez, baby não seja assim tão ruim... – Resmungou, por fim.
Dwalin deu um grande sorriso e roubou um beijo de seu enfezado namorado.
— Meu baby... – Sussurrou, Ori tentou não ser tão afetado com o apelido “carinhoso”, mas total certeza que seu rosto já devia estar escarlate tal como tomate fresco.
— O-ok... – Balbuciou – Volte a dirigir, sim? Temos que pegar Frerin e Drogo! Esqueceu?
— Sim, sim. Meu baby manda e eu só obedeço.
Ori tentou não rir com aquela frase tola. Contudo, ainda havia algo que impedia de sua vida ser totalmente perfeita. Estava guardando um grande segredo. Seus irmãos mais velhos. Eles ainda não sabiam de nada sobre Dwalin. Sabia que estava, provavelmente, cavando a própria cova, mas era difícil iniciar até mesmo o assunto...
“Um dia irei apresentar Dwalin a eles...”
Sentiu novamente a mão travessa em sua coxa.
“Mas primeiro tenho que adestra-lo. Senão é bem provável que Dori e Nori vão mata-lo!”
Deu um tapa na mão, de novo. Dwalin apenas riu.
Será uma longa jornada ao adestramento.


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Notas finais do capítulo

Lady: ...então. Há algum A.R.M.Y por aí? Quero fãs dos Batatão Bois pra conversar. Trocar figurinhas. Ataque fangirl nas foto. Ships. Sofrer com os MV. By the way.

QUEM QUER O DORI E O NORI NA FANFIC AGORA LEVANYA AS MAOS E OS PÉS AHHAHAAU