Amor Verdadeiro escrita por Mr Grayhunter


Capítulo 14
A Fuga


Notas iniciais do capítulo

Hey !!
Mais um Capítulo !!
Espero que gostem !!



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– Me solta - Grito - Por favor, não me mate.

Acordo todo suado, ótimo, acabo de ter mais um dos pesadelos. O local claro é irreconhecível, minhas mãos estão soltas, me levanto da cama e corro até uma das janelas, mas há grades, tento achar uma saída, mas todos as saídas da casa estão trancadas e com grades grossas, impossível de arrancá-las. Pela porta da frente grito mas o homem parado a alguns metros dali parece não me escutar.

Escuto um barulho de carro, e vejo quando o homem de olhos pretos sai do carro, ele usa calça e uma camisa branca o que deixa o preto de seus olhos ainda mais escuro. Corro para a cozinha e pego uma faca.

– Filho - O homem grita ao destrancar a porta, mas não respondo.

O homem vai até a cozinha e me vê.

– Sai de perto de mim!! - Grito apontando a faca para o homem - Seu psicopata desgraçado.

– Eu te trouxe comida - O homem diz colocando a comida em cima da mesa.

– Eu não quero nada - Digo derrubando as coisas da mesa - Só quero ver meu pai.

– Você está olhando para ele - O homem chega perto de mim, meus joelhos falham e tenho que me sentar a mesa.

– Você não é o meu pai!! - Grito e o homem me dá um soco na cara.

A dor insuportável atinge meu rosto, parece que tudo a minha volta começou a rodar, vejo o homem andando de um lado para o outro.

– O que foi que eu fiz - O homem diz, parece que está brigando com ele mesmo, ele não parava de dizer as mesmas coisas.

De repente tento me levantar, as dores no corpo se tornaram piores e sem os remédios a tendência é piorar, tento andar até o quarto mais caio na escada e apago ali mesmo.

************

– Lauren - Martin acorda, o rosto está um pouco inchado - Meu amor.

– Martin - A mulher sorri para o homem - Que bom que está bem?

– Como está tudo? - O homem pergunta e se lembrando do que ocorreu muda de pergunta - Onde está Josh?

– Harold o levou - Lauren diz - O FBI está atrás dele.

– Isso só pode ser um pesadelo - Martin diz com raiva - Parece que a vida sempre arranja um jeito de tirar Josh de nós.

– Fica calmo - A mulher diz olhando para o marido - O FBI disse que ele vai ficar bem, diz eles que Harold vai cuidar de Josh como se fosse filho dele.

– E os remédios - Martin diz preocupado.

– Ai Meu Deus - Lauren diz nervosa.

– Agora você se dá conta de que isso é pior do que se imagina - Martin diz tentando se levantar - Aquele médico disse que se Josh não suporta dois dias sem remédios, os pulmões dele estão fracos, ele mal respira e sem contar as dores no corpo.

– Temos que ser rápidos - Lauren diz.

– Josh está morrendo aos poucos - Martin diz.

**************

– Senhor - Consigo enxergar um homem branco ao lado do homem de olhos pretos - Temos que levar ele para o hospital, ele está frio, ele não consegue respirar.

– George - O homem olha para mim e volta para o homem branco - Se levarmos ele, eu corro o risco de ser preso.

– Mas Harold - O homem diz - Ele não vai sobreviver assim, você vai matar seu filho.

– Eu não vou deixar ele morrer - Sinto o homem passando as mãos em meus cabelos - Esperei tanto tempo para achar ele.

– Você matou muitas pessoas - O homem diz - Parece mesmo que vai fazer de tudo par ficar com ele.

– Já estão te procurando por Long Beach - George diz sorrindo, os olhos deles param em mim - Mas nunca nos acharão aqui.

– Preciso de ir a cidade comprar alguns remédios - Harold diz olhando para o homem na sua frente - Você vigia ele para mim.

– Claro - O homem diz sorrindo.

Harold sai do quarto e o homem vai logo atrás. Me levanto quando escuto o carro sendo ligado e George indo em direção a um curral. A casa é envolta por arvores, por todos os lados, impossibilitando a vista, não consigo ver se por perto há alguma outra propriedade. Desço as escadas lentamente, não consigo correr, as pernas doem e a falta de ar me apavora. Vejo meu celular em uma mesinha ali e corro até ele, tento ligar, mas quando o abro, vejo que está sem bateria.

– Caramba!! - Resmungo e tento achar algum lugar por ali, por onde eu possa fugir e pedir ajuda.

Ando pela casa toda até que chego a sala de estar, um tapete grande ocupa a metade do cômodo e a luz do sol entra pelas janelas, vejo um pedaço de metal brilhando. Puxa uma pequena tranca e abro.

– Um porão - Falo comigo mesmo sorrindo.

Me esforço para passar pela pequena entrada e as dores aumentam conforme eu ando. Procuro pelo porão algum tipo de janela que possa me levar para o lado de fora, um barulho alto me desconcentra e caio no chão, consigo enxergar a pequena janela em um dos cantos escuros do porão, ao luz do sol que entra por ela está fraca. Escuto novamente o mesmo barulho, ligo um pequena lanterna azul e ilumino o local, o barulho vem de uma porta. Vou até lá, abro e a porta e um garoto sai correndo quando me vê, ele deve ter no , máximo uns 12 anos.

– Ei - Digo me apoiando em uma pequena mesa para levantar - Pode sair daí, eu não vou te machucar.

O menino moreno sai de trás de um prateleira, e me olha.

– Como chama? - Pergunto ao menino que me ajuda a levantar.

– Josh - O menino pequeno diz, ilumino seu rosto, está cheio de hematomas roxos - E você?

– Também me chamo Josh - Digo sorrindo e consigo ver o sorriso do menino, como se eu fosse sua única salvação - Você está aqui a quanto tempo?

– Faz alguns meses - O menino diz me olhando - Eu soube quando você chegou, escutei Harold e George falando alguma coisa.

– O que falaram? - Pergunto curioso.

– Que agora acharam o garoto certo - O menino diz - Parece que estão matando famílias a procura de um menino, parece que acharam, e eles agora pretendem me matar.

– Tem mais alguém aqui? - Pergunto.

– Tem um garoto que com o nosso nome - O menino diz - Eles levaram ele para um pequeno celeiro - Ele é mudo, eu não conseguia entender nada do que o garoto falava.

– Ele ficou aqui com você? - Pergunto sentindo uma pontada na cabeça.

– Levaram ele para lá hoje cedo - O menino diz me olhando - Parece que vão matar ele

– Quando? - Pergunto.

– Daqui a pouco - O menino diz apontando para o céu escurecendo.

– Nós temos que sair daqui - Digo e o menino me olha.

– Como? - O menino pergunta.

– Tem alguma ferramenta? - Pergunto e o menino me entrega um martelo, suas mãos estão cheias de cortes e sangue.

Vou até a janela e a quebro, o menino me olha assustado, tiro todos os cacos de vidro e ajudo o menino a sair, ele estende a mão e passo pela pequena janela, quando passo o ar me falta, mas o vento que vem da mata me ajuda.

– Vamos - Digo andando, o menino está na minha frente, o puxo para trás da casa rápido antes que George o veja, quando ele entra dentro da casa aproveitamos para correr até o celeiro.

– Temos que correr - O menino me puxa - Quando soube que não estamos lá, ele vai vim aqui nos procurar.

Entramos no celeiro, Josh me olha com seus olhos castanhos, ligo a lanterna novamente e vejo o menino de olhos verdes a nossa frente, tampo a boca de Josh quando vejo que ele vai gritar.

– Não grita - Digo olhando para os olhos castanhos do menino - Me ajude a desamarrar ele.

Desamarramos o garoto que nos olha desesperado. O menino faz alguns sinais e por sorte consigo entender, pois já fiz algumas aulas Libras.

– Nós vamos te ajudar - Digo e o menino lê meus lábios - Temos que ir.

Saímos do celeiro rapidamente.

– Caramba!! - Josh me olha com seus olhos castanhos e aponta para George na porta da casa, um arma grande em suas mãos.

– Corre - Grito ajudando menino mudo, ele me olha assustado, suas mãos apertam as minhas, ele deve ter no máximo 9 anos.

Um tiro acerta o celeiro e corremos para dentro da mata, o lugar está frio, minha respiração está horrível, mas a única coisa que penso é em ajudar esses dois e fugir desse lugar, apresso os passos e escuto George xingando.

– Deve que o despistamos - Josh me olha com seus olhos castanhos, sento nas folhas ao chão e me encosto na árvore grande.

– Vocês dois tem que ir - Digo sorrindo - Estão vendo aquela estrada, vocês vão e pedem ajuda - Olho para os lados procurando alguma referência, vejo o nome de uma fazenda em uma das placas, Fazenda Stanford High - Falem aquele nome e digam que estou aqui.

– Não vamos sem você - O menino faz alguns sinais com a mão.

– Vocês precisam ir - Digo lentamente para que ele consiga ler meus lábios - Só vou atrasar vocês, não consigo respirar e estou com muitas dores.

– Não faz isso - O menino de cabelos e olhos castanhos escuros me olham - Por favor, você vem com a gente, nós não conseguiremos sem você.

– Claro que vocês conseguem - Digo - Você precisa guiar ele - Digo olhando para Josh - Muitos não entendem esses sinais, você vai proteger ele, ele é pequeno.

– Tudo bem - O menino diz puxando o garotinho que continua ali.

– Eu vou ficar bem - Digo olhando para a luz da lanterna ao longe - Agora corram!!


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Notas finais do capítulo

E aí !!
O que acharam??
Comentem e faça um autor Feliz KKKKKKKKKKKK