Lealdade, Honra, e um Coração Disposto escrita por Dagny Fischer


Capítulo 5
Cap. 5 - Sob os Suaves Afagos de Minhas Espadas




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Depois do incidente que deixou a maior parte deles papagueando como um bando de adolescentes, comeram qualquer coisa e continuaram trilha abaixo. Mais leves pelo breve descanso, todos caminhavam mais tranquilamente mesmo mantendo um bom passo. As mulheres se mantiveram perto umas das outras, as mais novas um pouco confusas a respeito dos acontecimentos recentes. Era tudo inesperado, e se perguntavam o que é que se passava na mente de sua tia para oferecer os serviços delas todas àquele anão enervante, ainda que parecesse haver alguma lógica por detrás disso. Ela lhes havia dito que conversariam sobre isso depois, apenas entre elas, e todas concordaram.

O hobbit da companhia deu um jeito de chegar mais perto delas e começou a bater papo com Iris. Ambos pareciam felizes em ter alguém da mesma altura para conversar, sem ter que esticar seus pescoços para cima o tempo todo. Logo estavam rindo juntos como velhos amigos, Lily com eles, deixando toda a tensão dos dias anteriores se dissipar na conversa. Ellen estava quieta, olhos no chão, como se a recente batalha de palavras com o rei anão lhe tivesse custado mais do que elas pudessem perceber.

Algumas horas depois alcançaram o fim da ravina, e a vista era assombrosamente bela. Água, água em abundância, cachoeiras em profusão, e delicadas construções feitas de pedra clara, com jardins magníficos. As mulheres notaram Thorin discutindo com Gandalf, mas isso não era nada de novo, já que parecia que ele adorava discutir com todo mundo sobre tudo. Cruzaram a ponte estreita e alcançaram um pequeno pátio, ao qual um elfo bem apessoado desceu de um amplo lance de escadas.

Gandalf cuidou da conversa, mas de súbito houve um barulho de cascos vindo da ponte e os anões se colocaram em posição de defesa, ao que Ellen apenas sacudiu a cabeça num olhar para os céus de ‘perdoai-os, eles não sabem o que fazem’. Os elfos que cavalgavam os cercaram e haveria alguma confusão se não fosse pela intervenção de Gandalf, que conversou com o líder deles e ajeitou as coisas. Houve mais um momento de tensão quando o elfo mais maduro disse alguma coisa na sua própria língua, que para Ellen soava como algo que ela deveria entender, como uma canção de ninar esquecida há muito tempo. Um dos anões ameaçou o líder dos elfos, questionando se os estava ofendendo, mas Gandalf acalmou as coisas explicando que ele apenas lhes tinha oferecido comida.

A menção a comida pareceu ter um efeito mágico sobre o humor dos anões, e logo estavam dando vivas ao Senhor Elrond e toda sua família. Sua alegria durou pouco, já que não eram muito afeitos à verduras, e parecia que estavam numa casa vegana, ou algo perto disso, já que pelo menos havia um pouco de queijo na mesa. Lily, que sempre fora afeita a carne, achou as últimas três latas de atum na sua mochila, e as abriu com seu canivete suíço. Ainda tinham comida para mais dois dias, talvez um pouco mais, e como não estavam mais nos ermos ela pensou que seria uma mudança benvinda comer o atum com legumes em vez de com bolachas de água e sal. Notou os anões olhando-a, curiosos, e ofereceu o atum, o qual a maioria deles experimentou pelo menos um bocado. Não era muito para a turma toda, mas todos tiveram o seu quinhão. Todos menos um, e ela percebeu. Ela serviu metade da última lata num prato e foi até um Thorin quieto, de olhar distante.

“Posso servi-lo, meu rei?” Ela tentou ser respeitosa. Ele olhou para ela.

“Por que me chama de seu rei?”

Ela pensou que se quisesse limão no atum, o azedume dele seia suficiente, mas respondeu assim mesmo.

“Você é rei para minha Tia Ellen agora; então, deve ser meu rei também, suponho.”

“Você supõe.” Ele resmungou baixinho. “Ouça-me, guria, nenhuma mulher anã sob o meu reinado caminha abertamente nos ermos, ainda mais em tempos de guerra. Isso não é apropriado.”

Lily baixou o olhar, envergonhada pela primeira vez em anos. Ela era uma estudante de arquitetura do segundo ano, trabalhava meio período com decoração de interiores, nem mesmo seu pai lhe dizia o que era apropriado ou não. Além disso, fazia vários anos que ninguém a chamava de ‘guria’, e isso a tocou. Seu aparente machismo soava para ela como um cuidado muito intenso. De certa forma, seu estado de anã fazia com que compreendesse as coisas de um ponto de vista diferente. Deixou o prato de atum na frente dele, sobre a mesa, e curvou-se.

“Lamento, senhor. Tudo que quero é estar em segurança, de volta em casa. Eu não estaria vagando nos ermos se pudesse ser de outro jeito.”

Thorin ponderou o que significava essa reação dela e o que significavam todas as coisas estranhas que tinham acontecido naquele dia, enquanto ela voltava para o lado da irmã. O atum era saboroso, mesmo se estranho para seu paladar. Ele daria uma olhada no canivete dela qualquer hora, quando tivesse oportunidade. Então ouviu o som de passos e as vozes de Gandalf e Elrond. Ele não gostava de elfos de jeito nenhum, mas este era o senhor da casa, que Gandalf havia insistido que o ajudaria em sua missão. Nenhuma alternativa a não ser fingir boas maneiras, como sua mãe lhe ensinara.

“Thorin, eu conversei um pouco com o Senhor Elrond e ele concordou em dar uma olhada em nossas espadas novas, se você quiser.”

“Nenhuma conversa além disso, eu espero.” Respondeu o anão intratável, dizendo com os olhos que sua missão não era assunto para conversas em particular sem sua presença.

“Não, meu amigo, ninguém vai falar sobre seus próprios assuntos sem sua presença e permissão.

Dirigiram-se para uma mesa um pouco à parte das demais.

“Bom.” Ele desembainhou a espada que obteve na caverna do trolls e a emprestou para Elrond.

“Esta é Orcrist,” Disse Elrond após um breve exame. “o Cutelo dos Orcs. Foi forjada em Gondolin. Você tem uma arma poderosa em suas mãos.” Ele a entregou de volta. Gandalf lhe entregou a sua. “E essa é Glamdring, o Martelo do Inimigo. Pertenceu à Turgon, filho de Fingolfin, o Noldo, e par de Orcrist.” Olhou para eles. “Entre vocês dois, eu não apostaria uma salsinha na vida de qualquer orc.”

Thorin sopesou a espada em suas mãos, pensando.

“Eu gostaria de lhe pedir para examinar mais uma espada, ou um par delas, se lhe apraz, Senhor Elrond.”

“Mais uma do tesouro dos trolls?”

“Não mesmo.”

Ele chamou Ellen e falou com ela baixinho. Ela foi até as bagagens e voltou enquanto eles esperavam.

“Como é que aconteceu de você ter uma elfa sob o seu comando, Senhor Thorin?” Perguntou Elrond, genuinamente curioso.

O anão sacudiu a cabeça, rolando os olhos.

“Só Mahal sabe!”

Ela voltou com duas bainhas em suas mãos, uma curta e outra mais longa. Ela tinha visto anteriormente que a espada pequena era uma miniatura da bastarda, ainda que não fosse assim quando eram boffers, a única diferença era que as inscrições apareciam apenas na bastarda. Ela as entregou nas mãos de Thorin e esperou. Não era porque estava a serviço dele que ficaria longe de suas espadas. Ele desembainhou a menor e a entregou a Gandalf, que a inspecionou e entregou para Elrond. Então ele se levantou e desembainhou a longa, satisfeito por ter agora o tempo que queria para examina-la. Era um pouco maior que sua altura, e pelo porte poderia usa-la como uma espada montante, se fosse o caso, mas era espantosamente leve para uma arma como aquela. O desenho de dragão nas duas faces da lâmina era de se admirar, mas alguns toques destros deixaram claro que os fios era afiados mesmo assim. Elrond se assegurou da mesma coisa com a curta, e lambeu um dedo por isso.

“Não tenho conhecimento dessas espadas, lamento, apesar de que a inscrição nela é na Alta Língua dos elfos de antigamente. Lócënehtar. Imagino que o mesmo esteja escrito em Khuzdul, Senhor Thorin? Essa espada se chama Dracocida na sua própria língua?”

“Sim, assim o é, em Khuzdul Antigo. De onde vem uma espada que traz em si as línguas antigas de ambos nossos povos, eu me pergunto.”

“De dias melhores, quando todos os Povos Livres da Terra-média lutavam contra seus verdadeiros inimigos, e não entre eles mesmo. Onde você as obteve, Senhora Ellen?” Era óbvio que Galdalf havia falado com Elrond sobre ela.

“Como elas são agora, eu não tenho resposta. No lugar de onde eu vim, eu mesma as fiz. Não eram armas de verdade, assim como eu não era elfa, nem minhas sobrinhas eram anã ou hobbit. Parece que mudamos para o que tínhamos que ser aqui, e nossas coisas também.”

“Por que alguém faria uma arma que não é uma arma de verdade?” Thorin perguntou-se, mas sua voz saiu mais alta do que ele pretendia.

“Porque, meu senhor, no lugar de onde eu vim esse tipo de arma não é mais necessário, mas existe quem valorize seu propósito, e que honram esse modo de vida, e os princípios que guiam os feitos dos Povos Livres da Terra-média. Então usamos espadas sem corte, flechas e outros armamentos, aprendemos como usa-los, mas não machucamos ninguém de verdade nem matamos ninguém de propósito. Vivemos em outro tempo e lugar, onde se luta outro tipo de guerra.

Para surpresa de ninguém, Thorin estava bravo novamente. Ele se levantou.

“O quê? Está dizendo que não tem experiênica bélica real ? E mesmo assim me enganou para que a contratasse, com espadas de mentira?”

Elrond se levantou, tentando acalmar seu hóspede.

“Senhor Thorin Escudo de Carvalho, isso não é o resultado de espadas de mentira!” Disse, mostrando o dedo que ainda sangrava.

“A espada pode ser verdadeira, mas e a espadachim?” Ele estava bufando, pronto para socar alguém. “O que me diz de alguém que se oferece como escudeira e não é capaz nem de usar uma espada real num batalha real e realmente matar um inimigo?”

Ellen engoliu em seco, controlando seu temperamento. Todos seus anos de prática de boffering e estudo de esgrima não seriam jogados na lata de lixo. Ela não podia perder a oportunidade de chegar ao Portal lendário de Erebor assim que pudesse, mesmo que isso significasse engolir um monte de orgulho, mas aquele a quem havia jurado lealdade estava passando dos limites.

“O senhor me testou, senhor? Eu me mostrei indigna da sua confiança?” Os olhos dela se estreitaram. “Você me julga por aquilo que não viu, pelo que não sabe. Tudo que eu peço é uma oportunidade de mostrar do que sou capaz, para que saiba quem eu sou.” Ela o desafiou. “Chame seu melhor homem. Escolha seu campeão. Se ele me bater, saio da sua vida para sempre. Se eu bate-lo, eu te sigo até o submundo se preciso for. Eu só peço armas sem fio, porque estarei lutando pela minha honra, e eu não quero machucar um de seus guerreiros, porque você vai precisar de todos eles antes do final.”

Gandalf balançou a cabeça, Elrond fechou os olhos, Iris e Lily correram para o lado de sua tia quando perceberam a altercação. Thorin e Ellen estavam fuzilando um ao outro com o olhar por sobre a mesa, e alguns dos anões também tinham se postado atrás de Thorin.

“Meus bons hóspedes, não há necessidade de…” Elrond tentou argumentar.

“Não, não há, senhor, mas isso tem que ser resolvido agora, ou nunca. Eu sou responsável pelas minhas sobrinhas, eu preciso leva-las de volta para o nosso mundo, e o único jeito que tenho de fazer isso é indo para Erebor, então tenho que ser uma com o senhor de Erebor ou nunca cumprir minha missão. Eu preciso ter a confiança incondicional dele.” Ela olhou para o senhor élfico. “Eu preciso fazer o que precisa ser feito.”

Era uma situação constrangedora; Elrond não queria ceder ao desafio, uma vez que estava vendo alguém de seu próprio povo ser assediado, mesmo que não a conhecesse antes, mas entendia que era uma questão de orgulho e de ajustes muito necessários. Nenhuma companhia duraria muito sem a confiança incondicional que a elfa estranha havia mencionado. Elrond pediu embotadores para as espadas e que acendendessem as luzes do campo de treino. Então a companhia de anões, mais seu hobbit, desceram as escadas fazendo apostas, e as três mulheres seguiram em silêncio. Podia ser uma questão de apostas e piadas para os anões, mas para elas era totalmente sério.

O elfo bem apessoado que estava no pátio quando eles chegaram - era Lindir, seu nome? - apareceu do nada com umas coisas de couro que se encaixaram nas lâminas das espadas de Ellen e dos machados de Dwalin. Para surpresa de Thorin, algumas luzes elétricas potentes foram acesas, iluminando um trecho amplo de grama recém cortada. Olharam para as luzes como se fosse mágica, mas para as mulheres ‘de outro mundo’, era bem natural. A falta de surpresa quanto às luzes elétricas não passou despercebida pela maioria deles. Elrond tomou seu lugar como juiz do torneio inesperado.

“Ninguém aqui quer derramamento de sangue. Nossos inimigos estão do lado de fora dessas fronteiras, estamos aqui para demonstrar habilidade bélica e jogo limpo. Mesmo que eu não creia que algum de vocês sequer pense nisso, qualquer um pode pedir trégua ou render-se, a qualquer momento. Lembrem-se que o inimigo do seu inimigo é seu amigo. Vocês podem lutar agora. Agora!”

Dwalin ouviu, ou não ouviu nada, e moveu-se ao grito de Elrond, tanto Ukhlat como Umraz felizes de estar em suas mãos. Eram machados de guerra, bem balanceados e adequados para seu tamanho e força. Os embotadores de couro podiam suprimir seu fio, mas não seu peso e impacto. Dwalin era um verdadeiro senhor da guerra, humilde para seu rei mas para ninguém mais. Ele era alto para um anão, quase alcançando os ombros de Ellen, corpo construído de puro vigor, músculos e determinação. Com certeza ele não deixaria as coisas fáceis para ela.

Ellen brandiu as espadas como costumava fazer com suas boffers, já que não sabia outro jeito de faze-lo. A longa em sua mão direita, o castão apoiado no antebraço, mesmo que teoricamente devesse ser manejada com as duas mãos; a curta na mão esquerda, ambas à sua frente enquanto ela estudava o oponente. O entalhe no castão na espada bastarda encaixava em seu antebraço direito como uma luva. Ela fincou pé, silenciosa, respirando a tensão à sua volta, as duas armas alinhadas à sua frente, uma vez que ela não sabia que movimento o anão faria. Na esgrima de boffer, era comum para ela esperar até o oponente atacar, para então bloquear e contra-atacar. Costumava funcionar, então, e ela esperava que funcionasse agora.

E o oponente veio. Talvez um pouco confiante demais devido ao seu porte vigoroso, ele atacou sem esperar resposta. Ele não tinha falta de treino ou de habilidade, mas ela desviou para o lado, brandindo a espada curta para bloquear qualquer chance dos machados dele atingirem-na, e tocou seu ombro com o fio embotado de couro da espada longa.

Dwalin não gostou disso. Ele era um dos anões mais conservadores da turma, e não gostava da idéia de que algumas mulheres, ainda mais de outras raças, fossem estar com eles. O que então da idéia de lutar ao lado de uma delas? Isso era absurdo. Se ele desse jeito de se livrar dessas coisas esquisitas o quanto antes, melhor. E parecia que seu rei não as queria por perto, também, então se ele pudesse se livrar delas, parecia a melhor coisa a se fazer. Encaram-se mais uma vez.

Agora Dwalin sabia que ela não era uma boneca, já que havia revidado, e se sentiu mais confortável em bate-la. Ele se moveu na direção dela, devagar, procurando uma abertura em suas defesas, e viu as longas pernas dela. Eram perfeitas, como alvo. Ele correu, brandindo um machado no alto, chamando a atenção para ele, enquanto escondia o outro machado, que queria usar para quebrar as pernas dela. Ela esperou e desviou para o lado no último instante, estocando-o. As pernas dela sempre foram seu ponto fraco no boffering, então ela estava acostumada a evitar ser tocada. Ele conseguiu contra-atacar e o machado pesado atingiu o braço dela acima do cotovelo. Ela sentiu, mas não era um golpe pleno, e suportou.

“Lamento dizer, mas acho que Dwalin vai fazer picadinho da sua tia.” O hobbit estava ao lado da garota, um olhar preocupado no rosto.

“Sem chance! Ele é só um!” Protestou Iris.

“É, mas esse um é Dwalin.”

Dois dos anões que estavam sempre juntos vieram até eles quando ouviram a garota hobbit defender a tia.

“Ela é boa mesmo, heim?”

“Ela é a melhor!” Era a vez de Lily elogiar. “Eu a vi derrotar alguns caras do dobro do tamanho dela.”

“Vamos fazer uma aposta, então.”

“Não sei se tenho alguma coisa para apostar, o dinheiro do nosso mundo é diferente.”

“Hmm. Você tem mais daquele peixe enlatado?”

“Não, mas… Iris, você ainda tem atum na sua mochila?”

“Uau, acho que sim!”

“Uma lata de peixe por uma moeda de ouro!”

“Feito!”

Ellen estava ficando cansada, mas o anão também estava suando. Ele com certeza estava acostumado a lutar por horas, e para ela era só um esporte de fim de semana. Ela tinha que fazer alguma coisa logo, ou sua fadiga iria cobrar seu preço. Tinha certeza de que algumas de suas estocadas teriam atravessado alguém se não fosse pelos embotadores, mas ninguém lhe disse as regras do jogo, nem ela sabia quando a luta seria considerada terminada. Dwalin foi na direção dela novamente, impulsionando-se para um golpe mais forte. Ela mergulhou no último instante, esticando uma perna na frente da dele, fazendo com que ele tropeçasse e caísse com tudo no gramado. Ela se levantou rápidamente e montou nele antes que pudesse se erguer, mas ele tinha rolado de barriga para cima e já estava com um machado pronto para ela, mesmo que o outro tivesse voado para mais longe do que ele podia alcançar. O machado atingiu as costas dela ao mesmo tempo em que as espadas se cruzaram na garganta dele.

“Já chega!” Ouviram alguém gritar. Ela olhou fundo nos olhos do anão maduro, esperando encontrar raiva, ou até ódio, mas não havia nada disso. O que ela viu foi respeito. E isso era tudo que ela precisava.


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