Lealdade, Honra, e um Coração Disposto escrita por Dagny Fischer


Capítulo 21
Capítulo 21 – Em Calabouços Profundos




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Na verdade, Thorin estava desaparecido desde a primeira tentativa de conseguir ajuda de quem quer que tivesse as fogueiras acesas. Obviamente, eram os elfos da floresta, cujo rei era Thanduil, desafeto de Thorin. Assim que pisou no círculo élfico, caiu no sono e o pegram, amarraram e carregaram embora.

Uma vez dentro do palácio de pedra e salão do trono, o encantamento élfico foi suspendido e ele acordou para um de seus piores pesadelos: estar cara a cara com Thranduil e não ter um machado à mão para resolver velhas pendências.

Apesar de Thranduil e seu povo serem elfos, o que significava um dos Povos Livres da Terra-média, os povos que nunca aceitaram a dominação de Morgoth ou de Sauron, eram de um povo élfico que nunca havia conhecido Valinor, o Reino Abençoado; eram mais perigosos e menos sábios, como a decisão de Thranduil quando Erebor fora atacada mostrava claramente. Se a declaração de Thorin de que ‘não se pode nunca confiar num elfo’ tivesse que ser dirigida a uma pessoa especificamente, estaria certa se fosse dirigida a Thranduil.

Não que ele fosse mau para o seu próprio povo; ele apenas era ganancioso por riqueza, com uma fraqueza por pedras brancas e prata. As terras que costumava reivindicar como seu reino, o que milhares de anos de história concordavam, eram ricas em madeiras especiais e ervas da floresta, mas também haviam sido ricas em prata e ouro; no entanto, séculos de mineração a haviam exaurido. Para ele manter seu padrão de vida, teria que aumentar seu tesouro, e sua própria terra não oferecia os meios para atingir o nível que ele queria. Assim, há muitos anos Thranduil vinha pensando no tesouro de Erebor, e que não se ouvia flaar de nenhum de seus herdeiros, mas havia um dragão do qual ele tinha paúra até de pensar em fazer alguma coisa contra.

Agora, ter Thorin como prisioneiro em seus salões era uma oportunidade de barganhar e garantir uma part do tesouro para si, sem ter que lidar com o dragão pessoalmente.

“Thorin Escudo-de-Carvalho. Faz muito tempo.”

“Não o suficiente.” Foi a única resposta.

“Agora, por que você e seu povo atacaram meu povo enquanto nos divertíamos?”

“Não os atacamos, viemos suplicar, porque estávamos esfomeados.”

Tê-lo ele admitindo que ele e seu povo estavam suplicando para um elfo era algo que faria o avô de Thorin dar saltos mortais duplos de costas em seu túmulo se soubesse.

“Onde eles estão agora?”

“Provavelmente, morrendo de fome na floresta.”

“E o que estavam fazendo na floresta?”

“Procurando comida e água, porque estávamos famintos.”

“E por que entraram na floresta, para início de conversa?”

Para isso o anão fechou a boca e não disse mais nada.

“Que assim seja.”

Thranduil voltou-se para uma elfa esguia, ruiva e vestida com um pouco mais de discrição que os outros guardas.

“Tauriel, leve nosso hóspede a aposentos adequados até que se sinta com mais vontade de falar. Não temos pressa.”

E assim Thorin foi levado pela elfa e mais alguns guardas para um calabouço muito profundo, com uma forte porta de madeira, despido de sua loriga, guardas de braço e qualquer tipo de coisa que não suas roupas básicas e botas (felizmente o mapa e a chave de seu avô estavam bem ocultos em sua roupa de baixo). Suas armas haviam sido tomadas logo que o pegaram na floresta. Mas lhe deram comida e água em abundância, o que no momento era vital.

Depois de comer e beber e agradecer a Mahal por isso, começou a se perguntar onde sua Companhia poderia estar o que estariam fazendo. Pensou em seus sobrinhos, aqueles pestinhas valorosos; seu conselheiro sábio e poderoso senhor de guerra, Balin e Dwalin; Ori destreinado mas cheio de boa vontade, seu irmão astuto Nori e seu irmão mais velho, o paciente e perfeccionista Dori; o organizado Óin, o criativo Glóin; o perturbado mas completamente confiável guerreiro Bifur, seus primos, Bombur que a tudo abarcava e Bofur que a tudo acomodava; o sempre surpreendente Bilbo; e o inimaginável trio feminino, Iris, Ellen e sua flor Lily.

Lembrou-se de como a elfa as havia apresentado da primeira vez, e se perguntou por que, e para qual cada nome se encaixaria, mas sem sucesso. Desde que se tornaram parte da Companhia, cada uma havida mostrado sua própria medida de lealdade, honra e coração disposto. Só então o alarmou que aquelas foram as virtudes que havia mencionado para Balin, lá atrás em Bolsão, que ele valorizava acima de qualquer outra entre os membros de sua Companhia. Provavelmente Balin estava certo. Era fortuna, não acaso. Como, se não fosse fortuna, ele poderia ter encontrado lá fora nos ermos a dma que preenchia seu coração de alegria e aliviava sua mente de seus fardos? E agora ele não sabia onde ela estava, nem ninguém de sua Companhia leal. E foi assim que, depois de anos sem conta, o orgulhoso Thorin Escudo-de-Carvalho ajoelhou no chão, estendeu suas mãos nuas sobre o piso, tocou a pedra com a testa, e rezou.

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Quando as mulheres deram o alarme de que Thorin não estava lá, os anões e Bilbo acordaram e começaram a falar todos ao mesmo tempo. Estava quase ficando escuro de piche novamente, dado que haviam dormido apenas quando finalmente encontraram um lugar livre de aranhas e tinham que se recuperar das picadas venenosas que haviam recebido. Mas seu líder não estar lá era uma emergência, e decidiram tentar encontrar o caminho mesmo sem ter ideia de onde poderia ser. Obviamente, se perderam de imediato, e sua primeira tentativa de ir até as fogueiras dos elfos foi suficiente para que todos fossem feitos prisioneiros.

Os elfos os amarraram e os contaram, e estavam muito fracos, famintos e consados até para pensar em protestar. Bilbo não estava entre eles, pois havia posto seu anel e desaparecido assim que viu as luzes das fogueiras. Os anões, a hobbit ruiva e a elfa com eles foram vendados e encaminhados através da floresta num passo rápido.

Ouviram o som de água e então tiveram a sensação de que era um lugar fechado, como uma caverna, mas com ar fresco e livre de poeira. A Companhia andou um bocado mais até o ar em volta deles dar a sensação de um espaço mais amplo do que antes, e foram parados.

Por ordem do rei foram desvendados, e vendo elfos em volta deles e tendo sido alertados contra Thranduil, Ellen pôs um plano em ação de imediato. Assim que vislumbrou o rei coroado de folhas vermelhas e amoras, pôs as mãos amarradas diante do peito e deu o melhor de si para ser convincente.

“Graças a Varda vocês me salvaram! Esse bando de abomináveis anões me sequestrou e me aprisionou, só os Valar sabem para qual propósito maligno, e você me libertou!”

Alguns dos anões começaram a murmurar um protesto, mas Iris e Lily deram jeito de lancer olhares alertadores à maioria deles e Kílie Fíli chutaram alguns outros.

“Ela estava armada assim como todos os outros, ó Rei Thranduil!” Disse uma elfa ruiva que mais tarde viriam a conhecer como Tauriel.

“Me deixaram usar minhas espadas porque eu poderia protege-los das aranhas com elas, e de qualquer forma o que eu sozinha poderia fazer contra todo esse bando?”

O rei fez um sinal para Tauriel.

“Deixe-a falar.” Então se voltou novamente para Ellen. “Quem é você, de onde é e onde eles a sequestraram?”

“Sou Ellen, de fora dos círculos de Arda.”

Ela sabia que não podia mentir completamente para ele ou isso seria percebido, apesar de que ele não tinha a habilidade de ler mentes que Galadriel tinha, apenas algo que ela sentia como que sondando a mente dela; então colocou as coisas de uma forma que era verdade mas não explicava nada direito.

“Me aprisionaram a leste de Imladris.”

Isso foi quando Thorin havia aceitado o relacionamento dela com Kíli, então era realmente era prisioneira de seus votos de compromisso.

Thranduil pôs a ponta de um dedo no lábio inferior e ponderou.

“O que você estava fazendo lá?

“Lamento dizer, mas Ólorin me enviou numa missão secreta e estou sob um encantamento de Elrond, minha memória está turva quanto a qualquer coisa que possa ameaça-la; mesmo se eu pudesse lhe dizer eu realmente não conseguiria.”

Essa tinha sido a pior meia-verdade de toda sua vida, e ela sabia disso, mas tendo mencionado a Valie que era a criadora das estrelas como Varda ao invés de Elentári, e Ólorin ao invés de Mithrandir ou mesmo Gandalf, havia mostrado que estava acostumada a erudição muito antiga, e isso teria que ser verificado também. Como aparentemente estava disposta a falar, isso poderia vir depois, pensou Thranduil, dispensando-a a um dos guardas e então começou a questionar a Companhia, sem resultado. Ellen ainda lançou um olhar e uma piscadela para Kíli, que estava olhando para ela quando passou ao lado.

O elfo loiro a guiou até aposentos que não eram exatamente o que ela esperava de calabouços, mas onde ela seria guardada de qualquer forma até o rei elfo terminar com ela. Um pouco de comida e água fresca foram trazidos, mas ela não foi deixada sozinha.

“Servido?”

Ellen perguntou ao loiro, que lhe agradeceu.

“Não, obrigado. Estou aqui só para lhe fazer um pouco de companhia. Deve ter sido um período difícil com aquele bando de anões.”

“Nem pode imaginar o quanto, senhor...”

Ela poderia apostar a própria barba, se tivesse uma, que ele tentaria extrair mais informação dela se pudesse. E ela faria o mesmo com ele, é claro. Seria divertido se a segurança de seus amigos não estivesse em jogo.

“Legolas, a seu dispor.”

“Ah!” Ela lembrava alguns palpites sobre ele. “O Verdefolha, certo?”

“Sim.” Ele sorriu. “Posso perguntar de onde conhece meu nome, Senhora Ellen?”

Ela fechou os olhos e alguma cena de filme neutra lhe veio à mente. Sacudiu a cabeça.

“Não iria acreditar se eu te contasse.”

“Sim, eu iria!”

Ele era do tipo curioso.

“Não, você não iria!”

E ela balançou a cabeça novamente, mordendo uma fatia de pão. Ela se lembrava que ele era de natureza boa, e apesar de ser filho do rei havia uma pequena chance de que ela pudesse, talvez, conseguir a ajuda dele, se conseguisse conquistar a confiança dele. Mas como?

“Você se parece com o rei, seu pai, mas seus olhos são da sua mãe.”

“Sim, mas como você sabe?” Ele perguntou, alarmado. “E quem lhe disse que ele é meu pai?”

É a genética, estúpido!’ Ela pensou, mas ao invés disso disse: “Está escrito nos seus olhos para quem sabe como lê-los.” (1)

“Você deve ter aprendido coisas muito estranhas no lugar d onde veio. É verdade que é de fora dos círculos de Arda?”

“Se não fosse verdade, seu pai já não saberia?”

Legolas enfrentou o olhar dela, e sua expressão era pura.

“Ele saberia.”

“Então, acho que pode confiar nas minhas palavras, ao que parece.”

“Aparentemente.” Ele concordou.

Bom.’ Ellen pensou. ‘ Agora tudo o que tenho a fazer é medir minhas palavras e transforma-lo em meu aliado. Meu Diretor de Recursos Humanos teria orgulho de mim.’

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Depois que Ellen saiu do salão do trono, o rei questionou os anões e a garota hobbit, sem resultado. Thranduil pensou que seriam mais moles sem seu líder, mas provaram ser no mínimo tão teimosos quanto ele. Mesmo de Iris o rei recebeu uma medida de braveza, quando ela levantou o queixo e o encarou.

“Se as pessoas se perdem no seu reino porque as suas estradas são muito, muito ruins mesmo, e são atacadas pelos seus bichinhos de estimação de oito patas, isso agora nossa culpa?”

Dado que os elfos odiavam as aranhas e não tinham piedade para com elas, acusar Thranduil de ter aquelas criaturas horrorosas coo bichos de estimação era o pior erro que a garota dos Pequeninos podia ter feito. Era a senha par todos serem enviados para os calabouços duma vez, e serem tratados como Thorin havia sido no dia anterior, mas não sem antes serem repreendidos pelo rei elfo.

“É crime vagar em meu reino sem permissão, Pequenina. E depois de ter atacado meu povo na floresta e atiçado as aranhas, toda essa perturbação me autoriza a exigir saber quem são e por que estão vagabundeado no meu reino. Algum tempo na prisão deve lhes ensinar melhores maneiras e soltar suas línguas.”

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Nos primeiros dias Bilbo se sentiu miserável, escondendo-se nos cantos, com medo de ser achado mesmo usando seu anel, quase não se atrevendo a dormir por medo de ser pego. Comia e bebia o que achava sem vigilância, e vagava pelo palácio tentando descobrir o que podia ser feito para libertar seus amigos. As portas eram encantadas, ele logo descobriu, não permitindo uma abordagem direta ao problema. Sentindo-se mais gatuno do que jamais pensou que sentiria na vida, começou a mapear sistematicamente o palácio e a seguir qualquer dica que ouvisse que pudesse ajuda-lo a achar a Companhia e liberta-los.

Não demorou que Bilbo descobrisse onde Ellen estava hospedada, apesar de que com um pouco mais de liberdade que os outros, mas isso era só porque o rei acreditava que ela, sendo elfa, se voltaria para ele ou seu filho e se abriria quanto ao que sabia sobre a missão dos anões.

Numa noite a elfa da Comanhia tomou um banho e estava se preparando para jantar sozinha quando o hobbit apareceu do nada, tirando seu anel.

“O que você está fazendo aqui?” Ela perguntou, assustada com a súbita aparição.

“Você está realmente aprendendo os costumes da família, heim? Que tal um ‘Boa noite, senhor Bolseiro, como tem passado?” Ou qualquer coisa assim?”

Ela respirou fundo e concordou, assentindo, então se ajoelhou e o abraçou, feliz em velo são e salvo.

“Desculpe, Bilbo, você me assustou, de verdade. Sente-se, coma alguma coisa. Eu tenho tido comida o suficiente, não sei como você tem se virado.”

Ele fez como ela lhe havia dito e respondeu com simplicidade, boca cheia de pão e queijo.

“Roubando.”

Pela quantidade de comida que ela o via por na boca pensou que ele estava aprendendo as maneiras dos anões, também.

“Entrei quando trouxeram o seu jantar. Lamento dizer que tenho que passar a noite aqui, já que não vão destrancar a porta até amanhã, como você já percebeu pela quantidade de vezes que tentou abri-la à noite.”

Ele devorou uma coxa de frango.

“Espero que não se importe, porque não havia outro jeito de podermos conversar sem ter aquele loiro perto de você.”

Bilbo mastigou uma fatia de torta de maçã.

“E antes que se preocupe, eles não vão passar por esse corredor pelo próximo par de horas, então podemos conversar sem preocupação.”

“Ótimo!” Ela comeu duas folhas de alface e algumas fatias de tomate. “O que você já descobriu? Como estão os outros? Tem notícias de Thorin?”

O hobbit contou nos dedos conforme respondia.

“Pouco, bem, e não, para resumir, mas como temos tempo vou lhe dar um relatório completo, como você costuma dizer. E você, o que já descobriu?”

“Primeiro, que o rei elfo é um cabeçudo presunçoso que acredita que o mundo gira em torno dele mesmo, então não podemos contar com a hipótese dele vir a razão e nos libertar; segundo, que o filho dele é feito de outra amálgama, então pode ser que encontremos ajuda em Legolas, só precisamos descobrir como fazer com que rompa com o pai o suficiente para nos ajudar sem arriscar o status dele, porque ele é muito ligado às tradições para se desligar do pai e do seu povo, não há maneira dele fazer isso. Eu percebo que ele tem alguma mágoa para com Thranduil, mas ainda não consegui descobrir porquê; se pudermos descobrir isso, talvez possa ser a chave para fazer com que nos ajude. Terceiro, se eu não tiver notícias do Kíli logo, vou enlouquecer.”

Terminou de enumerar os itens nos dedos e alcançou uma garrafa escondida debaixo da cama.

“Legolas me contrabandeou um pouco de vinho, posso te servir? Espero que não se importe em dividir o copo, só tenho um aqui nas minhas humildes acomodações.”

O hobbit riu.

“Acho que estou aprendendo a me importar só com o que é realmente significante; depois de passar dias sem comida e então mais dias sem jeito de se comunicar com as pessoas com quem você se importa, compartilhar um copo é só um detalhe.”

Ela encheu o copo com vinho e o passou para Bilbo.

“E a Companhia? Minhas sobrinhas, os caras, Kíli, como eles estão, o que fizeram com eles?”

Ele pegou o copo e tomou um golinho.

“Estão sendo alimentados e alojados quase como você, apenas as celas deles são mais simples e eles não têm um elfo gentil para ciceronea-los para fora de onde estão, mas então eles também não têm alguém fazendo perguntas o dia todo, o que pode ser bastante perturbador para a maioria das pessoas; eu, pessoalmente, não sei como você dá conta.”

Ellen riu baixinho.

“Você não teve os chefes que eu tive.” Bilbo lhe devolveu o copo e ela tomou um gole. “E Kíli?”

“Vou te responder duma vez porque se você ficar me pressionando tanto como ele, vou achar um jeito de sair desse quarto através do buraco da fechadura se for preciso!”

Ela sacudiu uma mão em negativa e segurou a própria testa com a outra, oq eu Bilbo tomou como um bom presságio.

“Ele sente sua falta e a primeira coisa que faz quando chego perto dele é perguntar por você. Ele está bem em todos outros aspectos, pode ficar tranquila.”

Ela serviu mais vinho e devolveu o copo para Bilbo.

“E as meninas?”

“Duas ou três respostas em uma. Iris está bem do mesmo jeito que o restante da Companhia, todos os dias a chefe da guarda vai lá e os interroga mas ninguém lhe diz nada; Lily chora muito quando acha que não há ninguém por perto, mas fora isso está bem também. Os prisioneiros estão espalhados em níveis diferentes do palácio, de forma que nenhum consegue conversar com os outros; eu tenho que realmente me focar no que é importante, senão vou ser relegado a menino de recados por eles. Acho que pode ter alguma coisa estranha acontecendo porque ouvi um guarda falando para outro que ‘eles são tão teimosos quanto seu líder’, e, como podem possivelmente afirmar isso se Thorin não estiver aqui? É só questão de encontra-lo, acho.”

“Bilbo, você está Booleanamente certo!”

“Eu estou o quê?”

“Não importa. Você está certo, Thorin tem que estar aqui. Você precisa acha-lo, ele precisa saber que estamos vivos e às ordens dele.”

“Sim, e então temos que descobrir um jeito de sair daqui.”

“Para isso eu conto com você, você é o único que realmente tem liberdade para andar no palácio.”

Ele assentiu.

“Tenho a maior parte dele mapeada bem aqui.” E bateu um dedo na cabeça. “Mas ainda restam alguns túneis para serem esquadrinhados.”
Ellen terminou o vinho, pôs o copo na mesinha e escondeu a garrafa vazia debaixo da cama.

“Veja se consegue descobrir de onde isso veio, eles não têm vinhedos aqui, o vinho precisa vir de algum lugar.”

“Óbvio, mas o que isso importa?”

“Um caminho bom o suficiente para ser usado para transportar suprimentos vai ser bom o suficiente para a gente andar para longe daqui.”

“E livre de aranhas, espero.”


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Notas finais do capítulo

(1 – Eu tinha uma nítida lembrança de que os olhos do Legolas eram escuros nos filmes da trilogia O Senhor dos Anéis, até porque os olhos do Orlando Bloom não são claros e nos livros são descritos como cinzentos e há descrição de elfos com olhos escuros mas ‘com o brilhos das estrelas’. Me surpreendi quando vi os faroletes azuis no A Desolação de Smaug. Para fins dessa fic, considere Legolas sem lentes de contato.)



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