E o Pierrot chora... escrita por Julinha


Capítulo 1
único


Notas iniciais do capítulo

HET BRARG! tá em falta nesse site, aí eu resolvi dar a minha contribuição :3 e é angst :D
então, tem choro, tem gente soluçando e tem uma menção pequenininha (bem pequetita) de UruBra - é assim o nome do ship? não lembro asldasjdhajkd
enfim, boa leitura, te vejo lá embaixo!
A música da one é Pierrot, dos Los Hermanos. Se quiser ouvir ela enquanto lê o capítulo, é legal.
Nem preciso dizer que to super nervosa né? aksdjasdj

Link da música: www.youtube.com/watch?v=Sd0km7fbZ0k
xoxo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/586884/chapter/1

"O Pierrot apaixonado chora pelo amor da Colombina

E a sua sina é chorar a ilusão, em vão

Em vão"

Maldita hora em que Martín aceitou vir passar o carnaval no Rio com o irmão. Que ideia, juntar a Luciana e o Sebástian. Qualquer interesse que ele tivesse com a morena (não que ele tivesse, não mais) agora ia ser totalmente barrado. Porque óbvio – óbvio – que ela tinha interesse no Sebastián. Tomou mais um gole daquela cerveja barata.

"E a Colombina só quer um amor

Que não encontra num braço qualquer

Essa menina não quer mais saber de mal me quer

Só do Pierrot"

Luciana estava com raiva. Muita raiva. Por que raios ele vinha se era pra ficar com aquela cara feia dele de sempre? Caralho, era carnaval. Se ele não gostava podia ter dito, ela não ficaria nem um pouquinho magoada. Tá, talvez um pouco. Mas não tanto quanto estava agora. Se era do interesse de alguém, por isso ele desistira dele – tá, talvez não desistido pra valer, mas não alimentava mais esperanças.

"O Pierrot apaixonado chora pelo amor da Colombina

E na esquina se mata a beber, pra esquecer

Pra esquecer"

Martín já não se lembrava de quantas cervejas tinha tomado. Nem de quantas caipirinhas. Nem de quantas vodcas com energético. Na verdade, ele já não lembrava mais de nada quando o irmão veio lhe buscar no bar.

Sebástian só queria dar um tapa na cara de Martín agora. Por ele ser tão idiota. Como é que ele fica se entupindo de álcool num bar quando ele deveria estar com Luciana no bloco? Não que ela tivesse pedido nem nada, mas todo mundo sabia (todo mundo) que ela era louca por ele e que só por isso chamara os dois pro carnaval.

– A gente tava te procurando, sabe. A Lu tá desesperada achando que você foi sequestrado ou coisa assim, do jeito que você é lerdo.

– Que bobagem. Vocês dois devem estar é felizes com a minha ausência. Assim vocês podem ficar sozinhos, né. – Martín respondeu numa voz arrastada, pra logo depois dar uma risada amarga. – Que porcaria de bebida, já acabou. GARÇOM, BARMAN, SEI LÁ! EU QUERO MAIS UMA!

Sebástian olhou pro irmão e balançou a cabeça negativamente. Ele sabia que era isso. Ciúmes. Ciúmes, por causa de um dia. Um dia no ano passado, que ninguém mais mencionava.

– Ele não quer mais nada não obrigado. Vamos Martín, chega de show. – ele tentou puxar o irmão discretamente.

– Claro que quero, você não fala por mim. EU QUERO MAIS UMA BEBIDA. Me larga!

– Cala a boca, a gente ta indo embora. Toma, moço, pode ficar com o troco. – Sebástian deu uma nota de cem reais para o dono do bar, que os encarava esperando.

"E o Pierrot só queria amar

E dar um basta a essa dor já sem fim

Mas Colombina trocou seu amor por Arlequim"

– Onde é que você estava? Você é doido? Deixa seu telefone com o seu irmão e sai pra beber? – Luciana chegou gritando e batendo nele. Ela estava linda com aquela fantasia de Colombina. Bem apropriada.

– Ué, carnaval não é feito pra se divertir? Tava me divertindo. – Martín respondeu, quase caindo. Sebástian o segurou pela cintura e bufou.

– A gente vai te levar pro hotel, tá. Descansa um pouco e depois você volta. – Sebástian disse, começando a levá – lo.

– Nãaaao, eu quero ficar aqui, eu gosto daqui. Além do mais, você não disse que a Luci queria que eu ficasse aqui? – e começou a cantarolar uma marchinha.

– Não, você vai pro hotel. Daqui a pouco você cai no meio da rua e eu não to a fim de passar vergonha. – Luciana disse e passou a mão na cintura de Martín também, ajudando Sebástian.

– E eu por acaso faço você passar vergonha, hermosa?

– Faz. Nesse estado aí, faz sim.

– Por que você não fala a verdade? – Martín parou de repente, e atrapalhadamente de desvencilhou dos outros dois que o seguraram – Por que vocês não admitem que querem que eu fique no hotel pra que vocês possam se agarrar em paz, sem que eu atrapalhe? Você só me chamou aqui pra isso mesmo, pra esfregar na minha cara que você e o Sebástian estão juntos.

A morena olhou para ele boquiaberta.

– Não sei da onde você ta tirando isso. Com certeza é porque você ta bêbado. Vamos embora, vai. – e começou a chegar perto dele, mas Martín a impediu com um olhar.

Hermano, sério, para com isso. Eu e Luciana não estamos juntos.

Agora Martín estava realmente com raiva.

– Claro que estão! Estão sim! Você nunca gostou de mim – ele gritou se virando para Luciana – você sempre gostou dele! Tava comigo pra tampar buraco, que eu sei! Pensa que eu me esqueci do dia que você foi pra Montevidéu e vocês dois me traíram?

– Foi um dia, Martín! Um dia! E não significou nada! – Luciana se desesperou. Já tinha tido aquela briga tantas vezes, que estava cansada.

– Nada? – Sebástian perguntou, mas logo depois ficou quieto.

– Por favor, Sebástian, não complica as coisas.

"E o Pierrot chora"

– Você só me usou – Martín disse, a voz começando a embargar – só isso. Me usou.

– Tincho... por favor, não faz assim.

– Eu vou deixar mais fácil pra você... não me procura mais. – e se virou se encaminhando pro hotel.

Ele ouviu Luciana soluçar e imaginou o irmão abraçando – a. E com esse pensamento caminhou mais rápido, enquanto passava a mão pelos olhos, afastando as lágrimas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

éeeeee, é isso aí. Eu ia postar só no carnaval, mas eu vou viajar e também eu to ansiosa pra postar essa fic porque... não sei.
muito obrigada por ler até aqui e eu ficaria muito muito muito feliz mesmo se eu recebesse um comentáriozinho *-*
pode ser até um tipo "maneiro, fera" que eu fico muito feliz.
é isso, até mais

xoxo, Julinha.