My own race escrita por Kaline Bogard


Capítulo 4
Capítulo 04


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Mais um pouquinho desse ship que é puro amor :3

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/586329/chapter/4

My Own Race

Kaline Bogard

Capítulo 04

O terceiro e último dia de corrida foi como os demais: twist do começo ao fim. Desde o susto com o pelotão, o aliamento com os rivais, o abandono de membros importantes, exaustos pelo esforço inumano e lesões inesperadas.

Juichi mentiria se dissesse que se surpreendera com o resultado. Afinal, Sohoku fora uma ameaça constante em cada momento daquela corrida. Todos os seus seis membros se mostraram valorosos competidores. Honrados.

Por isso, apesar da derrota, ficou feliz em ver o uniforme branco e amarelo no degrau mais alto do pódio. Merecidamente.

Hakone não detinha mais o título de “rei”.

– Você está bem? – Hayato parou ao lado do amigo e perguntou antes de abrir uma barrinha de cereal. A cerimonia de encerramento do último dia chegava ao seu fim.

Fukutomi pensou na questão. Junto com seus amigos tinha lutado com garra. Aquele rapaz ao seu lado superara um trauma terrível e pudera avançar um passo importante. Arakita conseguira encarar seu passado sem qualquer artificio e perceber o quanto amadurecera naqueles quase três anos. Toudou fechara um círculo em sua vida. Era a última corrida para eles, no colegial, e fora memorável. Os quatro podiam se dizer vitoriosos.

– Hn. Vamos voltar para casa.

Deram as costas à multidão que se dispersava aos poucos, rumo à pousda. Era hora de juntar a equipe, fazer uma breve reunião entre eles e arrumar as malas, para voltar para Hakone.

oOo

A segunda metade do ano letivo era diferenciada para os veteranos do terceiro ano. Todos precisavam se afastar das atividades extra e dedicar-se cem por cento aos estudos. A época de ingressar em boas faculdades aproximava-se e a competição por uma vaga mostrava-se mais acirrada do que o intercolegial!

Mas como capitão da equipe Fukutomi não afastou-se por completo. Ocasionalmente vistoriava o treino dos novatos, até que um novo capitão fosse escolhido para assumir a responsabilidade no ano seguinte.

Toudou também manteve uma certa frequência na sala do clube. O rapaz estava indeciso sobre a faculdade que deveria seguir. Era um avoado, perdendo horas no celular, conversando (e atrapalhando) o Climber da Sohoku.

Já Hayato e Arakita levavam os estudos muito a sério. Além das aulas extras no horário das reuniões do clube, também se encontravam aos domingos e, pasmem, algumas noites para estudar!

Arakita parecia no limite do estresse. Sua paciência oscilava prestes a se esgotar de vez e não poucas vezes Juichi flagrara o amigo ameaçando os livros de morte.

Apesar disso não desistia e não fugia do desafio, honrando o compromisso firmando com Shinkai.

O próprio Fukutomi mergulhara profundamente nos estudos. Se dava melhor estudando sozinho, por isso evitava os amigos. Não era antissocial, mas os surtos de Yasutomo e as provocações de Hayato o divertiam muito. E distraiam.

Por isso optara pela solidão. O que não acontecia naquele momento. Era horário de almoço de um sábado muito quente, final de verão e apenas poucos alunos estavam por ali ainda, estudando.

Três dos veteranos dividiam a mesa. Com Arakita provocando Hayato, que não estava comendo uma barrinha de cereal e sim seu bento. Mas o ex-delinquente parecia desconhecer como falar baixo, chamando a atenção com seus berros.

Somente com a aproximação do quarto veterano ele se acalmou. Toudou vinha balançando o celular de ultima geração e tinha um ar muito satisfeito no rosto, como alguém que conquista algo importante.

– É o esquisito da Sohoku? – Arakita perguntou estreitando os olhos. Hayato aproveitou a deixa e roubou-lhe um pedaço de omelete – OE! Não pegue a minha comida, maldito!

O outro não respondeu, sorrindo enquanto mastigava. A mãe de Yasutomo era uma cozinheira incrível!

– Ne, ne – Jinpachi ignorou os dois e voltou sua atenção para o capitão – Tenho algo muito importante para você – cantarolou.

– Nani?

Toudou digitou velozmente no celular e o aparelho de Fukutomi vibrou sobre a mesa. Ele pegou e conferiu o ecrã. Havia o alerta de um e-mail, quando o abriu percebeu um número de celular.

– Pode me agradecer eternamente por isso! Deu um trabalhão convencer o Maki chan de me dizer isso. E vai me custar caro... – deixou a ultima parte como uma insinuação.

Juichi franziu as sobrancelhas demorando alguns segundos para compreender.

– Esse número é...

– O celular do capitão da Sohoku, claro. Maki chan me passou.

A esse ponto os outros dois rapazes prestavam muita atenção na conversa e nas reações do Az de equipe; que, silenciosamente, se perguntava como diabos Toudou podia saber que se interessava por aquilo e nem Hayato, nem Arakita pareciam surpresos por um dos amigos descobrir o celular de um membro da equipe rival.

– Vocês... – Fukutomi fechou os olhos e respirou fundo.

Hayato engoliu a omelete que estivera mastigando e colocou uma mão sobre o ombro do capitão.

– Que amigos seriamos nós se não conseguíssemos nem isso?

Em silêncio bloqueou o celular e deixou-o sobre a mesa novamente. Jinpachi exclamou algo muito decepcionado.

– Não vai ligar para Sohoku?!

– Não – a resposta veio enquanto o capitão voltava a pegar seu almoço e continuar a comer. Se fosse fazer alguma coisa não seria com a platéia acompanhando seus atos com curiosidade.

Hayato deu de ombros e sorriu antes de tentar roubar mais um pedaço de omelete, mas Yasutomo foi mais rápido e salvou sua comida, rosnando furioso para o rapaz de cabelos castanho avermelhados. Toudou sentiu seu celular vibrando e seus olhos brilharam ao reconhecer o nome.

– Moshi, moshi, Maki chan! Que raro você me ligar (…) claro que posso falar com você agora (…) – enquanto falava levantou-se da mesa e afastou-se saltitante.

O assunto na mesa acabou e os terceiranistas continuaram com a refeição.

E a tarde de Fukutomi deixou de render. Agora o rapaz só tinha uma coisa na mente: o número do celular que Jinpachi lhe conseguira. Não pedira aquilo, porque não era habito seu depender tanto do telefone. Mas podia ser muito útil manter aquela forma de contato!

Só não tinha coragem de ligar, principalmente por ter o número graças a manobras de terceiros. Não queria ligar para Kinjou e correr o risco de parecer um stalker ou um esquisitão.

Foi somente ao anoitecer, quando estava em seu quarto, pronto para dormir, que Juichi reuniu coragem bastante para usar o número. Não ligou, mas enviou uma mensagem. Digitou e apagou. Digitou de novo, apagou. Perdeu um tempo enorme tentando escrever algo que não parecesse assustador ou estranho. Desistiu. Era melhor enviar palavras neutras e clichês.

.

Eu: Boa noite

Enviada com sucesso.

.

Enviou antes que perdesse a coragem. Esperou algum tempo para que a resposta viesse. Quase desistia quando o aparelho vibrou e o ecrã acendeu-se.

.

Kinjou: Dare?

21:43, hoje

.

O pequeno kanji fez Juichi respirar fundo. Claro que o outro rapaz não saberia de quem era aquele número!

.

Eu: Hakone

Enviada com sucesso.

.

Enviou, porém desconfiou que a informação talvez não fosse suficiente. Ou seria? Por via das dúvidas enviou mais uma.

.

Eu: Fukutomi

Enviada com sucesso.

.

Enviou ao mesmo tempo em que outra chegou.

.

Kinjou: Fukutomi?

21:47, hoje

.

Os dois tinham enviado mensagens idênticas praticamente ao mesmo tempo! A coincidência fez Juichi surpreender-se de leve. Ficou feliz ao compreender que Kinjou associava Hakone a sua pessoa.

Esperou que outro SMS chegasse.

.

Kinjou: Olá

21:49, hoje

.

A resposta curta deixou Fukutomi intrigado. Estaria atrapalhando ou o outro Az era de poucas palavras mesmo? Surpreendeu-se um pouco quando outra mensagem de texto chegou.

.

Kinjou: Se matando de estudar?

21:51, hoje

.

Mais aliviado, ele respondeu sem perder tempo.

.

Eu: Quase isso.

Enviada com sucesso.

.

Enviou a mensagem e franziu as sobrancelhas. Deu-se conta de que ele próprio era econômico com as palavras. Que ironia!

.

Kinjou: Ganbatte

21:54, hoje

.

O kanji trouxe um agradável sentimento ao coração do Az da Hakone. Bloqueou o celular e o colocou sobre a mesinha de cabeceira, em cima de uma pequena pilha de livros que estivera estudando antes do jantar.

A breve interação o deixara com uma sensação tão boa! E uma vontade enorme de encontrar o outro capitão e dividir um refrigerante com ele. Não se viam desde o intercolegial, quase um mês passado.

Talvez fosse hora de fazer uma pequena viagem até Chiba.

continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tada!

Devagar, mas sem parar! :3

E eu vou ganhar uma FukuKin! Haha! :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My own race" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.