My own race escrita por Kaline Bogard


Capítulo 1
Capítulo 01


Notas iniciais do capítulo

Primeira fic no fandom. Talvez os personagens estejam OOC, mas garanto que não foi proposital. Como sempre eu acabo me apaixonando pelo ship mais improvável de todos, hohoho, também não é proposital. Fazer o quê se esses dois ficam tão bem juntos?

Boa leitura!



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My Own Race

Kaline Bogard

O resultado tinha sido exatamente o esperado, mas não exatamente como esperado. Afinal, vencer o primeiro dia estava nos planos, claro. Empatar com mais duas escolas, não!

Por isso Kinjou Shingo não sabia bem como definir o que sentia, uma mistura de alívio e frustração. Queria que Sohoku ganhasse e dera um duro danado para isso. Seus companheiros de time deram todo o seu suor e esforço para que cruzasse a linha de chegada em primeiro lugar.

Como era possível que três ciclistas fizessem isso ao mesmo tempo?

E de que adiantava ficar lamentando? Resultado era resultado. Agora Sohoku estaria entre os primeiros no dia seguinte e teria uma margem mais folgada de atuação, saindo da décima sétima posição para a fileira da frente.

Com essa firme resolução desceu do palco logo após a cerimônia de encerramento do dia, driblou alguns repórteres que queriam fazer entrevistas e tirar fotos, e foi em direção à tenda de Sohoku encontrar os amigos e pedir desculpas pelo resultado. Porém não conseguiu afastar-se muito.

Kinjou – uma voz de timbre grave o chamou, fazendo-o voltar-se e encarar o rival.

Fukutomi Juichi estava parado próximo, encarando-o com aquela expressão imutável, sempre séria que lhe era tão característica. Não pela primeira vez Kinjou se perguntou se aquele rapaz sabia sorrir.

Aa – o Az de Sohoku virou-se e esperou que o outro o alcançasse. Nada na expressão dizia o que se passava pela mente de Fukutomi, mas havia algo diferente em seus olhos...

Sim. Desde o ano passado o brilho daquele olhar havia desaparecido. E Kinjou sabia muito bem o porquê, já que estava envolvido diretamente com as inusitadas causas e dolorosas consequências.

Por outro lado, não se lembrava de ser mirado com tanta determinação. Pelo jeito, o Az de Hakone vinha disposto a consertar as coisas a qualquer preço.

Os capitães se encararam em silêncio por alguns segundos, indiferentes a movimentação ao redor deles, algumas pessoas apontando a distância para dois dos campeões daquele dia.

A intensidade daquele olhar fez Kinjou engolir em seco. De repente parecia que Fukutomi era muito mais alto e forte do que ele na verdade era. A determinação de conquistar a vitória estava clara em sua aura. Ficou feliz por estar com o óculos de sol vermelho, pois talvez não conseguisse manter a mirada se não fosse por essa proteção.

Você correu bem hoje – Juichi deu um passo a frente, ficando mais próximo do que seria adequado – Mas amanhã não será o bastante.

Então vou correr ainda mais rápido – Kinjou prometeu sem hesitar.

Aa. Tenho algo muito importante para te dizer. Algo que... – a voz do rapaz falhou de leve e ele pareceu esmaecer um pouco em sua determinação – Eu sou forte, Kinjou. Mas não posso dizer o que eu quero até te vencer e te provar que eu sou melhor do que o que aconteceu ano passado.

O Az de Sohoku sondou brevemente a expressão do rival.

Tem certeza? – perguntou um tanto divertido. Ao ouvir aquilo o rosto de Fukutomi fechou-se e Kinjou compreendeu que ele entendera errado – O que eu quis dizer é que você não vai vencer amanhã. Eu vou. Então é melhor me dizer agora o que tem em mente.

Fukutomi relaxou um pouco. Levou a mão até a nuca e passou pelos fios de cabelo loiro. Parecia embaraçado.

Não é algo que eu possa dizer assim... não enquanto não fizer uma competição honrada e honesta com você. No ano passado aprendi que não era tão forte quanto acreditava ser. Entrei em desespero e fiz algo – hesitou – O que preciso dizer não pode ser dito antes de lutar com todas as minhas forças e vencer.

Kinjou sorriu de leve.

Então você nunca vai me falar nada. Sohoku é quem vencerá amanhã e depois de amanhã. Vou levar o sonho dos meus companheiros e o meu sonho até a linha de chegada antes de todos os outros ciclistas.

Foi a vez de Juichi relaxar um pouco.

Eu não levo apenas os sonhos de Hakone. Também carrego... – calou-se antes de completar a confissão.

Carrega o quê? – Shingo quis saber o que o outro poderia levar consigo que garantiria a vitória para seu colégio.

Então Fukutomi apontou o dedo para Kinjou, voltando a ficar extremamente sério, daquele jeito que sempre fazia Arakita chamá-lo de Tekkamen. Foi tão eloquente que o Az de Sohoku quase deu um passo para trás. Quase.

Chegarei em primeiro lugar amanhã – repetiu com toda a certeza que possuía – Depois que eu vencer você vai sair comigo.

A afirmação foi seguida de um silêncio pesado. Kinjou sentiu-se incapaz de pensar em algo para rebater aquela frase confiante. Principalmente a parte final! Aquilo era um convite para...?

Mesmo que não respondesse, seu corpo fez isso por si. Teve a triste e humilhante certeza de que estava corando de leve, apesar de lutar para manter a dignidade.

Vendo a reação do rival Juichi deu-se conta do que acabara de falar e sobressaltou-se.

Aa! Não... não me entenda mal! Não é um en-encontro. É só... a gente pode tomar uma Bepsi e conversar. Nesse momento eu vou... – deixou a voz morrer. Era nítido seu desconforto.

Dizer algo muito importante? – Shingo repetiu as palavras que Fukutomi usara no começo, tentando ajudá-lo na situação.

Hn – concordou com um gesto de cabeça, com receio de deixar mais alguma besteira constrangedora escapar e trazer de volta o clima constrangedor.

Está bem. Vencendo ou não, temos que conversar amanhã.

Entendo. Se eu souber que correu com todas as suas forças e venceu, ainda assim irei dizer.

Uma Bepsi, hn?

Bem gelada.

Por sua conta – Kinjou permitiu-se dar a sombra de um sorriso – Tenho que ir. Meus companheiros estão esperando.

Por minha conta – Juichi concordou com a condição. Respirou muito fundo, assistindo o outro Az afastar-se e desaparecer entre os vários expectadores e demais corredores.

Até que a conversa não tinha sido tão ruim quanto em sua imaginação. Para que os planos estivessem completos só precisava vencer amanhã. Sua própria corrida: uma luta contra os demônios que atormentaram sua alma e encheram sua mente de remorso durante todo o longo ano. Herança de um ato impensado que roubara a vitória de alguém que merecia. Mas que trouxera algo a mais com isso, algo bom. Uma corrida da qual muito dependia.

E ele iria vencer com certeza!

continua...


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Notas finais do capítulo

Ownnnn sou completamente apaixonada pelos dois! Prevejo mais uma fanfic flopando, mas tudo bem. Eles merecem um pouco de amor.

Pelo menos o Kinjou merece, porque os dois últimos episódios do anime sambaram na minha cara, sofri tanto ç.ç

Até a próxima!



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