Annabeth

Fui levar a Liv, há escola, ao contrário do que eu esperava ela fo todo o caminho sorridente.

– Por quê essa boa disposição?

– Por nada…

Eu não insisti… quando chaga-mos á escola fui com ela até há portariam e quando vi que ela se afastava, falei com a dona do portão explicando que caso o pai fizesse uma “visita” inesperada não o deixassem levar a Liv a lado nenhum, eu sabia que ele era pai dela, mas enquanto eu pudesse afastá-lo o mais possivel eu o faria. A senhora assentiu e garantiu-me que se o pai aparecesse com intenções de levar a filha sem ter uma ordem de tribunal ela chamara a policia… Fiquei mais aliviada, e fui para o trabalho.

O edifício do meu emprego ficava um pouco no centro de New York, era grande mas ao contrario do escritório de advogados este era todo coberto e vidro, permitindo a observação do interior do escritório. Entrei e subi para o andar do meu escritório – 6 º Andar.

– Olá Annabeth – era Angie a minha secretaria – eu já soube o que acontecera como estás?

– Nada que um café não resolvesse – ela sorriu.

– Não te preocupes eu trato disso – ela ia em direcção á cafeteira no outro lado da sala mas travou – Ah! já me esquecia, tens uma reunião ás 10h, outra ás 11h e tens que ir buscar a maqueta do edifício da baixa á empresa. Por agora tens dois clientes para atender.

– Não te preocupes, eu trato disso.

– Sim eu vou buscar um café… - ela apareceu uns minutos depois. – Toma.

– Obrigado… a que horas é que os clientes chegam?

– Só daqui a 20 minutos.

– Boa dá para descansar um pouco a cabeça.

– Mas como é que a Liv está?

– Mal… quer dizer quando o pai dela apareceu lá em casa ela não reagiu bem, aliás eu nunca a tinha visto daquela maneira… ela disse-lhe coisas que eu nunca pensei ouvir de uma garota com de 9 anos.

– Estou a ver… mas depois disso como ela reagiu o facto de o pai querer afasta-la de ti?

– Ficou em pânico… eu até compreendo ela nunca teve um pai… Estes anos todos quando ela fazia anos ou quando estava doente fui a única presente, quer dizer estavam lá os amigos e conhecidos, mas pronto entendes… ela agora vive com medo de afastar do mundo onde ela sempre viveu.

– Então o Luke vai mesmo avançar com o tribunal?

– Vai, pois…

– E tu? O que pensas fazer?

– Bem agora já arranjei um advogado… por falar disso não posso esquecer que tenho um almoço com ele marcado para antes das 13h15min.

– Mmmm… já estão a sair juntos? Isso foi rápido! – ela soltou um sorriso malicioso.

– Angie, menos tá? Menos… são questões de trabalho. – eu tentava parecer séria.

– Muito bem pronto! Mas diz-me ele é bonito?

– Sim… pode se dizer que sim – tentei responder com indiferença.

– A cor dos olhos? Do cabelo? É comprometido ou solteiro?

– Ai Angie! Não reparei… quer dizer talvez…

– Vá la diz lá eu sei que tu reparaste já estou á 3 anos nesta secretária e eu vejo quando te derretes toda quando se fala dele…

– Ok – suspirei – sim eu reparei… - ela ficou á espera que eu continuasse- bem os olhos… um verde-mar… os cabelos negros rebeldes apesar de ele os tentar prender com gel, Sim é comprometido ou solteiro não sei…

– Estou a ver… nome?

– Perseu Jackson.

– Oque? Perseu Jackson? O melhor advogado do país?

– Se o nome dele é o mesmo então suponha-mos que sim é o mesmo.

– Tu não sacas qualquer um… tinha que ser um melhor advogado.

– Ei eu já te disse! Menos ok? Eu não estou a tentar sacar ninguém… fique já esclarecido, sim eu achei-o bonito, mas e daí? Uma pessoa não pode achar bonita a outra?

– Pronto! Calma… também ele bonito… bem – ela olhou para o relógio – vou ver se os clientes já vieram. Se eles já aqui estiverem posso mandá-los entrar?

– Sim faz isso.

Percy

– Não te esqueças de que tens a audiência do Drª. Dravis, ás 9:30h e depois tens que tratar daquela papelada que o Chefe mandou. – Nico era o meu advogado parceiro, ele tratava-me dos planos e das reuniões.

– Espera qual caso? – fiquei confuso.

– Percy? Tu estás a dormir eu estou aqui á já meia hora a falar-te do caso dos proprietários daquele terreno que tem o uso campeão*.

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*Uso Campeão – É um contracto que os proprietários assinam dando autorização para exploração do terreno a uma pessoa que esteja disposta a doar metade dos lucros que o terreno fornecer.

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– Tu andas com cabeça nas nuvens não andas? –Nico interrogou.

– Não estou só distraído…

– Com o quê?

– Nada… er… nada mesmo.

– É com uma rapariga? – Nico perguntou, ele sabia coisas sobre mim que mais ninguém sabia, ele é meu primo, e fora sempre um amigo desde infância. Éramos como irmãos.

– Não… er…

– É mesmo uma rapariga, quem é ela?

– Não é ninguém Nico deixa estar…

– Então porque é que estas assim?… admite Percy é uma rapariga!

– Está bem… é por causa de uma rapariga.

– Eu já sabia! É gira?

– É linda, a rapariga mais bonita que já vi.

– Quem é ela?

– Isso é o problema… é minha cliente, aquela onde o tal Luke quer tirar-lhe a filha.

– Desculpa? Sabes que isso é contra a ética dos advogados, tu não podes ter uma relação com uma cliente a não ser profissional.

– Eu sei mas… ela desperta algo em mim que… não sei.

– Bem isso está grave… é assim eu não estou a avisar-te só por ti… mas sabes que o processo que está a decorrer com ela é muito cuidadoso e qualquer infracção á lei que ela cometer é uma maneira de perder o caso. Se tu e ela começarem uma relação mais… afectiva , e se descobrirem será um trunfo que jogarão contra ela.

– E achas que eu não sei… mas não sei ela é diferente… eu sou diferente quando estou com ela.

– Sabe Percy… há uma maneira se tu começares a nutrir sentimentos fortes por ela… terás que esperar… estes processos até que nem duram muito pois está uma criança em jogo por isso… ou esperas por ela ou decides esquecê-la.

– Talvez tenhas razão… mas o que sugeres é que eu tenha uma relação ás escondidas?

– Não fui isso que eu disse… isso também é uma alternativa… mas tu podes esperar que o processo acabasse e possas estar com ela há vontade… mas ouve lá a tua cliente não tem assim nenhuma amiga que me possas apresentar?

– Nico olha o trabalho!

– Ah contigo podes andar a pensar nas garotas que queres, e eu tenho de trabalhar.

– Nico? Trabalho!

– Pronto está bem… bem estava disser.

Assim que Nico continuou a falar continuei a pensar na Annabeth, ela era de facto muito bonita, linda, maravilhosa… A historia dela tocou-me, percebi que ela era uma lutadora, conseguiu criar uma filha sozinha, engravidar aos 16 anos não é fácil mas ela conseguiu… ela era de facto especial.