Olive/Liv.

– Liv? Liv hora do pequeno almoço! – acordei com alguém a chamar-me do andar debaixo, remexi-me e senti uns braços fortes a rodearem-me. Espera! Braços? Pequeno Almoço? – abri os olhos e vi que já era de manhã.

– Porra! – sussurrei resmungado. – Acorda Tomás, adormecemos… - ele remexeu-se e gemeu, agarrando-me a cintura.

– Whan? – ele perguntou esfregando o rosto.

– Nós adormecemos cabeça de alga! – ele abriu os olhos e acordou.

– O quê? – ele perguntou em pânico.

– E agora meus deuses, o meu pai vai matar-me…

– Também não fizemos mal…

– Tomás eu dormi contigo… - eu olhei-o nos olhos…

– Estás arrependida? – ele perguntou franzido a sobrancelha.

– Claro que não! – eu dei-lhe um selinho – eu não imaginava ter a minha primeira vez com ninguém a não seres tu – ele sorriu e beijou-me – Mas o meu pai é contra esse facto.

– Tenho uma ideia – ele disse saltando da cama e começando a vestir-se.

– E qual é?

– Vou pela janela – ele disse atacando os ténis.

– O quê? Isso é perigoso.

– Não te preocupes – ele sorriu-me – Eu já fiz isto montes de vezes quando queria sair a a minha mãe não me deixava – ele disse se aproximando da janela – Subo para o ramo –ele disse apontado para a árvore em frente ao meu quarto – depois é só descer.

– E se te magoas?

– Eu prometo que isso não vai acontecer – ele disse beijando-me nos lábios – Depois combinamos alguma coisa?

– Claro – ouvi novamente alguém a chamar-me, mas desta vez era o meu pai.

– Bem o meu tio já esta a stressar, xau – ele eu-me um selinho. Colocou-se de fora da janela, escalou o ramo e saltou para o chão. Antes de ir sorriu-me e bateu com a mão na zona do peito. Quem diria que estas cenas pirosas de Romeu e Julieta, podiam ser queridas e fofas.

– Liv está tudo bem? – o meu pai chamou do outro lado da porta. Eu corri e abria – Porque tinhas a porta trancada?

– Pai, eu… er… sinceramente pai eu sou rapariga tenho te ter privacidade. – tentei fingir-me insultada, numa coisa que eu era boa, era a representa.

– Desculpa filha, mas não respondias e eu fiquei preocupado – ele desculpou-se.

– Tudo bem pai… deixa-me vestir-me e já vou. – ele assentiu com o ar desconfiado. Voltei para o quarto, reparei que em cima da cama estava o cinto dele. Sorri a minha cabeça retrocedeu para ontem… agora estava em mim… cada toque… cada caricia, ele agora estava em mim. O rapazinho que eu tentava afastar ao máximo tornou-se a pessoa que eu mais queria no futuro… o meu cabeça de alga.

Tomás

Estacionei o carro rapidamente na garagem… olhei pela janela não notei ninguém na sala, meti a chave na fechadura e rodei sem fazer barulho. Entrei e voltei a fechar a porta…

– Onde é que estives? – assustei-me com a voz da Alice atrás de mim.

– Em lado nenhum… - respondi nervoso.

– Ouve bem Tom – Tom era o apelido que apenas ela me dava. – Tu tens sorte que o pai e mãe foram passar o fim de semana fora a Boston senão estavas feito – Nós começamos a tratar o Marcus um ou dois meses depois de ele casar com a nossa mãe, ele não se importava e tratava-nos igualmente por filhos – Agora diz-me onde estiveste? – ela começou a bater o pé.

– Onde eu estive? Diz-me é onde tu estiveste? – a sua postura durona desfes-se.

– O quê?

– Acabas-te de chegar agora… - eu respondi. Olha-mo-nos por uns instantes, ela cedeu deixando os seus braços caírem pela cintura.

– Como descobristes? – ela perguntou bufando.

– Estás com as mesmas roupas de ontem. E além disso o teu batom está todo besuntado – ela levou instintivamente a mão a boca –Estiveste com o Mark certo?

– Estive – ela frustrou – Agora me diz onde tu estiveste…

– Não digo – eu sorri e fui beber um copo de água á cozinha e senti o telemóvel vibrar.

Liv:

“Adorei a noite de ontem, o meu pai não desconfiou de nada… beijo amo-te ”

♥

Eu sorri, e repondo.

Tomás

“Ainda bem, não queria que apanhasses um sermão por minha causa também adorei a noite de ontem, beijos sabidinha”.

Também te Amo

♥2

– Já me vais disser com quem é que passas-te a noite?

– Com um amigo. – eu respondi.

– Ouve lá eu tenho cara de parva?

– Eu até te respondia, mas tenho medo de te ferir os sentimentos. - Ela deu-me uma olhar mortal.

– Muito engrasadinho – ela deu um risinho falso – Diz-me onde passas-te noite?

– Não é da tua conta – eu voltei a disser, o telemóvel voltou a tocar…

Liv:

“Queres ir ao cinema logo á tarde?”

Eu sorri de novo ao ver a tele do telemóvel.

Tomás:

"Claro que sim, podemos almoçar juntos se quiseres…"

Liv:

"Quero, pode ser no Apollo?

(N/T - o nome é de um Restaurante/Café perto do meu liceu)

Tomás:

Pode sim.

Desde que esteja contigo tudo bem… te apanho ás 11h

Liv

Vou ficar á espera Beijo grande…

Amo-te.

Tomás:

Beijo… também te amo.

Quando enviei a ultima mensagem Alice tirou-me o telemóvel das mãos…

– Alice devolve-me isso – eu exigi.

– Ora vamos lá ver com quem passas-te a noite – Ela começou a mexer no Smartphone. Eu tentei agarrar, mas ela começou a correr pela casa.

– Alice dá-me o telemóvel. – eu corri atrás dela.

– Olha tens uma sms novo da Liv – ela disse.

– Alice isso é privado.

– O que estaria aqui que eu não soubesse? – ela encolheu os ombros a sorrir, abriu a mensagem e o sorriso dela desvaneceu-se – Oh meu Deus!

Eu agarrei no telemóvel e guardei-o no meu bolso. Alice agora sorria de forma estranha.

– Oh santa Atena – Tal como a Liv Alice era apaixonada Mitologia – Tu passas-te a noite com ela… vocês fizeram... - ela dez um gesto estranho com dos dedos indicadores.

– Não se passou nada – eu cortei – apenas tivemos na conversa e adormecemos…

– Cala-te – ela sorriu – Eu sei quando uma miúda acaba de trançar com alguém… eu sou garota ok? Vocês foram para a cama.

– E daí? É crime? – resmunguei.

– Então vocês namoram?

– Mais ou menos – admiti.

– Não lhe pedis-te? – ela arqueou as sobrancelhas.

– Não – murmurei – quando acorda-mos o tio estava prestes a entrar no quarto e…

– Apanhou-te? – ela arregalou os olhos.

– Não eu fugi pela janela – eu dei uma risada tímida, Alice gargalhou. – Eu era para pedir, mas não deu certo.

– Então pede-lhe no encontro que vocês marcaram – ela encolheu os ombros de maneira satisfeita.

– É tens razão… - eu disse.

– Bem xausinho eu vou deitar-me estou cansada.

– Imagino… - atirei Alice mostrou-me a língua, e subiu para o quarto. Eu ia pedir a Liv em namoro hoje á tarde…