The Lawyer escrita por Szin


Capítulo 23
Frio e Calor


Notas iniciais do capítulo

ola malta ja estou de volta... estou melhor e pronto para outra - estou a brincar.
Pesso desculpa por ter feito aquilo, mas n sei acho que entrei em desespero... o k interessa agora e que estou bem, feliz... adoro.-vos a todos e bjs
Dedico este capitulo á Lia Teles a pessoa mais querida e bonita do mundo - t amo princesa



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Percy

O meu corpo tremia, sentia frio e calor. Olhei de relance para Annabeth que caminhava comigo até ao restaurante, ela permanecia calma, mas ria-se e olhava-me de relance, sempre que sorriso dela tinha como alvo: eu, o frio e o calor que se estendia ao longo do meu corpo ardiam… juntava todas as minhas forças só para não a beijar mesmo ali… agarra-la pelos cabelos e puxá-la para o meu corpo, apenas com um intuito – tê-la. Apenas a sensação que o seu corpo estava junto ao meu, fez-me acalmar. De vez em quando pude sentir que as suas mãos rozavam nas minhas… o calor da sua pele, era como e fosse um calmante, um anti –depressivo que me impedia de não dar em Louco.

– Vamos aquele Ali? – Annabeth apontou para o restaurante que se erguia ao lado de um edifício.

– Vamos. – eu sorri e percebi que ela corara.

Entramos no restaurante, não era grande, mas também não assim tão pequeno. As mesas eram de madeira clara, e toda a decoração era simples. Senta-mo-nos em uma das mesas e esperá-mos pelo garzonete.

– Acredita para mim também é complicado – Annabeth murmurou dando-me um sorriso discreto. Ao inicio não compreendi, mas reparei que a minha mão lutava contra a ansiedade de agarrar. – Obrigado por esperares…

– Eu prometi que esperara, e vou fazê-lo, mas eu quero que saibas que estou a tentar com todas as minhas forças não te puxar mesmo agora e beijar-te – eu corara e ela também.

– Obrigado e como eu te disse para mim também não é fácil… - ela deixou escapar inclinado um dos cantos da boca… - Porque é que estás a fazer isto?

– O quê? – revelei-me confuso.

– Esperares, sabes tu podes querer qualquer mulher… então… porquê eu? Tenho uma filha… sou solteira… porque esperas?

– Porque eu amo-te, acredita que amo mais que tudo… eu sei que a Liv é importante para ti… é tua filha e isso basta… eu espero o tempo que for preciso. Acredita, quando isto tudo acabar eu quero ter uma relação contigo… sabes todos os minutos que não podemos estar juntos agora, serão recompensados no futuro… - ela riu… um sorriso caloroso e libertador, os olhos dela brilharam. – bem ao menos sou bom nas declarações.

– És mesmo cabeça de alga. – ela riu quando eu bufei de frustração – Desculpa não resisti – ela gargalhou.

– Já não basta a Alice, a Angela… agora tu.

– Desculpa, só queria ver a tua reação – ela continuou a gargalhar.

– Se eu não desculpar – desafiei.

– O que é que eu tenho de fazer para me perdoares?

– Pelos motivos obvios eu não te vou pedir um beijo aqui… mas quer voltar a estar contigo… - ela riu timidamente – Mas eu também não quero dar desconfianças a ninguém…

– Eu sei, e eu também quero, mas temos de ir com calma…

– É mesmo, sabes eu espero… mas até lá não te perdoo.

– Isso não vale… - ela deu-me uma tapa no braço.

– Ai vale, vale…

– Então queres dizer que não perdoas – ela fez um biquinho gostoso. Porque é que ela tinha que o fazer!

– Está bem – bufei.

– Eu sabia que reconsiderarias. – ela riu – eu ganho sempre - habitua-te.

– Estou a ver que sim.

– O que vão pedir? – fomos interrompidos por um empregado que trazia um bloco na mão.

– Sim eu quero uma salada por favor – Annabeth pediu.

– Para mim um Strogonof.

O empregado anotou e saiu, os nossos pedidos chegaram uns minutos depois.

– Bom apetite! – ela desejou.

– Bom apetite… - eu ri ela riu também

Acabamos de comer e fomos buscar a Liv e a Alice… Ainda bem, que a Annabeth foi comigo, Ângela tinha-me apenas deixado um papel com a morada, e eu admito que me custaria bastante encontrar… Estávamos no carro, em frente á casa da Silena quando eu peguei a Annabeth pelo rosto e lhe botei um beijo.

– Percy!? – ela tentou dizer, mas eu parei-a com outro beijo.

– Desculpa, mas eu não resisti – ela riu – agora sim estás perdoada.

– Mas tu já me tinhas perdoado… - Annabeth arqueou as sobrancelhas.

– Em parte sim, mas eu disse que para te perdoar totalmente tinhas que me dar um beijo… e agora já deste.

– Desculpa? Eu não dei beijo nenhum tu sim é que me beijas-te – ela desafiou.

– Ai sim? – eu virei-me e para o controlo do carro e cliquei no botão para trancar todas as portas do carro. – Pronto não sais daqui se me dar um beijo.

– Desculpa? Isto é rapto.

– Não, não é… eu sei que tu queres… - eu ri.

– E eu a pensar que tu não eras convencido…

– Tu despertas sentimentos em mim que eu próprio desconheço – ela riu perante a afirmação – Agora não sais sem me dar um beijo – inclinei o meu rosto no dela, mas parei. Os nossos rostos ficaram estranhamente próximos. Mas era ela que tinha que avançar – Força, estou á espera.

– Directo hein! – ela riu, avançou e encostou os nossos lábios a minha língua pediu passagem para a boca dela, e ela permitiu. Foi um beijo urgente mas romantico, quando nos separamos, olhei para ele e rocei o meu polegar na sua bochecha.

– Te amo – ela sussurrou.

– Eu também te amo – eu sussurrei para ela. Dei-lhe um selinho, e saímos do carro.

Batemos á porta e quem veio abrir foi uma mulher. Ela não era muito alta, talvez do tamanho da Annabeth, tinha cabelos castanhos claros, os lábios um pouco finos, e os olhos eram escuros. Devia ser a mãe da Sandra.

– Olá Annabeth – a mulher abraçou-a.

– Olá Silena.

– E quem é o senhor – ela perguntou-me a sorrir.

– Sou o tio da Alice.

– Claro, a Ângela avisou-me que vinha, desculpe mas com tanta gente, uma pessoa perde-se.

– Não tem problema…

– Entrem.

Eu e Annabeth entramos, a casa era ampla, era bonita… Liv e Alice quando nos viram correram para nós.

– Olá Mãe – a menina loira de olhos cinza agarrou-se á mulher ao seu lado.

– Olá filha – Annabeth abraçou-a, Liv sorriu quando me viu.

– Olá senhor Percy – ela riu, olhou para a mãe novamente e depois para mim, mas em vez de argumentar (o que era o habito) , apenas piscou-me olho e sorriu… o que me surpreendeu.

– Oi tio Percy. – Ouvi Alice a caminhar-te mim.

– Olá pirralha, então portas-te-te bem?

– Claro Percy, a Alice comigo porta-se sempre bem… - Liv sorriu, e olhou para a amiga.

Alice mostrou-lhe a língua, com uma cara froxa… e liv riu…

– Bem vamos princesa? – Annabeth disse penteado os cabelos da filha com os dedos.

– Sim…

– Liv, depois o eu preciso de falar contigo. – Annabeth olhou para mim, ao inicio pensei que fosse sobre o relacionamento, mas lembrei-me da consulta do psquiatra. Eu assenti para ela e para a filha que me olhava estranhamente. Algo dentro de mim dizia que ela sabia sobre nós… Liv era uma menina esperta, bastante esperta.

– Tudo bem – ela sorriu para mim… Um sorriso travesso e malicioso. Okay ela sabia.

– Vamos para o carro? – Eu perguntei. – Lembra-te nós viemos no meu carro! – ela sorriu.

– Claro. – Olha-mo-nos durante um tempo, e percebi que Alice e Liv se entre olhavam, Alice mantinha uma cara confusa, mas Liv ria com um sorriso triunfante.

– Ok, o que é que passa? – Alice perguntou-nos.

– Nada, coisas de adultos, quando fores mais velha explico-te – Liv disse e eu ri perante a afirmação. Naquele momento LIv assemelhou-se bastante á mãe.

– O quê? – Alice estranhou.

– Hás de perceber… um dia. – Liv cortou por aí. Ela sorria a olhar para a mãe. Annabeth também percebera que Liv sabia do nosso “segredo”. Ela olhou para mim, com uma expressão de ansiedade. Eu assenti, de forma a descontrai-la. Senti o corpo de Annabeth a relaxar. Annabeth pegou a mão da filha e eu fiz o mesmo com a Alice. Despedimos-nos de Silena quando ela apareceu, ela tinha ido conversar com os outros pais que se encontravam na sala. Fomos para o carro.

– Metam o cinto! - eu disse

– Nós já sabemos – Liv comentou. Olhei para Annabeth e ela sorriu-me.

Olive/Liv

Era preciso ser muito lerdo para não perceber que aqueles dois estavam juntos. Eu conheço a minha mãe desde sempre, e reparei que ela estava a ficar apanhadinha pelo doutor. Eu ri perante este pensamento. Eu e Alice estavamos a ouvir musica nos mp3s que levamos para casa da Sandra. Olhei para Alice, a cabeça dela estava apoiada no vidro da janela, os olhos dela mantinham-se fixos na passagem que pessava de relance. Os lábios dela mexiam-se e percebi que ela cantarolava qualquer coisa… Então me concentrei nas pessoas da frente. A minha mãe estava a sorrir para Percy que também sorria. Eu reparei que eles tentavam não dar nas vistas, mas em vão. Apesar de se desviarem, os olhos deles encontravam-se sempre, ambos sorriam até demais. Eu gostava do Percy, era um tipo fixe… eu sei que ele gostava da minha mãe, e a minha mãe dele. Eu sabia que eles já tinham feito… coiso. Como é que eu sei estas coisas? Simples, ela minha mãe, conheço-a desde sempre, desde a ultima vez que estive com a minha mãe e com o Percy, eles não estavam tão íntimos… Parámos num semáforo e vi Percy a olhar para mim do retrovisor, eu desviei o olhar, fingindo estar a olhar para a janela. Ele voltou a olhar para a minha mãe, e mexeu os lábios sem falar. Eu ri, era oficial eles estavam juntos… “Eu amo-te”. Olhei para Alice e ela continuava a olhar pela janela. Os meus olhos voltaram-se para o casal não assumido. Eu gostava de ver a minha mãe feliz, e ela merecia, sei que vocês pensam que eu não a respeito, mas não! Eu apenas gosto de provocá-la.

Dirigi o meus olhos para o meu mp3, já estava cansada desta musica, por isso mudei. Corri a mina playerlist e escolhi uma ao calhas. Começou a reproduzir a Breathe Me da Sia, as minhas amigas não gostam da musica, criticam dizendo que é demasiado triste, e sinistra, mas eu gosto. Voltei novamente a minha concentração para o casalinho da frente. Eu sorri quando vi que as mãos do Percy e as da minha mãe se entrelaçavam, eu sorri.

– O que foi? – senti alguém a cutucar-me o ombro.

– Diz Alice, não ouvi – sussurei tirando os fones dos ouvidos.

– O que estás a rir? – ela estranhou.

Voltei a olhar para as mãos entrelaçadas deles, depois olhei novamente para Alice.

– Nada. – disse.

– Ok – as sobrancelhas dela arquearam-se. – Vou fingir que acredito

– Nada, mesmo. Não se passa nada.

Ela desistiu e eu fiquei a olhar para a cena. Percy percebeu que eu já sabia da situação dele e da minha mãe. As vezes ele, olhava através do retrovisor para mim e para Alice, Alice como sempre mantinha os olhos postos na janela, mas eu, sorria e assentia, como se fosse dar permissão para ele fazer algo.

Eu e a minha mãe saímos do carro uns metros do trabalho de Percy. Eu percebi o porquê. Eles estavam a tentar não dar alarido, de relance reparei que Percy dera um beijo rápido na bochecha da minha mãe. Alice não notara, mas eu sim. Quando o carro de Percy se afastou eu decidi avançar.

– Quando é que me pensavas contar-me?

– O quê?

– Que tu andas com o advogado.

Os olhos dela arquearam-se. Ela limitou-se a fazer silêncio.

– Não respondes? – eu insisti.

– Não.

– Ok… - entristeceu-me o facto de ela não confiar em mim, eu sei que ás vezes digo coisas que não devo, mas quando se trata de segredos eu sou boa a guardar. – Pronto, mas para a próxima tenta ser mais discreta. - os seus lábios formavam uma linha dura, mas os seus olhos mostravam algum humor.

– Liv não fiques zangada - ela tentou dizer.

– Não mãe, o que me chateia é que tu dizes-te-me que confiavas em mim, e me dizias se algo acontece entre vocês. Nós prometemos uma á outra que contaria-mos sempre tudo, mas olha afinal quem quebrou a promessa foste tu. – eu estava fula.

– Liv desculpa – ela agachou-se á minha frente, mas eu limitei-me a olhar para o chão. Ela levantou-me o queixo com a mão. Os nossos olhos encontraram-se. Sempre me perguntei quem tinha os olhos mais cinza, se eu ou ela? Agora em posso responder… era ela… apesar de não se notar que os meus possuíam um contorno azul – mas raramente se notava, aliás, só reparei nisso quando passei horas no espelho a tentar desvendar a cor que os meus olhos tinham (ideia estúpida eu sei, mas o que é que querem, sou curiosa) – os dela eram inteiramente cinza. Muitos dizem que os olhos cinza são sem graça… e são. Mas os da minha mãe tinham um brilho especial, algo neles que faziam uma pessoa perder-se.

– Desculpa, eu – eu murmurei – eu não devia fazer uma birra tão grande, tu tens o direito de ter segredos.

– Mas Liv, eu prometi e quebrei a promessa, por isso quando chegar-mos a casa eu explico-te as coisas, tudo bem?

– Ok, mas para que conste e para que não te sintas tão mal, eu também quebrei a promessa, também existe uma coisa que não te disse.

. O que é? – ela riu.

– Não gozes mas eu… até acho uma certa Piada ao Tomás… mas é pequenina.

Ela gargalhou enquanto eu corava.

– Anda vamos para casa. Quando chegar-mos tu e eu vamos conversar… vamos conversar tudo o que não conversámos ok? – ela riu a minha mãe tinha um sorriso muito bonito, o mais bonito que vira. A minha mãe sempre fora uma rapariga bonita, ela tinha um corpo ligeiramente tonificado. Algumas amigas perguntavam como ela conseguia estar tão em forma assim, e a minha mãe respondia sempre “o melhor remédio é sempre utilizar as escadas e nunca o elevador” e as amigas feitas estúpidas acreditavam. Era mentira na verdade a minha mãe tinha aulas de speening, todas as semanas. Eu ria com isso, ria das figuras das amigas delas, a subirem as escadas dos edifício gigantescos a pensar que conseguiam emagrecer.

– Ok, mãe… - eu ri e ela também, eu abracei-a e ela correspondeu.


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Notas finais do capítulo

BJS



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