Chegámos a casa, mandei a Liv ir tomar banho enquanto eu fui buscar o pijama.

– Então Tália? E tu como vais com emprego? – eu perguntei. Tália era fotografa, ao inicio queria ser jornalista e tirar o curso de comunicação, mas no final ela decidiu que queria seguir fotografia.

– Vai bem, recebo pelo menos mil dólares a mais do que recebia antes e o meu chefe está bastante impressionado comigo, portanto.

– Fico feliz. Bem vens fazer o jantar comigo?

– Então não quero? Claro que sim tonta.

Fomos para a cozinha e começamos a arregaçar as mangas.

– Tia Tália? – perguntou Liv, ela estava a no computador a jogar Farm Ville 2 no facebook.

– Diz princesa.

– Como era a minha mãe? Tipo nas festas e com os rapazes? – eu e Tália nos entre olhamos, tentado conter o sorriso.

– Porque é que queres saber princesa?

– Não sei… por curiosidade! – ela riu.

– Bem a tua mãe era muito menina certinha, mas quando ia a festas vinha uma “cabra” ao decima! – gargalhou Tália.

– Tália? Olha a minha filha, vê lá o que dizes – eu não queria que a minha filha pensasse o que não devesse.

– Não te preocupes mãe lá na escola dizemos coisas piores… - eu fiquei parva – mas vá conta-me mais por que é que ela era uma cabra?

– Olive?

– A culpa é da Tia Tália – ela apontou para ela.

– Bem me deixa continuar, ela era muito estudiosa lá isso era, mas também era safada de fez em quando, na maioria das vezes influenciada por mim – eu fiz uma cara de satisfeita – mas muitas vezes ela também aprontava algumas.

– O que ela fazia? – Liv já desistira do computador para nos ouvir.

– Bem… uma vez eu gostava de um tipo um cara chamado Ethan, ele era muito bonito – eu ri eu sabia qual era aquela historia – no entanto estávamos numa festa e ele começou a atirar-se a uma outra garota… eeeee eu chorei tanto nessa noite – ela ria enquanto contava a historia – a tua mãe quando descobriu o que ele me fizera chegou-se ao pé dele e deu-lhe um soco tão grande que o garoto andou por semanas com o olho negro.

– A minha mãe batia nos rapazes? – Liv olhou para mim espantada.

– Ela não batia! Ela esmurrava-os ouve um que quando lhe tentou apalpar a bunda numa festa a tua mãe deu-lhe um pontapé tão grande nos…

– Tália! – eu tentei meter um ar serio?

– O que foi é verdade o rapaz nunca mais se aproximou, se a tua mãe fosse num corredor, o rapaz voltava atrás só para não se cruzar com ela. – rimo-nos todas. Tália meteu o arroz e o pato no forno.

– Mãe?

– Sim meu amor? – eu tinha acabado de cozer o arroz.

– Como conheceste o meu pai? – senti um punho a bater-me no estômago. – não fiques zangada, mas é mesmo só por curiosidade.

– Bem como eu te disse ele chamava-se Luke, Luke Castellan, e era o rapaz mais desejado pelas raparigas… conhece mo-nos numa festa e dançámos um pouco, no final ele convidou-me para sair no dia seguinte, fomos saindo algumas vezes e depois a coisa deu-se, e eu fiquei gravida de ti, eu na altura era muito nova tinha 16 anos.

– Então porque é que ele foi embora? Não gostava de mim?

– Ele gostava, quem é que não gosta de uma filha linda – eu larguei o que estava a fazer e fui abraçá-la Tália sentou-se ao lado dela e pegou-lhe na mãe – sabes querida como eu disse eu só tinha 16 anos e ele 17, ele era muito jovem e imaturo, tinha medo da responsabilidade e então fugiu.

– Covarde! – Liv resmungou.

– Olha querida – desta vez foi Tália – sabes uma coisa, ele podia ser a pessoa mais infantil do mundo mas deu uma coisa á tua mãe muito preciosa.

– O que foi? – ela olhou para mim.

– Tu! –Tália sorriu.

– Mãe? – ela chamou ainda abraçada ao meu peito.

– Diz meu amor?

– Cheira a queimado.

Eu e Tália ainda corremos até ao forno. Tália tirou o tabuleiro e vimos que aquilo estava transformado em carvão. Entre olha-mo-nos.

– Alguém quer Pizza? – Liv já estava com o telefone na mãe tentado não rir. Eu e Tália começamos a gargalhar.

Depois do jantar eu Tália e Liv fomos todas ver um filme uma comédia de chorar a rir.

No final da noite Liv foi para a cama pois estava cansada, eu e Tália ficámos a conversar.

– Então e tu? Nunca pensaste em ter filhos?

– Eu gostava mas primeiro quero organizar a minha vida, e quero claro arranjar alguém de jeito! Não quero um lerdo como pai dos meus filhos! – ela exigiu a rir e eu ri também

– Ainda nenhum entrou no teu radar?

– Achas não eu sou bastante exigente!

– Sei! eu ia ficar contente se arranjasses alguém! Sabes faz-te falta uma pessoa que te mime e te dê carinho.

– E tu Annabeth?

– Eu oquê?

– Nunca mais te apaixonaste que dizer nunca, tu sentiste falta disso também?

– Talvez sim, mas não sei ainda não apareceu ninguém.

– Bem vindo ao clube das solteironas desesperadas. – disse ela gargalhando.

– Não mas serio! É que tipo desde o Luke eu não quis me envolver com mais ninguém, pois tenho medo que aconteça novamente aquilo que aconteceu com ele.

– Annabeth! Nem toda a gente é como Luke, além disso, eu pressinto que ainda te apaixonarás pela pessoa certa.

– Oque? Agora desta em vidente foi?

– Não acho que sou mais uma bruxa! Então não se vê logo – ela riu ao disser aquilo – Sabes achei estranho uma coisa…

– Oquê?

– Estas perguntas da Liv, achei estranho ela interrogar-te acerca do pai passado tanto tempo…

– Oquê? Achas que ele voltou foi? – eu perguntei preocupada

– Não sei, mas algo se passou para ela estar assim!

– Talvez seja do aniversário, não sei

Ouvi a campainha a tocar.

– Aguenta eu já venho! – eu disse saltei do sofá e fui abrir a porta o meu sorriso desvaneceu-se ao ver a ultima pessoa que eu esperava ver.

– Podemos conversar? – a pessoa pediu.

– O que é que tu queres?

– Quero conversar.

– Annabeth que é? –Talia perguntou.

– Eu não te quero aqui – sussurrei.

– Annabeth o que fazes á porta – ela virou-se para a pessoa que eu tentava evitar olhar – Luke?

…