Witch Hunters — Interativa escrita por Noah


Capítulo 4
Parte I — Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Sinceramente? Empaquei nesse capítulo. Mesmo.
E também não tenho muito o que dizer aqui.
Obrigada pelos comentários, vou responder toooodos.
Agora, enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/586048/chapter/4

Pequena Sereia

.

Dominique bateu na porta mais uma vez. Estava ali a pelo menos cinco minutos, porém não teve coragem o suficiente para entrar sem permissão na casa daquele que já foi o seu superior; um Major na hierarquia que seguia — isso antes dele cair, é claro.

Depois de sair voando do poço seco onde estava, achou-se em uma fazenda abandonada, perto de um vilarejo — e o mapa, guardado na bolsa atravessada em seus ombros, brilhou, mostrando o lugar onde ela deveria ir. Dominique nem mesmo o viu; o fio invisível amarrado em seu tornozelo — o qual se enrolava e dava nós, mas nunca se partia — que a ligava com todas as outras Fadas, caídas ou não, guiou-a para a porta onde permanecia.

— Reino! — chamou — Sei que tu estás aí!

Dominique mordeu o lábio inferior. Sabia que ele nunca abriria a porta. Praguejou baixinho, tirando dois grampos do cabelo loiro e abrindo-os com os dentes. Havia feito aquilo dezenas de vezes em seu treinamento, quando era trancada em um cubículo com nada além de escuridão e ratos.

Com o coração lhe martelando as costelas, Dominique entrou na casa, esperando ter de se defender de um ataque físico — em vez disso apenas viu Reino sentado em um poltrona, esperando-a.

— Dominique — ele disse e sua voz era mais fria do que a garota se lembrava — Você não vai levar Alyss.

Acostumada a receber ordens de Reino quando ele ainda tinha suas asas, Dominique quase concordou — e então se lembrou que ele agora era de um nível tão baixo quanto o dos humanos. Talvez mais baixo ainda.

— Tu não mandas mais em mim, Reino. É como um humano agora. Se veste como um, come como um, age como um.

Reino se levantou espumando raiva, agarrando os braços de Dominique com força.

— Posso até ser como um humano, mas ainda tenho força para lhe quebrar o pescoço.

Com uma raiva desconhecida queimando lhe na boca do estômago, Dominique o encarava nos olhos.

— Tente. Tente e veja o que Fada Maior fará com você. Sabes do que ela é capaz.

Se olharam por mais alguns instantes; ódio queimando entre os dois. Reino soltou-a, deixando as marcas de seus dedos nos braços finos de Dominique.

— Saia daqui.

— Preciso da tua filha. Não posso sair sem ela.

Reino abriu um sorriso sarcástico.

— E eu é que me importo? Saia daqui antes que eu lhe jogue pela janela.

Dominique apertou os olhos; uma imensa vontade de chorar crescendo dentro de seu peito.

— Reino... por favor...

— Vejo que ainda é uma garota chorona, não? Não sei nem porque Fada Maior escolheu você para essa missão. Ainda é uma fraca.

— A Árvore da Vida — disse, abrindo os olhos — As pessoas estão se suicidando na droga da Árvore da Vida. Estão desesperadas. As bruxas estão roubando suas crianças para fazer rituais e beberem lhe o sangue e devorarem lhe os ossos. Precisamos de tua ajuda. Precisamos de Alyss.

Reino ergueu uma sobrancelha, fechando a expressão.

— Não posso fazer nada. Fada Maior me expulsou de Feenmärchen, lembra? Cortou minhas asas e me desceu ao nível de um humano. Humanos não lutam contra bruxas.

Dominique respirou fundo e se virou, tentando esconder as lágrimas e as pernas trêmulas. Caminhou até a porta e falou, baixinho:

— Tu costumavas ser diferente, Reino. Costumavas ser bom.

— Isso quando eu tinha asas — finalizou, fechando a porta quando Dominique pisou do lado de fora.

A garota loira suspirou; o lábio inferior tremendo pela vontade de chorar — até que ela viu. Viu um borrão de chapéu e cabelo verde saindo de trás da casa correndo.

Um sorriso involuntário nasceu nos seus lábios.

xxx

James Richard Hale estava exausto.

Não por conta da fumaça ou do fogo, porque, bem, ele fazia o fogo.

Estava indo para casa quando foi atacado — e ele nem sabia o porquê ou quem estava atacando-o. Só depois viu aquelas criaturas humanoides. Centenas e centenas delas.

Apavorou-se, capotando o carro na estrada e lançando fogo para todos os cantos. Conseguiu incinerar a maioria deles, porém agora estava cansado, caindo aos pedaços. A única coisa que o mantinha protegido era o círculo de fogo que fez ao redor de si — e ele estava se apagando e se apagando, exatamente como Richard.

— Ei! — ele ouviu. Parecia ser uma garota — Tem alguém aí?

A risada de um homem ecoa em seus ouvidos logo em seguida.

— ... como em um filme de terror — James Richard pegou o final da frase do ar.

E então um grito. E um palavrão.

Ah, pelo visto eles haviam achado aquelas coisas.

Richard quase sorriu. E então apagou.

xxx

O circo da Fabulosa Madame Mirsa estava na cidade.

O picadeiro circular já estava com seus devidos assentos que, pouco a pouco, iam sendo preenchidos por crianças sorrindo pelos olhos repletos de encanto e pela boca cheia de algodão-doce.

Arrastavam seus pais, querendo os melhores lugares para assistir o grande espetáculo de que todos que já tinham visto falavam e elevavam, dizendo que só mesmo Madame Mirsa poderia ser capaz de tantas coisas.

Lucy Storm com certeza não estava tão animada quanto as outras crianças, porém ansiava o início do espetáculo.

Morava na Grécia, mas estava de viagem com a mãe, Lyanna Storm. Procuraram uma cidade menor para fugir de toda a agitação e todos os luxos no qual viviam — e o que poderia ser melhor para fugir de tudo aquilo do que aquela cidade pequenina onde, por alguma razão, o grande circo de Madame Mirsa resolveu passar?

De qualquer forma, mesmo a cidade sendo pequena, o picadeiro já estava lotado.

E Chloe Lindell estava lotada de ansiedade e nervosismo.

Dentro do camarim, tendo o cabelo puxado e amarrado; o rosto pintado e o corpo vestido, a garota de longos cabelos loiros e olhos azuis penetrantes mordia o lábio inferior com força, ansiando e ao mesmo tempo repudiando sua entrada no picadeiro.

Madame Mirsa — Alyson para os íntimos e mãe para Chloe — entrou no camarim, já com seu uniforme que exibia todas suas curvas.

— Garotas, por favor, me deixem falar com Chloe.

As maquiadoras assentiram, admirando Chloe por um instante — a obra prima delas, fantasiada de sereia e tão bonita quanto uma.

— Olhe minha garotinha — Alyson se aproximou de Chloe e acariciciou um de seus braços.

— Mãe — a garota resmungou — Por que água?

A expressão de Alyson se fechou.

— Porque disse a você para não brincar com fogo. Além disso, vai ser incrível querida — ela sorriu, mostrando os dentes brancos — Um verdadeiro espetáculo.

Chloe tentou sorriu e então assentiu.

— Tudo bem. Vamos ver disso um show inesquecível.

xxx

Lucy comia pipoca doce e bebia refrigerante de cola enquanto assistia atentamente as apresentações e fazia comentários sobre o desempenho dos artistas — e então as luzes se apagaram.

Dois holofotes de luz azulada foram para o centro do picadeiro, anunciando a chegada da grande e fabulosa Madame Mirsa.

Lucy sorriu, colocando mais pipoca na boca.

— Agora sim é hora do show.

xxx

Chloe observou Dimitri Davidov andar até ela. O russo que a loira via como pai tinha acabado de fazer sua apresentação atirando facas e se recolhia para Alyson entrasse no palco.

— Pequena — cumprimentou Chloe com uma reverência.

— Dimka — a voz saiu nervosa e tremida. Dimitri franziu as sobrancelhas,

— O que aconteceu?

Chloe mordeu o lábio pintado de vermelho.

— Por que acha que ela está fazendo isso? Quer dizer, o mágico aqui é o Seth.

Dimitri riu soprado.

— Talvez ela queira chamar atenção. Você sabe, ela é a fabulosa Madame Mirsa. De qualquer forma, não vai dar nada errado, pequena. Seth a ensinou bem.

Chloe olhou para os lados, procurando Seth na confusão que sempre se formava atrás do circo pelos amontoados de artistas.

— Chloe! — Alyson chamou, afobada — Vamos logo!

A garota loira sorriu levemente para Dimitri.

— Vai dar tudo certo.

— É — Chloe diz, ajeitando o cabelo — Vai sim.

xxx

Perdida, Dominique suspirou.

Alyss havia sumido de vista em um fluxo de pessoas e ela não sabia o que fazer ou para onde seguir — e também não sabia que devia consultar seu mapa, onde um pontinho negro brilhava.

Negro como a noite, como os pecados e como o perigo.

Negro como a morte.

xxx

Depois de uma entrada triunfal, uma espécie de aquário gigante foi trazida ao centro dos holofotes. Seth ficou ao lado de uma pequena escada e, quando Madame Mirsa pediu, tomou a mãe de Chloe e ajudou-a subir.

— Boa sorte, pequena sereia — ele sussurrou baixinho para a amiga e se afastou.

Chloe, sentada na beira do aquário, estava tão nervosa que não conseguia ouvir direito ou se lembrar do que tinha de fazer; apenas escorregou para dentro do tanque de água graciosamente e sorriu, mostrando para os outros que estava tudo bem.

Seth fechou o tanque e trancou-o.

Madame Mirsa entretinha o público e uma música começou a tocar ao fundo.

Ia ser o truque perfeito.

Ia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Erros? Sempre deixo passar algo porque tenho *cof cof preguiça cof cof*
Insatisfeito com o jeito que descrevi/escrevi com o seu personagem? Me diga, por favor.
Comentem o que acharam, porque gosto de comentários e opiniões, hue XD
Vou começar postar fotos dos personagens e a primeira vai ser a Chloe.
Chloe: http://websta.me/p/173276175014455156_18319504
Fantasia da Chloe: http://3.bp.blogspot.com/-JZx7q_fW-70/TtBDJFkJ6kI/AAAAAAAAD5Q/I_PWdH3mCdA/s1600/a97ab76dfc25fd41922154d7c65523bb-d34iojs.png
Fantasia da mãe da Chloe: http://glamoda.com.br/wp-content/gallery/fantasia-de-magica-para-festa/fantasia-de-magica-para-festa-5.jpg
Enfim.
Ah, e uma coisa. Podem me ajudar com algo? É que eu tenho outra fic interativa e preciso de mais duas garotas. Passam lá e vejam o que acham, hm?
http://fanfiction.com.br/historia/589811/Paranoia_Interativa/
É isso.
Atééé!