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– Ah não Pepper, muito obrigada, mais eu estou sem fome. - disse me secando tomando cuidado ao passar a toalha nos pulsos.

– Tem certeza meu amor? - pergunta novamente.

– Tenho sim Pepper, só irei me trocar e ir deitar, todas as coisas que me aconteceram hoje acabaram me cansando. - falei enrolando uma gaze em cima dos cortes para que não infeccionasse.

– Tudo bem então meu amor, irei deixa-la descansar, boa noite. - ela disse se afastando.

...

Assim que terminei de me arrumar, abri a porta e entrei no quarto, Pepper já não estava mais lá. Isso era bom por que não saberia explicar a ela o motivo dos meus olhos estarem vermelho, se eu fosse falar mais alguma coisa acabaria chorando, e eu odeio chorar na frente das pessoas, pois isso demonstra fraqueza, e se você é fraca, ninguém te respeita.

Após tantos anos sofrendo, aprendi a ser fria e á esconder bem o que sinto.

Percebi que em cima do banco que ficava na parede tinha um violão muito lindo, não me lembrava de ter um violão como aquele, e o que tinha acabei esquecendo em casa.

Resolvi perguntar a JARVIS de quem era esse violão, já que Pepper e Tony falaram que qualquer eu poderia falar com ele.

– JARVIS?

"Pois não Srta.Stark"

– Primeiro me chame apenas de Bea.

"Como quiser Bea"

– Segundo de quem é esse violão? - perguntei com o mesmo em mãos.

Era estranho falar com alguém que estava mais para um computador do que pra uma pessoa, falar com o JARVIS parecia ser a mesma coisa de estar falando sozinha.

"O violão é seu senhorita Bea"

– Meu? - disse confusa.

"Sim senhorita."

– JARVIS poderia chamar a Pepper pra mim.

"Claro, ela já esta vindo."

– Obrigado JARVIS.

"Deseja mais alguma coisa senhorita?"

– Não qualquer coisa eu falo.

Me sentei na cama e fiquei observando o violão, ele é lindo. Sai de meus devaneios com uma batida na porta.

– Entra. - gritei já imaginando quem é.

– Me chamou Bea? - Pepper perguntou colocando a cabeça pra dentro do quarto.

– Sim eu queria saber de quem é esse violão, o JARVIS disse que é meu, mais eu não me lembro de ter um violão desses. - disse ainda confusa.

– Ele é seu sim, e realmente você não tinha um violão desses, esse é um presente meu e do Tony. - ela disse sorrindo se aproximando e sentando na ponta da cama. - E então o que achou dele, caso não tenha gostado nós podemos trocar.

– Eu gostei sim Pepper, ele é lindo, obrigada. - disse sorrindo.

– Por nada meu anjo, se precisar de mais alguma coisa não hesite em me chamar, agora vou deixa-la sozinha, boa noite. - ela disse se levantando, dando um beijo em minha testa e saindo.

Desde que minha mãe morreu não recebo mais carinhos como esses, Pepper me lembra bastante dela, não na aparência, mais sim no jeito de ser, ela parece ser aquele tipo de pessoa doce e carinhosa, e que ao mesmo tempo sabe ser dura e também amavél.

Ela é o tipo de pessoa que você pode confiar e que não te julga apenas pela aparência, ou por alguma atitude sua.

Peguei minha mochila e tirei de lá um caderno onde havia algumas letras de musicas e acordes, folheei o caderno até achar a musica que queria para tocar, isso era uma das coisas que fazia para me distrair, quando cantava me sentia mais livre e leve, escolhi a musica Sledgehammer do Fifth Harmony, adorava aquela musica, mesmo ela não tendo muito a ver comigo, mais quem disse que pra gostarmos da musica ela precisa nos descrever não é mesmo.

If you could take my pulse right now

It would feel just like a sledgehammer

If you could feel my heartbeat now

It would hit you like a sledgehammer

I don't admit it, I play it cool

Every minute that I'm with you

I feel the fever and I won't lie, I break a sweat

My body's telling all the secrets

I ain't told you yet

Oh oh, I struggle to contain

The love that's in my veins

And how it circulates

If you could take my pulse right now

It would feel just like a sledgehammer

If you could feel my heartbeat now

It would hit you like a sledgehammer

You've taken over the beat of my body

You just don't let up, don't let up

You've taken over the beat of my body

But you lift me up, lift me up

If you could take my pulse right now

It would feel just like a sledgehammer

If you could feel my heartbeat now

It would hit you like a sledgehammer

So cose together, so far apart

You're turning me on

And my body's waiting for your spark

Oh oh, I struggle to contain

The love that's in my veins

And how it circulates

If you could take my pulse right now

It would feel just like a sledgehammer

If you could feel my heartbeat now

It would hit you like a sledgehammer

You've taken over the beat of my body

You just don't let up, don't let up

You've taken over the beat of my body

But you lift me up, lift me up

If you could take my pulse right now

It would feel just like a sledgehammer

If you could feel my heartbeat now

It would hit you like a sledgehammer

The truth is out, no stopping now

I'm getting closer

I've had enough, undressed my love

I'm coming over

If you could take my pulse right now

It would feel just like a sledgehammer

If you could take my pulse right now

It would feel just like a sledgehammer

If you take my pulse

You've taken over the beat of my body

You just don't let up, don't let up

You've taken over the beat of my body

But you lift me up, lift me up

If you could take my pulse right now

It would feel just like a sledgehammer

If you could feel my heartbeat now

It would hit you like a sledgehammer

– Você canta muito bem. - disse uma pessoa atrás de mim me assustando.

– Me desculpe não queria te assustar.

– Sem problemas. - disse quando me virei vi de quem era aquela voz.

E adivinhem só quem era a pessoa!

Ninguém mais ninguém menos que Steve Rogers, o famoso Capitão América. Acho que á essa hora já deveria estar mais vermelha que um morango (sim um morango, por que eu amo morangos).

– Ann obrigada, você está ai a muito tempo? - perguntei.

– Não muito, e desculpe se estou sendo intrometido, é só que eu estava passando aqui em frente, e a porta estava meio aberta, e como ouvi você tocando e cantando fiquei um pouco curioso e vim ver. - ele disse passando as mãos por aqueles belos cabelos loiros que ele tem. - Desculpe se te atrapalhei.

– Ah você não atrapalhou não, não precisa se preocupar. - disse dando um sorrisinho fraco e enrolando uma mecha do cabelo.

Reparei que ele ficou quieto e parecia estar inerte em seus pensamentos e com um olhar fixo em algo, segui seu olhar e vi que ele olhava para meus pulsos que estavam descobertos, enrolados na bandagens e em uma das bandagens estava manchado de vermelho, pois algum corte deveria ter aberto. Abaixei as mangas rapidamente antes que ele visse algo a mais.

– O que é isso no seu braço. - ele disse com uma expressão de preocupação no rosto.

–Ah não é nada. - disse nervosa segurando a manga da blusa.

– É sim, me deixa ver por favor. - ele disse se aproximando mais, ficando na beirada da cama e segurando meu braço com cuidado.

– Não precisa já disse que isso não é nada. - disse tentando puxar meu braço de volta.

Quando tentei puxar de novo ele seguro com um pouco mais de força, e o puxão que dei fez com que os machucados ardessem, e com certeza algum corte deve ter abrido, isso fez com que eu mordesse os lábio segurando o gemido que quase soltei.