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– É que…

– O que as duas mulheres da minha vida estão fazendo? - perguntou Tony entrando no quarto me interrompendo.

“Muito obrigada Zeus!”

– Apenas conversando. - disse tentando não demonstrar estar aliviada por não ter que falar agora o por que de demorarmos tanto e também um pouco nervosa, já que Pepper poderia falar lembrar á ele o detalhe que ele deixou escapar. - Pepper veio me perguntar o que gostaria de comer agora na janta, e que ela não está lá muito afim de cozinhar.

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– Isso mesmo, o que acha de termos um momento família Tony. - ela disse se levantando me fazendo quase soltar um suspiro de alivio, mais se acha que escapei dessa, escapei nada, por que logo em seguida ela me mandou um olhar como se dissesse “Conversamos depois”.

– Acho uma ótima idéia. – ele disse sorrindo. – Já decidiram o que comer?

– Ainda não. – respondi sorrindo.

– Que tal Shawarma. – ele disse animado.

– E o que seria isso? – perguntei curiosa.

Nunca tinha ouvido falar disso, mais pela animação dele ele parece gostar bastante disso, só espero que seja bom.

– Vai me dizer que você não sabe o que é Shawarma? – perguntou parecendo indignado, apenas neguei com a cabeça. – Como você viveu todo esse tempo sem Shawarma, como você não sabe o que é isso!

– Ignore ele querida, - Pepper disse rindo da indignação do namorado. – é que Shawarma é a comida preferida de Tony.

– Ahh entendi então todo esse piti é por que eu nunca comi esse tal se Shawarma. – disse rindo com a cara que meu pai fazia. – Bom já que é tão boa assim peça logo essa comida.

– É pra já. – disse saindo do quarto animado.

– É sempre assim? – perguntei a Pepper assim que Tony já havia saído do quarto falando com J.A.R.V.I.S para pedir a comida todo animado.

– Quanto se trata de Shawarma Tony vira uma criança que espera ansiosamente sua sobremesa preferida, então se acostume, essa é a comida que Tony mais gosta. – ela disse rindo. – Vamos?

Assim que chegamos à sala encontramos meu pai esparramado no sofá vendo algum filme.

– Já pedi nossa comida e daqui a pouco eles entregam. – ele disse quando nos viu.

– O que você esta assistindo? – perguntei me jogando ao seu lado no sofá.

– Velozes e Furiosos 6, gosta? – perguntou.

– Não...

– Se quiser eu posso...

– Eu amo Velozes e Furiosos, tenho a coleção completa. – falei interrompendo ele que sorriu quando terminei de falar. – Sempre quis ter um carro igual aos que eles usam nos filmes, mais minha mãe nunca me deu, ela falava que esses carros são muito perigosos e bla bla bla...

– Não sabia que gostava de filmes assim, mais é bom saber. – ele disse sorrindo.

– E sua mãe estava certa, carros assim são muito perigosos e você não tem idade para dirigir mocinha. – Pepper falou igual minha mãe falava se sentando do meu outro lado.

– É sempre assim, eu tenho idade pra comandar uma empresa, mais não tenho idade pra ganhar um carro, como esse mundo é injusto com a minha pessoa, logo eu que sou uma menina tão boa e tão inteligente, que com apenas 15 anos faz ate faculdade. – disse erguendo as mãos pra cima fazendo drama.

Isso fez com que os dois rissem e me fazendo rir junto com eles.

Parecíamos mesmo como uma família feliz.

Parecia que sempre fomos essa família, nem parece que os conhecia em menos de uma semana, parece que nos conhecemos há anos.

– Pode deixar que logo eu dou um carro desses pra você. – meu pai disse sorrindo pra mim.

– Serio? – perguntei animada com um sorriso daqueles de rasgar o rosto.

– Claro. – ele disse sorrindo também.

– AI MEUS DEUSES! OBRIGADO! OBRIGADO! OBRIGADO! - respondi quase gritando me jogando em cima dele o abraçando.

– De nada querida. – ele respondeu rindo dando um beijo na testa.

– Tony, - Pepper falou com cara seria. – ela tem apenas 15 anos, pode ser perigoso dar um carro muito potente pra, não duvido que ela não seja responsável, pois sei que é mais ainda pode ser perigoso. E você por acaso sabe dirigir mocinha? – perguntou me olhando com aquela cara seria dela, que quando diz algo ninguém contaria.

– Não precisa se estressar tanto Pepps, tenho certeza que a minha garota aqui não faria nada de perigoso e nem se meteria em confusão, não é filha? – ele perguntou sorrindo passando o braço sobre meu ombro.

– É Pepper. – respondi sorrindo pra ela.

Acho que nunca sorri tanto em um dia, ou semana como esses dias e hoje.

– Tudo bem eu não discuto mais. – ela disse suspirando. – Pelo menos você sabe dirigir?

– Aham, eu aprendi com o Isaac quando tinha 12 anos. – falei me ajeitando nos braços do meu pai de maneira que ficasse mais confortável tanto pra mim como para ele.

Conversamos mais um pouco ate a comida chegar.

Depois disso comemos conversando, e rindo, acho que quem mais riu foi eu com as discussões do meu pai e da Pepper, era engraçado, ele sempre provocava ela ate que ela não agüentasse mais.

– Acho que vou deitar boa noite pra vocês. – disse me levantando e dando um beijo no rosto de cada um.

– Boa noite querida. – Pepper respondeu seguida do Tony.

Assim que cheguei ao quarto fui pro banheiro tomar banho.

Estava bem ate que a culpa me atingiu, o Shawarma era uma comida boa, porem super gordurosa e calórica.

Tentei resistir a Mia, porem ela foi mais forte que eu, sempre foi.

“Coloque tudo pra fora querida, você não vai querer toda essa gordura dentro de você, ou vai?”

É isso que ela falava em minha cabeça.

“Se você quer ter um corpo perfeito terá que fazer sacrifício, ninguém nunca disse que seria fácil, e você sabe que foi burra por ter comido toda aquela gordura, faça o que minha irmã Mia lhe diz, coloque pra fora, você não ira fazer mais que sua obrigação”.

Isso é o que a Ana falava.

Sem agüentar resistir mais, levantei a tampa do vaso e forcei tudo que havia comido pra fora. Após uns 10 minutos vomitando, dei descarga e liguei o chuveiro decidida a tomar um banho.

A culpa por ter comido tanta coisa ainda me corroia, era sempre assim, e como sempre fiz aquilo que sempre fazia pra me fazer esquecer, me aliviar, e também pra me castigar por ter comido o que não deveria, me mutilava. Sei que não é errado fazer isso, sei que isso é como uma doença, mas depois que você já fez o primeiro corte não tem mais como parar.

Só aqueles que convivem com a Ana e a Mia que me entendem.

Depois dessa crise me bateu um arrependimento por ter feito isso, terminei de tomar banho rapidamente, limpei os cortes, coloquei um pijama e fui me deitar.

Sem demorar muito cai nos braços de morfeu.

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Acordei com meu celular tocando sem parar.

Peguei e vi que era o Isaac.

“- É bom que seja importante pra você me acordar ás... 9h00 da manha. – falei assim que atendi.

– Heey Be, bom dia, e sim eu estou bem, muito bem pra falar a verdade, acho que acordei feliz hoje mais e você? Como você esta? – ele disse sem parar de modo sarcástico.

– Isaac, fala logo o que você quer? – falei impaciente.

– Relaxa aí estressadinha, sabia que faz mal todo esse estresse logo cedo. – falou rindo, esse menino ta testando minha paciência.

– Escuta aqui meu amor, você mais que ninguém sabe que odeio que me acordem cedo, então é bom que tenha um bom motivo para me acordar a essa hora. – falei de modo acido com ele, que apenas riu.

– Você não muda mesmo né Be, sempre tão amável. – falou ainda rindo.

– Isaac fala logo! – disse quase gritando já impaciente.

– Ta bom, ta bom relaxa que eu falo, é que houve uma mudança para os planos de hoje.

– Que mudança? – perguntei curiosa.

– Lembra que eu tinha uma tia que mora em Seatlle? – perguntou.

– Acho que lembro sim, por que?

– Bom ela me pediu um favor, e eu não tive como dizer não.

– Que favor?

– Ela falou que vai ter ir pra Paris pra resolver uns problemas dela, só que ela não vai poder levar a filha dela...

– Não sabia que ela tinha filhos. – disse lhe interrompendo.

– É eu também não sabia.

– Que grande sobrinho você é, nem sabe que a tia tem filhos. – disse rindo, fazendo ele rir também.

– Realmente, eu sou um ótimo sobrinho. – disse em tom de gozação.

– São quantos? E quantos anos têm? Qual o nome? – perguntei me animando mais, poucos sabem mais eu amo crianças.

– É só um, uma menina de um ano, e o nome dela é Claire.

– Ela deve ser uma graça. – disse sorrindo.

– E é.

– Ta, agora fala logo o que sua tia pediu, por que até agora você só ficou me enrolando.

– Bom ela me pediu pra cuidar da Claire durante esse final de semana, já que ela não vai poder levar a pequena junto. – ele disse, Isaac é outro que também gosta de crianças, ele sempre me disse que sonha em ser pai. – Então eu estava pensando se você não topa me ajudar a cuidar dela?

– Claro por que não, eu iria adorar cuidar dela. – respondi sorrindo.

– Ótimo então você vem pra cá, ou acha melhor eu ir ai? – perguntou.

– Vem você com ela pra cá, é melhor.

– Okay, então vou me arrumar e arrumar a Claire, as coisas dela e to indo pra ai, daqui a 1h00 mais ou menos eu to ai.

– Tudo bem, já vou ficar te esperando, quando chegar me da um toque.

– Okay, beijos amor!

– Beijos!”

Assim que desliguei reparei que já era 9h45. Decidi me levantar por que não iria mais conseguir dormir, fui ao banheiro, fiz minhas higiene e segui para o closet.

Hoje o clima estava um pouco frio. Então escolhi uma roupa mais quente e confortável.

Hoje o clima estava um pouco frio. Então escolhi uma roupa mais quente e confortável e bonita. Uma legging preta, com uma camisa xadrez vermelha com azul e branco, uma jaqueta varsity por cima, um vans do Mickey. Passei o perfume “You and I” dos garotos da One Direction, uma pulseira com um coração e um símbolo do infinito juntos e um colar de maquina fotográfica.

Sai do quarto e fui pra sala.

– Os que vocês estão fazendo aqui, não estavam em missão? - perguntei assim que vi Clint e Natasha na sala vendo TV.

– Bom dia pra você também ruivinha! - Clint disse rindo.

– Desculpe! Bom dia. Melhor agora? - perguntei me sentando na poltrona.

– Sim bem melhor agora. - respondeu rindo.

– Mais então, o que estão fazendo aqui hoje, pensei que estivessem em missão.

– Estávamos mais era coisa rápida. - Natasha que até agora apenas observava nossa mini discussão respondeu.

– Entendi vocês sabem onde esta meu pai ou Pepper? - perguntei.

– Seu pai está na oficina, e Pepper já foi trabalhar. - Natasha disse.

– Okay, obrigado vou lá falar com ele. - disse me levantando.

Quando estava chegando à porta que leva á oficina ouvi Natasha me chamando.

– Sim. - disse me virando.

– Fico feliz que esteja se dando bem com seu pai. - ela me disse sorrindo.

– Eu também Nat. - respondi sorrindo pra ela e indo a direção à oficina.

O fato de estar me dando tão bem com todos, e principalmente com meu pai me fazia bem, fazia com que eu me sentisse mais leve.

Desci para a oficina onde encontrei meu pai mexendo em mais uma de suas armaduras. Entrei e fiquei lhe observando até que ele me notou ali e fez sinal para que me aproximasse mais dele.

– Bom dia querida. – disse assim que cheguei perto dele me dando um beijo na testa. – Esta tudo bem?

– Esta sim, eu só queria te falar uma coisa. – respondi me sentando em um banco que estava ao lado da bancada.