Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 9
Wrong Concept


Notas iniciais do capítulo

Oie, povos, Dramioners e Romioners!
Mais um capítulo PARA NOOOOOOOOOOOSSA ALEGRIAAAA!! (#sqñ rsrs)
Boa leitura!



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DRACO

Eu devia estar ficando louco. Devia ser efeito daquela casa insana.

Laisa havia me mandado três corujas nos últimos dois dias. Em uma das cartas, exigia que eu contasse todos os horrores que estavam fazendo comigo.

Querido Draco,

Como vai? Estou com muitas saudades... espero que essa gente esteja te tratando bem.

Por que, se não estiverem, eu juro que vou até ai encher essa ralé de tapas.

Como está sendo ter que aturar a pestinha? E aquele namorado, pedófilo ou sei lá o que dela? Tomara que não esteja ficando sufocado com toda essa porcaria. Não quero que fique chateado por causa desses idiotas... aguente firme... tomara que o Ministro arranje logo uma forma de fazer essa pirralha voltar ao normal... ou anormal, que seja.

Qualquer problema, não deixe de me comunicar. Só estou esperando você me chamar para meter a porrada nessa gente.

Beijos, da sua muito preocupada,

Laisa

Ah, Laisa e sua psicose por mim.

Respondi a carta logo em seguida, depois de pedir permissão para o panaca do auror, segurando a perna daquela maldita ave que já fazia menção de sair voando janela afora.

Cara Laisa,

Pare de se preocupar, criatura. Sei me cuidar muito bem. Como se alguém aqui fosse louco de tentar me ganhar numa disputa.

Até agora, ninguém me atazanou exatamente. Tirando o Weasley mais novo, o namorado da coisinha. Esse está quase me fazendo atirar alguns Crucios.

Até que não está sendo exatamente insuportável ficar o lado da nanica da Granger. Ela parece um tanto mais digerível como criança.

Ela é, infelizmente, tão inteligente quanto a forma adulta. Fala sério...

E esse auror já está pedindo uns tapas. Mas eu não vou resolver cair na briga com essa montanha de dois metros logo aqui, nesse ovo de casa.

O quarto é minúsculo e cafona – finalmente algo que combina com essa família.

Estou sobrevivendo pouco a pouco. Kingsley tem que dar um jeito da Granger voltar à forma adulta, ou eu vou acabar é aumentando a duração da minha pena...

Abraços,

Draco.

Envelopei a carta e a amarrei na pata da coruja, que piou irritada – provavelmente por eu ter torcido sua garra – e alçou voo, partindo.

– Malfoy! – ouvi a Weasley caçula gritar.

– O que foi agora?

– Vem comer!

Ah, ótimo.

Tinha me recusado à almoçar com os Weasleys até agora, o que só foi possível por que Laisa andara mandando caixas de lanches via coruja para mim também.

Mas a última ave só trouxera um bilhete, aonde ela se desculpava, chorosa, por não poder continuar mandando comida pelos próximos dias, devido à ampliação do serviço comunitário dela.

E agora, o jeito era comer a ração daquela gente. Paciência.

Revirei os olhos quando o auror sentou aonde eu havia estado segundos atrás. Aquela raça subdesenvolvida não comia também?

Desci as escadas, conformado, até chegar à cozinha. Lá, já estavam sentadas a garota Weasley, a mãe dela, e a coisinha minúscula ao lado da cadeira em que eu sentaria.

– Oi, Draco! – ela guinchou – vou sentar do seu lado!

Legal. Mais essa agora.

Suspirei, indo sentar à mesa.

Já havia, em meu prato, algo que me era muito familiar.

E algo familiar para mim, naquele barraco, era realmente espantoso.

– Isso é coq-au-vin? – indaguei, incrédulo.

– Sim – a Sra. Weasley ergueu os olhos para mim, com algo muito parecido com um sorriso.

– É francês! – riu Granger, dando uma garfada na carne.

– Eu sei – bufei, furando um dos pedaços do meu prato e examinando-o.

Uma Weasley cozinhando coq-au-vin? Só podia estar muito ruim ou envenenado.

Mas as três começaram a me fitar, aguardando, e eu tive que simplesmente enfiar o pedaço dentro da boca e mastigar.

Quase engasguei quando senti o gosto.

E ia morrer mil vezes antes de admitir o quando aquilo estava delicioso.

Tive que disfarçar para não comer avidamente do prato. Droga, aquilo estava muito bom. E eu não ia admitir isso na frente daquelas garotas.

– Gostoso, né? – a menininha perguntou, mastigando a própria carne.

Ergui a sobrancelha para a Weasley caçula.

– Ela pode comer pratos com vinho?

– Não se preocupe – a garota Weasley fechou a cara – esquentamos o vinho antes de usar na receita – ela me encarou, irônica - que sensibilidade repentina...

– Não é sensibilidade nenhuma... – desdenhei – só não quero que ela comece a passar mal e arrumem alguma desculpa para me culparem.

– Come, Draco! – Granger piou, sorrindo.

Continuei comendo lentamente, tentando ignorar o falatório da garota ao meu lado.

Enquanto tentava desviar do olhar sarcástico da Weasley, desviei minha atenção enquanto observava a menininha comer. Ela dava garfadas suaves e lentas, quase como se tocasse uma ópera. Não era muito diferente do modo que eu comia em casa.

“Deixe de besteira, Draco”, minha mente riu. “Essa pirralha e a forma adulta dela nunca tiveram nada a ver com a sua vida na mansão.”

– Olhe-a um pouquinho, Draco – a sra. Weasley falou – vou ir ali na horta buscar alguns morangos para a sobremesa. Gina... pode vir me ajudar?

– Claro, mãe.

As duas saíram da mesa, indo em direção da porta e saindo da casa. Só ficamos nós dois na cozinha.

Continuei comendo, enquanto Granger fazia uma barulheira com os talheres.

Foi o guincho de dor ao meu lado que me fez pular na cadeira.

– Aaai!

Virei-me, assustado, me deparando com Granger segurando a mãozinha em punho.

– Draco! – ela soluçou, começando a chorar.

Assisti, estarrecido, o sangue começar a pingar de seus dedinhos.

– Nossa... – arfei – abra a mão.

– Tá doendo! – grossas lágrimas corriam pelo rostinho dela – Draco...

VI a faca jogada na mesa, manchada de vermelho.

Ela devia ter se cortado.

Droga... eu tinha que dar um jeito naquilo antes que as Weasleys voltassem.

– Ei – segurei a mãozinha que sangrava – olha, tem que ficar calma. Abra a mão... devagar.

Com o rosto banhado de lágrimas, ela assentiu, soluçando, e abriu a mão lentamente.

Torci o nariz quando vi o corte. Era bem feio, e ainda sangrava um pouco.

Nunca tinha reparado no quanto o sangue podia ser vermelho. Era estonteante.

– Respira fundo – eu estava com medo que a menina caísse dura ali mesmo; ela tinha o rosto contraído e chorava angustiada – eu vou limpar isso...

– Vai doer, Draco...

– Não vai não... se acalma...

Peguei um guardanapo qualquer da mesa, e, com um Feitiço de Água, o umedeci para secar o sangue da mãozinha de Granger.

Ela arfou, parecendo querer chorar de novo, mas a vi morder o lábio, como se quisesse esconder o quanto doía.

Assim que terminei, peguei outro guardanapo e improvisei uma tirinha para cobrir o machucado. Aquilo devia bastar até que eu arranjasse outro curativo.

A garotinha olhou para a mão, soluçando – mas sem chorar mais – e, de lá, olhou para mim. Mexeu um pouco os dedinhos, parecendo espantada.

Quando dei por mim, enquanto a olhava admirar o curativo, não estava preparado para quando Granger se lançou em mim, num abraço assustador.

– Obrigada, Draco! Obrigada!

Espantado e sem saber como reagir, improvisei abaixar o braço para aparar as costas dela.

A menina desceu do meu colo, ainda gesticulando a mão encoberta. Parecia fascinada de ver como o sangue parara de escorrer.

Eu sentia algo estranho na garganta. Parecia quase um alívio... alívio por ter escapado de uma confusão? Ou por ela... estar mais calma?

Minha nossa... aquilo era surreal... o que estava acontecendo comigo?

Olhei para a mesa. A faca ensanguentada ainda estava lá.

– Ah, droga, esqueci...

Quando me levantei e a apanhei, porém, ouvi a porta voltar a se abrir.

Só tive tempo de ver Ronald Weasley me encarar, lívido e furioso, antes que ele soltasse a maleta no chão e viesse em minha direção, com a varinha em riste.

– Desgraçado!




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Notas finais do capítulo

OH. MY. GOD.
Primeira vez que uso suspense digno de Saga da Lontra em Meu Pequeno Amor... #TENSOHEHE #DRACOLOVERSCHORAM #RONYLOVERSGRITAM
Comentários? Opiniões? Xingamentos? Fiquem à vontade!
Kissus e até o próximo capítulo!