Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 8
I. Not. Understand. OK?


Notas iniciais do capítulo

Ae, gente linda, Dramioners e Romioners, potterheads de todas as idades (só que não, já que a fic é 13 anos... rsrs), bem vindos à mais um capítulo.
Desculpem se ficou sem graça... tempo corrido, sabem como é... tive que terminar çabagaça no meu horário de almoço do serviço, antes que a enfermeira-chefe chegasse... huehue
Fiquem á vontade para comentar teorias, sugestões e torcidas e tretas de shippers (rs).
Boa leitura!



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HERMIONE

Acordei do lado do Rony no dia seguinte.

Espreguicei-me, ainda com soninho e bocejando. A cama dele era bem mais gostosa e fofa do que o colchãozinho do chão.

Rony ainda tava dormindo. Ele roncava baixinho, que nem papai. Era muito engraçado.

Eu queria descer, mas fiquei com medo de acorda-lo.

Então me virei pra cima e fiquei olhando para o teto, que tinha muitos enfeites laranja estranhos.

Mas chegou uma hora que aquilo já não era interessante. Então finalmente resolvi descer da cama, sem fazer barulho.

Fui até a porta na pontinha dos pés, abrindo ela devagarzinho, e saí do quarto.

Guinchei enquanto andava rápido pelo piso de madeira. Estava gelado, e eu tinha esquecido meus chinelinhos, mas não ia voltar agora.

Foi quando eu vi a porta do quarto do Draco meio aberta.

Botei o dedo na boca, indecisa. Será que eu podia entrar?

Fui até a fresta e dei uma olhadinha.

Draco e o cara grandão estavam lá dentro. O moço grandalhão estava encostado num cantinho, de braços cruzados, olhando pro Draco com cara de mau.

Eu não gostava nadinha dele. Ele dava medo... será que Draco também ficava com medo dele?

Empurrei a porta.

– Oi.

Draco pareceu se assustar. Levantou a cabeça, me olhando com uma cara engraçada. O cara enorme também olhou para mim, e descruzou os braços.

– O que está fazendo aqui? – Draco perguntou.

– O Rony tá dormindo – falei – posso ficar aqui?

Draco balançou o ombro.

– Tanto faz.

Entrei, já procurando o lençolzinho com aquele monte de brinquedinhos legais. Achei ele em cima da mesinha.

– Posso pegar?

Ele balançou o ombro de novo.

Peguei o pano e botei-o no chão. Fiquei animada quando vi aquele monte de coisas coloridas outra vez.

– Vai ficar com ela? – cara grandão perguntou.

Draco fez uma coisa estranha com os olhos, como se fossem duas bolinhas rolando. Ri baixinho.

– Pode ser... quer cair fora agora?

O homem grandão pareceu ficar bravo, mas saiu do quarto e fechou a porta atrás dele.

Pisquei, alegre, antes de sentar no paninho de brinquedos. Eu sabia que Draco talvez não quisesse brincar, então fiquei brincando sozinha.

– Você não gosta de brinquedos?

Draco me olhou.

– Já passei dessa fase.

Apanhei um dragãozinho de brinquedo.

– E de dragão? Você gosta de dragão? Roar! – eu fiz, rindo.

– Dragões são legais – ele murmurou, sem olhar pra mim.

– Que outro bicho você gosta?

Draco pareceu curioso quando virou a cabeça pra mim de novo.

– Cobras... e serpentes.

Sorri. Eu gostava de cobras. Pareciam grandes minhocas com a boca cheia de dentes igual espinhas de peixe.

– Mamãe me ensinou que tem muitas cobras. Tem cascavel, tem naja, tem pizon...

– É píton.

– Isso... píton. Ela falou que no Brasil, tem uma cobra enorme que pode engolir alguém até do meu tamanho!

– Interessante... – Draco fez de novo aquela coisa engraçada com os olhos.

– Sua mãe ensinou coisas pra você também? – perguntei.

Era impressão minha, ou o Draco pareceu ficar chateado com o que eu perguntei?

– Muitas coisas – ele fungou – incluindo... umas que eu venho pensando se estavam certas.

– Como assim?

Draco sentou na cama.

– Não importa... você ainda é pequena para se preocupar com isso.

Peguei a varinha de brinquedo do paninho.

– Draco...

– Que foi?

– Posso sentar no seu colo?

Ele ficou assustado, com os olhos do tamanho de uma laranja. RI de novo,

– Posso?

Ele virou a cabeça, apertando os olhos.

– Melhor não.

– Por que não? – falei, rindo.

– Por que não.

– Por que você não quer me pegar no colo? – insisti, achando engraçado Draco ficar querendo fugir.

– Por que você faz tantas perguntas? – Draco falou, bufando.

– Sei não. Papai diz que é por que sou criança. E eu quero aprender muita coisa.

– Aprende a ficar quieta, então.

Para minha surpresa, Draco riu. Também ri.

Draco não era uma pessoa que ria muito... aquela era só a segunda vez que ele dava risada, desde que veio pra casa do Rony.

– Hermione!

Pulei no pano, assustada. Draco levantou a cabeça.

– Tô aqui com o Draco! – falei alto.

A porta abriu com tudo, e o Rony apareceu, ainda com pijama.

Fiquei chateada quando ele olhou bravo para o Draco.

– O que ela está fazendo aqui?

– Ela veio entrando... – Draco respondeu, parecendo bravo também – queria que eu a mandasse embora?

– Faça o favor de não falar assim na minha casa, doninha – Rony bufou.

– Caso não tenha percebido, Weasley, não estou mais contente do que você aqui!

Não, eles estavam brigando. Eu não gostava disso.

– Faça o seu trabalho direito e quem sabe possamos fingir que você nem está aqui!

– Parem, parem de brigar! – solucei, e finalmente comecei a chorar.

Rony me olhou, assustado, e veio até mim.

– Hermione, não! Não chore...

Senti ele me pegar no colo, enquanto eu esfregava minhas mãos nos olhos.

– Satisfeito? – Draco falou.

Rony olhou pra ele com raiva de novo e saiu comigo do quarto.

Enquanto andávamos pelo corredor, eu ainda soluçava.

– Oh, Hermione... não fique assim... – Rony fez carinho na minha cabeça – não chora não...

– Levantei no colo dele, ainda chorando.

– Por que vocês brigam? – falei, soluçando zangada – parem de brigar! Eu não quero... não quero que briguem um com o outro... não quero meus amigos brigando!

Rony pareceu se espantar.

– Amigos?

Parei de chorar, ficando brava.

– O Draco é tão bonzinho... e você é muito legal. Podiam virar amigos... e não brigar.

Ele me olhou, surpreso.

– Não é tão fácil, Hermione... – Rony suspirou – eu e o Draco temos coisas que impedem que sejamos amigos... entende?

– Não entendo não... e nem quero. Todo mundo tem que ser amigo. Brigar é feio. Se a gente pede desculpa, as pessoas ficam amigas.

– Ah, Hermione... – ele me desceu no chão, secando as lágrimas no meu rosto – você vai entender... quando crescer.

– Então eu não quero crescer! – bati o pé, brava.

Rony pareceu ficar chateado.

Mordi o lábio. Não devia ter gritado...

– Desculpa, Rony.

– Tudo bem. Hermione... – ele ajoelhou até ficar na minha altura – tem coisas que a gente não quer mesmo descobrir quando cresce... e outras que a gente faria de tudo pra esquecer.

Ele segurou minha mão, me levando de volta pro quarto. Mas eu percebi que Rony estava triste.

– Por que está assim? É pó que eu gritei com você? – perguntei, preocupada.

– Não... claro que não – ele sorriu, mas não era um sorriso muito feliz – é melhor nos trocarmos... mamãe deve ter assado seus biscoitinhos...

Fiz que sim com a cabeça, ainda confusa por Rony estar tão triste. Mas eu não ia ficar perguntando.

Descemos pra cozinha e todo mundo tomou café em silêncio. Os biscoitos da Molly estavam muito gostosos, mas nem isso me fez esquecer a chateação do Rony.

Quando ele se despediu da gente pra ir trabalhar, eu dei um abraço bem forte nele, pra ele se sentir melhor.

Rony sorriu de novo, mas ainda tinha muita tristeza no jeito que ele me abraçou.

E eu só fiquei me perguntando por que coquinhos as pessoas ali ficavam tão tristes e brigavam tanto, antes que a porta da cozinha se fechasse.


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Notas finais do capítulo

Comentários?
E chamando dona MalfoyFilica para depor sobre seu sumiço. Cadê meu roteiro, gata? huehuehue
Kissus e até o próximo!



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