Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 5
Pancakes


Notas iniciais do capítulo

Ae, gentes! Novo capítulo pra vocês!
Boa leitura!



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HERMIONE

Já fazia um dia que eu estava com a família de bruxos. Eles eram muito legais.

A Fleur tinha uns cabelos bonitos e bem fofinhos pra passar a mão, como a cobertinha que eu usava pra dormir na minha casa. Ela estava com um barrigão... mamãe dizia que, quando as moças estavam barrigudas, é por que tinham neném dentro, e a Fleur disse que tinha mesmo. Ela me deixou botar a mão na barriga dela, pra ver se o nenê chutava.

O Jorge parecia um menino triste, mas ele me deu um pirulito a uma galinha de borracha que eu achei muito engraçada.

O Harry tinha uns óculos estranhos, mas me deu um livro cheio de desenhos pra pintar, e me contou uma história muito legal sobre três crianças que tinham ido pegar uma pedra mágica dentro de um castelo.

O papai e a mamãe do Rony pareciam meus avós... ficavam o tempo todo me oferecendo biscoitinhos de laranja, que eram muito gostosos.

A Gina era muito divertida, e brincou comigo um tempão na noite que tinha passado. Tinha te feito uma caixinha de palitos pra mim com magia.

Tinha mais dois ou três irmãos da Gina que eu não tinha visto direito ainda. O Gui, eu acho, um tal de Percy e um cara fortão chamado Carlinhos.

Mas de todos eles, eu gostei mais do Rony.

Ele era muito brincalhão, e não ficava longe de mim de jeito nenhum. Dava tudo que eu queria... era muito bonzinho.

Então, aquele moço loiro tinha chegado. O Draco.

Mas ele não gostou quando eu o abracei. Acho que nem queria estar ali. Estranho...

Eu ainda achava que ele não gostava nem um pouco de crianças, mas o Draco não parecia ser uma pessoa malvada. Só parecia zangado e chateado.

Mesmo assim, me mandaram ir dormir no quarto de Rony.

Achei que os Weasleys não gostavam muito de Draco... mas o que ele tinha feito? Ele não parecia ser alguém que fazia coisa errada.

Eu não gostava de vê-los deixando o Draco sozinho. Coitado dele... tinha que ficar lá no quarto mais escuro, com aquele cara gigante e assustador do lado dele.

No dia seguinte, eu tinha acordado do lado da cama de Rony, num colchãozinho que a Gina tinha botado pra mim no chão.

Engatinhei devagarzinho, chegando pertinho da cama de Rony, até ver a cabeça dele enrolada na coberta.

Xi... ele estava dormindo.

Ouvi alguém entrar. Virei a cabeça, assustada.

– Ah, bom dia, Hermione – a Gina apareceu na porta.

– Shiii – eu fiz, brava, voltando pro meu colchão – vai acordar o Rony!

Gina riu.

– Desculpa... quer descer comigo pra deixa-lo dormir?

Fiz que sim com a cabeça, animada, e me levantei, indo até ela. Gina segurou minha mão e me levou pra fora do quarto.

Andei do lado dela, olhando-a. A Gina era altona, que nem o Rony.

Olhei depois para a camisolinha que a Fleur tinha colocado pra eu dormir. Era bonitinha, cheia de flores. E coube direitinho em mim.

A gente desceu até chegar à cozinha.

– Bom dia, meninas – sorriu a mamãe da Gina – dormiram bem?

– Eu dormi – Gina disse – e você, baixinha?

Achei engraçado ela me chamando de “baixinha”. Ela não falava pra eu ficar triste... era só de brincadeira mesmo. Não era que nem o Brandon Sanders, da escolinha, que me chamava de “tampinha” só pra me fazer chorar.

– Dormi bem, Sra. Weasley.

A mamãe de Gina riu.

– Pode me chamar só de Molly, querida – ela se virou para a pia – Gina, sente-a na mesa, por favor. O café está quentinho.

Gina me pegou no colo e me pôs na cadeira mais alta, sentando do meu lado depois.

Arregalei os olhos quando vi o prato. Panquecas!

– Eu amo panquecas! – bati palmas.

Mas como eles sabiam? A Molly tinha até tirado as pontas queimadas, do jeitinho que eu gostava. Iguaiszinhas às que mamãe fazia.

Minha barriguinha roncou, e eu parei de pensar nisso.

– Gina... – olhei para o garfo – eu não consigo comer direito com garfo, só com a mão...

Gina sorriu, pegando o garfo e a faca dela e cortando as minhas panquecas em vários pedacinhos pequenininhos.

– Olha, eu vou te ensinar... pega o garfo.

Segurei o garfinho, prestando atenção em Gina.

– Agora vira ele pra baixo... isso... e enfia na panqueca.

Dei risada quando consegui apanhar um pedacinho de panqueca na ponta do garfo.

– Agora é só virar e colocar na boca...

Coloquei a panqueca dentro da boca e puxei o garfo.

– Consegui! – guinchei, feliz.

A Molly sorriu pra Gina. Parecia contente de me ver comendo sozinha.

– Parabéns, fofa – Gina cutucou meu nariz, me fazendo rir – viu? Não é difícil...

– Por que não me acordou, Gina? – ouvi alguém falar da escada. Era Rony descendo, com os olhos vermelhos, mas todo arrumadinho. Acho que não tinha dormido bem.

– A Hermione não quis – Gina fez um cafuné em mim – falou pra deixar você dormindo...

– Falei não! – arfei, olhando pra ela de braços cruzados – falei que queria descer semacordar ele... oia...

Rony deu uma risada tão gostosa que eu tive que dar risada também.

– Está bem, está bem – Gina ergueu as mãos, olhando pra Molly, que também estava rindo – que seja...

– A doninha já levantou? – Rony perguntou pra Molly.

Eu estava começando a achar que estavam falando do Draco.

– Ainda não... – a Gina continuou cortando a panqueca para mim – e hoje ele começa á revezar pra cuidar da Hermione. Você tem que ir trabalhar. Oliviene garantiu para que seu expediente não ficasse defasado, quando inventou de manda-lo para cá.

– Não o quero colocando as mãos sebosas na minha... – Rony falou, bravo, mas se calou de repente.

Puxa... ele estava sendo muito mau com o Draco. Por que todos ali tinham tanta raiva dele?

– Eu sei, Rony... nós ficaremos de olho, eu prometo.

Rony suspirou, e veio até minha cadeira, ajoelhando para ficar na minha altura. Ele segurou minha mão, parecendo sério.

– Hermione... eu vou ir trabalhar alguns dias, enquanto você estiver aqui. E a d... o Draco vai cuidar de você, junto com a Gina, está bem?

– Tá bom, Rony.

– Olha... – ele chegou mais perto – eu quero que prometa uma coisa pra mim... se ele fizer qualquer coisa, qualquer coisinha mesmo, que te deixe chateada ou que te maltrate, eu quero que conte para mim ou para minha família. Não precisa ter medo de falar, tá?

– Mas Rony... – franzi a testa - por que o Draco ia querer judiar de mim?

Rony olhou pra mim, desanimado.

– Depois eu explico Hermione... mas você me promete que vai fazer isso?

Eu não estava achando nada legal que eles estivessem achando que o Draco ia me machucar. Eu tinha certeza que ele nunca faria isso.

Mas o Rony estava tão preocupado que resolvi deixa-lo tranquilo.

– Prometo.

– Ótimo – Rony me deu um beijinho na cabeça. Dei risada, abraçando seu pescoço – se cuide... tome cuidado.

– Tá bom, Rony – sorri enquanto ele me soltava.

– Vai nos avisar se tiver alguma novidade sobre... a reversão? – Gina perguntou, quando Rony apanhou uma malinha na cadeira.

– É tudo que eu quero saber também, Gina – Rony me encarou de novo, e percebi que estava meio chateado de novo. Por que parecia sempre estar perdido? – claro que vou.

– Bom trabalho, querido... – a Molly abraçou Rony – vai ficar tudo bem por aqui, não se preocupe.

Não queria que Rony fosse trabalhar. Preferia ele aqui, na casa dos Weasleys, brincando comigo. Fiquei triste quando ele saiu.

Quando Rony finalmente foi embora, eu me virei pra Molly, confusa.

– O que é reversão?

Gina olhou com medo pra mim. Ela parecia que ia responder, mas foi nessa hora que o homem gigante e Draco desceram as escadas.

Gina apertou meu ombro, olhando pra Draco com o rosto desconfiado. Eu já estava ficando chateada, com todo mundo tratando o moço aquele jeito.

– Sua vez, Malfoy – Molly falou, parecendo assustada.

– Pode deixar, Weasley – Draco bufou, finalmente olhando para mim.

Fiquei surpresa quando o vi me encarando.

Por que eu tinha a impressão que aquele moço já tinha passado por coisas que eu nem conseguia imaginar em minha pobre e minúscula cabecinha.

Gina me desceu da cadeira, parecendo querer me agarrar debaixo do braço e sair correndo pra fora de casa.

– Vá com o Draco, Hermione...

Andei devagarzinho até Draco e o moço grandalhão, pensando no que o Rony disse, e começando a achar que ele não tinha falado pra eu tomar cuidado sem motivo nenhum...


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Notas finais do capítulo

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