Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 23
Quests


Notas iniciais do capítulo

Oie, pessoas! (Firebolt leva sapatada)
Gente, MIL DESCULPAS pela demora. Eu ia postar na semana passada e não deu, e, pra completar, prensei a mão na porta, lá no meu emprego, e fiquei de tala desde segunda. Mas hoje resolvi tirar um pouquinho (ainda bem, por que já estava criando assadura.. ai) e, aproveitando, decidi fazer uma "fisioterapia" com o dedo escrevendo o capítulo novo. kkkk
Boa leitura!



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HERMIONE

Quando acordei de novo, tentei enxergar alguma coisa.

Já estava escurecendo no meu cantinho.

Eu estava com tanta fominha...

Minha barriguinha roncou. Apertei Bichento, ainda deitada, tentando distrair a fome mastigando a orelhinha dele.

Cuspi, balançando a cabeça.

Não foi uma idéia legal. Fiquei com um monte de pelo na boca.

Eu fiquei pensando o que Rony e Draco estavam fazendo agora. Será que já sabiam quem era a mulher malvada? E onde eu estava?

Um vento gelado bateu em mim. Meu pescoço tremeu. Fiquei encolhida no chão, tentando me esquentar.

Estava com tanta saudade deles... principalmente do Rony.

Eu tinha medo que nunca me encontrassem. E se eu fosse ficar lá o resto da vida?

Não ia querer ficar com aquelas pessoas más...

De repente, ouvi vozes altas.

– Escute aqui, Pandora... tudo bem que tenhamos seqüestrado essas três. Até entendo as outras duas... mas ela é uma criança!

Ouvi a voz da mulher malvada.

– Oras, maninho... acho que não está se lembrando do por que isso aconteceu, não é? E não importa se aquela desgraçada agora é uma criança... ela foi a primeira culpada de tudo! Se aquele maldito não tivesse destruído os sentimentos da nossa irmã, nada disso teria acontecido! Lilá não teria entrado naquela maldita armada para ocupar a cabeça! Não teria tido que entrar numa porcaria de guerra que esses dois provocaram quando voltaram para a escola! Nem se preocupado em manter Weasley vivo!!

– Pandora...

– E ACHO QUE ESQUECI DE DIZER QUE NÃO TERIA CORRIDO ATRÁS DELE PARA TENTAR AJUDA-LOS, E TIVESSE SE JOGADO NA FRENTE DO CORREDOR PARA IMPEDIR GREYBACK DE ATACAR O EX-NAMORADO! ELA NÃO TERIA MORRIDO, STUART! ERA PARA ELES TEREM MORRIDO EM VEZ DELA! A CULPA É DELES! A CULPA É DELA! COMO OUSA DEFENDE-LA??

Tampei meus ouvidos, tentando não ouvir a gritaria.

Eu não estava entendendo nada. A culpa era minha? De que? Do que ela estava falando?

Como assim, eu era uma criança? Isso era óbvio! Eu sempre fui uma criança até agora...

Mas a mulher falou de um Weasley... seria o Rony?

Eu não conseguia entender. Por que ela dizia que eu tinha culpa de alguma coisa? Quem tinha morrido?

Do nada, os gritos pararam. Tirei a mão da orelha, e ouvi, surpresa, a mulher começar a chorar. Alto e gemendo.

– Ah, Pandora... – o homem falou, parecendo receoso – eu sei... mas... acho que tudo isso foi... vai ser... – ouvi ele suspirar – quando você trouxe a menina... olha, acho que estamos cometendo uma loucura. Um erro enorme. Depois que concluirmos essa vingança, o que vai acontecer? Vamos ficar mais felizes com isso? Se estivermos fazendo isso por Lilá... acha mesmo que ela aprovaria?

Estremeci quando um barulho muito alto de algo batendo ecoou no galpão.

Engoli em seco quando vi o quanto o som pareceu de algo espancando uma cabeça.

Não ouvi mais a voz do homem.

– Traindo a própria família... – ouvi a mulher sussurrar – não preciso de você, Stuart. Posso acabar com eles sozinha. Vou vingar nossa irmã sem você, seu inútil.

Mais alguns barulhos de algo sendo arrastado no chão.

– Incarcerous!

Senti meu coraçãozinho batendo rápido. Ele parecia querer escalar meu pescoço até que eu o cuspisse pra fora da boca, como os pelinhos de Bichento.

Tentei me esconder no canto da parede quando ouvi passos se aproximando.

A mulher – Pandora? – voltou para trás das caixas, me encarando, com a varinha erguida.

Assustei-me com seu rosto. Não era nem o rosto de alguém que estava só muito bravo. Os olhos dela estavam arregalados, e o queixo dela tremia.

Parecia muito com Peanut, um gato de minha vovó, que tinha um problema na cabeça. Vovó dizia que ele não pensava direito, e atacava as pessoas sem motivo, mas não era culpa dele. Tiveram que prender o bichinho, até que ele morreu.

Pandora estava igualzinha.

– Espere só eu decidir o que farei com vocês... – ela riu, mas não era uma risada alegre – vão pagar pelo que fizeram com minha irmã.

Eu ia dizer que nem sabia o que eu tinha feito, mas resolvi que não adiantaria nada. Baixei a cabeça, com medo.

– Não é por que está pequena que não é mais você... vai sofrer o mesmo que todo os outros. Eu garanto, Granger. É... – a mulher assentiu, olhando distraída para uma das caixas – É sim, você vai sofrer. É só esperar. Vai sofrer como minha irmã sofreu em seu lugar até ela morrer, sozinha e sangrando.

Ela desapareceu de novo, chutando um dos caixotes menores antes de sumir.

Solucei, sentindo as lágrimas molharem meu rostinho.

– Eu to com medo, Bichento – apertei meu gatinho de pelúcia – acho que ela vai me machucar. Vai machucar todo mundo...

Minha garganta ardeu, e comecei a chorar.

Queria tanto que Rony e Draco estivessem ali. Eles nunca deixariam Pandora me machucar...

Mas estava começando a achar que não nos encontrariam a tempo.

Estava com tantas dúvidas... não entendia por que a mulher me odiava tanto.

Foi quando mamãe me bateu quando achou que eu tinha roubado os brincos da Tia Maggie. Ela pediu desculpas, mas eu já estava com o bumbum doendo quando ela descobriu.

Pior que apanhar, como mamãe dissera depois, chorando, só apanhar sem saber o motivo.

E eu tinha a impressão que Pandora não ia se desculpar nem um pouco depois que me machucasse.

Mesmo assim, eu não achava mais que ela era realmente má. Era como Peanut... não era malvada por que queria, mas por que alguma coisa estava errada com a cabeça dela.

Mesmo assim, eu preferia que ela me machucasse. Por que, se ela machucasse Rony e Draco, ia ser bem pior do que se só batesse em mim.

Só de imaginar Rony machucado, eu tinha vontade de chorar de novo. E não queria também que Draco se ferisse.

Minha barriga gemeu de novo.

– Calma aí, barriguinha – funguei – vamos achar alguma coisa pra comer.

Olhei para a orelhinha de Bichento e tive uma idéia. Uma idéia chata, mas era o que eu podia fazer pra acalmar meu estomagozinho.

– Desculpa, Bichento. Depois eu mando te consertar.

Arranquei os fios que prendiam a orelhinha de Bichento, fazendo um buraco aparecer em sua cabeça, de onde saiu algo fofo e branco.

Desanimada, puxei o algodão para fora e, imaginando que era rosa e com sabor de tutti-frutti, fui engolindo alguns pedacinhos.

Olhei para cima enquanto comia, fingindo que faltava pouco tempo para que, finalmente, conseguissem nos encontrar e nos tirar dali.


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Notas finais do capítulo

Então? Comentários? Pedradas? Pessoas que vão ligar pra UNICEF, por que isso é tortura? kkkk
Beijinhos e até o próximo capítulo!



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