Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 20
Behind Cats and Bad Witches


Notas iniciais do capítulo

Hellooo, povos e povas!
Novo capítulo fresquinho para vocês!
Se eu der uma sumida nos próximos dez dias, não reparem... estou atolada com aquela bagaça de TCC da faculdade... rsrsrs
Boa leitura!



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HERMIONE

Acordei com uma dor de cabeça chatinha.

Esfreguei minha testa, piscando. Estava tudo meio escuro ao redor.

Onde eu estava?

Consegui ver algumas coisas empilhadas ali. Parecia um daqueles galpões de balé que tinham no clube da minha escolinha. Mas muito mais sujo e cheio de coisas velhas.

– Oi? – falei – tem alguém aí?

Quando fui levantar, tropecei e caí no chão.

Tentei puxar meu pezinho, mas tinha alguma coisa segurando ele.

Era grande, cinza, e estava preso na parede. Parecia uma daquelas correntinhas que a Tia Maggie usava para segurar o buldogue dela.

Por que eu tava presa? Eu não era cachorro!

Minha cabeça doía.

Foi quando eu lembrei o que tinha acontecido.

Uma moça que tinha fingido ser a Oliviene me levou embora do quartinho.

Gemi. Será que tinha sido a mesma pessoa que levou embora a mamãe e a irmã do Rony?

Abracei minhas pernas, fungando.

Eu queria o Rony.

Estava com medo. Não sabia nem onde eu tava. Será que ele e o Draco estavam me procurando?

Bichento tinha sumido. Será que a mulher má tinha jogado ele fora?

– Tem alguém aí? – gritei.

– Cala a boca, sua pirralha!

Encolhi-me quando alguém respondeu. Ouvi alguma coisa se mexer atrás das caixas que estavam na minha frente.

A moça que tinha me roubado apareceu, irritada.

Eu nunca tinha visto ela antes.

Mesmo assim, ela não me era nada estranha. Eu tinha certeza que já a tinha conhecido de algum lugar...

– Eu quero o Rony! – bufei – por que me trouxe pra cá?

– Não interessa, sua peste – a mulher ergueu a varinha dela – você vai ficar quietinha aí, ou eu mudo de idéia e arranco seu couro agora mesmo!

Levantei num pé só, tentando ficar em pé.

– Eu não fiz nada de errado... – murmurei, brava – por que está fazendo isso?

– Você não fez nada de errado – ela repetiu, tirando sarro – que você se lembre, sua nojentinha. Você e seu Ronizinho vão pagar logo pelo que fizeram.

– Eu não fiz nada! - guinchei de novo, ficando zangada – foi você que pegou a Gina e a Molly?

Desviei do feitiço que ela jogou, me aninhando na parede.

– Não me faça acabar com você antes da hora, pestinha – a mulher rosnou – adoraria arrancar uma de suas orelhinhas agora e mandá-la de presente para aqueles dois imbecis... mas ainda não está na hora. Considere-se com sorte.

Ela se virou e desapareceu por trás das caixas.

Não fiquei com medo dela. Tinha mais medo é do que ela podia fazer com meus amigos.

Eu sabia que Rony ia me encontrar. Tinha certeza que os dois deviam estar me procurando agora mesmo. Então não tinha por que ficar com medo.

Mas eu não queria quer ele encontrasse a mulher malvada. Se ela machucasse o Rony, eu ia ficar muito triste e brava.

– Não quero ninguém dando do que comer á ela – ouvi-a dizer em algum lugar – quanto mais fracas, menos elas vão resolver gritar.

Alguém se mexeu depois que ela foi embora.

Vi um homem de cabelos acaju aparecer, segurando algo laranja.

– Bichento! – arfei, abanando as mãos na direção do gatinho.

O homem piscou, parecendo pensativo, e jogou Bichento do meu lado, sumindo logo depois.

Apertei Bichento, abraçando-o.

Ainda estava com o cheirinho do perfume do quarto de Gina.

– Você é o único amigo que eu tenho por enquanto – afaguei as orelhas de pelúcia dele - a gente precisa sair daqui. E logo. Tem alguma idéia?

Olhei para os olhos de vidro dele. Imaginei que ele tava me respondendo.

“A gente podia tentar primeiro tirar essa corrente do seu pé.”

– Boa idéia – pisquei, olhando ao redor. Se eu achasse alguma coisa pra quebrar ou abrir a correntinha...

“Pior que não tem como você sair daí. E agora?”

Eu tinha que pensar. A mulher tinha mandado que ninguém me desse comida nem água. Então eu nem podia usar uma tigela ou um copo de vidro.

Se bem que...

“Você podia fazer uma barulheira e chorar. Pedir um copo de água. Sei lá.”

Será que ia dar certo? E se eu fizesse tanto barulho com o copo quebrado que eles viessem ver o que eu estava fazendo? E se eu me cortasse?

Fechei minhas mãozinhas. Ainda lembrada do como doía cortar a mão. Não ia ser muito bom...

Se Draco não tivesse me ajudado...

E Draco? Será que estava tudo bem com ele? E se os outros bruxos culpassem Draco pela mulher má ter me levado embora?

Coitado. Eu não queria que ninguém ficasse zangado com ele.

“Acho melhor só ficarmos aqui, então. Se Rony estiver procurando a gente, vai achar logo, logo. Qualquer coisa que a gente fazer aqui pode deixar os bruxos maus ainda mais bravos.”

Eu esperava que eles realmente estivessem me procurando. Se os mesmos bruxos que levaram Gina e Molly também fossem as pessoas que me lavaram, eles realmente apareceriam.

Mas e se não fossem? E se Draco e Rony tivessem cansado de mim?

Eu gostava muito deles. Mas, de repente, papai e mamãe tinham me deixado com eles, de repente, por que não queriam mais ficar com uma filha que não era normal... que era bruxa.

E talvez eu tivesse encrencado tanto Draco e Rony que eles também poderiam ter desistido de mim...

“Você tá fazendo muita pergunta. E não sabe nem metade das respostas dessa vez.”

– Tem razão, Bichento – franzi a testa – eu não sei o que tá acontecendo. E se tentar saber, vou ficar ainda mais confusa.

Estava sentindo tanta falta do Rony... eu queria muito que ele aparecesse logo.

Quem sabe, ele me pegaria no colo, faria carinho na minha cabeça e diria que tudo ia ficar bem.

Abracei Bichento ainda mais forte, deitando no chão gelado. Ainda estava sentindo muita dor na cabeça.

Arrumei os pelos bagunçados do focinho de Bichento, suspirando.

– A gente vai sair daqui, Bichento – prometi, bocejando, enquanto afagava seu focinho – você vai ver... e vamos achar Gina e Molly e o moço grandão...

Me encolhi de frio, agarrada no meu gatinho de pelúcia, ouvindo a correntinha em meu pé sacudir.

Soluçando, enquanto ia dormindo de novo, só torci para que Rony viesse logo.

E que – se tudo desse certo – ele nunca viesse a se encontrar com aquela mulher horrível.

Por que se ela o machucasse... eu ia dar um jeito de socar a cara dela, acorrentada ou não.

Finalmente, o sono me engoliu de novo, me tirando, por algumas horas, daquele pesadelo ruim. Eu só esperava que, quando acordasse, tudo já estivesse melhor.


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Notas finais do capítulo

ATENÇÃO: Falar com objetos inanimados leva à loucura. Não tentem isso em casa... Hermione foi treinada pra isso (huehuehue)
Então? Comentários? Chineladas na bunda? Xingamentos?
Kissus e até o próximo capítulo! :3



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