Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 2
Blonde and Ginger


Notas iniciais do capítulo

Oe, pequenos e pequenas Dramioners e Romioners.
Olha, enquanto essa galera linda estiver acompanhando a fic, não quero barracos entre vocês. Até por que NEM EU sei se Draco gama na Hermione e vice-e-versa. Calma lá que eu ainda tou pensando... huashuas
Boa leitura!



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HERMIONE

Estava tudo tão quietinho...

Mas aí começaram as vozes.

Não abri os olhos. Devia ser um sonho.

– Enquanto o Ministério procura uma solução para esse problema, Sr. Weasley, acho que será necessário que vocês... cuidem dela... como... bem... cuidariam de uma criança.

– Perdão – ouvi uma voz brava – eu gostaria muito de saber por que eu teria que ajuda-lo a cuidar dessa... dessa...

A voz parou de repente... parecia que alguém tinha mandado ela ficar quieta.

– O senhor irá ajudar, Malfoy – a primeira voz, que parecia uma mulher, continuou falando – além de fazer parte de seu dever em serviço comunitário, devo lembrar-lhe que, não fosse o senhor ter se afastado na hora do acidente, Hermione não estaria nessas condições. Esta é uma ordem explicita do Ministro. Vai acompanhar o Sr. Weasley nos cuidados dela.

– Acho que não há necessidade... – uma terceira voz surgiu.

– Há sim, Weasley. Está na hora de Malfoy aprender a agir como um bruxo de verdade.

Não entendi nada, mas... ué, eles estavam falando de mim?

Acidente? Que acidente? Será que eu tinha quebrado mais um copo da tia Maggie? Xi...

Abri os olhos.

Minha visão doeu com a luz. Onde eu estava?

Olhei, ainda deitada, para os dois lados. Não estava em casa, no meu quartinho rosa. Era um lugar acinzentado, estranho. Onde estariam papai e mamãe?

Levantei. Eu estava dentro de um berço.

Por que um berço? Eu não era mais neném! Já tinha quatro aninhos!

Fiquei pendurada nas grades, tentando ver quem eram aquelas pessoas que estavam conversando.

– Weasley... – finalmente vi quem era a mulher. Parecia uma moça séria, de cabelo preto, que olhou para mim, assustada – ela acordou.

Tinha mais duas pessoas... um menino de cabelo quase branco, no fundo da sala. E outro moço, de cabelo ruivo.

O de cabelo ruivo se virou pra mim, com os olhos enormes, como se nunca tivesse visto alguém como eu.

Ele tinha olhos assustadores de tão azuis. E era tão alto que eu me sentia ainda menor do que já era.

Nunca tinha visto ele... mas aquele menino também não me era estranho... será que era meu vizinho?

– Hermione? – o garoto ruivo se agachou, até ficar na minha altura no berço.

Como ele sabia meu nome?

– Quem é você? – perguntei, com os olhos apertados, desconfiada.

– Rony Weasley – o moço disse, mas percebi que parecia magoado e triste. Por quê? O que eu tinha feito?

Testei o som do nome dele. Ro-ny. Rony. O nome dele também me era familiar...

– Você não se lembra, Hermione – a moça de cabelos pretos veio até nós – mas todos nós conhecemos você... – ouvi o garoto louro resmungar - não dá para explicar agora...

– Onde estão papai e mamãe? – funguei – quero a mamãe!

– Oliviene... – guinchou o moço ruivo, que se chamava Rony.

– Bom, querida – a moça afagou meu braço – aconteceu uma coisa... você não vai poder ficar com o papai e a mamãe hoje... Rony e o Draco ali vão ficar cuidando de você por um tempo. Mas não se preocupe, logo, logo, irá ver seus pais de novo, está bem?

Ela indicou o tal Rony e o garoto louro do fundo.

Draco... nome estranho... mas era bonito.

Hum... Será que eu tinha mesmo quebrado um copo da tia Maggie, e papai e mamãe me deixaram com aquela gente estranha só como castigo? Bom, se fosse isso, eu ia ficar boazinha com eles, pra mamãe não ficar brava comigo de novo... ia provar que era uma menina comportadinha.

– Tá bom – sorri, pulando no berço e erguendo os braços para Rony. Queria sair daquela prisãozinha de bebê.

O menino ruivo olhou assustado para a mulher – Oliviene... era o nome dela? -, mas me ergueu do berço e me segurou no colo. Tão devagarzinho que parecia achar que eu era um nenezinho.

Segurei no pescoço dele, sorrindo para o outro garoto. Mas ele desviou o rosto e fez cara de irritado para mim. Acho que ele não gostava muito de crianças... que nem o tio Palmer.

Mas o Rony parecia gostar de mim. O moço ruivo ainda estava triste, mas sorriu quando eu olhei para ele.

– Você é bem levinha, não é?

– Papai fala que eu sou pesada – murmurei, com vergonha.

Rony riu, mas ainda estava chateado. Eu queria lembrar se tinha feito algo ruim, mas não entendia por que estava assim.

– Oliviene... – Rony falou pra moça – se Malfoy... – ele parecia ter engasgado – for mesmo me acompanhar nos cuidados, terá que... teria de...

– Sim... ele ficará o dia todo com vocês nas próximas semanas.

– O quê? ? – o Draco pareceu ficar bem bravo; encolhi-me no colo de Rony – já não basta ter que pagear essa garota, ainda vou ter que ficar junto dos Weasleys??

– Sim, não basta apenas isso – a Oliviene falou, séria – vai ajudar nos cuidados dela, Draco, e vou mandar um supervisor acompanha-lo para garantir que cumprirá seu dever. Ou você pode mudar de ideia e preferir reverter seus serviços comunitários em um período agradável de trinta anos em Azkaban.

– Azkaban? – olhei para Rony – o que é Azkaban?

– A prisão de bruxos – Rony respondeu rápido – Oliviene, não temos condições de... arranjar um espaço para ele na Toca – ele terminou, falando baixinho.

– Bruxo? – guinchei – vocês são bruxos?

Eu não estava com medo. Gostava de bruxas.

Sempre gostei da Rainha da Branca de Neve. Eu não gostava nada quando diziam que ela era má. Ela só não gostava de ser chamada de feia, e por isso fazia maldades. Por que os adultos achavam que era má?

Mas tinha também a Bruxa Boa do Sul do Mágico de Oz. Ela era minha favorita.

Mas se eles eram bruxos... por que papai e mamãe não me deixaram com pessoas como nós? Papai nem acreditava em bruxas...

– Mas eu não sou bruxa! – olhei confusa para a Oliviene – ou sou?

– Você também é, querida.... nós... hum... vamos dizer aos seus pais sobre isso depois. Por enquanto, você vai ficar com uma família muito boazinha de bruxos. Tenho certeza que vai gostar muito de ficar com eles...

– E depois eu volto pra casa, né?

– Sim, Hermione. Você vai voltar logo pra sua casa.

– Tá bom, Oli... Olivi...

– Pode me chamar de Olivia – ela riu, bagunçando meus cabelos, antes de voltar a se virar para Rony – vou repassar mais algumas orientações por carta mais tarde, e vou mantê-lo informado sobre o andamento do processo de reversão e da perícia do acidente.

– Tudo bem... – Rony olhou para o Draco – mas ele vai aguardar os arranjos que faremos na Toca, e só depois vai ir para lá. Vou mandar uma carta quando tudo estiver pronto, Oliviene.

– Demore o quanto precisar – Draco disse, olhando zangado para Rony – bom, já que terei que aturar estes dois e mais a família dele por um tempo, é melhor eu adiantar o que tenho de relevante e útil para fazer... com licença.

– George – Oliviene chamou. Uma quarta pessoa apareceu na sala, um cara grandão que parecia um gigante – acompanhe o Sr. Malfoy em suas próximas atividades. Irei comunica-lo quando tiver de escolta-lo á residência dos Weasleys.

O Draco saiu da sala com o homem grandalhão e sumiu do lado de fora.

Oliviene segurou o ombro de Rony, o que eu não estava deitada.

– Sinto muito por tudo... deve estar sendo confuso e assustador para vocês... mas vamos reverter tudo em breve. Você vai ver. Tudo voltará a ser como era.

– Tenho fé que sim – Rony suspirou – bem... pronta para irmos embora, Hermione?

– Sim! – ri, pulando no colo dele. Tinha gostado muito dele.

– Ah, mais uma coisa – Oliviene continuou – entrei em contato com sua cunhada Fleur... ela aceitou ajudar com roupas, objetos e brinquedos, já que está preparando-se também para a chegada da sua sobrinha. Pedi á ela que, se possível, informasse aos seus demais familiares sobre o que aconteceu.

– Mas Oliviene... a única criança que eu cuidei na minha vida foi minha irmã... não sei nada sobre crianças!

– É fácil – eu disse – me dá comida... brinca comigo... me põe pra dormir. Pronto.

Os dois riram depois que eu falei isso. Ri também.

Por um instantinho, porém, tive a impressão de que também conhecia aquelas risadas... de um tempo muito diferente...

Minha cabecinha estava muito bagunçada. Não estava entendendo nadinha.

E, ao mesmo tempo, estava sentindo um sono esquisito. Ué, eu tinha acabado de dormir...

Estava tão gostoso e quentinho ali, no colo do moço ruivo, que resolvi deitar e dar um cochilo.

Assim que acordasse, ia conhecer a família dele. E ia ser uma menina comportadinha até voltar pra minha casa...


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Notas finais do capítulo

Comentários?
Kissus de maracujá e até o próximo!