Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 19
Irrational


Notas iniciais do capítulo

Eae, gente bonita!
Mais um capítulo para aliviar os corações alheios (rsrsrs)
Obrigada á todos! Eu não estaria tão feliz e a fic não seria um sucesso tão grande sem vocês, Romiones e Dramiones fofos!



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DRACO

Eu não estava acreditando que ia fazer aquilo.

Será que minha experiência com serviços comunitários já não tinham me dado uma bela lição? Por que diabos eu ia me meter em mais uma enrascada? Pela Granger, ainda por cima?

Por que está com pena dela?”, minha cabeça indagou, confusa. “Crianças vem e vão todos os dias. A cada segundo, uma morre por motivos tão bestas quanto uma gripe diabrética. Faria diferença salvar ou não essa pirralha?”

Bem, eu ainda estava num serviço comunitário. E a última coisa que eu precisava era de mais alguns anos de condenação por ter conseguido perder a coisinha.

Se fosse para eu terminar aquele serviço, eu teria que me juntar á Weasley para procurar a menina. Só para evitar mais confusão com meu julgamento. Mais nada.

Embora agir por trás das costas do Ministério não parecesse uma idéia nada sensata.

Não era melhor deixar pessoas mais capazes tentarem resolver o caso?

Bom, eu não ia ser tachado de incompetente depois dessa. Ia arranjar um jeito de encontrar as Weasleys e Granger, para que ninguém dissesse que fiquei de braços cruzados diante da minha “responsabilidade”.

Mas por onde começar, afinal? Nem mesmo os investigadores do desaparecimento das Weasleys e do auror tinham alguma pista. Nós tínhamos ainda menos para trabalhar do que o próprio Ministério.

– Vamos voltar para minha casa – Weasley disse.

– Está interditada, lembra? – bufei – e se houverem peritos lá? Vão nos dedurar direto para Kingsley.

– Está vazia. Pararam as investigações por lá – ele respondeu – dizem não ter achado nada relevante.

– Não era mais fácil perguntar se alguém viu uma mulher morena arrastando uma tampinha de quatro anos, e se sabem para onde elas foram?

– Tem mais de cinco mil funcionários e visitantes no Ministério. Levaria uma eternidade. E a seqüestradora poderia ter aparatado com Hermione.

– Ainda acho que seria melhor deixar isso nas mãos de gente mais qualificada – resmunguei.

Weasley fechou a cara para mim.

– Ser auror já não serve pra você, Malfoy? – ele franziu a testa, irritado.

– Assim como adiantou para o brutamonte que me vigiava – rebati – use os poucos miolos que tem, Weasley. Temos menos que nada. Nem uma idéia de onde começar! Acha que as pistas vão cair do céu?

– Está bem – ouvi-o rilhar os dentes – diga você, então. Você falou dos seqüestradores não serem Comensais. Mas que o motivo parece pessoal. Tem alguma idéia de quem podia ser, então?

– Não faço idéia. Mas não é coisa de Comensais. Não estavam preocupados em encobrir pistas - murmurei – o que não deixa de ser estranho... se possivelmente deixaram pistas... por que os investigadores não descobriram nada?

– Talvez as pistas fossem tão banais que nem chamaram a atenção – Weasley falou – cadeiras derrubadas, por exemplo, são tão comuns em cenas de rapto que ninguém presta atenção. Mas podia dar uma idéia do impacto e do tamanho da pessoa que as derrubou.

Estreitei os olhos para ele.

– Que foi?

– Você está parecendo muito com a Granger. E isso não é um elogio.

– Obrigado.

– Falei que não foi um elogio – ergui a sobrancelha.

– Mas pra mim é. E dos grandes.

Vi, espantado, Weasley sorrir.

Tipo, não aquele sorriso que mais parece uma indireta do tipo “vai-tomar-naquele-lugar”. Nem era um sorriso irônico.

Para minha surpresa, ele parecia realmente satisfeito.

Que droga... o garoto devia estar ficando maluco também. Que ótimo.

– Então vamos para sua casa – revirei os olhos – meio inútil, mas melhor que ficarmos parados aqui, esperando Stark nos azarar.

– Falou, doninha – ele balançou a cabeça.

Percebi, meio chocado, que ele não dissera com o intuito de ofender.

O garoto com certeza tinha ficado maluco.

Pare com isso, Draco!”, minha mente gritava. “Você está nessa furada só para resgatar aquela menina. Não venha com essa de fingir fazer amizade agora! É só para se livrar desse serviço comunitário idiota e pronto!”.

Olhei para Weasley, que parecia completamente mais agitado agora que iríamos ao rastro de Granger.

A cabeça dele devia estar tão perturbada quanto a minha estava agora. Psicótico como devia estar, eu admirava o fato de ainda não ter surtado e perdido o prumo.

Será que eu tinha topado com aquilo só para acelerar o término daquele serviço comunitário?

Se era assim, por que eu sentia que não era o único motivo?

Por que me parecia o certo a fazer, comparado á ficar sentado no Ministério, prisioneiro dos demais aurores? Por que, por um ínfimo segundo, imaginar aquela garotinha nas mãos de psicopatas bizarros me deixou desconfortável?

Não podia ser. Era ridículo.

Era impossível.

“Está se afeiçoando á menina, Draco”, minha cabeça suspirou. “Simples assim”.

Claro que não... aquilo não era possível. Podia ser uma menininha, mas ainda era Hermione Granger, aquela sabe-tudo irritante que infernizara a minha vida em Hogwarts. A mesma garota que tinha roubado toda a atenção docente que eu e a Sonserina deviam ter tido. A mesma pessoa que havia, com Potter e Weasley, tornado-se um tormento em minha vida escolar. Por que cargas d’água eu estaria gostando dela agora?

E por que me parecia que Granger, mesmo criança, me lembrava tanto sua forma adulta?

Isso era tão insano...

Mas eu tinha que admitir de uma vez...

Não tinha como odiar aquela garotinha. Impossível sequer ter raiva dela.

Não sabia se eram os olhos cor de chocolate. Ou sua animação. Ou sua sinceridade desconcertante. Ou mesmo sua inteligência fora de idade.

Por que, ao menos naquela forma, Hermione Granger parecia tão bruxa quanto qualquer outra criança em nosso mundo. Tão normal... tão natural, que mal parecia nascida trouxa.

Ou eram os nascidos trouxas que, de repente, me pareciam tão bruxos quanto nós?

Bom, disso eu não sabia.

E talvez quisesse saber, tanto quanto Weasley, quem afinal tinha tido a brilhante idéia de perturbar minha estadia com aqueles seqüestros idiotas. Como se a situação já não estivesse tensa e constrangedora o bastante.

Mas uma coisa era certa... eu decididamente já não estava mais naquilo só para acabar com aquela tortura comunitária.

E talvez estivesse ficando mais louco do que já ficara em toda a minha vida, pensando, aturdido, no desenho do boneco louro que ainda jazia nas páginas de meu livro.

Por que desejava, por mais absurdo que fosse, que a pequena Granger estivesse bem.


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Notas finais do capítulo

Então? Comentários SOBRE O CAPÍTULO? (se a carapuça serviu, a indireta foi pra você... huehuehue). Chineladas? Sapatadas? Gente querendo roer a Hermione bebê de tanta fofura que essa guria tem? rsrs
Kissus e até o próximo capítulo!



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