Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 18
Hasty Decision


Notas iniciais do capítulo

Hello, pudins (eu sou a Luna. E Luna ama pudins... rsrs)
Novo capítulo para aliviar (ou não) o coração da macacada huehuehue
Boa leitura!



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RONY

Passou-se tanto tempo desde que Oliviene levara Hermione que eu comecei a estranhar.

Ninguém viera ainda com alguma notícia de como estava correndo o processo de reversão – se era que já havia começado.

Encarei Malfoy, que se distraía meneando a varinha, ainda deitado no colchonete do quartel-general, fazendo o cartaz de procurado de Fenrir Greyback mudar para a cor amarela.

– Acho que vou ver á quantas anda o processo – comentei, me erguendo da poltrona.

Ele emitiu um barulhinho de desdém e se levantou também, revirando os olhos.

– Vou com você – Draco resmungou – esse lugar é um saco.

Bufei, balançando a cabeça. Aquela reação dele eu conseguia entender, pelo menos.

Esperei que Malfoy se trocasse para que saíssemos do quartel.

Depois de quase dois minutos convencendo os aurores do fim do corredor que só íamos conversar com Oliviene no gabinete do Ministro, conseguimos permissão para descer.

Quando finalmente chegamos ao primeiro andar, procuramos por Oliviene em cada sala do corredor. Ela não dissera onde estariam com Hermione, então eu e Draco tivemos de olhar em cada divisão, perguntando se haviam visto Stark.

Só no quinto gabinete, conseguimos uma resposta positiva. Ela estava com Kingsley no escritório do Ministro da Magia.

– Você se lembra da senha? – murmurou Malfoy.

– Sim, lembro sim – pensei um pouco e me recordei - Balancete!

Enquanto a gárgula se afastava para passarmos, ouvi, incrédulo, a risada de Draco.

– Qual é a graça?

– Balancete? Sério? – Malfoy sacudiu os ombros – que criatividade a deles...

Encarei-o, sem acreditar. Malfoy não estava dando aquele tipo de risada sarcástica, desagradável, cheia de maldade. Estava simplesmente rindo, com humor, realmente achando graça numa coisa boba qualquer.

Pisquei, atordoado. Não acreditava naquilo de jeito nenhum.

Aquele decididamente não era Draco Malfoy.

Não como eu o conhecia.

De qualquer forma, não me permiti ficar pensando muito nisso. A escada já acabara, nos desembarcando dentro do escritório de Kingsley.

Quando reconheci os cabelos pretos e rebeldes de Oliviene, acenei para ela.

Oliviene parecia genuinamente surpresa em nos ver ali.

– Ah, boa tarde, Rony. Draco – ela cumprimentou Malfoy com a cabeça – o que traz os senhores aqui?

Achei estranho o cumprimento dela. Não havíamos acabado de nos encontrar mais cedo? E ela também parecia ligeiramente melhor da gripe...

– Bom – dei de ombros – viemos ver como anda a reversão da Hermione.

Ela mordeu o lábio e franziu o cenho.

– Já lhe disse. Os peritos e os pesquisadores ainda não chegaram numa conclusão. Vamos avisá-los assim que houver novidades.

– Bem, e quanto á análise que você ia fazer com Granger? – Draco perguntou.

– Análise? – ela piscou – não estamos fazendo nenhuma análise – ela me encarou – com quem deixaram Hermione?

– Não deixamos com ninguém – arfei, surpreso – você foi buscá-la no quartel-general dos aurores mais cedo, lembra?

– Não, eu não fui buscá-la – Oliviene arregalou os olhos, pasma – nem subi ao segundo andar hoje...

– Como assim? Você esteve lá! Ouvi sua voz também! – Draco falou, confuso – você disse que levaria Granger para uma análise da reversão!

Oliviene recuou alguns passos, aparentando estar completamente abismada.

E meu estômago despencou quando percebei que ela realmente não fazia idéia do que estávamos falando.

– Malfoy... – a voz dela baixou, enquanto ela apertava a pasta que estava em sua mão – eu não fui buscar Hermione.

Mas então...

– Era idêntica a você, Oliviene – minha voz já transparecia puro pânico – se não era você...

– Deixaram alguém levar Hermione? – a voz de Oliviene subiu uma oitava.

– Acreditamos que era você! – para meu choque, Draco não aprecia menos atordoado – nem desconfiamos, Stark!

A pasta que ela segurava caiu no chão com um estrépido.

Vi Oliviene correr em direção ao segundo nível do escritório, onde Kingsley devia estar.

Enquanto isso, eu me sentia tão oco quanto um tronco de árvore morta. Apenas um vento, assolador, rodava dentro de minha cabeça.

Alguém levara Hermione.

Hermione havia sido levada por uma completa estranha.

Senti a vertigem quase me derrubar sob a mesa de Stark.

– Não acredito! – Draco arfou – só me falta terem seqüestrado Granger também!

Levantei a cabeça.

Hermione... seqüestrada.

Talvez a mesma pessoa – ou pessoas –que havia seqüestrado mamãe, Gina e o auror responsável por Malfoy.

Como pude ser tão idiota?

Havia entregado Hermione de bandeja para uma provável psicopata.

Draco pulou quando espanquei a mesa, fazendo as penas e os pergaminhos voarem para todos os lados.

– Merda!

Tinha vontade de gritar mais do que acabara de fazer.

Eu mal havia desconfiado. Do jeito que estávamos, sob guarda do Ministério, nem me preocupei em verificar a veracidade de toda a história que a pessoa que levara Hermione havia contado.

Fosse quem fosse, não teve medo de fazer isso embaixo do nariz de todo mundo.

Minhas mãos tremiam.

Meu Deus... o que seria de Hermione?

Eu já estava temendo por minha mãe e Gina. Mas era muito maior o terror que me assolou, ao imaginar minha pobre bebê indefesa, amedrontada... talvez até machucada...

Céus. O que aqueles demônios queriam?

Como eu pude permitir aquilo?

– Já chega – arfei.

– Já chega o quê, Weasley? – Draco me olhou.

– Fique aí se quiser, Malfoy – me ergui, encarando-o – vou atrás de Hermione.

– Ficou maluco? – ele bufou - o Ministério da Magia todo já está atrás dos seqüestradores, esqueceu? O que você acha que vai adiantar, indo procurá-la sozinho? Sem nenhum outro auror?

– Não vou esperar eles matarem minha família e Hermione! – rosnei – tenho que saber quem são estes desgraçados e tira-las das mãos deles!

Draco estreitou os olhos, fungando.

– Bom, eu não vou te impedir.

– Boa decisão – bufei.

– Vou com você.

Estaquei, sentindo meu queixo cair.

– Como é?

Malfoy piscou, parecendo irritado com a própria decisão.

– Você ouviu. Vou atrás delas com você. Não, não me pergunte por que – ele ergueu a mão quando fiz menção de falar – quem sabe, depois disso, se essa sua idéia suicida der certo, eu possa sair desse serviço comunitário ridículo por ter resgatado a pirralha.

Olhei para Draco Malfoy, chocado além da conta.

Percebi que aquele não era o real motivo pelo qual ele estava se oferecendo para ir comigo.

E morria de medo de sequer pensar em qual seria.

– Está bem – guinchei, ainda atônito – vamos, antes que Oliviene volte.

– Antes que sejamos presos – Draco acrescentou, com azedume – e eu, que achei que essa sua mania de se meter em encrencas já tivesse sumido, Weasley...

– Pois é – engoli em seco, rezando para que minha pequena Hermione não tivesse sofrido nada até agora – eu também achei...

Nem me importava com a reação de todos. Ou com o que aconteceria comigo.

Por que uma coisa era certa para mim...

Fosse lá quem fosse que estivesse com elas, eu decididamente não deixaria nem um único osso para contar a história.


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Notas finais do capítulo

Então? Comentários? Pedradas? Gente querendo arrancar a Hermione da mão dos sequestradores e apertar até sair suquinho dela? rsrs
Kissus e até o próximo capítulo!