Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 17
Curiosity and Horror


Notas iniciais do capítulo

E aí, people?
Novo capítulo para vocês!
Boa leitura!



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HERMIONE

Acordei bocejando, esfregando os olhos, ainda com um soninho muito gostoso.

Quase tinha esquecido que não estava mais na Toca.

Fiquei chateada ao ver o teto cheio de nuvens daquela tal salinha dos bruxos policiais. Tinha

torcido pra que toda aquela bagunça da alguém ter levado Gina e Molly embora fosse só um sonho muito ruim.

Mas eu tinha até ficado feliz, por que me diverti com o Rony e com o Draco no dia de antes.

Rony brincou comigo, e até achei que Draco ia rir, mas ele parecia não querer dar risada na frente do Rony. Por que será?

Me levantei da caminha, olhando pro lado. Draco e Rony ainda estavam dormindo.

Rony era tão fofinho dormindo... parecia um ursinho de pelúcia com cabelos laranjas. E roncava igualzinho o papai.

Draco ficava muito sério enquanto dormia. Ela ficava com as sobrancelhas bem pertinho uma da outra. Era engraçado.

Não queria acordar os dois, então levantei devagarzinho e sentei na toalhinha de brinquedos, ficando quietinha ali.

Comecei a brincar com o gatinho laranja de pelúcia que Gina me dera de presente. Ela o chamou de Bichento. Nome estranho, mas legal.

Abracei-o, sentindo falta da minha amiguinha.

– Quem será que levou a Gina, Bichento?

Deitei a cabeça nele. Era tão fofinho quanto o ombro de Rony.

Rony também pareceu chateado quando Draco contou pra ele sobre o que aconteceu com a gente. Não estava nada feliz por terem levado a mamãe e a irmã dele.

– Hermione?

Olhei para trás, assustada, mas sorri quando vi Rony vindo até o paninho e sentando do meu lado.

– Não consegue dormir? – ele fez carinho na minha cabeça. Estava sorrindo, mas não aprecia tão feliz.

Balancei a cabeça, fazendo que não.

– Nem eu – Rony suspirou – acho que vamos ter que brincar um pouquinho, certo?

Ri baixinho, encostando a cabeça no braço dele, enquanto colocava Bichento do meu lado.

– Já sei – arfei, animada – me faz umas perguntas... tipo aqueles programas na tevê! – mordi o lábio, lembrando que Rony talvez nunca tivesse visto televisão – ah, não...

– Pode ser... acho que sei como é – Rony deu de ombros, sorrindo.

– Sério? – pulei, voltando a pegar Bichento no colo e ficando em pé – tá bom... pergunta!

– Vamos ver – ele olhou para cima, pensando – que mamífero vive no mar?

– Baleia – balancei a cabeça. Muito fácil – Faz mais difícil!

– Tá bom... então... qual a capital da Inglaterra?

– Londres... mais difícil, Rony! – bati o pé, rindo.

– Sei lá... – ele parecia surpreso – quem da família real morreu...

– Princesa Diana... tá muito fácil! – pisquei.

– Está bem, espertinha – ele arregalou os olhos – então, o que é uma guilhotina?

Ele me olhava como se eu não fosse saber a resposta. Coitado...

– Um bagulho que um cara inventou na França pra fazer filé com a cabeça das pessoas – ri.

Rony já estava até engolindo em seco. Segurei pra não gargalhar.

– Inventor da lâmpada?

– Thomas Edison, e você nem devia saber que esse badulaque existe, ué – comentei.

– Qual a cor de um filhote de unicórnio?

– Dourado. A Gina me falou.

– Maior cidade globalizada do Brasil?

– São Paulo.

– Família real assassinada na Rússia há mais de setenta anos?

– Romanov.

– Peixe que todo mundo achou extinto, mas apareceu esses dias por aí?

– Celacanto, e tem quem diz que ele nunca sumiu mesmo.

– Desisto – ele caiu para trás, deitando nas almofadas, enquanto eu sacudia de tanto rir – chega, garota. Você é um projeto de enciclopédia.

– Caramba, vocês falam muito - ouvi Draco resmungar, levantando – o que é tão engraçado, nanica?

– Rony está me fazendo perguntas – sentei de novo, achando a cara desesperada de Rony engraçada – eu acertei tudo!

– Ah, é mesmo? – Draco olhou pra Rony como quem diz “dã!” – então responde essa, sabe-tudo... por que tem gente que tem sangue mágico...

– Malfoy... – Rony olhou-o assustado.

– ... e tem gente que não tem? – Draco terminou.

Pisquei. Tudo bem, disso eu não tinha certeza.

Pois é... por que tinha gente como Draco e Rony, e gente como papai e mamãe?

– Eu não sei direito... – olhei para Draco – mas eu acho que somos que nem lobos... tem o lobo daqui da Europa e o coiote, né? Os dois são diferentes, não tem nada á ver um com o outro... caçam diferente... mas são legais do mesmo jeito. Os dois são interessantes e todo mundo gosta, cada um do seu jeitinho. Todos nascem especiais, sendo lobo ou coiote.

Draco pareceu estranhar minha explicação, por que virou a cabeça, me encarando sério.

– Faz sentido – Rony afagou meu rosto – os dois lados são bons, não importa qual, certo?

– Sim! – guinchei, sorrindo.

– Que seja... – vi Draco deitar a cabeça de volta no travesseiro do chão – sei lá.

Ouvimos uma batida na porta da sala.

– Quem é? – Rony se levantou, surpreso.

– Sou eu, Oliviene! – responderam - vim buscar Hermione para levá-la aos funcionários encarregados da reversão para verificar se já é possível fazer alguma coisa!

Estranhei. Aquele negócio de reversão de novo?

– Opa, ela já vai! – Rony me puxou do paninho – vem, Hermione.

– Aonde nós vamos?

– A Oliviene vai te levar num lugar – ele pegou um conjuntinho de roupas pra mim – se troque... assim que terminar, me avisa, que eu vou te deixar com ela lá fora.

Obedeci, pegando as minhas roupinhas e indo me trocar no fundo da sala.

Aquilo tava muito estranho. Aquela coisa de “reversão” estava me deixando brava. Ninguém me contava nada sobre o que era isso...

Quando terminei, Rony me chamou. Também já tinha se trocado, mas não parecia que ia sair comigo.

– Você não vem? – perguntei, confusa.

– Não... Oliviene pediu para eu esperar vocês aqui... – Rony beliscou meu nariz, me fazendo rir

– Obedeça ela, hein? A gente se vê logo...

– Tá bom, Rony... – olhei para a toalhinha – posso levar o Bichento?

– Claro.

Fui buscar meu gatinho de pelúcia, e fui até a porta com Rony, segurando-o.

Ele abriu a porta para mim, cumprimentando Oliviene, que estava no canto da porta, com a cabeça.

Ela fez a mesma coisa, mas o capuz e o cachecol que ela usava não deixou eu ver se estava tudo bem com ela... Oliviene parecia meio gripada quando falou.

– Volto logo com ela... – Oliviene fungou – desculpe... estou meio resfriada.

– Tudo bem – Rony piscou para mim, sorrindo – até logo, Hermione. Melhoras, Oliviene.

– Obrigada... vamos, Hermione?

Saí, sorrindo para Rony e dando a mão que não segurava Bichento para Oliviene.

Rony fechou a porta em seguida, enquanto andávamos pelo corredor. Parecia quase triste, mas eu não ia demorar muito. Quem sabe, junto com o Draco, os dois começassem a

conversar e virassem um pouco amigos um do outro.

– Aonde vamos? – indaguei, curiosa.

– É surpresa... – a voz dela pareceu melhorar, parando de ficar rouca.

Mas ainda estava muito estranha...

Foi quando ela apertou meu pulso.

Achei que era para só para me segurar, mas o aperto estava ficando cada vez mais forte.

Oliviene parecia querer me arrastar.

Estava machucando muito.

– Oliviene, dá doendo! – choraminguei – solta um pouco, por favor!

– Está doendo, é? – ela respondeu. Parecia achar graça.

Mas não era uma graça legal.

Por que Oliviene tava fazendo aquilo?

Ia chorar, mas ela tampou minha boca, me empurrando na parede.

Foi quando o capuz dela caiu.

– Você ainda nem começou a sentir dor, sua nojentinha.

Não, não, não...

Aquela não era a Oliviene.

Quis gritar, chamar Rony, pedir socorro...

Mas ela levantou uma varinha da manga e mirou em mim.

Tudo ficou escuro.


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Notas finais do capítulo

Comentários, protestos, xingamentos? rsrs
Kissus e até o próximo capítulo!