Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 15
Lost


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!
Mais uma vez, peço um milhão de desculpas pela demora. Não pensem, se eu demorar duas ou três semanas, que eu desisti da fic.
Só que, como estou no último semestre de faculdade, tenho que fazer trabalhos, provas, meu TCC, além de uma matéria em EAD, coisas "superdivertidas" que eu "adoro" fazer no lugar de escrever a fic.
Além disso, só uma pessoa comentou na Esfera da Herança (tanto no Nyah como no Spirit), e então eu fiquei meio chateada e não postei antes. Maus aí, gentes...
ODEIO FACULDADE. Só estou dizendo. >:(
Bom, sem mais enrolação, eis o novo capítulo.
Boa leitura!



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DRACO

E eu achava que não ia ter que lidar com mais nada surpreendente.

Céus... quem foi que havia invadido a casa dos Weasleys?

Quando eu e Granger finalmente saímos do armário, não havia nem sinal da garota Weasley, ou do auror idiota que me vigiava desde que chegara ali.

Tive que faze-la adormecer, pois morria de medo que os invasores ouvissem seus soluços. Precisei carregar o corpinho adormecido até a cama, ainda me movendo cautelosamente para verificar se estávamos seguros.

Fiquei no quarto, esperando que acordasse, ainda me esgueirando pelo quarto que escurecia.

A mãe deles também não havia retornado para a casa.

Tivemos que acalmar a garotinha, que acordou, assustada, depois que Weasley chegou.

Depois que percebera que estávamos a sós, começou a chorar sem parar.

– Hermione, se acalma! A gente vai achar eles, prometo!

– Draco, Rony... eu quero a Gina! - ela choramingou.

Vi, de relance, Weasley esfregar as mãos no rosto, parecendo tão perdido e aflito, que quase me senti solidário.

Ei, eu disse quase.

Estava começando a sentir um desespero bizarro e crescente, enquanto encarava as duas íris cor de chocolate arregaladas para mim, se desmanchando em lágrimas enormes e frequentes.

Raios... aquela semana já estava sendo o cúmulo do absurdo.

Eu devia simplesmente ignorar aquela garota e só garantir que ficasse viva e alimentada, até que toda aquela bagunça terminasse. Simplesmente continuar minha vida patética de serviços comunitários e passar por mais aquela tarefa ridícula.

Mas não era mais isto que estava acontecendo. E eu mal sabia explicar o por quê.

Eu já não conseguia me manter á parte das ações e reações daquela garotinha tão pequena. Algo monstruoso, anormal, completamente constrangedor e estranho, parecia me forçar a responder suas perguntas, rir das bobagens que ela fazia, olhar para suas estripulias.

E, tal como os outros dias, a mesma força me forçou a ajoelhar até ficar na altura de Granger.

Se bem que "forçar" não parecia ser a palavra certa.

Eu devia estar ficando completamente louco. De verdade.

Mas aquilo me pareceu mais necessário do que nunca.

– Eu sei... eles vão voltar... você vai ver.

– Quem foi que fez isso? - Granger titubeou, deitando a cabecinha soluçante em meus joelhos - quem levou eles, Draco?

– Também não sei... - bufei.

Surpreendendo até a mim mesmo, minha mão encobriu a cabecinha que se sacudia.

Quem teria vindo ali só para sequestrar Weasley e o auror? Por quê? e - o mais importante - por que nem se deram o trabalho de verificar se havia mais alguém na casa?

Não fiquei muito preocupado com estas questões. Limitei-me á segurar o pulsinho de Granger, sacudindo seu braço.

Weasley se enrijeceu, mas pareceu não querer intervir quando cochichei para ela:

– Olha.. eu sei que está com medo e chateada. Mas o W... Rony não pode te ver assim. tente se acalmar. Vai dar tudo certo.

Granger fungou, correndo na direção de Weasley, que a apanhou no colo, abraçando-a.

– Rony... eu tô com medo. Não quero que ninguém pegue vocês também.

Pisquei, surpreso.

Ela parecia temer tanto pela minha segurança quando Weasley temia pela dela.

Senti minha garganta ficar repentinamente estreita.

Droga... como se não bastasse eu ainda ter uma dívida de vida com ela e os outros dois manés... agora Granger me vinha com essa preocupação absurda. Como se eu fosse irmão dela ou coisa assim.

Uma ideia impossível, claro. Afinal, nem fazíamos parte do mesmo mundo.

Mas, parando para pensar... será que éramos realmente tão diferentes assim?

Ah! Pensar nisso era bobagem! Não ia ajudar em nada agora.

– Precisamos comunicar o Ministro... - comentei.

Weasley parecia o retrato do desolamento.

– Talvez... - ele fungou - quem poderia... céus... por que levariam Gina? E como conseguiram levar um auror? Não podem ser Comensais da Morte...

– Não mesmo - fechei a cara, ficando na defensiva - já fui um, lembra? Não parece coisa de rebeldes Comensais... fizeram muito barulho, para começar. Desorganizados, pelo jeito que subiram as escadas. E, francamente, aquele bobão de dois metros teria dado cabo de Comensais da Morte sozinho.

– A cozinha está revirada - ele disse - mas não há sinais de luta.

– Pode ser alguém que vocês conheçam... por isso talvez ninguém revidou. Ouvi sua irmã gritar, mas não parecia ter reagido. E não ouvi o auror se defender também.

– Estão querendo me pegar, né?

Olhamos, pasmos, para a menininha que ainda abraçava o ursinho de pelúcia.

– Claro que não, Granger - pisquei - por que alguém iria querer te pegar?

Porém, parei de falar do nada.

Será que realmente haviam vindo em busca dos dois? E, como não os acharam, apanharam Weasley e o auror como reféns?

Quem tentaria atacar Weasley e Granger?

Claro que eu podia pensar em meio mundo. Mas todo aquele ataque parecia ter um motivo muito mais pessoal.

– Não faz sentido algum - ouvi Weasley sussurrar - por que fariam isso?

– Não cabe a nós ficar pensando - cortei-o - vamos comunicar o Ministério. Depois vamos atrás de pistas.

Ele me encarou, parecendo dividido entre assentir e me moer de tapas.

Por fim, Weasley suspirou.

– Tem razão. Vamos para lá.... Hermione?

Granger levantou a cabecinha do ombro de Weasley.

– Sim?

– Vamos lá para o Ministério... sabe, de onde a gente te trouxe. Vamos descobrir quem levou a Gina, tá?

– Tá bom - Granger falou, descendo do colo de Weasley.

Para minha surpresa, ela veio até mim e segurou minha mão, parecendo mais animada.

– Vamos achar a Gina, Draco! Vamos achar a Gina!

A mão dela era tão minúscula que eu podia facilmente encobri-la com a minha, sem dificuldade alguma.

Desde quando uma nascida trouxa me tocando não me causava nojo?

Provavelmente, desde que notei que ela tinha duas mãozinhas, como eu tinha. Dois olhos. Uma boca. Como todos nós.

O que me causava maior pavor, pelo menos se tratando estritamente de Hermione Granger - pelo menos em sua nova forma - era que, infelizmente, eu já não via diferença alguma.


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Notas finais do capítulo

Comentários?
Desculpem se ficou chatinho...
Comentem o que estão achando da fic e suas partes preferidas até agora!
Kissus e até o próximo!