Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 14
Scares


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo, meninada!
Desculpa a chatice desse aqui... semana corrida, provas e trabalhos... :(
Se ficar um lixo, não hesitem em dizer...
Boa leitura!



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HERMIONE

Agora eu tinha dois quartinhos.

O Draco me deixava dormir lá no quarto dele (e do moço grandalhão que parecia um gorilão muito chato), e o Rony também deixava ficar do lado da cama dele.

Eu gostava mais do quarto do Rony. O do Draco era legal, mas não tinha muita coisa. O do Rony tinha várias coisas coloridas e estranhas no teto.

Fiquei meio chateada quando o Rony falou que achava que eu não gostava dele.

Como eu não podia gostar dele? Ele ela legal. Engraçado. Tinha um cabelão vermelho. E gostava de crianças. Principalmente de mim, pelo jeito.

Draco parecia gostar de mim também. Era legal também...

Mas sei lá... ele não era tão divertido quanto o Rony.

O Rony... eu não sabia dizer... parecia especial.... de um jeito que o Draco não parecia.

Eu tentava ficar um dia em cada quartinho, pra nenhum dos dois achar que eu estava gostando menos deles.

Mas teve um dia em que tudo foi diferente...

Eu estava brincando no quarto de Draco, enquanto Rony tinha ido pro trabalho dele.

O Draco continuava meio estranho. Eu achava engraçado... ele parecia fingir que não gostava de mim toda vez que eu o fazia rir ou sorrir.

Ou era o contrário? Ele fingia estar feliz toda vez que eu pentelhava ele?

Ai... eu não tava era entendendo nada.

Menino doido... mas eu achava graça.

– Ei, tampinha.

Arregalei os olhos.

Ué, ele estava me chamando?

Ele nunca tinha me chamado antes...

Fui até ele, curiosa.

– Me chamou?

Draco fez aquela coisa que ele sempre fazia com os olhos.

– Chamei, projeto de gente.

– Que foi? - perguntei.

Draco mordeu o lábio, o que foi engraçado. Parecia com vergonha - e muito zangado.

Mas com quem? Comigo? Xi...

– Do que as san... - ele parou e continuou - as crianças brincam na sua rua?

Pergunta estranha. Dei risada.

– Ah... elas brincam de corre-corre. Esconde-esconde. Pião. Bolinha de gude... e quando neva, elas fazem guerra de bolas de neve!

– Nunca brincou de nada diferente das outras crianças? - Draco parecia incomodado. Por quê?

– Hum... - pensei um pouco - já... - me lembrei - eu fiz bolinhas da piscina de bolinhas ficarem voando... - olhei para ele - sei lá... é difícil lembrar de brincadeira...

– Por quê?

Olhei pra baixo, chateada.

– Eu não tenho amiguinhos... eles... - arfei - tem medo de mim.

Eu não gostava de lembrar daquilo. As outras crianças me achavam estranha. Elas me chamavam de "anormal"... eu não sabia o que era isso.

Mas me chamavam de bicho, de feia, louca... doente. Eu sabia o que era.

Elas me chutavam, me empurravam... cuspiam em mim. Mas eu nunca falei pro papai e pra mamãe. Não queria que ficassem preocupados. Não mostrei pra mamãe a manchinha que ficou depois que o Marquinhos bateu no meu joelho com o cano da cadeira. Falei que tinha caído.

– Você é diferente - Draco falou.

Olhei para ele, confusa. Draco parecia não ter falado isso só pra mim.

– Acho que sim... - suspirei.

– Elas te tratam mal, não é? As crianças?

Fiz que sim com a cabeça.

Draco me cutucou. Levantei a cabeça.

– È por que elas tem inveja. Queriam ser como você... - ele murmurou - e se elas não podem ter o que você tem, então você é estranha

Fiquei surpresa. O Draco entendia isso?

Mas ele não era um bruxo que vivia com outros bruxos? Por que outras pessoas o achariam diferente?

Mesmo assim, nãso consegui pensar muito nisso.

Por que a gente ouviu um grito assustador lá de baixo.

– BOWES!

Ouvi alguma coisa levar uma pancada na cozinha.

Draco levantou num pulo da cama e me agarrou. O moço grandalhão puxou a varinha do bolso e nos empurrou pro fundo do quarto.

– O que tá acontacendo? - eu tava assustada.

– Se escondam! - o homenzão falou - rápido!

Draco me puxou até o guarda roupa, me botando lá dentro e entrando comigo.

– Draco... - comecei a chorar. O que estava acontecendo? Por que Gina estava gritando? Por que estávamos nos escondendo?

– Shh... quietinha, Hermione.

Arfei, parando de chorar.

Draco nunca tinha me chamado pelo meu nome.

– Eu tô com medo! - a barulheira lá de baixo continuava, mas parecia estar subindo agora.

– Tá tudo bem, Granger... - ele pôs a mão na minha cabeça - agora fique quieta, tá bom? Vai ficar tudo bem, calma...

Ele parecia tão assustado quanto eu. Mas falava baixinho. Então achei que eu conseguia também.

Ouvi alguma coisa caindo do lado de fora do guarda-roupa. Mas obedeci Draco e não me mexi, ficando quietinha.

– Tem mais alguém aqui? - disse uma voz estranha.

– Não... - disse outra voz - vamos embora... levem a garota e o armário ambulante aí de reféns, e vamos aguardar...

Quem eram "eles"? Eles iam levar a Gina e o homenzão?

Abri a boca para guinchar, mas Draco tampou-a. Ele fez que não com a cabeça, arregalando os olhos.

Senti meus olhos pingarem com lágrimas. Eu não estava entendendo... por que? Quem era que estava entrando na casa? Levando meus amigos?

Draco levantou algo na minha diração. A varinha dele.

– Soponiferus– ele sussurrou baixinho.

Quis perguntar o que ele estava fazendo, mas tudo escureceu de repente...

–--------------------O--------------------------

– Como assim??

– Eu já expliquei. Invadiram a casa. E levaram sua irmã e aquele imbecil de dois metros. Sua mãe também não apareceu ainda.

Acordei confusa, com tudo escuro ao redor. Que estranho...

Será que tinha sido só um sonho?

Ou eu ainda estava sonhando agora?

– Rony? - será que era a voz dele?

– Ah, Hermione...

Rony apareceu na minha frente. Parecia chateado.

Senti meus olhos lacrimejarem de medo quando vi que ele também tinha chorado.

– Rony... o que...

– Tudo bem, Hermione - ouvi a mesma coisa que Draco dissera - vai ficar tudo bem agora...

Rony parecia querer acreditar nisso mais do que eu.


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Notas finais do capítulo

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