Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 11
Digression


Notas iniciais do capítulo

Voltei, gentes!
Tudo bem com vocês? (Firebolt leva sapatada)
DESCULPEM a ENORME demora na postagem... essa semana foi um c*.... rsrsrsrs
Mas vou continuar postando em todas as três fics, NÃO IMPORTA QUANTO TEMPO DEMORE...
Escrevi correndo e saiu essa coisinha sem graça... mal aí...
Boa leitura e desculpa mais uma vez....



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HERMIONE

Minha mão ainda estava doendo um pouquinho.

Mas quando Draco falou que eu podia ficar com ele, eu nem liguei. Eu tava chateada por ter chorado... eu não gostava de chorar. Então decidi que ia ficar quietinha, mesmo se ainda doesse.

Quando chegamos no quarto, Draco falou para eu esperar do lado da cama dele.

O moço grandão ficou me olhando. parecia surpreso.

– O que aconteceu com ela?

– Nada que te importe, gorilão - Draco olhou bravo para o homenzarrão - Granger?

– Oi?

– Vem cá.

Cheguei perto do Draco, confusa.

Ele pegou uma coisa comprida e branca da mesinha do lado da cama.

– Dê a mão.

Levantei a mão que eu havia cortado. Draco tirou o papel que estava lá devagarzinho.

Eu não queria ver meu machucado. Se ainda tivesse com sangue, eu ia acabar chorando de novo. Virei a cabeça.

Senti Draco enrolar alguma coisa na minha mãozinha.

– Pronto.

Voltei a olhar. Ele tinha botado um curativo que parecia uma luva na minha mão.

– Brigada, Draco! - sorri. Tava doendo menos agora.

Draco me olhou sério por uns segundinhos, mas depois deu um sorriso bem pequenininho.

– Não foi nada, nanica. Até por que não quero ninguém chorando de dor de noite.

Ri, achando engraçado. Draco nunca tinha me chamado como a Gina me chamava.

Olhei bem de perto pra ele. Os cabelos dele eram tão bagunçados quando os de Rony. Mas, em vez de vermelhos, eram quase brancos de tão amarelos. E ele tinha uns olhos bem clarinhos, como duas gotinhas de água. Tudo fazia ele me lembrar um cachorrinho labrador que minha amiguinha de escola teve.

– Posso dormir aqui hoje?

Draco fez aquela coisa de girar os olhos de novo, me fazendo rir ainda mais.

– Pode ser, tampinha. Ei, brutamentes... vai fazer algo de útil e traga as tralhas dela.

O homem grandão estreitou os olhos, mas saiu do quarto sem falar nada.

Querendo dar um susto no Draco, eu pulei em cima dele assim que a porta fechou.

– Bu!

Draco arfou, desviando de mim na cama.

– Que isso, menina?

– Eu sou um jacaré! Ruar!

– Então sai pra lá, jacaré doido - ele arregalou os olhos, me cutucando pra sair da cama - não gosto de jacaré! Chispa!

– Mas eu sou um jacaré bonzinho! - fiz dentes com os dedos, rindo.

– Bonzinho ou não, ainda é um jacaré - Draco fungou.

O homenzarrão voltou com minhas coisinhas, olhando nós dois como se quisesse dar uns tapas na gente.

Ele colocou meu colchãozinho no chão e o paninho de brinquedos ao lado do colchão. Depois ficou olhando pro Draco.

– O que você quer? Uma medalha de honra? - Draco cruzou os braços - mandou bem... agora vai dormir no teu cantinho e deixa a gente em paz, brucutu.

O moço grandão foi sentar na cama do canto do quarto, fazendo a mesma coisa de girar os olhos que Draco fazia tanto.

Sorri. Gostei quando ele falou da gente. A gente devia ser amigo agora.

– Sabe tomar banho e se trocar, nanica?

Olhei pro Draco. Ele parecia assustado.

– A Gina já me deu banho... essa roupinha é de dormir também.

Ele bufou. Parecia aliviado. Mas por que?

– Ótimo. Já escovou os dentes?

Pisquei, dando risada.

– Você parece meu pai!

Draco pulou na cama.

– Sério?

Ela estava muito assustado.

– Sim.

– Desculpa, então.

– Mas o papai é legal. E você é legal!

Draco virou a cabeça, me encarando. Eu não sabia o que ele estava sentindo, mas ele estava bem confuso.

– Não muda de assunto, projeto de gente . Vai escovar os dentes.

Fui rindo para o banheiro.

O Draco era muito engraçado. Tão engraçado quanto o Rony.

Subi na pia do banheiro, sentindo-me grandona.

Eu ficava muito feliz que mamãe e papai fossem dentistas, por que eu sabia escovar meus dentes direitinho. Primeiro na frente, depois atrás, depois em cima. E, no final, tudo junto. E a língua. Tinha que ficar limpinha.

Mas eu estava estranhando... eu tinha certeza de, antes de ter vindo para a Toca, que meu dentinho canino estava mole. Por que, agora, ele estava tão firme? Será que alguém tinha passado cola enquanto eu dormia? Eu, hein...

Depois que escovei, sai do banheiro e voltei pro quarto.

– Pronto?

– Prontinho.

– Então vai deitar.

Fui correndo para o colchãozinho. Me embrulhei na cobertinha, encolhendo meu corpo no colchão.

Draco também deitou, me olhando curioso enquanto se cobria.

O homenzão parecia já ter dormido. Se bem que ele já não fazia barulho nem acordado, então...

– Draco... - bocejei.

– Que foi agora, nanica?

– Conta uma... história... - abri a boca, com sono.

– Eu não sei contar história.

– Então inventa, ué.

Draco suspirou, e se virou pra cima, olhando pro teto.

– OK... vou tentar...

– Êêê! - eu fiz, sorrindo.

– Há muito tempo... havia um menininho.

– Que menino? - perguntei, querendo mostrar que estava prestando atenção. Queria ouvir a história do Draco.

Draco parecia repentinamente triste e pensativo.

– Um menino muito sozinho, que morava num lugar muito grande... mas que não tinha amigos.

– Que triste... não tinha crianças pra brincar com ele?

– Tinha sim - Draco falou - mas as crianças não eram amigas de verdade... elas ou tinham medo ou tinham raiva dele.

– Que coisa feia! Tinham que gostar do menino!

– Pois é, Granger... mas isso não importa.

– Se eu morasse perto desse menino, íamos ser melhores amigos.

– É mesmo?

– É... - já tava irritada com tanto bocejo - por que ele não parece ser um menino mau.

– Mas ele fez maldades... ele quase mat...machucou uma pessoa... uma pessoa que, mesmo que ele até gostasse dela, quase fez algo ruim com ela.

– Mas as pessoas se arrependem, né? E se o menino se arrependeu?

– Ele se arrependeu... de algumas coisas, sim... mas as pessoas ao redor nele não... bom... o menino não sabia se o que tinha feito era certo ou errado. Antes, ele tinha certeza que era. Mas depois...

– Acho que o menino tinha que pensar no que fez e no que ia fazer agora... - comentei, sentindo meus olhinhos ficarem pesados.

– Acha mesmo?

– Sim... le não precisa... ser mau... pra sempre...

Eu queria saber mais sobre o menino que parecia tão triste, mas eu finalmente deixei o sono me engolir

Enquanto pensava no como aquele garotinho solitário parecia um pouco com Draco Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Comentários, chineladas? Fiquem a vontade.
Kissus e até logo!