Dois Quartos de Vinho escrita por Ninguém


Capítulo 32
Femme Fatale


Notas iniciais do capítulo

Independentemente de quantos capítulos essa fic terá, afirmo que esse é, definitivamente, o meu favorito!

Talvez seja necessário dar uma lida rápida no primeiro capítulo: http://fanfiction.com.br/historia/585437/Dois_Quartos_de_Vinho/capitulo/1/

Ótima leitura a todos!



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A sexta seguinte começou como de costume, as duas amigas tomaram o café da manhã e foram para seus respectivos compromissos; Lia foi para o trabalho e Aline para a faculdade.

Como esperado para uma sexta, as demandas de seu setor estavam tranquilas, então passou a maior parte do tempo ajudando outros funcionários, afinal, estagiários são praticamente os steps das empresas. Havia iniciado o estágio no ano anterior, logo o contrato terminaria e ela esperava por uma efetivação, por isso, estava sempre buscando aprender algo novo.

Assim que saiu do trabalho, foi direto para São Bernardo do Campo ensaiar, a essa altura todos os ensaios já estavam sendo feitos no teatro da estreia. O local não era tão grande, mas muito bonito, sua sala abrigava mais de 300 poltronas e era o principal da cidade. Para a jovem, foi impossível não lembrar das dezenas de peças que assistiu naquela mesma sala, principalmente dos espetáculos de improvisação que tanto gostava. Sentia saudade das vantagens de morar perto de um teatro.

Ensaiou por pouco mais de três horas. Com a data da estreia se aproximando, os ensaios se tornaram diários e os últimos ajustes estavam sendo feitos. A nova rotina a deixa exausta, mal terminava de repassar as ultimas falas e tinha que correr para a faculdade, e mesmo assim perdia parte significativa da primeira aula. Lia não via a hora do final do ano chegar, para finalmente conseguir seu diploma e ter mais tempo para se dedicar a atuação.

Assim que entrou na primeira avenida, percebeu que, graças ao transito pior que o de costume, não daria tempo de assistir nem a última aula. Passou mais de meia hora com o carro parado no mesmo ponto da cidade, a essa altura tentava ignorar o congestionamento focando no que estava ao seu redor. O céu já estava negro e, graças a poluição, poucas estrelas podiam ser vistas, senhoras transitavam junto aos seus filhos em meio aos veículos vendendo diversos doces e salgados, algumas mulheres já estavam nas esquinas vestindo seus curtos vestidos e hipnotizando os motoristas com suas curvas.

Prostitutas costumavam prender sua atenção. Imaginou quais delas eram mães, quais eram casadas, quais terminariam a noite com vida. Sonhava em poder encenar uma delas um dia, trazer aos holofotes histórias marginalizadas de mulheres que só eram lembradas quando a noite caia.

Naquele momento seu celular começou a tocar. Vendo quem ligava, ela deu um leve sorriso antes de atender.

— Elídio Sanna, a que devo a honra?

— Tenho uma proposta e não aceito não como resposta.

— E qual seria essa proposta irrecusável?

— Jantar comigo essa noite, te pego às 22h00.

— E onde vamos?

— Surpresa.

— Hum... mas que homem misterioso. Posso ao menos saber que tipo de roupa vestir?

— Algo chique e sexy, como você sempre faz.

— Então é mais fácil não vestir nada.

— De preferência.

Ela riu, responderia algo se o Barbixa já não tivesse encerrado a ligação. Jantar fora com uma roupa chique, isso só pode significar uma coisa... pensou. Andou alguns metros com seu carro e assim que o transito parou novamente, iniciou uma ligação.

— SOS Barbixa, casa em 40 minutos. - Recado rápido e preciso, tinha certeza que a pessoa do outro lado da linha havia entendido tudo.

Mais de uma hora se passou até que, finalmente, ela chegou em seu apartamento. Se não morasse no 18º andar, subiria correndo pelas escadas, mas, para sua impaciência, foi obrigada a esperar o elevador que insistia em demorar.

Abriu a porta de seu apartamento e entrou tropeçando nos próprios pés, dando de cara com Aline que já estava a sua espera. Sim, ela havia entendido o recado.

— Pelo jeito parece que alguém andou se exercitando com um Barbixa...

— O que? Não Line, ainda não rolou nada, mas algo me diz que dessa noite não passa. - sua expressão era misteriosa. - Ele me chamou para jantar fora.

— E daí? Ele sempre faz isso.

— Não, mas dessa vez é diferente, ele pediu para que eu usasse algo chique e sexy, acho que vamos em algum lugar importante e quero que me ajude a escolher a melhor roupa, o melhor sapato, a melhor bolsa...

— A melhor calcinha...

— Não dá pra falar sério com você, né?!

A loira riu.

— Okay! Okay! Vai tomar logo seu banho que eu tenho uma femme fatale para montar.

A morena tomou banho rápido. Mal deu atenção para a água fria que caía sobre suas costas, a euforia e ansiedade impediam que ela sentisse qualquer outra coisa e em pouco menos de 10 minutos já estava apenas de toalha diante da amiga.

— Por que você não vai assim? Chique e sexy...

— Você tá muito engraçadinha hoje, vou te colocar pra dormir na casinha do cachorro. Agora me ajuda logo a escolher.

Em poucos minutos o cômodo virou uma bagunça, todas as peças rejeitadas eram arremessadas sem dó e sem direção certa, fazendo, assim, saias, vestidos, regatas e diversos jeans ficarem espalhados por todos os cantos. O guarda roupa já estava ficando vazio quando Lia suspirou:

— Não tenho o que vestir. 

A típica frase das mulheres que possuem mais roupas do que fios de cabelo.

— E esse vestido preto aí? - Aline perguntou apontando para algum ponto acima da amiga.

— Qual?

Lia levantou-se e pegou a peça. Um vestido junto, de alças finas e seda preta, não passava dos joelhos, muito pelo contrário, certamente terminava bem antes.

— Mas esse vestido é muito curto. Você tem certeza disso?

— Absoluta!

— Tá, e a lingerie? E o salto?

— Calma que eu sou uma só, vai fazendo a maquiagem que eu cuido do resto.

— Acho que desaprendi a me maquiar.. - Seu tom era de desespero.

A loira levantou-se da cama e agarrou a amiga pelos braços, sacudindo-a, quase deixando a toalha cair.

— Mulher, segure esses hormônios, ouviu? É só mais um cara qualquer e você vai se maquiar como sempre fez, entendeu?

A jovem arregalou os olhos e balançou a cabeça freneticamente mostrando que havia entendido. Maldito humorista que me tira o chão e o folego, pensou.

— Então? - Perguntou assim que terminou de se arrumar enquanto girava no lugar.

— Puta merda! Duvido muito que o Elídio resista.

O celular da morena vibrou:

Elídio: Cheguei.

— Ele chegou! - Gritou quase caindo do salto que usava.

Aline pôde perceber que a amiga tremia enquanto ia em direção a porta de entrada.

— Lia, presta atenção: esse é um jogo que você joga como ninguém, não tem porque ter medo. Você nasceu pra isso.

Já no elevador, Lia pensou nas últimas palavras da amiga, olhou seu reflexo no espelho e sorriu maliciosamente.

— Apenas mais um jogo e sou eu quem dá as cartas!

Do lado de fora do prédio estava Elídio Sanna, vestindo seu clássico jeans escuro e uma camisa estampada. Bem arrumado, atraia olhares dos homens e mulheres que por ele passavam.

Arqueou as sobrancelhas ao ver a mulher descendo as escadas. Não havia vento, mas seus passos faziam seus cabelos ondulados movimentarem-se para trás, seu olhar negro e sedutor combinado ao largo sorriso emoldurado pelos lábios vermelhos deixaram-no enfeitiçado, sem falar no corpo. Ah, aquele corpo, o homem não pôde evitar uma leve ereção e precisou arrumar a calça. Certamente não era a hora mais apropriada para aquele volume.

— Boa noite. - Ela disse sorrindo.

— Ótima noite.

Até o modo como ela falava o excitava. Ele a percorreu com o olhar da cabeça aos pés, sedento de desejo, agarrou-a pela cintura e sussurrou em seu ouvido.

— Você é um crime em potencial!

— Então é melhor manter distância.

— Nunca! Ainda pretendo morrer de prazer.

Entraram no carro e seguiram viagem. Conversaram e riram bastante, diversas vezes ela tentou adivinhar para onde estavam indo, todas tentativas em vão, ele por sua vez, mal conseguia olhar a jovem nos olhos, foi hipnotizado por suas coxas e não pode conter o pensamento de como seria estar exatamente entre delas.

— Chegamos. - Ele disse depois de pouco mais de 20 minutos de viagem.

— Chegamos?

— Sim. - Ele respondeu sorrindo.

— Mas...- Ela olhou em volta e percebeu que estavam em uma rua residencial - Cadê o restaurante?

— Que restaurante?

— Que vamos jantar.

— Eu não disse que iriamos jantar em um restaurante.

— Mas você disse que me levaria para jantar fora.

— Exatamente, você vai jantar fora, vai jantar na minha casa.

— Na... na su-sua casa? - Seu coração disparou em questão de segundos.

Elídio sorriu e logo depois saiu do carro, foi até o outro lado e abriu a porta para que a jovem pudesse sair.

Mademoiselle. - Ele disse estendendo a mão.

Por mais que tentasse, Lia não conseguiu esconder o ar de surpresa e receio. Jantar na casa do Barbixa, que golpe baixo!

Ele abriu o portão da casa e os dois entraram. Uma pequena escada levava até a porta e do lado direito ficava a garagem, tinha as paredes texturizadas e com um tom pastel de azul. A sala de estar, primeiro cômodo da casa, estava muito bem organizada, com dois sofás de tom escuro, piso e rack de madeira e uma televisão suspensa na parede branca. Lia conseguiu perceber todos os detalhes mesmo com a luz apagada graças a iluminação dos postes de luz que transpassava a janela.

Elídio trancou a porta e passou a mão pela cintura da convidada, afastou seu cabelo e beijou seu pescoço.

— Seja bem vinda e sinta-se em casa.

Lia quase amoleceu, quis agarra-lo ali mesmo, mas se conteve a tempo. Queria jogar. Virou-se para o humorista e envolveu seu pescoço com os braços, mediu ele da cabeça aos pés.

— Você está excepcionalmente gostoso hoje e eu estou morrendo de fome.

— Igualmente. - Ele respondeu descendo um pouco as mãos - Vem, vamos jantar.

Ele a levou para a cozinha, igualmente arrumada, e pediu para que se sentasse enquanto pegava uma caixa de fósforos.

— Vamos jantar a luz de velas?

— Vamos. - Ele respondeu sorrindo. Sorriso que mexeu seriamente com a mulher.

Ela foi até ele e o empurrou levemente contra a pia, como resposta apenas um olhar de surpresa e curiosidade, se aproximou até conseguir sentir a respiração do homem.

— Eu acendo as velas e você põe o jantar. - Ele não respondeu - Elídio?

— Perdão, mas, sabe.. é difícil me concentrar com você esfregando esse decote em mim.

— Fraco. - Respondeu pressionando-se ainda mais contra ele.

— Calunia! Duvido muito que algum homem na minha situação resistiria a tudo isso. Está me provocando de propósito.

— Estou? - Ela perguntou beijando seu pescoço - Mas eu mal comecei.

Ela se afastou e foi acender as velas, a janela da cozinha também estava aberta o que dava uma luminosidade parcial ao ambiente. Sanna permaneceu parado por um tempo, como quem recobra os sentidos, mas logo foi em direção ao fogão.

Lia observava ele pondo a mesa, toda a organização e capricho do homem a surpreenderam e o perfume dos pratos também. Estava acendendo a última vela quando ele a surpreendeu abraçando-a por trás, beijou seu ombro lentamente e sussurrou em seu ouvido. Achava excitante o modo com a jovem ficava arrepiada com seus toques.

— Sente-se, vou pegar o vinho.

Pouco depois ele voltou segurando uma garrafa de vinho tinto já aberta, Lia pode sentir o doce aroma que dela emanava, porém não reconheceu a marca, isso pouco importava naquele momento. Ele segurou a taça da jovem e começou a derramar o liquido de cor escura, mas, subitamente, ela segurou seu braço impedindo que continuasse. Ele a olhou sem entender.

Rien au-delà de deux quatrièmes de vin.

O olhar de Elídio indicava que ficara ainda mais confuso. Ela sorriu.

— Nada além de dois quartos de vinho.

— Latim?

— Francês.

— A língua do amor.

— Exatamente. Tirei de um livro e resolvi levar pra vida. Diz que o vinho é o liquido dos deuses, que causa prazer aos que bebem na medida certa, porém, quando ingerido em excesso pode subir a cabeça e nos levar a fazer loucuras.

— E você não quer fazer nenhuma loucura hoje?- Ele perguntou enquanto se sentava.

— Você quer?

— Com você? Todas as possíveis.

— Você me excita. - Respondeu após beber um gole.

Era tudo que Elídio precisava ouvir.

— Igualmente. - Respondeu abrindo o primeiro botão de sua camisa.

Ela apenas sorriu.

— Espero que goste da comida.

Claro, a comida, Lia havia esquecido o motivo do convite, se esse fosse mesmo o real motivo. Olhou para o prato e sentiu que o reconhecia de algum lugar, talvez Aline tivesse feito alguma vez, pensou. Mas, assim que experimentou teve certeza de onde conhecia tal comida.

Risoto al Funghi?

— Tive esperança que acertasse.

— Por que?

— Como você disse que é fã há muitos anos, imaginei que talvez tivesse assistido a live em que...

— Em que você e o Anderson cozinham.

— Pelo jeito você viu, ainda bem, assim não pareço tão idiota. Gostou?

— Da live ou do risoto?

— Do risoto. - Ele respondeu rindo.

— Está perfeito! Jamais imaginei que você cozinhasse tão bem assim.

— Quando você passa a morar sozinho, é forçado a aprender a se virar.

— Você é sempre assim?

— Assim como?

— Fascinante.

— Depende. - Ele respondeu rindo mais uma vez - Você é sempre assim irresistível?

— Sempre.

— Eu sei. - Passaram alguns minutos em total silencio, apenas admirando um ao outro. - Se isso fosse um fantasia, você seria uma dessas sereias das histórias de navegação.

— Por que diz isso?

— As sereias simbolizam a sedução mortal, elas encantam os marinheiros com seus cantos e beleza, enquanto os levam para a morte.

— E você não acha isso perigoso?

— Muito pelo contrário, acho excitante. Mar calmo nunca fez bom marinheiro.

Continuaram conversando sobre diversos assuntos enquanto jantavam, não evitaram indiretas, olhares e provocações. Os dois queriam a mesma coisa e sabiam disso.

Desde o primeira quinta-feira de março, Elídio foi tomado pelo desejo que sentia por aquela mulher, esse que só foi aumentando com o passar dos meses, sentia uma forte necessidade de estar com ela e de poder toma-la para si e não devolver nunca mais. Tinha medo do que toda aquela avalanche de sentimentos poderia significar, mas não conseguia evitar, Lia era dona até mesmo de seus sonhos e a necessidade de leva-la para cama era eminente.

Para Lia, o sentimento inocente que sentia desde a adolescência havia mudado drasticamente nos últimos meses, ela não se contentava mais com simples abraços e calorosos beijos e não via a hora de vê-lo desprovido de toda aquela roupa.

— Vamos dançar? - Ele perguntou se levantando e colocou seu celular em cima do balcão.

Ela o acompanhou e pouco segundos depois uma música começou a tocar. Ele abraçou-a pela cintura e envolveu-a em uma doce valsa.

— A música da noite no bosque?

Ele não respondeu, apenas calou a mulher com um beijo que começou lento e silenciosos mas logo tornou-se cheio de calor e desejo. Não acompanhavam mais a melodia, sequer a ouviam, pois nada mais naquele momento importava se não a vontade inadiável dos dois.

— Quer conhecer o resto da casa? - Ele perguntou ainda ofegante.

— Claro. - Ela confirmou enquanto arrumava o cabelo e descia o vestido que em meio a tantas mãos acabou subindo demais.

Sanna deu passagem para a mulher, os dois começaram a subir as escadas e aquela ereção continuava, insistente.

— Esse é meu quarto. - Ele disse assim que chegaram.

— Bonito o lugar. - Ela respondeu virando-se de costas.

O homem respirou fundo três vezes, tentando se controlar, tentando conter o calor que sentia, o desejo e a ereção que já apertava seu jeans. Três vans tentativas de controlar o incontrolável. Se entregando à vontade, ele agarrou a mulher por trás e cravou sua boca em seu delicado e desnudo pescoço.

Lançaram-se um em direção ao outro com voracidade. Enquanto se beijavam, os dois já tiravam os sapatos e os empurravam para longe, quando as mordidas começaram, ela desfivelou o cinto de Elídio e logo o fez se desfazer da calça. Talvez, se tivesse pensado um pouco teria se controlado e desistido da ideia, mas não queria pensar, já tinha esperado tempo demais e agora a única coisa que queria era desfrutar de tudo que o humorista tinha a oferecer.

Livre do jeans apertado, agora tinha absoluta certeza de que a jovem também queria terminar a noite com chave de ouro em sua cama. Mordiscou o colo dela e ouviu um leve gemido, sorriu maliciosamente e subiu as mãos sobre as costas dela até achar o que esperava, o zíper de seu vestido. Sem muita calma o abriu e logo pode usufruir da bela imagem que era vê-la apenas de lingerie. Por mais libidinoso que fosse, tudo aquilo não era suficiente, o que queria mesmo era tê-la sem nada diante de si.

Lia se surpreendeu com a facilidade com que ele abriu seu sutiã, mas não esperava menos de um homem como aquele. Se jogou na cama e puxou-o com força para si, ignorando a racionalidade puxou a camisa do homem e viu alguns botões caírem sobre o lençol. Agilmente ele tirou a camisa e a jogou no chão. Cravaram suas bocas novamente, loucos de vontade um pelo outro, querendo logo terminar o que já tinham começado. Ela viu Elídio estender o braço, abrir a primeira gaveta do criado-mudo e de lá tirar uma pequena embalagem quadrada e brilhante. Sexo. A única coisa que a noite reservava.

Em poucos segundos as poucas peças de roupa que faltavam se juntaram as outras, espalhadas pelo chão do quarto.

Elídio reconhecia o quão estimulante era ouvir ela gemer em seu ouvido enquanto arranhava suas costas. Ela pressiona o colchão e agarra os lençóis, tomada pelo puro êxtase, abandona qualquer indício de racionalidade. Totalmente entregue as necessidades carnais. Sentia o hálito quente do outro, as mãos que dançavam sobre sua pele, o corpo dele pressionado ao seu. Calor e suor. Fogo e paixão. Nem mesmo caminhar sobre o paraíso traria tanto prazer quanto o que ela desfrutava no momento.

Lá fora, o vento deixou de soprar, os pássaros se calaram e a Lua minguou diante do espetáculo que a noite reservava para os dois amantes. Logo aquele quarto se tornaria pequeno demais para satisfazer os desejos de ambos.


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Notas finais do capítulo

Recomendo a leitura desse maravilhoso texto do Ricardo Coiro: http://www.entendaoshomens.com.br/alguns-tons-de-vinho-tinto/

Um grande e apertado abraço e até o próximo capítulo!



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