Dois Quartos de Vinho escrita por Ninguém


Capítulo 28
Estava voltando para casa


Notas iniciais do capítulo

Olá, querido leitor. Seja bem vindo! Puxe uma cadeira ou deite no sofá, tome um chá ou coma uma pipoca. Enfim, sinta-se a vontade e tenha uma ótima leitura.



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Estava voltando para casa quando pegou seu celular e viu a notificação de sete chamadas perdidas, sete inusitadas tentativas de contato do homem que fingia se importar com ela.

Ao chegar em casa percebeu que não havia ninguém, Aline provavelmente dormiria na casa da mãe. Cansada, foi logo tomar banho e lavar o cabelo que se encontrava cuidadosamente preso em uma trança.

Se despiu, já dentro do banheiro, deixando suas roupas em um canto qualquer. Delicadamente abriu e adentrou o box, movimentos esses tão leves que se aproximavam aos de uma bailarina, fato contraditório levando em conta sua falta de intimidade com a dança. Ligou o chuveiro e não demorou para que a água, antes fria, ficasse extremamente quente. Sabia que logo todo o ambiente seria tomado pelo vapor e tudo ficaria abafado.

Passou os dedos entre os negros e grossos fios de seu cabelo, fitando o teto, precisava pensar rápido, arquitetar seu plano e coloca-lo em prática, fazer como sempre havia feito, o jogo já tinha começado e era ela quem deveria dar as cartas.

Resolveu mandar uma mensagem para Elídio assim que saiu do banho:

Sete chamadas perdidas? O que quer?

Prática, seca e direta, como deveria ter sido desde o inicio. Foi se trocar e não demorou para que seu celular começasse a tocar.

— Alô?

— Você!

— Eu o quê?

— A resposta para sua pergunta, o que eu quero é você.

— Já estava entrando em desespero então. Precisava me ligar sete vezes? - Ela perguntou sentando-se na cama.

— Você não atendia.

— O que você queria?

— Já disse, queria e quero você.

— Não vou sair de casa hoje... e nem amanhã. - Ela se antecipou a responder antes de qualquer convite.

— Então desce que eu estou no seu portão.

— Não, não tá. - Levantou da cama em um salto - Tá começando a rondar meu prédio?

— Talvez.

— Você é louco!

— Não sou, estou. E é por você.

— Me dá um bom motivo pra sair da minha cama e ir ai te ver.

— Te dou três: eu, eu mesmo e euzinho.

Ela riu e desligou. Calçou seus chinelos e desceu.

Logo viu Elídio de pé em frente a portaria, usava jeans e uma blusa de frio de listras azuis e brancas. Teve a impressão de que conhecia a peça de algum lugar.

Caminhou inexpressiva até ele e cumprimentou-o com um rápido beijo no rosto, porém ele a puxou para um abraço.

— Tava com saudade.

O homem não conseguiu evitar de medir a jovem da cabeça aos pés. Analisou todas suas curvas que ficavam ainda mais provocantes com aquela camisola bordo de seda quase transparente.

Fazia frio e Lia tinha todo seu corpo arrepiado, com o abraço, Elídio tentou protege-la do vento, mas, aparentemente, não era o que ela queria se desvencilhando de seus braços rapidamente.

— Amanhã a gente se fala, preciso subir.

— Promete que amanhã a gente vai se ver?

— Promessas nem sob julgamento.

— Me dá um beijo de boa noite, pelo menos.

Ela se aproximou, ficou nas pontas dos pés e beijou a bochecha do humorista.

— É esse o beijo que mereço depois de sair de casa só pra vir aqui te ver?

— Agora se quiser mais, vai ter que fazer por merecer.

Assim que chegou ao seu apartamento, deitou em sua cama, tateou o colchão em busca de seu celular e assim que o encontrou iniciou uma ligação.

— Alô, Marco? Tá livre hoje a noite?


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Notas finais do capítulo

Percebi, um pouco tarde, que estou em falta com alguns leitores.

Quando comecei a escrever a DQDV não imaginei que ela seria lida por pessoas que não fossem fãs dos Barbixas, na verdade não imaginei nem que alcançaria o número de leitores que tenho hoje. E é por isso que não me apeguei a descrever nenhum dos humoristas ou seus próximos, por achar desnecessário descrever os ídolos às próprias fãs.

Como disse, está um pouco tarde mas, se ainda não pesquisaram, aqui está o link no canal dos meninos: https://www.youtube.com/user/videosimprovaveis

Até o próximo capítulo,
Abraços.



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