Dois Quartos de Vinho escrita por Ninguém


Capítulo 22
Assim como a tarde, a noite estava fria


Notas iniciais do capítulo

Quero aproveitar também para fazer algo que deveria ter feito há MUITO tempo, agradecer ao FC @danonetes (instagram) e ao Fanática pelos Barbixas (facebook) que fizeram o grande favor de divulgar essa fic.

Enfim, uma ótima leitura a todos vocês e até as notas finais.



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Assim como a tarde, a noite estava fria. O vento forte que batia tirava a postura dos fotógrafos localizados nos dois lados do tapete vermelho que se estendia desde o começo da calçada até a porta da casa de shows.

Um fusca azul estacionou em frente ao tapete, poucos segundos depois as portas da frente se abriram. Os dois caminharam lado a lado até a entrada, sorrindo e cumprimentando os que passavam em seu caminho.

— Elídio, uma foto por favor? - Um fotografo pediu segurando ele pelo braço.

— Claro. - Ele respondeu com sua simpatia de sempre.

A jovem se distanciou e ficou esperando que os dois terminassem, mas logo que entraram um grupo de mulheres tomou o Barbixa pelas mãos e sumiu com ele. A jovem achou melhor prosseguir sozinha e sem rumo pelo salão.

O local era grande, tinha as paredes cobertas por uma camurça azul escura e contornadas por madeira, não tinha janelas, os banheiros logo a direita e as mesas a esquerda, o palco de show localizado ao lado do bar onde quatro barmen chacoalhavam garrafas, tentando hipnotizar algumas mulheres que assistiam, os camarotes estavam lotados e os refletores de luz dançavam no mesmo ritmo das pessoas.

Continuou a andar. De vez em quando avistava de relance um ou outro famoso, atrizes de grandes novelas e ex participantes de reality shows. Sentiu uma leve insegurança tomar conta de si ao perceber que a única pessoa que conhecia não estava ao seu lado e que pelo tamanho do lugar e quantidade de pessoas seria difícil encontra-la. Decidiu ir embora, caso o Barbixa perguntasse ela não estava se sentindo bem e foi para casa, virou-se em direção à porta de entrada, mas mal começou a andar e ouviu alguém gritar seu nome.

Assim que se virou, conseguiu ver um rosto conhecido em meio a multidão. Um homem alto, vestindo uma camiseta rosa claro e segurando um copo pela metade, sorriu para ela.

— Parece perdida. - Anderson observou o olhar de espanto e alivio da jovem.

— Acho que nunca fiquei tão feliz em te ver. - Ela disse se aproximando e os dois se abraçaram.

Por mais reconfortante que fosse o abraço de Anderson, Lia não conseguiu deixar de pensar que estava abraçando um de seus ídolos como se fossem amigos de longa data. Sentiu vontade de morar naquele abraço para sempre, mas percebeu o quanto seria estranho se o abraço não se desfizesse naquele exato momento.

— Vem, fica comigo e com o resto da turma.

Ela aceitou o convite, afinal por que iria recusa-lo? Acompanhou o homem até os fundos do salão e os primeiros que viu foram Marcão e Maxsuel.

— Olha só quem apareceu. - Marco disse sorridente.

— Quem é a princesa? - O outro perguntou, parecendo um pouco alterado.

— Max, essa aqui é a Lia, ela é amiga do Elídio.

— Se você é amiga do Elídio, cadê ele?

—Boa pergunta, onde o Elídio se meteu? - Anderson também perguntou.

— Gostaria de saber também. Acho que ele encontrou algumas amigas e, bom... acabei ficando sozinha.

Os homens se encararam, todos carregavam um olhar de desaprovação para o que a jovem dissera.

— Enquanto ele não chega, o que acha de nos divertirmos juntos? - Perguntou Marco.

— Ótima ideia!

— NÃO! - Marco retrucou ao mesmo tempo que Max - Quer dizer, eu e você, Lia.

— Ah, mas como eu sou o dono disso tudo, não há nada mais justo do que eu ser seu guia e acompanhante. - Max disse, com um sorriso malicioso.

— É... - Lia começou a ficar confusa.

— Justamente por você ser o dono do lugar que vou lhe fazer este favor. Max, você precisa receber todos os convidados, conversar com o DJ, conferir o bar, falar com os jornalistas e ainda ter tempo para se divertir, pode deixar que eu passo a noite com a Lia.

— Nisso ele tem razão. - Lia observou.

Max fechou a cara e fitou o humorista. Balançou a cabeça concordando.

— É, você tem razão.

— Faço isso pensando no seu bem. - Marco não pode conter um sorriso sorrateiro.

— Andy, você sabe se tem mais... opa, quem é você?

Lia olhou para a mulher, ela era um pouco mais alta que a jovem, tinha os cabelos castanhos como os olhos e pode perceber que quando falava suas covinhas eram nítidas. Rapidamente reconheceu Luana Bizzocchi, irmã de Anderson.

— Essa é a Lia, Lu. - Anderson disse e as duas se cumprimentaram.

— Agora entendi porque demorou anos para voltar. - A mulher falou para o irmão.

— Não, na verdade fiquei assistindo o duelo entre os dois para ver que fica com a jovem donzela. - Lia corou ouvindo o comentário de Anderson.

— Ah é? Pois então deu empate porque nenhum dos dois vai ficar com ela. Lia, você vem comigo, vamos beber e falar besteiras.

Luana pegou a garota pelo braço e a levou até uma das mesas. Os três rapazes ficaram olhando, desacreditados com o que acabará de acontecer e, por fim, o que restou a eles foi seguir as duas.

— E os copos, Andy? - Luana perguntou assim que todos se sentaram.

— Ah é, era isso que eu ia fazer quando encontrei a Lia.

— Pode deixar Anderson, eu trago pra vocês. - Max disse se levantado e sumindo na multidão.

— Por que a Claudia não veio?

— Ela preferiu ficar em casa com a Julia. Esposa e filha - Anderson fez questão de explicar para Lia.

— Ela não gosta de sair muito, né?

— A Claudia é mais reservada, sabe? Prefere quando sai só a gente e para lugares mais calmos. - Ele disse para Marcão.

— E o Daniel, não vem? - Lia perguntou.

— Vish, esse ai é um caso sério de preservação. O Dani é muito sossegado. - Luana falou.

— Fino.

— E seletivo. - O Barbixa concluiu - Nunca que ele viria a um lugar assim, cheio de gente.

— Ah, eu entendo o Dani, também não sou muito fã desse tipo de passeio. Até tomei um remédio para dor de cabeça antes de vir, para não atrapalhar o Elídio. Mas pelo jeito ele sumiu mesmo. - Deu de ombros olhando em volta.

— Vem Lia, vamos dançar. - Marcão a pegou pela mão.

Eles foram se aproximando do meio da pista, ela ainda estava insegura com a situação, dançar com um de seus humoristas favoritos, realmente a noite reservava várias surpresas.

A música estava alta. Ela precisou gritar no ouvido do outro para que ele pudesse entender o que falava.

— Agora você me ensina.

— Te ensinar a dançar?

— É, eu não sei.

— Como não? Todo mundo sabe dançar.

— Eu não.

— Lia, quando a gente dança só estamos transformando sentimentos em movimentos.

— Tá... Vamos tentar isso.

Marco puxou Lia e a abraçou, começaram com uma simples valsa. Dois pra lá, dois pra cá. Estavam totalmente fora do ritmo, levando em consideração o remix que tocava. Já estavam assim há alguns segundos quando ele começou a fazer cocegas na jovens, sem deixar ela se desvencilhar dele.

Lia começou e gargalhar enquanto tentava escapar dos braços de homem, pessoas ao redor olharam e riram não dando muita importância. Apesar de ser magra, ela era consideravelmente forte e começou a se desprender do outro que por sua vez pegou a jovem no colo, para evitar uma fuga. Depois de sacudir os pés pelo ar e quase atingir algumas pessoas, ela desistiu, Marco colocou-a no chão e falou:

— Agora dança.

— Como?

— Como está se sentindo agora?

— Feliz? - Seu tom era de incerteza.

— Então dança.

— Marco, isso não faz sentido.

— Quer mais cocegas? - Ele ameaçou se aproximar ainda mais.

— NÃO! Olha só, já tô dançando.

Depois de um tempo os dois já estavam dançando em ótima sincronia, riam o tempo todo em meio a abraços e rodopios. E se dependesse de Marco, ficariam assim por muito tempo, havia gostado da jovem.

...

— Vocês viram a Lia? - Elídio perguntou assim que chegou na mesa em que seus amigos estavam bebendo e conversando.

— Ah, a donzela resolveu dar as caras. - Luana falou.

— Como é?

— Posso saber por que você só apareceu agora, uma hora depois que chegou?

— Ah, uma amiga minha me chamou e...

— Ah ta, uma amiga sua te chama e você se vê no direito de largar uma convidada sozinha?

— Qual é Luana, que isso?

— Ela tá certa Lico, cara você largou a menina sozinha num lugar onde ela não conhecia ninguém. - Anderson ajudou a irmã.

— Como não conhecia ninguém? Olha só, aqui estão vocês.

— Vai se foder Elídio. Como você é irresponsável, largou ela como se fosse nada. Quem você pensa que é? - Luana estava nitidamente irritada.

— Luaninha, vamos ficar calmos? Já passou, não é minha culpa se sou muito concorrido. - Finalizou a frase com sua mania de pressionar o tórax com as mãos.

— Tão concorrido que a Lia já tá lá, dançando com o Marcão.

— Onde? - Ele perguntou arregalando os olhos.

A morena apontou para algum ponto a frente deles. Os dois dançavam praticamente colados enquanto gargalhavam, o homem segurava um copo e ela uma taça, os dois vazios. Elídio percebeu que o amigo dizia algo ao pé do ouvido da moça, não gostou do que viu e decidiu ir até lá.

Estava quase no meio do caminho quando foi interrompido. Uma mulher dos cabelos avermelhados, usando um vestido preto extremamente curto, segurando uma latinha de cerveja parou diante dele.

— Uau, quem é esse gostoso?

— Agora não, Letícia.

— Calma meu amor. Vem, vamos dançar. - Ela puxou seu braço.

— Me da licença, Letícia.

— Mas, Lico, você adora dançar.

— Me da licença, Letícia. - Seu tom impaciente.

— E que tal um beijo? - Ela se aproximou e ele sentiu o bafo amargo de sevada.

— SAI DA MINHA FRENTE CARALHO.

Ele continuou seu caminho até o casal de amigos. De vez em quando sumiam de seu campo de visão, mas logo reapareciam sorridentes como sempre. Até que ele alcançou os dois.

— Posso saber o que está acontecendo aqui?

— Bom, pelo que vejo estamos dançando. Qual sua visão Sr. Lia?

— Acredito que essa movimentação de corpos possa sim ser classificada como dança.

Zombaram formalmente.

Elídio encarou os dois por um longo tempo, cruzou os braços.

— Estamos dançando, Elídio, só isso. - Marco disse.

— Dançando? - Ele riu - A Lia não saber dançar.

— Ao meu ver ela dançou muito bem até agora.

A jovem observava tudo de escanteio.

— Talvez a companhia que até então não foi muito agradável.

— Ok meninos, eu vou até o bar devolver os copos. - Lia disse pegando o copo da mão de Marco.

— Que porra é essa Marcão? - Elídio perguntou quando a jovem já estava longe.

— Eu que pergunto. Já chega todo esquentadinho.

— Não posso dar uma volta que os urubus já caem matando.

— Uma volta, Elídio? Uma volta? - Marco riu alto - Você largou a garota aqui dentro e sumiu. 

— Ah, esse tom por a caso é de interesse?

— É, me interessei, sim. Desde a primeira vez que vi ela eu te disse que era linda.

— Na verdade disse que era bonita e que amigo a gente respeita. Se lembra disso?

O outro entortou a boca.

— Porra Marcão, tá querendo me ferrar?

— Tem medo da concorrência?

— Estamos competindo?

O homem dos cabelos negros e encaracolados demorou para responder.

— Qual é Marcão...

— Elídio, me diz uma coisa, só uma e dependendo da sua resposta eu deixo ela em paz.

— O que é?

— Olha nos meu olhos e me fala que gosta dela. Se conseguir me dizer isso, ela é toda sua.

O Barbixa encarou o amigo e depois olhou em volta, viu muito conhecidos e famosos se divertindo, aparentemente, viu dezenas de belas mulheres de sorriso fácil e olhar sedutor. Lembrou do brilho que viu no olhar de Lia enquanto dançavam no parque, talvez aquilo significava alguma coisa, poderia ser um sinal. Pôs tudo na balança e viu se valia a pena ter uma única mulher, quando tinha a oportunidade de ter várias. Só então pode responder com firmeza.

— Claro que não estou apaixonado. - Sua voz soou mais calma que o habitual.

— Pois bem, não vamos acabar com nossa amizade por causa de qualquer uma, não é mesmo? - Elídio assentiu - Agora ela é toda sua. - Ele fez um sinal para a jovem no bar sentada de costas para eles.

Lia estava distraída, brincando com a cereja de seu drink quando Elídio sentou ao seu lado. Ela o fitou com desprezo, não quis assumir antes, mas ficou extremamente magoada com o Barbixa, por tê-la deixado sozinha na festa.

Continuou a olha-lo. Os olhos castanhos envoltos por marcas de expressão, os lábios finos e logo acima um bigode querendo aparecer, a expressão convidativa de quem pede algo. Desculpas, talvez? Ela duvidou, sentiu que realmente começou a conhecer o verdadeiro Elídio e não gostou muito disso.

— Oi.

— Oi.

— Acho que começamos da maneira errada essa noite.

Como resposta, Lia simplesmente deu de ombros.

— É... vou até ali e volto para começarmos de novo. - Ele apontou para algum lugar próximo aos banheiros.

Mais umas vez ela deu de ombros, mas assim que ele se afastou, sorriu.

O homem foi até onde havia dito e voltou ao seu encontro, sorridente. Assim que chegou, puxou uma cadeira ao lado da jovem e disse:

— Posso?

Ela assentiu sorrindo.

— Oh querido - Ele disse se referindo ao barman - Me vê dois desse. - Apontou para o cardápio - Então minha cara, estava te admirando ali de longe e queria saber se tem companhia.

— Na verdade não sei, cheguei aqui acompanhada, mas ele fez questão de sumir e me deixar sozinha num lugar onde não conhecia ninguém.

Ele engoliu em seco.

— É, ele é realmente um idiota em largar uma mulher tão linda quanto você aqui sozinha. Mas não vamos falar dele, falaremos de nós.

— Não existe "nós".

Então o homem compreendeu que não seria muito fácil arrancar um sorriso dela. Lembrou das gargalhadas que viu entre a jovem e seu amigo. Franziu o cenho.

As bebidas chegaram e com um gole ela bebeu todo o álcool.

A apreensão de Elídio aumentou, percebeu que fingir que nada tinha acontecido não iria funcionar de nada, respirou fundo e fez o que achava necessário fazer.

— Lia - Ele disse segurando a mão da jovem - Me desculpa, de verdade, sei que fui um completo idiota e nem tenho como me justificar, mas por favor deixa eu me redimir.

Ela olhou fixamente em seus olhos e por fim deu de ombros.

— Tudo bem. Você tem uma chance.

Voltaram ao tom de conversa a que estavam acostumados. Passaram um longo tempo conversando. Até que Elídio pediu mais um drink, o quarto sem álcool.

— O que? O grande humorista Elídio Sanna dispensando uma oportunidade de ficar bêbado? Inacreditável!

— Não me chama assim.

Lia girou no banco e ficou de frente para a pista. Ele levantou e parou diante dela, tampando sua visão.

— E por que, Sr. Elídio Sanna?

— Porque com você eu sou só Elídio, o cara normal que gosta de fazer umas piadas de vez em quando, que não gosta de chocolate e o mesmo que percebeu que está louco por você.

Ela ignorou a última parte.

— Ok, ok, de qualquer modo é muito estranho não te ver bebendo.

— Não posso, vou te levar para casa.

— Ah não Sanna, Não quero que deixe de beber por minha causa. Eu me viro com um táxi.

— Tem certeza?

— Absoluta!

— Oh parceiro, me vê um uísque com duas pedras de gelo. - Ele disse a um dos barmen - E você o que deseja? - Dessa vez falou com Lia.

— Vinho.

Mais de duas horas se passaram até que ela teve certeza de que seu Barbixa favorito estava completamente bêbado. A maioria das pessoas já tinha ido embora, mas ele ainda dançava pelo salão, fez questão de aparecer no máximo de fotos que conseguiu, ostentando diversas caras e bocas e agora, com todos seus amigos já se preparando para ir embora, estava abraçado com Lia balbuciando as mais belas declarações. Essas que ela adoraria levar em consideração se não fosse pelo álcool.

— Como você vai para casa, Lia?

— Vou chamar um táxi.

— Pode deixar que eu te levo. - Disse Marcão.

— Sério? Eu aceito se não for incomodar...

— De maneira nenhuma. - Ele respondeu sorrindo.

— Eu levo o Elídio. - A mulher dos cabelos avermelhados surgiu de algum ponto do salão.

— NÃO! - Max e Marco gritaram juntos.

— Não precisa se preocupar, Letícia, eu e o Andy levamos a criança. - Luana respondeu.

Lia percebeu que a produtora fez uma careta, mas não deu grande importância para o ato.

...

— Lia?

Lia sentiu algo tocar seu rosto, abriu os olhos e percebeu que Marco a encarava a uma curta distância arrumando os cabelos que caíram em seus olhos. Só então percebeu que estava no carro do humorista e que acabou caindo no sono.

— Ainda bem que me falou o caminho logo que saímos. - Ele sorriu.

— Hum... quanto tempo dormi?

— Uns vinte minutos talvez.

— Chegamos?

— Sim.

Ela se arrumou no banco do passageiro. Percebeu que tocava uma musica, não conhecia mas teve a impressão que fosse antiga, ficou encarando o rádio e depois olhou para Marco. Sorriu.

— Dormiu feito criança, mocinha.

— Obrigada por me trazer.

— Não precisa agradecer, o Elídio não estava em condições...

— Eu preciso ir, muito obrigada mais uma vez por me deixar em casa. - Ela tirou o cinto e abraçou o homem, depositando um beijo em sua bochecha.

 


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Notas finais do capítulo

Estava morrendo de saudades daqui!

Um grande abraço e até o próximo capítulo.



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