Dois Quartos de Vinho escrita por Ninguém


Capítulo 11
Quando chegou ao seu apartamento


Notas iniciais do capítulo

Esse é um dos meus capítulos favoritos. Garanto que está muito bom!



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Quando chegou ao seu apartamento, Lia viu a chave da amiga em cima da mesa e correu até o quarto dela.

— Ainda bem que você tá em casa. Vem, preciso da sua ajuda. - Ela a pegou pelo braço e a puxou para seu próprio quarto.

— Por que o desespero? Até parece que tá parindo.

— Por enquanto não, mas se você não me ajudar posso parir um elefante de ansiedade. Escolhe uma roupa pra eu sair hoje, please?

— Sair com quem... ah, já sei! Com o carinha misterioso que eu nunca vi, nem ao menos sei o nome. - Ela exagerou no drama.

— Ok, você quer um nome? Pode chamar ele de Augusto, agora eu preciso tomar banho, tô atrasadíssima e confio no seu bom gosto hein?!

 

Ela estava se olhando no espelho, vendo pela milésima vez se a roupa estava boa. 

— Augusto é um nome muito feio. -Lia riu do comentário da amiga, se ela soubesse qual era o antecessor de Augusto, passaria a acham o nome bonito.
      Elas estavam arrumando os últimos detalhes quando o celular de Lia vibrou.

— Ele chegou.

— Nessas horas que me dá raiva por não termos a janela virada pra portaria.

— Nessas horas que eu agradeço. 

— Você volta pra casa ainda hoje?

— Claro né Aline, acho que de madrugada eu chego. Como estou? - Ela perguntou dando uma rodada, fazendo o vestido subir levemente.

— Tá linda!

— Ótimo, valeu pela ajuda! Não me espere acordada.

Logo que saiu, Lia viu Elídio na mesma posição do ultimo encontro, ele usava uma camiseta xadrez roxa e um jeans escuro. Dessa vez ele a viu saindo e logo abriu um sorriso.

— Uau, você tá um gato! - Ela disse indo de encontro com ele para cumprimenta-lo. - Um gato muito cheiroso aliás.
      Ele riu, se aproximou e colocou uma das mãos na nuca dela, a outra na cintura e deu um beijo em seu rosto. Ela se arrepiou.

— E você está maravilhosa.

— Hum... e para onde nós vamos?

— Você tem alguma sugestão? - Os dois riram.

— Hum... a gente pode ir no Arena, não sei e você conhece, fica na rua Quinze.

— Ótimo, então vamos!

 

Logo que chegaram, foram direto ao bar para pegar as primeiras de muitas bebidas da noite. O barman foi muito simpático com os dois, especialmente com ela.

— O que o anjo deseja? - Ele perguntou com uma certa malicia na voz.

— Eu vou querer dois middays, um sem álcool, por favor.

— Claro meu amor, é pra já.

Assim que os dois se sentaram a mesa, Elídio não aguentou e comentou:

— Que cara de pau, dando em cima de você na cara dura, nem ligou que você tá acompanhada.

Lia tomou um gole da bebida e respondeu:

— Cada um usa a tática que pode, enquanto ele canta as garotas daqui, outros deixam de assinar a agenda das fãs...

— As acusações estavam demorando, mas se não fosse isso nós não estaríamos saindo.

— E eu também não estaria faltando tanto na faculdade.

— Ah me perdoe, o que posso fazer para me redimir?

— Pode pegar outro desse pra mim. - Ela disse balançando a taça que estava vazia.

— Toma, bebe o meu.

— O seu tá sem álcool ai não tem graça.

— Nossa que manguaceira. - Os dois riram.

— Meu amor, eu não fico bêbada assim tão fácil.

— Que dançar?

— Oi? Mas tá tocando forró, eu não sei dançar forró.

— Vem cá que eu te ensino. - Ele disse puxando-a pela cintura e a levando até a pista de dança.

Eles dançaram seis músicas até que voltaram a se sentar, não paravam de rir nem por um segundo.

— Só me diga quantas vezes eu pisei no meu pé. - Ela disse, enquanto recuperava o folego.

— Só uma. 

— Até parece, quantas foram?

— Só no pé direito foram cinco. - Ele respondeu coçando a cabeça.

— CINCO? - Ela gritou sobre a música.- Eu definitivamente não nasci pra dançar.

— Até que você não foi tão mal. - Ele viu a cara que ela fez e resolveu dizer a verdade. - Tá bom, você foi muito mal e quase amputou meu pé, mas foi engraçado. - Ele começou a rir sem parar.

— Hahaha muito engraçado.

— Não esquenta que eu te ensino a dançar.

 

Os dois estavam saindo do carro, no meio do caminho ele colocou o braço sobre os ombros dela, que por sua vez respondeu o abraçando pela cintura. Quando chegaram até o topo da escada eles desfizeram o abraço e ele parou diante dela.

Com isso, ela se aproximou, colocou uma das mãos na nuca dele e o puxou para si. Elídio não esperava por isso, mas não perdeu tempo, a agarrou pela cintura e cravou uma das mãos em seu cabelo, puxando-o.

Como Lia sempre imaginou, Elídio não costumava beijar de um jeito calmo ou carinhoso, ela sentiu o desejo tomar conta dos dois quando seus lábios se tocaram, ele soltou o cabelo dela e colocou as duas mãos envolvendo sua cintura, apertando com força e em troca recebeu um arranhão no pescoço. Assim que sentiu a ardência em seu pescoço, o homem começou a beija-la com mais vontade e desceu um pouco uma das mãos, ela riu.

Ele começou a beija-la no pescoço. Ela resmungou alguma coisa e tentou afasta-lo, mas isso só serviu de incentivo para que ele continuasse com ainda mais vontade.

Ela tentou falar alguma coisa, mas todas as tentativas foram em vão, não conseguia resistir a ele, até que uniu o pouco de força que ainda tinha e praticamente o empurrou para trás.

— Eu preciso subir. - Ela sussurrou, e se afastou tentando recuperar o folego.

— Uhum. - Ele respondeu e a puxou para mais um beijo, mas ela já estava mais imune a tudo aquilo.

— Eu realmente preciso subir. - Ela disse prolongando a ultima palavra enquanto ele mordia seu pescoço.

— Você é impossível!

— Sou mesmo. - Ela respondeu rindo, deu um último beijo nele e sumiu porta a dentro do prédio.

Lia fechou a porta do apartamento e estava indo para seu quarto, mas parou no meio do caminho quando viu Rumpel deitado no tapete da sala e resolveu se juntar a ele, pôs-se a pensar nos últimos minutos que passaram, os melhores de sua vida.


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Notas finais do capítulo

Calma, calma! Respirem e suspirem e logo depois comentem o que acharam. Isso é muito importante.

Até o próximo capitulo,
Abraços.



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