A.l.é.x.i.a escrita por Gwen Stacy Parker


Capítulo 12
Threat


Notas iniciais do capítulo

Oooooi!
Bom, aqui é a Gwen trazendo mais um capítulo para vocês! Uhuuuuu! Esse ficou menor do que o acostumado, porque é uma introdução para o que estar por vir! Ai, já estamos na reta final, minha gente! Obrigada por tudo, estou amando vocês!
É isso, espero que aproveitem! E gostem também, claro.



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–Nova Iorque. 2017.

–Que tal essa?- ouço a voz de Steve e viro- me para trás.

O loiro encara confuso um pacote de fraldas tamanho G, ele parecia que estava desvendando o pior dos enigmas. Tento segurar o riso irônico que rasga a minha garganta e ameaça sair. Ele quer dar uma fralda G para um bebê que acabou de nascer.

–Steve- chamo e ele fixa seu olhar no meu, fazendo- me respirar fundo e soltar um riso disfarçado de pigarro.- Essas fraldas são para o Zachary, que acabou de nascer. Você está comprando fraldas para um bebê de sete meses!

Ele volta a olhar para a fralda com o cenho franzido e volta a olhar pra mim. Não consigo deixar de notar que o famoso Capitão America fica confuso com coisas medíocres, imagino se ele tivesse que fazer isso no meio da guerra.

–Como vocês sabem disso?- ele perguntou com uma careta e eu sorri.- Pra mim é tudo a mesma coisa.

–Rogers, tem uma fralda escrito “recém- nascidos”, é só pegar essa!- eu digo óbvia e me aproximo dele para procurar, inevitavelmente, um mal estar me invade e eu dou um passo para trás, balançando a cabeça logo em seguida.

–Nat? Está bem?- o loiro pergunta preocupado. Sinto uma tontura um pouco mais forte e fecho os olhos prendendo a respiração. Ainda não era hora de contar para ele, Natasha. Você resolveu que iria contar quando os problemas com a HIDRA acabassem e ele pudesse absorver a informação, caso contrário, ficaríamos muito focados no bebê e esqueceríamos das outras coisas.

E eu quero pegar Belova.

–Nada não- respondi e a mentira veio facilmente, como sempre.- Só uma lembrança perturbadora que tive. Sabe, daqueles tempos.

Sabia que se eu tocasse nesse assunto, ele iria ficar quieto e mal comentar. Ninguém fala comigo sobre os tempos da KGB, e se falassem, receberiam um grunhido e um “não vou falar sobre isso”. Ele deu de ombros e eu voltei procurar a fralda, Jane e Thor devem estar muito aflitos com o pequeno Zachary precisando de fraldas e nós aqui enrolando.

–Achei- cantarolei e ele deu um sorriso de lado, não consegui segurar e dei um selinho nele.- Podemos ir?

–Só se for agora- ele respondeu e fomos para o caixa de mãos dadas. Enquanto ficamos na fila (tinha duas pessoas na nossa frente), estava meio desconfortável, com o mal estar revirando em meu estômago. Havia descoberto que estava gravida há duas semanas, no começo foi um choque.

Sem julgar, mas eu nem podia ficar grávida! O soro rejeita qualquer organismo fraco no meu corpo, o que levaria em consideração um feto. Mas… o que havia acontecido?

–Você ouviu?- Steve perguntou de repente e eu franzi o cenho. Tentei prestar atenção no ambiente e de repente ouvi.

Alguma arma estava sendo carregada.

Eu e o Capitão trocamos olhares determinados e frios. Nossa metade soldado estava dominando e seríamos movidos pelo instinto. De repente, um tiroteio se instalou dentro do supermercado e todos começaram a gritar.

–Abaixem- se!- ouvi Steve gritando e comecei a olhar para os lados procurando a fonte do tiroteio.

Corri adentro do supermercado e encontrei alguns agentes. Franzi o cenho me perguntando o porquê de tudo isso, mas não fiquei muito tempo nos meus devaneios já que um agente veio pra cima de mim achando que podia dar conta.

Ele desferiu um soco, fazendo- me desviar rapidamente e dar um chute no seu queixo, fazendo o mesmo soltar um grito estrangulado de dor e cair no chão. Dei conta de mais dois e corri até onde eu poderia ter uma visão de quem estava por trás de isso tudo. Se eu consegui chegar lá? Não cheguei nem perto, pois Belova apareceu na minha frente e apontou duas armas para mim.

–Você de novo, já está me irritando- grunhi nervosa, meus nervos já estavam a flor da pele com essa criatura, ela não me deixava em paz em nenhum momento.

–Bom, Romanoff, o único jeito de eu parar de visitar é você morrer- ela disse com um sorriso de escárnio. Revirei os olhos e pensei em me mover.

Má ideia. Belova atirou de raspão e gargalhou.

–Nem pense nisso. Sei que não está nem aí para você, mas e para o seu bebê?- ela pergunto.

O desespero me atingiu, não deixei transparecer para não confirmar nada, mas por dentro eu estava desesperada. O que ela tem com o meu bebê?

–Sabemos dele, Romanoff- ela disse e começou a me rodiar.- Sabemos que nem eu, nem você podemos ter filhos… mas por que você tem?

–Eu não tenho nenhum filho e nem estou esperando nenhum bebê- disse camalmente e fingindo de confusa.- De onde está tirando isso?

–Dos seus exames médicos, querida- ela disse e sorriu.- Estamos bem curiosos quanto a ele. Adoraremos pegá- lo e estudá- lo quando ele nascer. Vai ser uma maravilha!

Prendi a respiração. Não, eles não iriam pegar meu filho e tratá- lo como me trataram. Não, nunca. Nunca. Nunca! Ia responder algo, mas o poderoso Homem de Ferro apareceu na minha frente, atirando em tudo pela frente e atirando na Belova.

Tentei falar algo, reagir, fazer alguma coisa, mas um enjoo e uma tontura me atingiu em cheio e eu caí no chão inevitavelmente. E logo depois, ficou tudo escuro.

***

Acordei com um bip me incomodando e com um olhar em cima de mim incessantemente. Respirei fundo e senti uma dor no ventre.

O meu filho.

–Ei, Nat- ouvi a voz gentil de Steve.- Está melhor?

Balancei a cabeça concordando e olhei para. os lados desconfiada. Eu estava na Torre.

–Quem me examinou?- perguntei desconfiada.

–JARVIS- ele respondeu.- Tony te trouxe aqui e disse que foi nada, apenas um mal estar passageiro.

Claro, um que vai durar muito tempo. Batidas na porta se fizeram presentes e demos de cara com um Clint Barton sorrindo amarelo. Ele sabia da condição que eu me encontrava e havia prometido não contar nada para o Capitão, mas eu estava meio confusa agora. Como Steve não sabia até agora?

–Ei, Steve, posso conversar a sós com a Nat?- ele perguntou e o loiro assentiu meio contrariado e me dando um beijo logo em seguida. Eu não queria falar muita coisa, estava preocupada com o bebê e não estava conseguindo atuar muito bem nesse exato momento, então apenas sorri para ele.

Esperamos Steve sair para eu começar a respirar rapidamente e começar a chorar. Clint arregalou os olhos, surpreso com o que eu havia feito e tentou segurar minha mão.

–Natasha!- ele exclamou desesperado.- Calma!

–O meu bebê, Clint- eu disse e olhei para ele com dor.- Por favor, fale que eu não perdi.

Seu olhar passou a ser compreensão e deu um sorriso tranquilo.

–Você não o perdeu, Nat- ele disse e apertou minha mão mais ainda.- Eu só tive que ameaçar a matar o Tony se ele contasse para o Steve alguma coisa. Só Pepper, Bobbi e ele sabem agora. Ah, tive que garantir que Steve saberia em breve, é claro.

–Ele não vai saber- disse convicta e o Gavião me olha confuso.

–O que?- ele pergunta e se senta na cama.- Como ele não vai saber, Natasha? Ele é o pai da criança!

–Belova- eu respondi e olhei para os lados nervosa.

–O que tem ela?

Eu não podia deixar que peguem o meu filho de jeito nenhum! Teria que fugir dos radares, mudar o meu nome, teria que sair sem chamar atenção, o que era minha especialidade… mas de Steve? Ele só chamaria atenção, ele não é um espião… é um soldado. E, mesmo que doesse mais do que todas as torturas que eu já fui submetida, eu teria que deixá- lo. Eu faria tudo para proteger meu filho, um milagre… o que todos acharam que seria impossível.

Disse isso para Clint e o arqueiro ficou me olhando durante alguns minutos inconformado.

–Tem certeza que vai deixar a KGB/ HIDRA sei lá mais o que tirar tudo de você novamente?- ele perguntou e eu suspirei.

–Que escolha eu tenho?

***

Saí do hospital e fui avisada que Thor, Steve e Bruce estavam numa missão, fazendo- me franzi o cenho. Para que colocar dois pesos pesados numa missão? Deveria ser um só (já que não é alguma coisa tão séria assim, porque se fosse estaríamos todos), Steve e alguém como eu, Tony, Bobbi ou Gavião. Fui para o meu andar, dando de cara com o espelho enorme que tinha na entrada e vi meu reflexo. Eu não estava a coisa mais bonita do mundo, mas não podia fazer nada.

–Chegou!- a voz de Tony se fez presente e eu me virei para a minha sala de estar, onde estava Pepper, Bobbi, Clint e Tony.- Ainda bem porque deu muito trabalho convencer Steve a ir numa missão. Ele queria ficar com você o tempo todo.

–Bom, vocês podem explicar o que estão fazendo aqui?- perguntei e sentei no meu sofá.

O ambiente ficou tenso de repente e soube que coisa boa não era. Por que eles se dariam o trabalho de tirar os únicos vingadores que teriam a coragem de entrar no meu andar sem aviso?

Aaaaaah ta.

–Vamos te levar para Londres- Pepper disse e olhou para todos, que concordaram com ela.- Não agora, mas vamos começar a planejar.

–O que?- perguntei meio confusa.- Por que Londres?

–Porque eu tenho muitos contatos lá- Tony explicou.- Consigo mudar seu nome, te arranjar um emprego e te colocar na parte mais bem concentrada na cidade, onde demoraria para procurar, e consigo mascarar seus documentos, não deixando muitos verem.

–E vamos mudar seu nome- Bobbi acrescentou como se fosse óbvio.

–Mas já decidiram até os procedimentos?- perguntei e eles negaram.

–Quando você vai querer ir?- Clint perguntou e eu pensei.

–Um mês. Acho que dá para esconder a barriga até lá, só não me coloquem em tantas missões. Assim dá para planejarmos tudo com antecedência- eu respondi e todos concordaram comigo.

Eu estava mesmo fazendo isso? Eu iria deixar tudo para trás? Um frio na barriga me atingiu em cheio, deixando- me desnorteada. Eu iria ficar sem tudo o que eu amava. Eu não poderia… quer dizer, eu poderia sim. Como, eu disse… eu já amava essa pessoinha profundamente. Agora só faltava contar para Steve que eu estava indo embora por alguma desculpa que ainda tenho que inventar. Ótimo.

–Tem certeza, Natasha?- Pepper perguntou e eu assenti.

Sim, eu tenho certeza.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acham que a Nat fará? É isso aí, minha gente. Obrigada por ler!
Até mais!