Me Apaixonei pela Pessoa que Eu Odeio escrita por Bibiana CD


Capítulo 53
O casamento


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas linda e muito bem amadas! Tudo bom com vocês?
Sei que demorei séculos para postar, e se quiserem me matar vou entender...
Mas é que eu queria que este capítulo ficasse o melhor possível...
SIM! Este é o último capítulo, depois só o epílogo e acabou...
Ai gente, estou tão triste que está acabando!!!
Bem, antes que eu me derrame em lágrimas, o capítulo!



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Gravatas.

O que você sabe sobre gravatas?

É algo que você usa no pescoço.

Boa resposta, dez pontos para mim.

Okay, quando começo a conversar comigo mesmo é porque as coisas não estão muito bem. E as coisas realmente não estão muito bem. Isso por causa dela, essa coisa inútil. Gravata. Me diz, não sou eu que estou me casando, então, porque tenho que usar isto?

Filho do noivo, mas não o noivo.

Olhei para a gravata, a gravata olhou para mim. Tudo bem, eu me rendo. Não existe modo de deixá-la daquele jeito bonitinho que nem a gente vê nos filmes, sabe? É impossível. Alguém bateu na porta, gritei que era para entrar.

Uma cabeça com cabelos cor de milho apareceu no vão da porta.

-Problemas com a gravata? –Julia perguntou.

Ela estava usando um vestido azul marinho com babados que não combinavam muito com seu estilo normal.  

-Problemas com a porcaria da gravata. –Confirmei. Ela entrou e parou na minha frente, recuei um pouco pensando que ela começaria a me espancar ou algo do tipo. Ela deu uma risadinha.

-Larga de ser desconfiado Lucas. –A garota disse, arrumando minha gravata. Em um segundo o nó estava certo, tipo nos filmes. Aposto que ela é uma bruxa disfarçada e acabou de fazer um feitiço, já que é praticamente impossível que ela tenha conseguido fazer esse nó.

Aposto que ela estudou um tempo em Hogwarts e foi expulsa de lá.

Porque, como eu disse antes, isso é impossível.

-Obrigado. –Murmurei para ela.

-Agora vê se desce logo que a gente está te esperando, e o Gabriel não é a noiva para chegar atrasado, Mané. –Julia respondeu, voltando ao normal. –E porque você ainda não penteou o cabelo?

-Mas eu penteei. –Falei olhando no espelho. Meu cabelo estava apresentável. Okay ele estava com cada mecha para cada lado, mas eu tinha tentado pentear. Só não surtiu efeito.

 

 

O lugar onde foi o casamento era bem legal. Não, não era na praia. Meu pai disse que se fosse assim pareceria roteiro de filme teen. Foi em um lugar bem legal, como eu disse antes.

Parecia um jardim, um jardim gigante.  Não sei o que era, parecia uma fazenda no meio da cidade. Uma fazenda sem animais, claro. Uma tenda azul clara foi montada abaixo de um grande jacarandá. Embaixo da tenda fileiras de cadeiras brancas estavam dispostas nas laterais de um tapete azul marinho. Os postes de sustentação estavam enfeitados com fitas de cetim. A decoração era toda azul clara. Desde o estofamento das cadeiras até cor da tenda.

E na frente delas o pequeno palanque onde mais tarde ficaríamos.

Foi então que eu reparei naquele vestido esvoaçante. Era um vestido verde garrafa, quase preto. Caia solto até em cima dos seus joelhos. Mas do que no vestido, eu reparei na garota que o usava.

Tinha a pele cor de mel, os cabelos negros caiam em cachos grandes presos por uma tiara de prata. Um pequeno sorriso dançava em seus lábios finos. Seus olhos azuis esverdeados delineados de preto me fitavam com curiosidade.

-O que fez com o cabelo? –Perguntei ao me aproximar.

-Não gostou? –Perguntou ela, seu sorriso vacilando.

-Não foi o que eu disse. –Me apressei em responder.

-Então gostou?

-Ficou legal, mas prefiro normalmente. Assim ficou angelical demais...

Ela riu e eu também.

-E você de gravata também ficou diferente... Até parece gente!

-E aí gatinho, vem sempre aqui?

Elizabeth apareceu. Os cabelos alaranjados presos em um nó complexo. Estava usando uma blusa vermelha e uma saia preta em cima de uma saia de armação. Usava um sapato botina preto.

Ao seu lado Camila ria. Ela usava um vestido igual ao da Julia.

-Ei, este aqui tem dona, viu? –Joanne contestou rindo-se.

-Não tem problema, não sou ciumenta. –Elizabeth replicou revirando os olhos.

-Oh, cambada, a gente tem trabalho a fazer! –Julia gritou.

Passamos o resto do tempo ajeitando os arranjos nas mesas. Mais tarde ajudamos os convidados a se sentarem nos lugares certos.

-Lukinhas! Julinha! Como vocês cresceram! –A mãe de meu pai apareceu.

Minha mãe, que estava conosco, pareceu ter se lembrado de que seu pai estava na forca, pois saiu quase correndo quando minha avó apareceu.

-E aí coroa, como vai essa dentadura velha? –Julia falou, dando um sorriso travesso.

-O que? –A vovó gritou, acho que ela já está meio surda mesmo.

-Ela disse oi. –Gritei de volta, antes que Julia repetisse.

-Hm, quero conhecer essa tal de Samantha. De todo jeito deve ser melhor que a Marian. Sempre levou meu filinho para o mau caminho, a mãe de vocês. Ele era o primeiro da turma até ela aparecer. Daí ela engravidou e o coitadinho foi obrigado a se casar com ela e passar a sustentá-la. Tsk, tks...

Ela foi falando enquanto a levávamos até a sua cadeira. Ao seu lado o vovô apenas balançava a cabeça negativamente. Vovô se parece muito com o pai, tanto física quanto psicologicamente. É todo calmo e quase nunca discute com alguém.

Do outro lado da tenda Joanne e Elizabeth riam da situação. Julia fez uma careta para elas.

Foi aí que Claudio e Eduarda apareceram. Ela acompanhada dos pais de Elizabeth e ele com Amanda, minha outra tia. Os dois quase esbarraram um no outro, se olharam dos pés a cabeça e depois cada um seguiu para um lado. Me lembrando disso agora quase caio de tanto rir, mas na hora foi muito tenso.

 

O sol já estava de pondo quando todos os convidados estavam em seus devidos lugares. Meu pai, no pequeno tablado passava o peso do seu corpo de uma perna para outra. Ao seu lado Claudio falava algo incompreensível.

Os padrinhos também estavam lá. Eram eles a Carla e o Marcos, e, o irmão de Samantha, Guilherme com sua esposa Lúcia.

Um cara com violino começou a tocar e uma outra mulher com uma flauta. Um terceiro tocava uma harpa.

Julia e Camila entraram como damas de honra. Julia exibia um sorriso encantador, que em minha opinião não combinava nada com ela. Camila também sorria, as duas parecendo um tanto nervosas.

Elas estavam quase perto de nós quando Samantha apareceu.

Um suspiro coletivo foi ouvido. Seus cabelos escuros estavam presos em um coque atrás da cabeça, alguns cachos caiam do penteado. Sam estava usando uma tiara de pérolas. Seu vestido tomara que caia era creme. Tinha bordados de flores pelo lado direito.

Um sorriso de pura felicidade ganhava seu rosto, e ao vê-lo todos pareciam sorrir também. Seus olhos verdes eram pura alegria enquanto ela caminhava em direção ao meu pai.

Ele exibia um sorriso extremamente bobo no rosto, seus olhos vidrados em Samantha.

Julia e Camila pararam ao meu lado.

-Menino, como eu odeio andar de salto. –Julia resmungou para mim.

Apesar de seu tom agressivo eu via como ela olhava fascinada para Samantha. Quando esta chegou ao lado do meu pai a música cessou.

-Senhoras e senhores... –A cerimônia começou.

-Bichos e bichas. – Julia falou só para eu e Camila ouvimos.

-... estamos aqui reunidos para...

-Um velório. –Ela interrompeu outra vez.

-Oficializar a união de dois...

-Otários.

E assim a cerimônia se sucedeu, a cada frase que era dita Julia emendava algo totalmente hilário. Uma hora eu ri tanto que recebi vários olhares reprovadores.

-Você, Gabriel Kertinen Smith, aceita Samantha Aklens como... –Esperei algum comentário de Julia, mas nada veio dela. Me virei para olhá-la. Minha irmã observava, vidrada, o casal, um sorriso meigo em seu rosto, seus olhos marejados. Ao seu lado estava Camila, os olhos brilhando e um sorriso enorme nos lábios.

Me virei para o outro lado, na terceira fila Elizabeth e Joanne também pareciam à beira de lágrimas, ambas sorrindo maravilhadas. Balancei a cabeça, essas garotas, todas iguais...

Voltei o meu olhar para o casal. Agora meu pai colocava um anel no dedo de Sam, o padre disse algo e os dois se beijaram. Os convidados aplaudiram e alguns até assobiaram (tenho quase certeza de que foi Julia). Os dois então se viraram sorrindo.

Me virei também e olhei para Joanne, pisquei para ela e seu sorriso aumentou.

 

O resto da festa foi no mínimo divertida. Perdi a conta de quantas músicas dancei com Joanne, Elizabeth, Camila e até Julia. Todo mundo parecia super animado e tal. O Buffet também estava ótimo, principalmente um doce amarelo que até hoje eu não sei o que é.

Para variar tio Claudio ficou bêbado, gritava coisas sem nexo para todo o lado. De repente pegou Joanne pelos braços e começou a dançar com ela.

-Não precisa ter medo menininha, não vou pisar nos seus pezinhos. Ao menos não de propósito. –Amanda veio em socorro da garota, e começou a levar Claudio para o outro lado.

-Não! Eu não quero ir para casa mãe! Mais cinco minutos vai... –Ele gritava no meio dos convidados. –Eu vou, eu vou, para casa agora eu vou. Parara tin tin...

Minutos depois ele estava declarando seu amor eterno a uma árvore.

Eduarda o observava com um olhar reprovador, e de vez em quando ela fazia algum comentário.

-Haha, se eu soubesse que aqui era tão divertido tinha vindo antes! –Julia exclamou, rindo-se.

-NÃO! Você a matou! –Claudio gritou para Elizabeth.

-Eu? Mas quem? –Ela perguntou perplexa.

-Você matou minha formiga, pisou em cima dela! Garota má!

 

 

Estávamos eu e Joanne sentados na grama molhada pelo orvalho. A garota usava meu paletó por cima do vestido. O barulho da festa chegava abafado aos nossos ouvidos.

-Anne... –Sussurrei para ela.

Joanne abriu os olhos, sua cabeça estava caída no meu colo.

-Hã?

-Sabe, um dia pode ser a gente...

-A gente o que?

-Você sabe. Um dia podia ser a gente, se casando, sabe...

-Meu deus, eu não tenho nem quinze anos!

-Não estou dizendo que será logo...

Ela abriu um sorrisinho.

-Hm, talvez...

-Você se casaria comigo?

-Depende. Se você pedisse com jeitinho...

-E se eu olhasse nos teus olhos. Dissesse que te amo, que você é a garota mais perfeita que existe. Que é única para mim como ninguém jamais será. Que cada vez que te vejo sinto meu coração pulsar mais rápido. Minhas mãos começam a suar frio. E se eu te dissesse que sempre que olho nos teus olhos é como se o tempo parasse e apenas você existisse no mundo, o que é que você responderia?

-Sim.


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Notas finais do capítulo

AAAAaaaaaaaaaaahhhhhhh! Queria dar um super hiper mega power beijo para a Neiagirl pelos reviews lindos e pela recomendação! Amei ela de paixão menina, muito obrigado mesmo mesmo :B Que tal alguns reviews???
Beijokinhas para todo mundo,
Bibi's