Me Apaixonei pela Pessoa que Eu Odeio escrita por Bibiana CD


Capítulo 51
Minha velha irmã mais nova aparece


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Espero que gostem do capítulo xD
Boa Leitura!



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Se dependesse de mim nós já teríamos ido embora dali. Me diz, qual era o problema delas andarem de táxi? Eu realmente não via nenhum. Meu pai por outro lado não via as coisas do mesmo modo. As vezes toda essa calma dele me da nos nervos. Agora é uma destas vezes. Sério, nos devemos estar aqui a pelo menos uma hora e nada dessas duas loucas aparecerem.

E em “duas loucas” eu me refiro a minha querida mãe e a minha não tão querida irmã. Isto porque o Benjamin não vai vir.

Nem sei por que viria, no fim das contas. Porque Julia vai vir para o casamento porque o noivo é o pai dela. A mãe porque a Julia não poderia viajar sozinha. Mas ele realmente não tinha motivo para vir.

Mas eu falando assim até parece que não gosto dele, né? Mas não é nada disso. Benjamin nem é tão chato assim, é só que acho que ele ficaria sobrando mesmo...

Além do que, ele não fala português. Teria que andar com tradutor daí... Sério, isso seria estranho.

-Vou buscar um café. –Meu pai disse, me deixando sozinho no terminal de espera do aeroporto. Quando pensei em dizer a ele que podia trazer um para mim também ele já estava longe demais ara ouvir.

Olhei para aquele painel com o nomes dos vôos. O que elas viriam estava marcado como “atrasado”. Quem chegaria atrasado era eu, só que para o ensaio da banda. A Mi vai me matar, sério. As vezes eu tenho um pouco de medo dela, sabe? Quero dizer, quando ela decide algo a melhor coisa que você tem a fazer é abaixar a cabeça e concordar...

Sem notar comecei a cantarolar baixinho uma melodia qualquer enquanto observava atentamente o inacreditavelmente fascinante teto do lugar. Cheguei a uma importante conclusão: lâmpadas fosforescentes são uma por...

-Que porcaria é essa que você está ruminando ai? –A voz doce, estridente e inexplicavelmente irritante perguntou. Nada como o amor de sua irmã ao rever você depois de anos. Desviei meus olhos do teto para ver melhor a dona da voz. A garota magricela de cabelos ondulados cor de milho usava uma vestido azul marinho com desenhos de... passarinhos?

Está comprovado, ela foi trocada na maternidade.

-Oi para você também. –Falei. Ainda estava perplexo pela sua roupa. –Passarinhos?

-Hã? –Julia perguntou sem entender nada. Antes que eu pudesse explicar fui atacado pela versão mais velha da garota e, sem duvida nenhuma, mais exagerada. Antes que eu pudesse me dar conta de qualquer coisa já estava sendo sufocado pela mulher de trinta e poucos anos.

-Mãe... eu... respirar... –Foi ai que ela me soltou daquele seu abraço assassino, me senti aliviado por um milésimo de segundo, até que ela me agarrou outra vez, agora pelos braços, me mantendo no lugar enquanto ela me analisava dos pés a cabeça.

-Meu Deus! Como você cresceu filho. Lukinhas, você já está um homem. –Senti meu rosto ficar mais vermelho do que tomate maduro. Valeu mãe! Se continuar assim daqui a pouco ela vai dizer como é incrível eu já ter parado de usar fraldas. -Ai, isso quer dizer que eu estou ficando velha...

-Marian, acho que essa não é a melhor hora para você ter uma crise de meia idade. –Acreditem quando eu digo que nunca fiquei tão feliz de ouvir a voz do meu pai. Nem quando ele diz que vamos no restaurante japonês, que na minha opinião é o melhor de todos.

-Quem sabe você tenha razão. –A mãe disse em fim me soltando. Realmente, depois dessa, estou devendo uma para meu pai.

-Oi Julia. –Ele disse para ela. Meu pai era bem mais relax do que a minha mãe. Apenas deu uma desarrumada no cabelo da garota. Só isso, e estava tudo bem. Nada de frases realmente constrangedoras, ou abraços que quase quebram as costelas.

Minha mãe por outro lado parece estar sempre pronta para fazer uma cena, seja drama ou seja tragédia ela sempre dá sempre um jeito, desde que tenha platéia. E acredite, o que não estava faltando aqui no aeroporto era platéia. O que tinha de gente estranha...

Começamos a ir em direção aquela esteira onde ficam as malas. Não era inacreditável que Julia não estivesse lá também?

Depois de algum tempo conseguimos ir para o carro. Fiquei realmente impressionado ao constatar que Julia tinha trazido quatro malas. Acho que é legal dizer que eram quatro malas coloridas e gigante e muito pesadas. E quando eu digo muito pesadas eu quero dizer mais ou menos o peso que um elefante carregando uma tonelada de concreto deve pesar. Quero só ver se isso vai entrar no porta malas do carro. Parecia até que ela iria se mudar para a casa de papai. Quando comentei isso em voz alta Julia me fuzilou com os olhos e minha mãe me fitou com perplexidade.

-Julia, por favor, me diga que não vez o que sei que fez. –Minha mãe falou, enquanto fechava os olhos e respirava fundo como ela faz geralmente antes de começar a ter um ataque histérico.

-Eu não fiz o que você sabe que eu fiz. –Minha irmã cara de pau respondeu. Nestes momentos me pergunto se ela é muito burra ou muito corajosa. Normalmente escolho a primeira opção.

-Julinha, o que você fez? –O pai perguntou, pressentindo que minha mãe logo teria um ataque histérico caso ninguém interferisse.

-Na verdade não é o que fiz... É o que eu deixei de fazer. Entende? –Ela perguntou, recuando alguns passos ao receber um olhar mortal da mãe.

-Será que dá para parar de falar em códigos, por favor? –Perguntei. Já estava cansado daquele monte de frases ambíguas.

-Está bem! –Júlia gritou. Eu já disse que ela foi trocada na maternidade? –Gabriel, quero dizer pai, posso ficar morando com vocês?

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Notas finais do capítulo

Acho que minhas leitoras sumiram , mas deixa quieto...
Que tal alguns reviews fofos e bonitinhos?
Beijos
Bibi