Me Apaixonei pela Pessoa que Eu Odeio escrita por Bibiana CD
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem! Boa Leitura
Depois de lavar a louça fui para meu santuário, o lugar onde posso sobreviver em paz sem ter que ser atacado por garotas loucas e com sérios problemas mentais, que também é conhecido apenas como meu quarto. Pois é, não é muito grande mais ao menos é só meu. As paredes brancas, o assoalho de madeira, minha cama, meu armário e uma estante com alguns livros, cd’s, fotos e outras coisas. Colado atrás da porta um pôster do Blink 182, que ao meu ver é a maior banda de todos os tempos. Meu violão estava encostado ao lado da minha escrivaninha, que estava praticamente lotada com minhas coisas da escola, principalmente o dever de história que eu tenho que fazer. Ou apenas copiar o de Kevin, sem que ele saiba, afinal, eu digo que só quero revisar. O pior é que ele acredita...
Tirei meus tênis e os joguei para um canto enquanto pegava meu computador e me jogava na minha cama. Pode-se dizer que eu sou um pouco (totalmente) viciado em MSN. Eu acho que foi umas das maiores invenções da história mundial, muito melhor do que o telefone. Além disto sou viciado em Guitar Hero e passo horas jogando. Meu pai diz que eu tenho problemas. Mas eu relevo, por que sei que não é verdade. Ou será que é? Bem, melhor deixar para lá... Ao menos eu são sou viciado em bebidas, drogas ou estes programas chatos de televisão, o que seria bem mais pejorativo.
Entrei no MSN. Não tinha muita gente online. Da minha turma na escola mesmo estavam o Bruno, a Luciana e o Carlos. Se bem que era recém uma e meia da tarde, as pessoas entram mesmo mais tarde. Fiquei surpreso ao constatar que Julia, minha irmã estava online. Mas, eu podia não ser muito bom em fuso-horário, mas algo me dizia que era de manhã cedo, na Inglaterra, onde ela vive, com a minha mãe.
Bem, vocês não devem estar entendendo nada, então é melhor eu explicar. Minha mãe vive na Inglaterra, com seu novo marido, o Benjamin, e minha irmã mais nova, a Julia. As coisas são ainda mais complicadas, mas é melhor deixar assim mesmo...
Ela tinha webcan e eu também, por isso conversávamos assim mesmo. Julia acha que gasta muito de seu “precioso” tempo digitando. Preguiçosa!
-Julia, online está hora?
-Ai Lucas, já veio me encher! O que você quer? –Seu sorriso desmentia suas palavras rudes.
-Nada não, apenas saber porque você está online...
-Ah sim, você não tem nada para fazer da vida e daí vem me incomodar. Que legal...
-Não exagera que eu nem estou incomodando!
-Ainda não, mas aposto que já vai começar.
-Não foge do assunto, ainda quero saber por que você está on...
-Não tive aula hoje, meu loiro burro favorito!
-Humm.
-O Bem chegou, disse algo sobre sairmos para almoçar hoje. Vou ter que sair...
-Tchau, manda um beijo para a mãe.
-Claro, e você diz algo para o Gabriel. Sei lah, inventa algo que ele goste...
Ela desligou. Essa é a Julia, eu acho que ela tem algum problema mental ou coisa do tipo. Quando meu pai ouve isto diz que é para mim parar de falar dela deste jeito, que não é assim que devo tratar minha irmã e bla, bla, bla. Já quando minha mãe ouve eu falar algo do gênero, diz que Julia puxou isto da parte do meu pai da família, não da dela.
O que é bem normal, já que minha mãe parece odiar bastante a mãe do meu pai. Ou ao menos é o que eu acho, já que ela sempre se refere a ela como “megera”, “cobra” e outras coisas do gênero. Já minha avó diz que meu pai cometeu um grade erro quando casou com minha mãe, e que ter se separado foi algo que o redimiu um pouco. Claro que ela emenda algo sobre eu e Júlia não termos nada a ver com isto e coisas do tipo. Eu não gosto muito da minha avó. Quero dizer, ela pinta as unhas daquele vermelho estranho e tem cheiro de gente velha. Mas meu pai sempre me obriga a ir no aniversário dela, ou no natal. É a maior chatice.
Foi aí que eu vi a janelinha no canto direito da página, mostrando que Elizabeth tinha entrado no MSN. Nem preciso dizer que comecei a falar com ela, né?
-ELIZABETH! Você está viva, achei que tinha morrido. Você nem sabe o que aconteceu... Acredita que uma maníaca assassina me atacou?
-Humm, Lucas, eu já não te disse para largar as drogas?
-Eu estou falando sério.
-Então explica melhor, por que vidente eu ainda não sou. Nem pretendo ser, se você quer saber...
-Saber eu não quero, mas deixa para lá. Melhor eu te contar o que aconteceu primeiro. Sabe a Eduarda?
-A loira, estranha, que era casada com o Claudio, seu tio, que é psicóloga e atende em seu apartamento, e que trás gente estranha para cá, sei sim. Que tem ela?
Bem o jeito de Elizabeth descrever as pessoas.
-É que ela tem uma sobrinha, que veio morar com ela, a Joanne, que por um acaso tentou me matar hoje, antes do almoço.
-Mas a garota é louca? Tem algum tipo de doença?
-Pois é, eu acho que sim. Mas não tenho muita certeza, acho que Eduarda não quis falar sobre isto na frente da garota. Sabe com é, né...
-Mas por que a tal de Joanne vai vir morar com a Eduarda?
-Ah, bem, está é a parte mas chatinha. Os pais dela morreram...
-Pois é, e tipo, antes de saber disto eu falei mal da mãe da garota...
-Por que você fez isto?
-Por que ela estava me irritando?
-Você é que tem problemas Lucas.
-É o seu apoio moral que me faz eu seguir em frete Elizabeth, pode ter certeza disto.
-Então tá. Mas o que você vai fazer a respeito, já pediu desculpa para ela?
-Não, vou pedir dá próximo vez que nos vermos. Eu acho...
-Eu tenho que fazer o trabalho de biologia ainda. Vou indo...
-Eu vou pedir uma ajuda para o Kevin, hehe.
-Você não se sente mal em fazer isto, sempre?
-Elizabeth, seja sincera, você só não faz o mesmo por que está super a fim dele.
-Isto não é verdade.
-É sim.
Elizabeth se desligou.
Ah, essas pessoas que não aceitam a veracidade dos fatos...
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