Me Apaixonei pela Pessoa que Eu Odeio escrita por Bibiana CD


Capítulo 38
Continuarei te amando apesar das tuas escolhas...


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora.
Estava total sem ispiração para o nome do capítulo por isso coloquei umas das falas...
Espero que gostem do capítulo, um pouco mais divertido já que a fic estava virada só em drama....rsrsrsrs
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/58523/chapter/38

Logo que cheguei no apartamento peguei o telefone e me sentei no sofá. Tinha dito uma ideia lá em cima. Só espero que de certo. Pelas minhas contas devem ser sete horas na Inglaterra. Quero dizer, depois daquele trabalho que fizemos eu sabia mais ou menos. Se bem que eu nunca fui muito bom em geografia...

            Só espero que ela esteja em casa. Peguei meu celular e procurei seu nome, não sabia o número de cor. Disquei. Não sabia exatamente como faria isso, mas era a única ideia que tinha me ocorrido.

            Chamou, chamou. Ninguém atendeu. Por favor, tenha alguém em casa! Chamou mais uma vez, alguém atendeu.

            -Alô, mãe?

            Por alguns segundos o outro lado da linha ficou em silêncio. Até que ouvi a voz estridente de Julia, minha irmã.

            -Lucas?

            Não, um ET! Melhor, o presidente dos Estados Unidos...

            -Julia, pode passar para a mãe?

            Por favor, que ela não comece com aquelas birras! Isso é um interurbano, será que ela tem ideia do quanto meu pai pagara por isso? Acho que devia ter ligado a cobrar... Será que eles aceitam interurbano a cobrar?

            -Nossa, acho que faz meses que a gente não conversa e é assim que você fala comigo?

            Porque ela tinha que ser sempre assim, tão exagerada?

            -Julia, eu não falei contigo no MSN domingo?

            Como fazia, por sinal, TODO domingo!

            -Que seja. Mas o que você quer falar com a mãe? Sabe que o Gabriel vai de matar quando ver a conta telefônica né?

            Meu pai ficava muito bravo quando Julia o chamava pelo nome. Mas parece que quando ele não está ouvindo é assim que ela se refere a ele.

            -Ele já quer me matar mesmo....

            Isso era verdade. Mas acho que por isso minha morte seria mais demorada.

            -Como assim? Agora vai me contar!

            Sempre as palavras erradas. Devia ter apenas dito que isso era problema meu...

            -Ah, só porque eu levei uma suspensão na escola....

            -Hahahahah. Só meu irmão mesmo para achar que uma suspensão é pouco...

            “Com quem você está falando, Julia?” Ouvi minha mãe perguntar.

            -Ah, a mãe chegou. Quer falar com ela?

            Não, liguei por que queria falar contigo!

            -Passa o telefone logo, pirralha.

            -Boa semana para você também, idiota.

            Nada como uma família amorosa. Demorou um pouco. Ouvi Julia dizer que era eu quem tinha ligado.

            -Lucas? O que foi?

            A voz dela parecia surpresa e preocupada. Pelo jeito nem se passava pela cabeça dela que eu pudesse ligar só para conversar. Pois é, minha mãe me conhecia...

            -Ele não está falando sério né?

            Fui direto ao assunto. Não queria ficar naquela enrolação.

            -Ele quem falando sobre o que?

            -O pai. Tipo, ele não vai me mandar para a Inglaterra.

            Ela pareceu ficar realmente surpresa, pois respondeu:

            -Por que ele te mandaria para a Inglaterra?

            Sabia! Meu pai não estava falando sério, ele nem tinha comentado o fato com minha mãe!

            -Porque eu fui suspenso. Mas ele não está falando sério?

            Perguntei, só para confirmar. Sabe com é, né?

            -Você foi suspenso? Como assim?

            Agora ela estava um pouco menos preocupada e um pouco mais curiosa.

            -Só por que eu estava na biblioteca. Aquele diretor me odeia!

            Nesse momento meu pai entrou pela porta. Agora eu estou ferrado. Ele não pareceu muito surpreso por me ver no telefone. Vamos ver como ficará ao saber com que eu estou falando...

            -Oi Lucas.

            O pai disse. Acenei com a cabeça.

            -É seu pai quem falou Lucas?

            Minha mãe perguntou do outro lado da linha.

            -É ele sim. Acabou de chegar, também.

            Meu pai ainda estava na sala, procurando alguma coisa na escrivaninha.

            -Posso falar com ele?

            Minha vontade foi de gritar um NÃO bem alto. Mas ela desconfiaria...

            -Claro né.

            Coloquei a mão no fone.

            -Pai. A mãe quer falar contigo.

            Nem bem terminei a frase ele se virou para mim, me olhando com uma surpresa infinita.

            -Como assim?

            -Falar no telefone sabe.

            Ele veio até mim e pegou o fone. Dei espaço no sofá para que ele pudesse se sentar.

            -Mariana? – O tempo de resposta dela. –Sim. Apenas? Não foram quatro advertências. – Alguns segundos. – Apenas esse ano!

            Meu pai me mirou com os olhos.

            -Não sei, ele não me contou.

            -O que pai?

            Perguntei, me intrometendo.

            -O que você estava fazendo na biblioteca.

            Ele falou para mim. Não sei o que minha mãe disse, mas seja o que for o fez sorrir.

            -O que ela disse?

            Perguntei. Meu pai riu.

            -Está apenas me lembrando de uma certa biblioteca, há um tempo atrás...

            Não! Imagens, saiam na minha cabeça, agora!

            -Não precisa dizer mais nada!

            Falei para ele. Seu sorriso se abriu mais.

            -Só que Mary, ele estava com outro garoto na biblioteca...

            Meu pai falou, rindo da minha cara mais ainda. Arranquei o fone dele.

            -Mãe, não é o que você está pensando!

            Ela também ria, muito mesmo!

            -Tudo bem Lucas, continuarei te amando apesar das tuas escolhas...

            Ela falou entre gargalhadas.

            -Por favor mãe, eu tenho uma namorada!

            -Tem?

            De repente ela parou de rir e pareceu interessada no que eu tinha para dizer.

            -Tinha, ao menos...

            Falei me lembrando da minha conversa com Anne hoje a tarde.

            -Ai você levou um fora?

            -Não, quero dizer, não exatamente...

            -Luke, o primeiro fora a gente nunca esquece!

            -E quem disse que foi o primeiro?

            -Então não foi?

            -Mãe, quer saber, esquece!

            -Não mesmo! Passa o telefone para o seu pai, quero saber exatamente tudo sobre essa história!

            -Mãe a conta vai ficar muito cara...

            Não pude terminar a frase, pois meu pai arrancou o fone de minha mão.

            -Nem precisa se preocupar com a conta, Mary, pois quem vai pagar é o Lucas. Com a mesada dele!

            Como assim? Olhei para ele, horrorizado. Minha mesada já é minúscula!

            -Aham. O nome dela é Joanne, é sobrinha da Eduarda. Sim, mas ele levou um fora? Não eu não sabia...

            Meu pai começou a me encarar.

            -Ok, a gente se fala outro dia.

            Então ele desligou o telefone. E continuou me encarando.

            -Que foi?

            -Sua mãe teve que desligar.

            Olhei em volta.

            -O negócio de descontar da minha mesada é sério?

            -É sim.

            -Pai...

            Comecei a reclamar, mas ele me calou com o olhar.

            -Dá próxima vez fala comigo, não precisa ligar para sua mãe...

            -Tá, mas eu não quero ir para Inglaterra.

            Ele sorriu.

            -Lucas, eu nunca te mandaria para Inglaterra. Só queria que você tentasse ao menos ser um pouco mais responsável na escola. Mas acho que você não tem jeito mesmo...

            -Fazer o que né? Filho de peixe peixinho é. Ou acha que a Mãe nunca me contou de como você aprontava na escola?

            -A Mary é louca, ela é que era a bagunceira eu era o CDF!

            Comecei a rir. A campainha tocou, meu pai se levantou e foi atender. Mas ao abrir a porta quase caiu, acho que eu só não cai porque estava sentado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sou do mal por acabar assim né?
Tentarei postar o próximo o quanto antes
Beijinhos