Me Apaixonei pela Pessoa que Eu Odeio escrita por Bibiana CD


Capítulo 31
Bônus: Elizabeth e Kevin


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas.
Bem, primeiro eu quero agradecer a minhas duas leitoras: Jelvengez e Princess_2113 que deixaram recomendações muito fofas e que eu amei. Espero que vocês gostem desse capítulo, pois fiz pensando em vocês
Bem converso mais com vocês lá em baixo.
Boa Leitura!



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Elizabeth PDV

 

Ouvi o interfone tocar. Como nem meu pai nem minha mãe se mexeram fui eu mesma atender. O porteiro disse que um garoto, Kevin, tinha pedido para eu descer.

Para tudo! Kevin? Kevin da escola? O garoto lindo da minha turma? Que além de tudo gosta das mesmas coisas que eu: vídeo games, mangás, animes e basicamente tudo que tem a ver com tecnologia. Fiz o porteiro me descrever o garoto, só para ter certeza que era quem eu estava pensando. Mas não tinha erro: moreno, alto, de óculos e olhos verdes. Era o Kevin. Falei ao porteiro que já is descer.

-Quem é?

Perguntou meu pai de forma descontraída. Olhei para ele, pensando se contava ou não. Quer saber? Dane-se!

-O garoto mais perfeito do mundo que está me esperando lá em baixo! Vou descer, tchau!

-E vai de pantufas?

Ele perguntou rindo, enquanto pegava suco na geladeira. Olhei para os meu pés. Quase gritei. Pois, além de estar de pantufas eu estava de pijama. Hoje era domingo e eu sempre ficava assim nesses dias. Corri para meu quarto, precisava achar uma roupa decente logo.

Abri meu guarda roupa, e adivinha? Não tinha uma coisa que presta lá dentro. Tirei todas as minhas roupas, com certa dificuldade, e coloquei tudo em cima da minha cama.

Peguei uma calça jeans boyfriend, olhei ela e joguei em cima da pilha de novo. Procurei uma blusa, mas todas pareciam estranhas. Puxei meu cabelos e gritei. Será que não tinha nada que eu pudesse usar?

Minha mãe entrou quarto a dentro sorrindo descaradamente. Por que ela estavam sorrindo? O mundo estava acabando, será que ela não podia ao menos fazer uma expressão trágica?

-O que aconteceu Elizabeth?

-Aconteceu que eu não tenho roupa!

Ela deu um olhar sugestivo para minha cama.

-Ok. Eu tenho roupa mas nenhuma que sirva! Nada decente.

-Isso tem algo a ver com o rapaz que está te esperando na recepção?

Assenti com um movimento rápido de cabeça enquanto procurava roupa na minha cama.

-Que tal se você colocar a sua meia calça preta, o seu vestido cinza, colocar aquela jaqueta vermelha e soltar o cabelo? Acho que seus brincos de argola combinariam perfeitamente.

Como eu não tinha pensado nessas roupas? Fui obrigada a suspirar aliviada. Abracei minha mãe, agradecida. Ela tinha salvo minha vida!

Me vesti bem rápido e arrumei meu cabelo, antes de descer dei um beijo no meu pai e um na minha mãe. As vezes era muito bom ter pais como ele, que não ficam em cima de mim e não se importam muito como eu vivo minha vida. Desde que não faça muitas burradas.

Kevin me esperava na recepção, ele usava uma calça jeans larga desgastada nos lugares certos, um moletom cinza e seus habituais all star muito, mas muito usados. E é claro, só de vê-lo meu coração começou a pular, girar, dançar... Esse tipo de coisa.

            -Oi Elizabeth.

            Ele falou com sua voz meio rouca, sorri ao ouvi-lo pronunciar meu nome.

            -Oi Kevin.

            Ele meu deu um beijo na bochecha, só para cumprimentar. Me pergunto se conseguiu ouvir meu coração...

            -Você está linda.

            Ele comentou. Acho que fiquei da cor do meu cabelo, quem sabe até da minha jaqueta. Esse é o problema de ser quase albina como eu, fico vermelha por qualquer coisa.

            -Obrigada.

            Falei com um sorriso tímido. Só ele para me deixar naquele estado, nem eu me reconhecia.

            -Então...

            Falei como quem não quer nada, para ver se ele dizia por que tinha vindo aqui.

            -Ah... Eu vim te perguntar se você não quer ir comigo até o shopping, vão começar a vender hoje um novo game e achei que quem sabe você gostaria de ir, mas se não quiser eu...

            O interrompi, se ele tinha um defeito era esse: quando começava a se explicar não parava mais. Tudo bem, eu podia conviver com isso, era só me concentrar naqueles olhos verdes...

            -Claro que vou querer ir. Só que tenho que pedir aos meus pais, e esqueci meu celular...

            Dessa vez foi ele quem me interrompeu.

            -Eu posso emprestar o meu.

            Ele pegou no bolso da calça e me entregou. O celular dele era muito melhor que o meu, olhei com inveja. Bem que meus pais podiam me dar um assim. Mas o que eles diziam mesmo? Assim, possivelmente uma semana depois você iria querer um melhor ainda.O que não era verdade, pois eles não sabiam prever o futuro...

            -Alô? Pai?

            -Elizza é você?

            Bem que eles podiam me chamar de outro apelido né? Resolvi não  me estressar com isso, afinal, não adiantaria nada no final das contas mesmo...

            -Não, é sua outra filha.

            -Ah, bem. Acho que não posso falar agora, minha esposa está por perto.

            -Ai, Deus, por que não podia ter me dado pais normais?

            -Por que na sua outra vida, você me pediu!

            -Pai, você não é Deus!

            -Sou sim, só guardo o segredo de você, para não ficar me enchendo com pedidos o dia inteiro...

            -Sabia que mentir é pecado? E fingir que é Deus também deve ser...

            -Ah, tudo bem, eu não vou para o céu mesmo.

            -Possivelmente não. Mas você tem uma chance de se redimir.

            -Que seria...

            -Deixar sua filha mais amada ir até o shopping.

            -Com o garoto, como é mesmo o nome... Joye?

            Suspirei. O outro Jonas, pai, o outro!

            -Não pai, é Kevin.

            -Ah, eu estava quase lá.

            -O que Joye tem a ver com Kevin?

            -O "E", os dois tem...

            -Mas eu posso ir?

            -Aham.

            -Sério? Sem mais perguntas?

            -O que quer que eu pergunte?

            -Nada. E pai...

            -Sim?

            -Amo o fato de vocês não serem normais.

            -É, eu sei.

            -Convencido!

            Ouvi ele rir baixinho do outro lado da linha.

            -Acho melhor você ir, o Joye deve estar cansado de te esperar.

            -Verdade. Tchau pai.

            Ouvi ele desligar. Fechei o celular de Kevin e devolvi.

            -Obrigado.

            -E então? Pode ir?

            -Posso.

            Ele sorriu e meu coração saltou.

            -Então vamos?

 


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Notas finais do capítulo

Acho que deu para notar que essa é só a primeira parte, né? Bem, estou entulhada de trabalhos da escola para fazer então está meio difícil conseguir tempo para escrever. Pretendo postar logo a continuação. E nela colocar fotos da Beth e do Kevin.
Beijokas Bibi