Me Apaixonei pela Pessoa que Eu Odeio escrita por Bibiana CD


Capítulo 23
Total e completamente apaixonado por você


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, achei esse capítulo muito fofo
Escrevi ele ouvindo Plain White T's e Never Shout Never...
Espero que gostem! Boa Leitura



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Beijar Anne era diferente de tudo que eu conhecia. Eu já tinha beijado várias garotas, mas com ela era diferente. Era melhor, muito melhor. Quem sabe por que eu realmente a amava. Ou quem sabe por ela ser... ela! Anne era única, e o seu beijo também.

Nos separamos apenas para recuperar o fôlego.

-Acho que devo dizer que eu estou total e completamente apaixonado por você.

Comentei ainda a segurando pela cintura. Os braços dela por sua vez estavam em meu cabelo, com o qual ela parecia se divertir em bagunçar.

-É nesse momento que eu digo que o sentimento é mútuo?

Ela perguntou olhando dentro dos meus olhos. Abri um sorriso enorme ao ouvir essas palavras, era tudo o que eu queria ouvir. A beijei mais uma vez, porém dessa vez o beijo foi mais demorado, queria que esse momento se estendesse para sempre.

Só que não foi o que aconteceu. Nesse momento meu pai abriu a porta do meu quarto. Ao ouvir o som da porta Anne parou de me beijar e eu fiz o mesmo. Mas ainda ficamos abraçados.

-Ah, Lucas, Joanne, eu bem... Acho melhor voltar mais tarde!

-Bem que podia existir uma lei de que ninguém pode entrar no quarto dos outros em certos momentos...

Sussurrei para Anne, que estava vermelha. Ela tentou sair do meu abraço, mas eu segurei mais forte. Não a soltaria por nada. Ela sorriu e acenou com a cabeça em concordância.

-O que você quer pai?

Perguntei a ele. Notei que ele também estava sem jeito por causa da cena.

-Saber se vocês não querem lanchar?

Quando ele falou, notei que estava com fome. Afinal eu não comia nada desde o café da manhã.

-Claro, eu e Anne já estamos indo.

Meu pai saiu do quarto. Olhei para Anne.

-Desculpe, nem perguntei se você queria lanchar.

-Tudo bem.

Anne sorriu. Dei mais um beijo rápido nela. Depois a segurei pela mão e fomos juntos para a cozinha.

Meu pai nos esperava lá. Ele lançou um olhar sugestivo para mim. Possivelmente pelo fato de eu estar de mãos dadas com Anne. Ou quem sabe pela cena em que ele nos encontrou no meu quarto...

Olhei o que ele tinha feito para o lanche. Ao ver o que era cai no riso, ao meu lado Anne também ria. Meu pai ficou confuso e perguntou:

-O que aconteceu? Qual a piada?

-Panquecas!

Falamos ao mesmo tempo. A cara do meu pai ficou mais confusa ainda. Bem, ele não sabia o que tinha acontecido da última vez que comemos panquecas juntos. Ele não precisa saber que o nosso primeiro beijo aconteceu por causa de uma panqueca.

-O que têm elas?

Perguntou meu pai olhando para elas, para se certificar que não tinha nada diferente ou errado.

-São ótimas, incrivelmente boas!

Foi à resposta de Anne. Eu ri e completei:

-E tem o misterioso poder de causar tanto o amor quanto a discórdia!

Acho que meu pai desistiu de tentar entender do que estávamos falando. Pois se sentou na mesa e pegou uma panqueca. Eu e Anne fizemos a mesma coisa.

-Pai, tem algum problema a Anne ir para a praia?

Perguntei a ele, ao me lembrar o que ele tinha dito sexta-feira de manhã.

Tanto meu pai quanto Anne me lançaram olhares confusos.

-Olha, acho que não. A Jô já esta melhor. Então tudo bem desde que ela vá bem agasalhada.

Assenti com a cabeça. Então falei para Anne.

-Posso te levar há um lugar?

-Claro.

Ela me respondeu e deu um sorriso. Enquanto Anne ia buscar um casaco no seu apartamento eu fiquei sozinho com o meu pai.

-Lucas, está tudo bem com você?

Ele me perguntou tentando parecer casual, mas sem conseguir.

-Pai. Desculpa ter agido com um garotinho de seis anos, não devia ter te ignorado. É só que eu fiquei chateado por você não ter me dito nada sobre Samantha.

Falei olhando para as minhas mãos. Não tinha coragem de encará-lo.

-Sei que devia ter te contado. E eu queria, mas não consegui. Eu sempre me dizia que te contaria depois, mas quando à hora chegava não tinha coragem. Você me desculpa?

-Claro que sim, afinal você é meu pai. Mas me diga uma coisa, você realmente gosta dela? Samantha quero dizer.

Tomei coragem e olhei para ele. Seus olhos azuis da mesma cor que os meus me encaravam. Enquanto ele falava de Samantha um brilho diferente tomava conta deles, será que o meus também brilhavam quando eu falava de Anne?

-Sam é incrível. Você tem que conhecê-la. Ela é inteligente, divertida, não se importa de eu ser médico, ela é... Perfeita!

Notei que enquanto falava dela, em nenhum momento ele disse algo sobre sua aparência. Acho que ele realmente gostava dela.

-E você e a Joanne?

Ele me perguntou com um sorriso. Senti meu rosto ficar vermelho. Ele completou.

-Desculpe ter atrapalhado vocês antes.

Sorri só de pensar em Anne.

-Tudo bem, você não é o primeiro.

Falei me lembrando de ontem à noite quando Elizabeth tinha entrado no quarto de Anne.

-Como assim?

Perguntou meu pai. Mas não tive chance de respondê-lo. Alguém bateu na porta nesse instante, possivelmente Anne.

-Acho que tenho que ir.

Falei para o meu pai. Ele acenou em concordância com a cabeça. Abri a porta e lá estava Anne, agora com uma básica vermelha e por cima um casaco preto de moletom.

-Vamos?

Perguntei. Ela assentiu e fomos juntos para o elevador. A segurei pela mão o tempo todo.

-Então, vamos para praia?

Ela me perguntou, vi curiosidade em seus olhos.

-É, mas não exatamente onde eu te levei da outra vez. Tem uma outra parte da praia que talvez você goste.

-Você esta me deixando curiosa.

Ela respondeu. Sorri, era exatamente isso que eu queria.

Fomos andando a pé até a praia. Eu passei meu braço pelos ombros de Anne enquanto ela se abraça a minha cintura. E assim a gente caminhava pelas ruas. Um sol gostoso de inverno brilhava no céu.

-Mas então que músicas você ouve?

Perguntei a ela.

-Bem, vejamos. Eu ouço muita coisa: Never Shout Never, We The Kings, All Time Low e Radiohead.

-Nossa você tem um gosto musical bem diferente.

-Estranho você quer dizer?

Ela me perguntou com ironia.

-Não, quero dizer, Never Shout Never tem umas músicas legais como Big City Dreams, We The Kings eu nunca ouvi e All Time Low tem Dear Maria. Bem, Radiohead eu não gosto muito.

Ela me olhou com uma sobrancelha levantada. E falou em tom de surpresa.

-Nossa você sabe bastante coisa de música!

-Ah, é que eu gosto.

Falei rindo da sua surpresa. O resto do caminho ela ficou me perguntando a respeito de música para saber o que eu sabia. Nossa, ela me fez cantar Eduardo e Monica da Legião Urbana, inteira. Então disse que com certeza ela era a Monica e eu o Eduardo. Fingi ficar emburrado, afinal o Eduardo não é muito inteligente. Anne apenas riu e disse que no final os dois ficaram juntos, apesar das diferenças.

Então finalmente chegamos a onde eu estava a levando. Era um deck de madeira que entrava mar adentro. No meio tinha um banco, nos sentamos lá.

No verão aquilo ali ficava lotado de turistas, mas como era inverno estava deserto.

-É lindo.

Anne disse olhando fascinada para o mar.

-Como você.

Falei para ela, suas bochechas ficaram vermelhas. A beijei, e agora ninguém nos atrapalhou. Ficamos ali por um bom tempo. Hora conversando, hora em silêncio. Com ela ao meu lado eu me sentia em paz.


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Notas finais do capítulo

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