Me Apaixonei pela Pessoa que Eu Odeio escrita por Bibiana CD


Capítulo 12
Joanne da uma aula de artes circenses


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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O sonho era estranho, eu e Joanne estávamos nos beijando, e de repente algo começou a puxar ela, eu não tinha como segura-lá. Ela foi embora e eu fique sozinho, e neste momento eu notei que estava em um nada. Ouvi o inicio de I Miss You do Blink, “Hello dear, the Angel from my nightmare” e sorri com a ironia. Hoje eu tinha tido um pesadelo e nele estava meu anjo.
Não sei por que sonhei que a beijava, afinal, eu a detestava. Eu estava muito confuso, e era muito cedo para eu pensar qualquer coisa direito.

Já tinha decidido que não ia me desculpar com Joanne de novo. Isso já fazia uma semana. Nós quase não nos falamos durante esse tempo, e isso é bem estranho já que moramos no mesmo prédio, vamos para a escola juntos (às vezes com meu pai, com os de Beth os com a Tia Eduarda) e estudamos na mesma escola. Ela não parecia brava comigo, apenas indiferente.

Abri os olhos, mas não queria me levantar. Fiquei deitado e vi que horas eram. Depois de alguns minutos de brigas internas me levantei, me arrumei rapidamente com uma calça jeans e um casaco vermelho.

Hoje eu tinha educação física, procurei minha calça de moletom por toda parte, mas não achei, até que me lembrei que a tinha emprestado a Joanne há uma semana.

Liguei para ela.

-Alo?

Uma voz sonolenta falou no outro lado da linha.

-Oi.

-Quem é?

-O Luke.

-E o que você quer?

-Minha calça.

-Tá, eu te entrego na escola.

-Você esta ok?

-Sim por quê?

-Sei lah, parece estranha.

-Estou com sono, só isso.

Ela desligou na minha cara.

Fui tomar o café da manhã. Meu pai estava lendo um jornal. Eu tomei o meu tradicional café com leite e também um pedaço de um pão doce que meu pai tinha comprado ontem.

Tia Eduarda nos levou para a escola. Joanne me entregou a calça. Ela parecia que ter tido uma noite péssima, porém não comentei isso com ela, como disse antes, não estávamos nos falando, a não ser quando necessário.

Quando chegamos à escola Joanne foi conversar com Luciana e Janaina, elas tinham ficado bem amigas nesses últimos tempos, Beth foi com os irmãos gêmeos Kevin e Julio ver um novo vídeo game que eles haviam conseguido e tinham deixado no armário, Marina seguiu Beth, como sempre fazia. Carlos veio falar comigo. Ele era mais baixo que eu, usava roupas largas. Ele era loiro e sempre usava o cabelo arrepiado, com gel.

-Luke, preciso falar com você.

-Fale Carlitos.

Ok, eu estava ficando com a mania de Joanne de inventar apelidos para as pessoas.

-É que bem, eu não sei por onde começar.

-Sobre o que é?

-Sobre garotas, uma principalmente: Joanne.

-O que tem ela?

- Você gosta dela?

-Eu gostar daquela maluca bipolar? Enlouqueceu Carlos?

- Ah, que bom então não vai ter problema.

-Problema com o que?

Perguntei, desconfiado.

-Bem é que a Joanne é uma garota bonita, divertida e legal. Mas como você a conheceu primeiro não quis me intrometer. Mais se você não gosta de Joanne não tem problema nenhum eu me aproximar dela. Tchau, Luke.

Ele falou e foi embora. Fiquei meio perturbado. Eu não devia ficar com ódio dele por ele gostar de Joanne, repeti isso para mim mesmo umas dez vezes antes de entrar no prédio da escola.

Ainda confuso fui em direção ao meu armário. Só que não consegui chegar lá. Um bolinho de pessoas estava bloqueando o meu caminho, no meio do bolinho Joanne e Camila discutiam. Fui entrando no bolinho até que cheguei à frente.

-Olha aqui, sua loira oxigenada, eu estou pouco me lixando para quem é seu namorado ou não. Eu vou sair com quem eu quiser e quando eu quiser!

Joanne falava, irritada.

-Não me chama de loira oxigenada! E não vai ser uma santinha do pau oco como você que vai roubar o meu namorado!

- Que eu saiba ele é seu EX-NAMORADO!

Essa foi demais para Camila, ela ficou realmente irritada. Tentou dar um tapa em Joanne, só que esta foi mais rápida e desviou. As duas se grudaram pelos cabelos.

Rapidamente entrei no meio da briga e segurei Joanne, enquanto Carlos fazia o mesmo com Camila. Nesse momento o diretor chegou. Mandou todos irem para suas salas, menos nós quatro - eu, Joanne, Carlos e Camila. Ele disse para nós que o seguíssemos, enquanto avançava em passos rápidos para sua sala.

Chegamos lá. Eu já conhecia a sala do diretor, é uma sala quadrada, tem a mesa do diretor, duas cadeiras na frente dela e uma atrás, onde ele se senta. Também tem um armário no lado da porta. E do lado direito uma janela.

Joanne e Camila se sentaram nas cadeiras, eu e Carlos ficamos em pé atrás. Depois que se sentou o diretor começou a falar.

-Então, Lucas Smith, você aqui novamente.

-É que eu não consigo ficar muito tempo longe de você.

Falei, acho que não era o momento certo para ser sarcástico, mas eu já estava ferrado mesmo.

-Vamos ver se sua opinião muda depois de ficar suspenso. E você Carlos Johnson, nunca tinha tido o prazer de falar com você. Posso falar o mesmo de você Camila Jackson... E por último a nossa mais nova aluna Joanne Summer. Os professores só tinham te elogiado até agora, o que aconteceu?

-Diretor, a culpa é toda minha.

Ela falou, não entendi direito o que ela estava fazendo.

-Como assim, senhorita Summer?

O diretor perguntou confuso também.

-Sabe diretor, há um mês meus pais morreram em um acidente de carro, esse foi o motivo de eu vir para essa cidade... Eu fiquei muito abalada. Minha psicóloga disse que eu tenho que falar sobre isso, mas eu não consigo. Isso me faz ficar com uma raiva reprimida. E foi isso que aconteceu, eu não sei o que me deu, mas eu comecei a discutir com Camila de repente. Ela, que é uma das minhas melhores amigas desde que eu cheguei aqui!

Joanne deu um olhar significativo para Camila.

-É verdade diretor, eu já a considero uma das minhas melhores amigas, mesmo a conhecendo a uma semana.

Camila respondeu.

-Camila, você me perdoa eu perdi a cabeça!

Joanne falou, e uma lágrima desceu o seu rosto.

-Claro que sim, Jo, minha querida. Eu sei que a culpa não é sua.

As duas deram as mãos e sorriram.

-E diretor, Luke e Carlos só estavam tentando parar Joanne, eles não tem culpa nenhuma!

Camila falou, rapidamente.

-Sendo assim, acho que é melhor vocês quatro irem para as suas salas. A aula já começou.

Saímos rapidamente da sala dele. Assim que já estávamos a uma distancia confortável da porta da diretoria, começamos a andar mais devagar.

-Não espere que eu agradeça por ter nos livrado dessa Summer, sei que só fez isso para livrar a sua cara também.

-Tem toda razão, loira oxigenada.

Camila lançou um olhar raivoso para Joanne, que fingiu não ter notado.

-Como assim? Vocês não são amigas?

Perguntei, não entendendo nada.

-Por favor, São Lucas, você achou que a gente estava falando sinceramente? Só você mesmo para acreditar nesse teatro.

Joanne perguntou incrédula.

-Ele só e meio inocente.

Camila respondeu, me defendendo.

-Eu diria burro.

Joanne comentou.

-Burra é você!

Camila respondeu ficando irritada.

-Acho que é melhor vocês pararem com isso, o diretor não acreditaria nessa encenação novamente.

Carlos falou calmamente.

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Notas finais do capítulo

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